Um painel de madeira realiza a divisão entre o quarto e a sala. Mas, uma vez aberto, ele transforma este apartamento de 50 m², de frente para a Praça da República, em um verdadeiro loft, com direito a painéis de vidro em toda sua extensão, luz abundante e o verde das copas das árvores invadindo seus ambientes. Tudo devidamente emoldurado por elementos de concreto aparente e aço, trazendo o clima da metrópole paulistana para dentro do imóvel.
Confira as fotos do apartamento:
Um apartamento que tem a Praça da República como jardim
Uma situação muito diversa daquela que o proprietário encontrou quando se viu diante de um espaço árido, vazio, sem acabamento e aparentando ser muito pequeno para dar origem a uma decoração de efeito. Foi quando entrou em cena o escritório de arquitetura SuperLimão, que assumiu o projeto de interiores do apartamento. “ O proprietário não tinha nenhum pedido especial e muito menos algum estilo a sugerir, afinal o imóvel fazia parte da sua carteira de investimento em aluguéis. Ele só tinha em mente que teria que ter muita praticidade, afinal as características do prédio, com certeza, sugeriam um inquilino mais moderno e descontraído”, conta o arquiteto Thiago Rodrigues.
A partir desta constatação e, em conjunto com o investidor, o escritório fez um levantamento detalhado das necessidades diárias de uma pessoa que morasse ali e foi a partir dele que se desenvolveu todo o projeto. “Quanto mais pensado fosse, quanto mais real fosse a maneira de enxergar a rotina de funcionamento do imóvel, haveria menos risco de que o proprietário tivesse que refazer a reforma e, para quem tem como foco o investimento, isso pesa muito”, explica Rodrigues. Do ponto de vista do inquilino não seria diferente. “O objetivo era que ele pegasse suas malas e se instalasse na nova casa. Com conforto e sem maiores gastos”, resume o arquiteto.
Assim, com prateleiras apoiadas sobre vigas de concreto e máquina de lavar instalada no closet, o projeto esbanja versatilidade. “Achava importante criar espaços nos quais o futuro morador do apartamento pudesse dispor sua história: um adorno, um livro, uma fotografia, imprimindo ao projeto de interiores um pouco de sua personalidade, por mais bem montado que ele estivesse”, finaliza o arquiteto.