Reciclagem com estilo: lixo plástico vira objetos de design


Designers passam a usar materiais de descarte como matérias-primas para peças que esbanjam estilo 

Por Marcelo Lima
A cadeira Love, de Eugeni Quitllet para a Vondom espanhola, fabricada com plástico proveniente de redes de pesca e garrafas plásticas descartadas, recolhidas do mar Foto: VONDOM

O problema dos resíduos plásticos – sobretudo provenientes de produtos descartáveis como garrafas pet, sacolas e copos – existe há décadas. A novidade é que atingimos um ponto no qual a proporção de material descartado, especialmente nos oceanos, se tornou tão descomunal, que não pode mais ser ignorada. 

Tendo, muitas vezes, desempenhado papel-chave na criação de produtos focados mais na conveniência do que na longevidade, designers de todo mundo já chamam para si a responsabilidade de repensar o futuro do plástico. O que pode representar desde a total substituição por variedades biodegradáveis até a possibilidade de reelaborar o que já existe, sintetizando novos materiais. 

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Em sintonia com o movimento, a feira Maison & Objet, que ocorreu no mês passado em Paris, trouxe exemplos concretos das possibilidades abertas pela reciclagem, quando aplicada à produção de móveis e objetos utilitários.

O designer holandês Dirk Vander Kooij está entre aqueles que tentam mudar a percepção de valor do móvel de plástico reciclado. Sua série Meltingpot – produzida pela fusão de cadeiras, vasos, armários e outros itens descartados – apresenta textura e solidez comparáveis às do mármore.

A mesa Meltingpot, do designer holandês Dirk Vander Kooij, feita com matéria-prima proveniente da fusão de móveis de plásticos descartados Foto: DIRK VANDER KOOIJ
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A longo prazo, reutilizar plástico usado em vez de recorrer ao material virgem parece ser um caminho natural, tanto para designers como Kooij , que produz suas peças em ateliê, por conta própria, quanto para a grande indústria, sempre às voltas com volumes e cifras consideravelmente superiores.

Caso da Vondom, especializada em móveis externos, que extrai sua matéria-prima diretamente do mar – é a partir de redes de pesca e garrafas plásticas, recolhidas por pescadores e organizações ambientais, que surgem cadeiras como a Love, que leva a assinatura de Eugeni Quitllet.

Outra que entrou na onda, a italiana Guzzini apresentou em Paris a coleção de utilitários Tierra: sua primeira 100% feita a partir de garrafas de água descartáveis. De aspecto artesanal, o design lembra cerâmica. “É diferente do plástico novo, tem um efeito diferente, e você pode brincar com isso para criar uma nova estética”, sugere o designer Tito Toso, um dos responsáveis pelo projeto.

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Recipiente plástico da linha Tierra, da Guzzini, 100% fabricado com material proveniente da reciclagem de garrafas plásticas descartadas Foto: GUZZINI
A cadeira Love, de Eugeni Quitllet para a Vondom espanhola, fabricada com plástico proveniente de redes de pesca e garrafas plásticas descartadas, recolhidas do mar Foto: VONDOM

O problema dos resíduos plásticos – sobretudo provenientes de produtos descartáveis como garrafas pet, sacolas e copos – existe há décadas. A novidade é que atingimos um ponto no qual a proporção de material descartado, especialmente nos oceanos, se tornou tão descomunal, que não pode mais ser ignorada. 

Tendo, muitas vezes, desempenhado papel-chave na criação de produtos focados mais na conveniência do que na longevidade, designers de todo mundo já chamam para si a responsabilidade de repensar o futuro do plástico. O que pode representar desde a total substituição por variedades biodegradáveis até a possibilidade de reelaborar o que já existe, sintetizando novos materiais. 

Em sintonia com o movimento, a feira Maison & Objet, que ocorreu no mês passado em Paris, trouxe exemplos concretos das possibilidades abertas pela reciclagem, quando aplicada à produção de móveis e objetos utilitários.

O designer holandês Dirk Vander Kooij está entre aqueles que tentam mudar a percepção de valor do móvel de plástico reciclado. Sua série Meltingpot – produzida pela fusão de cadeiras, vasos, armários e outros itens descartados – apresenta textura e solidez comparáveis às do mármore.

A mesa Meltingpot, do designer holandês Dirk Vander Kooij, feita com matéria-prima proveniente da fusão de móveis de plásticos descartados Foto: DIRK VANDER KOOIJ

A longo prazo, reutilizar plástico usado em vez de recorrer ao material virgem parece ser um caminho natural, tanto para designers como Kooij , que produz suas peças em ateliê, por conta própria, quanto para a grande indústria, sempre às voltas com volumes e cifras consideravelmente superiores.

Caso da Vondom, especializada em móveis externos, que extrai sua matéria-prima diretamente do mar – é a partir de redes de pesca e garrafas plásticas, recolhidas por pescadores e organizações ambientais, que surgem cadeiras como a Love, que leva a assinatura de Eugeni Quitllet.

Outra que entrou na onda, a italiana Guzzini apresentou em Paris a coleção de utilitários Tierra: sua primeira 100% feita a partir de garrafas de água descartáveis. De aspecto artesanal, o design lembra cerâmica. “É diferente do plástico novo, tem um efeito diferente, e você pode brincar com isso para criar uma nova estética”, sugere o designer Tito Toso, um dos responsáveis pelo projeto.

Recipiente plástico da linha Tierra, da Guzzini, 100% fabricado com material proveniente da reciclagem de garrafas plásticas descartadas Foto: GUZZINI
A cadeira Love, de Eugeni Quitllet para a Vondom espanhola, fabricada com plástico proveniente de redes de pesca e garrafas plásticas descartadas, recolhidas do mar Foto: VONDOM

O problema dos resíduos plásticos – sobretudo provenientes de produtos descartáveis como garrafas pet, sacolas e copos – existe há décadas. A novidade é que atingimos um ponto no qual a proporção de material descartado, especialmente nos oceanos, se tornou tão descomunal, que não pode mais ser ignorada. 

Tendo, muitas vezes, desempenhado papel-chave na criação de produtos focados mais na conveniência do que na longevidade, designers de todo mundo já chamam para si a responsabilidade de repensar o futuro do plástico. O que pode representar desde a total substituição por variedades biodegradáveis até a possibilidade de reelaborar o que já existe, sintetizando novos materiais. 

Em sintonia com o movimento, a feira Maison & Objet, que ocorreu no mês passado em Paris, trouxe exemplos concretos das possibilidades abertas pela reciclagem, quando aplicada à produção de móveis e objetos utilitários.

O designer holandês Dirk Vander Kooij está entre aqueles que tentam mudar a percepção de valor do móvel de plástico reciclado. Sua série Meltingpot – produzida pela fusão de cadeiras, vasos, armários e outros itens descartados – apresenta textura e solidez comparáveis às do mármore.

A mesa Meltingpot, do designer holandês Dirk Vander Kooij, feita com matéria-prima proveniente da fusão de móveis de plásticos descartados Foto: DIRK VANDER KOOIJ

A longo prazo, reutilizar plástico usado em vez de recorrer ao material virgem parece ser um caminho natural, tanto para designers como Kooij , que produz suas peças em ateliê, por conta própria, quanto para a grande indústria, sempre às voltas com volumes e cifras consideravelmente superiores.

Caso da Vondom, especializada em móveis externos, que extrai sua matéria-prima diretamente do mar – é a partir de redes de pesca e garrafas plásticas, recolhidas por pescadores e organizações ambientais, que surgem cadeiras como a Love, que leva a assinatura de Eugeni Quitllet.

Outra que entrou na onda, a italiana Guzzini apresentou em Paris a coleção de utilitários Tierra: sua primeira 100% feita a partir de garrafas de água descartáveis. De aspecto artesanal, o design lembra cerâmica. “É diferente do plástico novo, tem um efeito diferente, e você pode brincar com isso para criar uma nova estética”, sugere o designer Tito Toso, um dos responsáveis pelo projeto.

Recipiente plástico da linha Tierra, da Guzzini, 100% fabricado com material proveniente da reciclagem de garrafas plásticas descartadas Foto: GUZZINI
A cadeira Love, de Eugeni Quitllet para a Vondom espanhola, fabricada com plástico proveniente de redes de pesca e garrafas plásticas descartadas, recolhidas do mar Foto: VONDOM

O problema dos resíduos plásticos – sobretudo provenientes de produtos descartáveis como garrafas pet, sacolas e copos – existe há décadas. A novidade é que atingimos um ponto no qual a proporção de material descartado, especialmente nos oceanos, se tornou tão descomunal, que não pode mais ser ignorada. 

Tendo, muitas vezes, desempenhado papel-chave na criação de produtos focados mais na conveniência do que na longevidade, designers de todo mundo já chamam para si a responsabilidade de repensar o futuro do plástico. O que pode representar desde a total substituição por variedades biodegradáveis até a possibilidade de reelaborar o que já existe, sintetizando novos materiais. 

Em sintonia com o movimento, a feira Maison & Objet, que ocorreu no mês passado em Paris, trouxe exemplos concretos das possibilidades abertas pela reciclagem, quando aplicada à produção de móveis e objetos utilitários.

O designer holandês Dirk Vander Kooij está entre aqueles que tentam mudar a percepção de valor do móvel de plástico reciclado. Sua série Meltingpot – produzida pela fusão de cadeiras, vasos, armários e outros itens descartados – apresenta textura e solidez comparáveis às do mármore.

A mesa Meltingpot, do designer holandês Dirk Vander Kooij, feita com matéria-prima proveniente da fusão de móveis de plásticos descartados Foto: DIRK VANDER KOOIJ

A longo prazo, reutilizar plástico usado em vez de recorrer ao material virgem parece ser um caminho natural, tanto para designers como Kooij , que produz suas peças em ateliê, por conta própria, quanto para a grande indústria, sempre às voltas com volumes e cifras consideravelmente superiores.

Caso da Vondom, especializada em móveis externos, que extrai sua matéria-prima diretamente do mar – é a partir de redes de pesca e garrafas plásticas, recolhidas por pescadores e organizações ambientais, que surgem cadeiras como a Love, que leva a assinatura de Eugeni Quitllet.

Outra que entrou na onda, a italiana Guzzini apresentou em Paris a coleção de utilitários Tierra: sua primeira 100% feita a partir de garrafas de água descartáveis. De aspecto artesanal, o design lembra cerâmica. “É diferente do plástico novo, tem um efeito diferente, e você pode brincar com isso para criar uma nova estética”, sugere o designer Tito Toso, um dos responsáveis pelo projeto.

Recipiente plástico da linha Tierra, da Guzzini, 100% fabricado com material proveniente da reciclagem de garrafas plásticas descartadas Foto: GUZZINI

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