Comportamento Adolescente e Educação

Sem esforços, País corre risco de perder uma geração de jovens para o desemprego e a exclusão social


É urgente a necessidade de investimento na adolescência e juventude para que o Brasil do futuro seja outro

Por Carolina Delboni
Atualização:

Segundo dados do IBGE, a pirâmide brasileira está se invertendo e as projeções indicam que o país está envelhecendo. Mas como garantir políticas publicas voltadas a adolescentes e jovens para garantir o que chamamos de “futuro”?

Segundo dados do Censo Demográfico 2022, o Brasil conta com 45,3 milhões de adolescentes e jovens de 15 a 29 anos. Nos últimos anos, o País está vivenciando o chamado “bônus demográfico”, onde há mais pessoas em idade ativa do que dependentes. No entanto, as políticas públicas ainda estão longe de atender as necessidades da população jovem. Mas como mudar essa lógica?

Agora, mais do que nunca, passa a ser urgente o investimento na adolescência e juventude para que o Brasil do futuro seja outro. No entanto, segundo dados do MTE, o desemprego entre jovens no Brasil é, na média, o dobro da população geral historicamente.

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Em 2023, o Brasil registrou 5,2 milhões de jovens entre 14 e 24 anos sem emprego. Historicamente, a taxa de desemprego entre os jovens é o dobro da população geral, e a situação se agrava quando consideramos que 55% desses desempregados são mulheres e pessoas negras ou pardas. A falta de oportunidades reflete-se diretamente nas estatísticas de exclusão social e perpetuação da desigualdade.

Como "cobrar" futuro se não existem investimentos no presente? Como apostar numa geração que, supostamente, vai "mudar o mundo" quando a gente vive uma grande invisibilidade das questões dos adolescentes e jovens? Temos vivenciado episódios de violências com esta faixa etária, dados de saúde mental são precários, a evasão escolar ainda é uma questão e falta crença de futuro. Por quê? O que os governos estão deixando de fazer que colaboram com esses dados? O que nós, sociedade, estamos deixando de fazer?

O Brasil está passando por uma mudança significativa em sua pirâmide etária, e essa transformação exige cada vez mais ações urgentes por parte das autoridades competentes. É preciso que haja, de fato, um esforço sistêmico em criar condições melhores de ensino e convivência social para adolescentes e jovens no Brasil. Do contrário, vamos continuar perdendo-os para os dados, as estatísticas.

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Evasão escolar e saúde mental: o impacto da falta de políticas eficazes A evasão escolar e os problemas de saúde mental entre adolescentes brasileiros são preocupantes. Segundo o INEP, apenas 65,1% dos estudantes do ensino médio completam os estudos no tempo regular. Além disso, o aumento dos casos de ansiedade e depressão entre os jovens -- com 34% relatando sintomas graves -- compromete o desempenho acadêmico e a inserção no mercado de trabalho.

Segundo Mônica Dias Pinto, chefe de Educação do UNICEF, é essencial focar na conclusão da educação básica para garantir o desenvolvimento pleno dos jovens. "A educação deve preparar os jovens não apenas para o mercado de trabalho, mas também para serem cidadãos íntegros e felizes. Programas como o Pacto Nacional pela Reposição de Aprendizagens e a Escola das Adolescências buscam reformular o ensino fundamental e médio para torná-los mais atrativos e adequados às demandas dessa geração", afirma.

Além disso, Mônica enfatiza a importância de políticas de transferência de renda, como o programa Pé de Meia, para garantir que jovens de baixa renda permaneçam na escola. "O governo federal e os estados precisam combinar esforços para que a educação faça sentido na vida desses jovens. Sem isso, eles continuarão abandonando a escola e perdendo oportunidades de se qualificarem", explica.

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Políticas de sucesso no Brasil e no mundo Exemplos de sucesso no Brasil incluem a ampliação do ensino técnico e profissionalizante. Nos últimos cinco anos, o número de matrículas em cursos técnicos cresceu 31,2%, e 70% dos alunos que frequentaram cursos do SENAI conseguiram emprego após a conclusão.

Outros países estão investindo em seus jovens, de olho no futuro Foto: Rido/adobe.stock

Programas como o Formare, que oferece cursos em parceria com empresas, também são exemplos de como a iniciativa privada pode colaborar para melhorar a qualificação e a empregabilidade dos jovens. Internacionalmente, iniciativas como o Programa de Garantia Jovem em Portugal têm ajudado a reduzir o desemprego juvenil, oferecendo formação profissional e apoio ao primeiro emprego. Na Finlândia, o Sistema de Aprendizagem Dual combina trabalho e estudo, promovendo a entrada dos jovens no mercado antes mesmo da conclusão dos estudos.

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Mônica também comenta sobre a importância da integração entre governos e empresas. "É essencial que as empresas criem mais programas de aprendizagem, estágio e primeiro emprego, para que os jovens possam ter uma entrada digna no mercado de trabalho. Sem esse engajamento, continuaremos a comprometer o futuro dessa geração e do país como um todo", afirma.

O Pacto Nacional pela Inclusão Produtiva das Juventudes, lançado em 2023, é uma tentativa de articular governos, empresas e sociedade civil para promover a inserção produtiva dos jovens. Contudo, a implementação efetiva dessas políticas depende de uma coordenação eficaz entre as esferas federal, estadual e municipal.

Na verdade, o Brasil tem uma janela de oportunidade única para transformar sua juventude em um motor de crescimento e inovação. Para isso, é necessário investir em políticas públicas que combinem educação de qualidade, inserção no mercado de trabalho e apoio financeiro para os mais vulneráveis. Sem esse esforço, o país corre o risco de perder uma geração inteira para o desemprego e a exclusão social, comprometendo o futuro de todos.

Segundo dados do IBGE, a pirâmide brasileira está se invertendo e as projeções indicam que o país está envelhecendo. Mas como garantir políticas publicas voltadas a adolescentes e jovens para garantir o que chamamos de “futuro”?

Segundo dados do Censo Demográfico 2022, o Brasil conta com 45,3 milhões de adolescentes e jovens de 15 a 29 anos. Nos últimos anos, o País está vivenciando o chamado “bônus demográfico”, onde há mais pessoas em idade ativa do que dependentes. No entanto, as políticas públicas ainda estão longe de atender as necessidades da população jovem. Mas como mudar essa lógica?

Agora, mais do que nunca, passa a ser urgente o investimento na adolescência e juventude para que o Brasil do futuro seja outro. No entanto, segundo dados do MTE, o desemprego entre jovens no Brasil é, na média, o dobro da população geral historicamente.

Em 2023, o Brasil registrou 5,2 milhões de jovens entre 14 e 24 anos sem emprego. Historicamente, a taxa de desemprego entre os jovens é o dobro da população geral, e a situação se agrava quando consideramos que 55% desses desempregados são mulheres e pessoas negras ou pardas. A falta de oportunidades reflete-se diretamente nas estatísticas de exclusão social e perpetuação da desigualdade.

Como "cobrar" futuro se não existem investimentos no presente? Como apostar numa geração que, supostamente, vai "mudar o mundo" quando a gente vive uma grande invisibilidade das questões dos adolescentes e jovens? Temos vivenciado episódios de violências com esta faixa etária, dados de saúde mental são precários, a evasão escolar ainda é uma questão e falta crença de futuro. Por quê? O que os governos estão deixando de fazer que colaboram com esses dados? O que nós, sociedade, estamos deixando de fazer?

O Brasil está passando por uma mudança significativa em sua pirâmide etária, e essa transformação exige cada vez mais ações urgentes por parte das autoridades competentes. É preciso que haja, de fato, um esforço sistêmico em criar condições melhores de ensino e convivência social para adolescentes e jovens no Brasil. Do contrário, vamos continuar perdendo-os para os dados, as estatísticas.

Evasão escolar e saúde mental: o impacto da falta de políticas eficazes A evasão escolar e os problemas de saúde mental entre adolescentes brasileiros são preocupantes. Segundo o INEP, apenas 65,1% dos estudantes do ensino médio completam os estudos no tempo regular. Além disso, o aumento dos casos de ansiedade e depressão entre os jovens -- com 34% relatando sintomas graves -- compromete o desempenho acadêmico e a inserção no mercado de trabalho.

Segundo Mônica Dias Pinto, chefe de Educação do UNICEF, é essencial focar na conclusão da educação básica para garantir o desenvolvimento pleno dos jovens. "A educação deve preparar os jovens não apenas para o mercado de trabalho, mas também para serem cidadãos íntegros e felizes. Programas como o Pacto Nacional pela Reposição de Aprendizagens e a Escola das Adolescências buscam reformular o ensino fundamental e médio para torná-los mais atrativos e adequados às demandas dessa geração", afirma.

Além disso, Mônica enfatiza a importância de políticas de transferência de renda, como o programa Pé de Meia, para garantir que jovens de baixa renda permaneçam na escola. "O governo federal e os estados precisam combinar esforços para que a educação faça sentido na vida desses jovens. Sem isso, eles continuarão abandonando a escola e perdendo oportunidades de se qualificarem", explica.

Políticas de sucesso no Brasil e no mundo Exemplos de sucesso no Brasil incluem a ampliação do ensino técnico e profissionalizante. Nos últimos cinco anos, o número de matrículas em cursos técnicos cresceu 31,2%, e 70% dos alunos que frequentaram cursos do SENAI conseguiram emprego após a conclusão.

Outros países estão investindo em seus jovens, de olho no futuro Foto: Rido/adobe.stock

Programas como o Formare, que oferece cursos em parceria com empresas, também são exemplos de como a iniciativa privada pode colaborar para melhorar a qualificação e a empregabilidade dos jovens. Internacionalmente, iniciativas como o Programa de Garantia Jovem em Portugal têm ajudado a reduzir o desemprego juvenil, oferecendo formação profissional e apoio ao primeiro emprego. Na Finlândia, o Sistema de Aprendizagem Dual combina trabalho e estudo, promovendo a entrada dos jovens no mercado antes mesmo da conclusão dos estudos.

Mônica também comenta sobre a importância da integração entre governos e empresas. "É essencial que as empresas criem mais programas de aprendizagem, estágio e primeiro emprego, para que os jovens possam ter uma entrada digna no mercado de trabalho. Sem esse engajamento, continuaremos a comprometer o futuro dessa geração e do país como um todo", afirma.

O Pacto Nacional pela Inclusão Produtiva das Juventudes, lançado em 2023, é uma tentativa de articular governos, empresas e sociedade civil para promover a inserção produtiva dos jovens. Contudo, a implementação efetiva dessas políticas depende de uma coordenação eficaz entre as esferas federal, estadual e municipal.

Na verdade, o Brasil tem uma janela de oportunidade única para transformar sua juventude em um motor de crescimento e inovação. Para isso, é necessário investir em políticas públicas que combinem educação de qualidade, inserção no mercado de trabalho e apoio financeiro para os mais vulneráveis. Sem esse esforço, o país corre o risco de perder uma geração inteira para o desemprego e a exclusão social, comprometendo o futuro de todos.

Segundo dados do IBGE, a pirâmide brasileira está se invertendo e as projeções indicam que o país está envelhecendo. Mas como garantir políticas publicas voltadas a adolescentes e jovens para garantir o que chamamos de “futuro”?

Segundo dados do Censo Demográfico 2022, o Brasil conta com 45,3 milhões de adolescentes e jovens de 15 a 29 anos. Nos últimos anos, o País está vivenciando o chamado “bônus demográfico”, onde há mais pessoas em idade ativa do que dependentes. No entanto, as políticas públicas ainda estão longe de atender as necessidades da população jovem. Mas como mudar essa lógica?

Agora, mais do que nunca, passa a ser urgente o investimento na adolescência e juventude para que o Brasil do futuro seja outro. No entanto, segundo dados do MTE, o desemprego entre jovens no Brasil é, na média, o dobro da população geral historicamente.

Em 2023, o Brasil registrou 5,2 milhões de jovens entre 14 e 24 anos sem emprego. Historicamente, a taxa de desemprego entre os jovens é o dobro da população geral, e a situação se agrava quando consideramos que 55% desses desempregados são mulheres e pessoas negras ou pardas. A falta de oportunidades reflete-se diretamente nas estatísticas de exclusão social e perpetuação da desigualdade.

Como "cobrar" futuro se não existem investimentos no presente? Como apostar numa geração que, supostamente, vai "mudar o mundo" quando a gente vive uma grande invisibilidade das questões dos adolescentes e jovens? Temos vivenciado episódios de violências com esta faixa etária, dados de saúde mental são precários, a evasão escolar ainda é uma questão e falta crença de futuro. Por quê? O que os governos estão deixando de fazer que colaboram com esses dados? O que nós, sociedade, estamos deixando de fazer?

O Brasil está passando por uma mudança significativa em sua pirâmide etária, e essa transformação exige cada vez mais ações urgentes por parte das autoridades competentes. É preciso que haja, de fato, um esforço sistêmico em criar condições melhores de ensino e convivência social para adolescentes e jovens no Brasil. Do contrário, vamos continuar perdendo-os para os dados, as estatísticas.

Evasão escolar e saúde mental: o impacto da falta de políticas eficazes A evasão escolar e os problemas de saúde mental entre adolescentes brasileiros são preocupantes. Segundo o INEP, apenas 65,1% dos estudantes do ensino médio completam os estudos no tempo regular. Além disso, o aumento dos casos de ansiedade e depressão entre os jovens -- com 34% relatando sintomas graves -- compromete o desempenho acadêmico e a inserção no mercado de trabalho.

Segundo Mônica Dias Pinto, chefe de Educação do UNICEF, é essencial focar na conclusão da educação básica para garantir o desenvolvimento pleno dos jovens. "A educação deve preparar os jovens não apenas para o mercado de trabalho, mas também para serem cidadãos íntegros e felizes. Programas como o Pacto Nacional pela Reposição de Aprendizagens e a Escola das Adolescências buscam reformular o ensino fundamental e médio para torná-los mais atrativos e adequados às demandas dessa geração", afirma.

Além disso, Mônica enfatiza a importância de políticas de transferência de renda, como o programa Pé de Meia, para garantir que jovens de baixa renda permaneçam na escola. "O governo federal e os estados precisam combinar esforços para que a educação faça sentido na vida desses jovens. Sem isso, eles continuarão abandonando a escola e perdendo oportunidades de se qualificarem", explica.

Políticas de sucesso no Brasil e no mundo Exemplos de sucesso no Brasil incluem a ampliação do ensino técnico e profissionalizante. Nos últimos cinco anos, o número de matrículas em cursos técnicos cresceu 31,2%, e 70% dos alunos que frequentaram cursos do SENAI conseguiram emprego após a conclusão.

Outros países estão investindo em seus jovens, de olho no futuro Foto: Rido/adobe.stock

Programas como o Formare, que oferece cursos em parceria com empresas, também são exemplos de como a iniciativa privada pode colaborar para melhorar a qualificação e a empregabilidade dos jovens. Internacionalmente, iniciativas como o Programa de Garantia Jovem em Portugal têm ajudado a reduzir o desemprego juvenil, oferecendo formação profissional e apoio ao primeiro emprego. Na Finlândia, o Sistema de Aprendizagem Dual combina trabalho e estudo, promovendo a entrada dos jovens no mercado antes mesmo da conclusão dos estudos.

Mônica também comenta sobre a importância da integração entre governos e empresas. "É essencial que as empresas criem mais programas de aprendizagem, estágio e primeiro emprego, para que os jovens possam ter uma entrada digna no mercado de trabalho. Sem esse engajamento, continuaremos a comprometer o futuro dessa geração e do país como um todo", afirma.

O Pacto Nacional pela Inclusão Produtiva das Juventudes, lançado em 2023, é uma tentativa de articular governos, empresas e sociedade civil para promover a inserção produtiva dos jovens. Contudo, a implementação efetiva dessas políticas depende de uma coordenação eficaz entre as esferas federal, estadual e municipal.

Na verdade, o Brasil tem uma janela de oportunidade única para transformar sua juventude em um motor de crescimento e inovação. Para isso, é necessário investir em políticas públicas que combinem educação de qualidade, inserção no mercado de trabalho e apoio financeiro para os mais vulneráveis. Sem esse esforço, o país corre o risco de perder uma geração inteira para o desemprego e a exclusão social, comprometendo o futuro de todos.

Segundo dados do IBGE, a pirâmide brasileira está se invertendo e as projeções indicam que o país está envelhecendo. Mas como garantir políticas publicas voltadas a adolescentes e jovens para garantir o que chamamos de “futuro”?

Segundo dados do Censo Demográfico 2022, o Brasil conta com 45,3 milhões de adolescentes e jovens de 15 a 29 anos. Nos últimos anos, o País está vivenciando o chamado “bônus demográfico”, onde há mais pessoas em idade ativa do que dependentes. No entanto, as políticas públicas ainda estão longe de atender as necessidades da população jovem. Mas como mudar essa lógica?

Agora, mais do que nunca, passa a ser urgente o investimento na adolescência e juventude para que o Brasil do futuro seja outro. No entanto, segundo dados do MTE, o desemprego entre jovens no Brasil é, na média, o dobro da população geral historicamente.

Em 2023, o Brasil registrou 5,2 milhões de jovens entre 14 e 24 anos sem emprego. Historicamente, a taxa de desemprego entre os jovens é o dobro da população geral, e a situação se agrava quando consideramos que 55% desses desempregados são mulheres e pessoas negras ou pardas. A falta de oportunidades reflete-se diretamente nas estatísticas de exclusão social e perpetuação da desigualdade.

Como "cobrar" futuro se não existem investimentos no presente? Como apostar numa geração que, supostamente, vai "mudar o mundo" quando a gente vive uma grande invisibilidade das questões dos adolescentes e jovens? Temos vivenciado episódios de violências com esta faixa etária, dados de saúde mental são precários, a evasão escolar ainda é uma questão e falta crença de futuro. Por quê? O que os governos estão deixando de fazer que colaboram com esses dados? O que nós, sociedade, estamos deixando de fazer?

O Brasil está passando por uma mudança significativa em sua pirâmide etária, e essa transformação exige cada vez mais ações urgentes por parte das autoridades competentes. É preciso que haja, de fato, um esforço sistêmico em criar condições melhores de ensino e convivência social para adolescentes e jovens no Brasil. Do contrário, vamos continuar perdendo-os para os dados, as estatísticas.

Evasão escolar e saúde mental: o impacto da falta de políticas eficazes A evasão escolar e os problemas de saúde mental entre adolescentes brasileiros são preocupantes. Segundo o INEP, apenas 65,1% dos estudantes do ensino médio completam os estudos no tempo regular. Além disso, o aumento dos casos de ansiedade e depressão entre os jovens -- com 34% relatando sintomas graves -- compromete o desempenho acadêmico e a inserção no mercado de trabalho.

Segundo Mônica Dias Pinto, chefe de Educação do UNICEF, é essencial focar na conclusão da educação básica para garantir o desenvolvimento pleno dos jovens. "A educação deve preparar os jovens não apenas para o mercado de trabalho, mas também para serem cidadãos íntegros e felizes. Programas como o Pacto Nacional pela Reposição de Aprendizagens e a Escola das Adolescências buscam reformular o ensino fundamental e médio para torná-los mais atrativos e adequados às demandas dessa geração", afirma.

Além disso, Mônica enfatiza a importância de políticas de transferência de renda, como o programa Pé de Meia, para garantir que jovens de baixa renda permaneçam na escola. "O governo federal e os estados precisam combinar esforços para que a educação faça sentido na vida desses jovens. Sem isso, eles continuarão abandonando a escola e perdendo oportunidades de se qualificarem", explica.

Políticas de sucesso no Brasil e no mundo Exemplos de sucesso no Brasil incluem a ampliação do ensino técnico e profissionalizante. Nos últimos cinco anos, o número de matrículas em cursos técnicos cresceu 31,2%, e 70% dos alunos que frequentaram cursos do SENAI conseguiram emprego após a conclusão.

Outros países estão investindo em seus jovens, de olho no futuro Foto: Rido/adobe.stock

Programas como o Formare, que oferece cursos em parceria com empresas, também são exemplos de como a iniciativa privada pode colaborar para melhorar a qualificação e a empregabilidade dos jovens. Internacionalmente, iniciativas como o Programa de Garantia Jovem em Portugal têm ajudado a reduzir o desemprego juvenil, oferecendo formação profissional e apoio ao primeiro emprego. Na Finlândia, o Sistema de Aprendizagem Dual combina trabalho e estudo, promovendo a entrada dos jovens no mercado antes mesmo da conclusão dos estudos.

Mônica também comenta sobre a importância da integração entre governos e empresas. "É essencial que as empresas criem mais programas de aprendizagem, estágio e primeiro emprego, para que os jovens possam ter uma entrada digna no mercado de trabalho. Sem esse engajamento, continuaremos a comprometer o futuro dessa geração e do país como um todo", afirma.

O Pacto Nacional pela Inclusão Produtiva das Juventudes, lançado em 2023, é uma tentativa de articular governos, empresas e sociedade civil para promover a inserção produtiva dos jovens. Contudo, a implementação efetiva dessas políticas depende de uma coordenação eficaz entre as esferas federal, estadual e municipal.

Na verdade, o Brasil tem uma janela de oportunidade única para transformar sua juventude em um motor de crescimento e inovação. Para isso, é necessário investir em políticas públicas que combinem educação de qualidade, inserção no mercado de trabalho e apoio financeiro para os mais vulneráveis. Sem esse esforço, o país corre o risco de perder uma geração inteira para o desemprego e a exclusão social, comprometendo o futuro de todos.

Segundo dados do IBGE, a pirâmide brasileira está se invertendo e as projeções indicam que o país está envelhecendo. Mas como garantir políticas publicas voltadas a adolescentes e jovens para garantir o que chamamos de “futuro”?

Segundo dados do Censo Demográfico 2022, o Brasil conta com 45,3 milhões de adolescentes e jovens de 15 a 29 anos. Nos últimos anos, o País está vivenciando o chamado “bônus demográfico”, onde há mais pessoas em idade ativa do que dependentes. No entanto, as políticas públicas ainda estão longe de atender as necessidades da população jovem. Mas como mudar essa lógica?

Agora, mais do que nunca, passa a ser urgente o investimento na adolescência e juventude para que o Brasil do futuro seja outro. No entanto, segundo dados do MTE, o desemprego entre jovens no Brasil é, na média, o dobro da população geral historicamente.

Em 2023, o Brasil registrou 5,2 milhões de jovens entre 14 e 24 anos sem emprego. Historicamente, a taxa de desemprego entre os jovens é o dobro da população geral, e a situação se agrava quando consideramos que 55% desses desempregados são mulheres e pessoas negras ou pardas. A falta de oportunidades reflete-se diretamente nas estatísticas de exclusão social e perpetuação da desigualdade.

Como "cobrar" futuro se não existem investimentos no presente? Como apostar numa geração que, supostamente, vai "mudar o mundo" quando a gente vive uma grande invisibilidade das questões dos adolescentes e jovens? Temos vivenciado episódios de violências com esta faixa etária, dados de saúde mental são precários, a evasão escolar ainda é uma questão e falta crença de futuro. Por quê? O que os governos estão deixando de fazer que colaboram com esses dados? O que nós, sociedade, estamos deixando de fazer?

O Brasil está passando por uma mudança significativa em sua pirâmide etária, e essa transformação exige cada vez mais ações urgentes por parte das autoridades competentes. É preciso que haja, de fato, um esforço sistêmico em criar condições melhores de ensino e convivência social para adolescentes e jovens no Brasil. Do contrário, vamos continuar perdendo-os para os dados, as estatísticas.

Evasão escolar e saúde mental: o impacto da falta de políticas eficazes A evasão escolar e os problemas de saúde mental entre adolescentes brasileiros são preocupantes. Segundo o INEP, apenas 65,1% dos estudantes do ensino médio completam os estudos no tempo regular. Além disso, o aumento dos casos de ansiedade e depressão entre os jovens -- com 34% relatando sintomas graves -- compromete o desempenho acadêmico e a inserção no mercado de trabalho.

Segundo Mônica Dias Pinto, chefe de Educação do UNICEF, é essencial focar na conclusão da educação básica para garantir o desenvolvimento pleno dos jovens. "A educação deve preparar os jovens não apenas para o mercado de trabalho, mas também para serem cidadãos íntegros e felizes. Programas como o Pacto Nacional pela Reposição de Aprendizagens e a Escola das Adolescências buscam reformular o ensino fundamental e médio para torná-los mais atrativos e adequados às demandas dessa geração", afirma.

Além disso, Mônica enfatiza a importância de políticas de transferência de renda, como o programa Pé de Meia, para garantir que jovens de baixa renda permaneçam na escola. "O governo federal e os estados precisam combinar esforços para que a educação faça sentido na vida desses jovens. Sem isso, eles continuarão abandonando a escola e perdendo oportunidades de se qualificarem", explica.

Políticas de sucesso no Brasil e no mundo Exemplos de sucesso no Brasil incluem a ampliação do ensino técnico e profissionalizante. Nos últimos cinco anos, o número de matrículas em cursos técnicos cresceu 31,2%, e 70% dos alunos que frequentaram cursos do SENAI conseguiram emprego após a conclusão.

Outros países estão investindo em seus jovens, de olho no futuro Foto: Rido/adobe.stock

Programas como o Formare, que oferece cursos em parceria com empresas, também são exemplos de como a iniciativa privada pode colaborar para melhorar a qualificação e a empregabilidade dos jovens. Internacionalmente, iniciativas como o Programa de Garantia Jovem em Portugal têm ajudado a reduzir o desemprego juvenil, oferecendo formação profissional e apoio ao primeiro emprego. Na Finlândia, o Sistema de Aprendizagem Dual combina trabalho e estudo, promovendo a entrada dos jovens no mercado antes mesmo da conclusão dos estudos.

Mônica também comenta sobre a importância da integração entre governos e empresas. "É essencial que as empresas criem mais programas de aprendizagem, estágio e primeiro emprego, para que os jovens possam ter uma entrada digna no mercado de trabalho. Sem esse engajamento, continuaremos a comprometer o futuro dessa geração e do país como um todo", afirma.

O Pacto Nacional pela Inclusão Produtiva das Juventudes, lançado em 2023, é uma tentativa de articular governos, empresas e sociedade civil para promover a inserção produtiva dos jovens. Contudo, a implementação efetiva dessas políticas depende de uma coordenação eficaz entre as esferas federal, estadual e municipal.

Na verdade, o Brasil tem uma janela de oportunidade única para transformar sua juventude em um motor de crescimento e inovação. Para isso, é necessário investir em políticas públicas que combinem educação de qualidade, inserção no mercado de trabalho e apoio financeiro para os mais vulneráveis. Sem esse esforço, o país corre o risco de perder uma geração inteira para o desemprego e a exclusão social, comprometendo o futuro de todos.

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