Viver em meio a livros


Biblioteca em casa deve combinar estética e funcionalidade, além de prever a possibilidade de sua expansão

Por Marcelo Lima
A arquiteta Fernanda Marques na biblioteca da sua casa, em São Paulo Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADÃO

Existem aqueles que não abrem mão de um cômodo específico na casa para guardar seus livros. Outros preferem conjugar biblioteca e outros ambientes, e há ainda aqueles que, indiferentes a qualquer convenção, não abrem mão de nenhum espaço disponível para armazenar o acervo: de corredores a lavabos. Em plena era digital, para uma legião fiel de leitores, o essencial é tê-los por perto. “Eu e meu marido adoramos ler. Lemos em telas das mais variadas, mas gostamos de ter livros físicos”, afirma a arquiteta Fernanda Marques, que concentrou os volumes do casal em toda uma parede de seu home office. E, mais do que isso, se empenhou em dotar o ambiente de condições ideias de leitura. 

Luminárias se espalham por estante em projeto de Lucilla Pessoa de Queiroz Foto: André Nazareth
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A icônica poltrona Up, de 1969, clássico do italiano Gaetano Pesce, por exemplo, não está lá por acaso. “É um dos meus móveis favoritos, mas ela foi escolhida por ser, antes de mais nada, extremamente confortável”, conta ela, que, além do móvel, compartilha com o marido as prateleiras da estante. “À direita, ficam os livros dele. Os de economia, mais consultados, mas também os de história e de ficção científica. No outro lado, os meus: clássicos, romances históricos e, atualmente, muitos de neurociência, assunto que tem me interessado bastante”, descreve a arquiteta que, a partir desse esquema básico, procurou organizar os volumes primeiro por idioma, depois por frequência de leitura. 

Bibioteca ocupa parte da sala de jantar da casa do arquiteto carioca Maurício Nóbrega Foto: FELIPE FITTIPALDI

Pensada para um casal de médicos que costuma trabalhar em casa, outra biblioteca, desta vez projetada pela arquiteta Patricia Mello, também conta com território específico dentro da geografia doméstica. Só que, no caso, partilhando o espaço da sala de estar. “Os ambientes ficam separados por portas de correr de vidro, mantendo a comunicação visual entre eles, mas preservando o conforto acústico”, explica ela.  Com prateleiras de vidro e iluminação interna com lâmpadas LED, a estante acomoda livros de consulta e estudos, mas também de literatura em geral. Além de objetos como porta-retratos, lembranças de viagens e pequenos objetos. “É uma forma de deixar a composição mais leve”, relata Patricia que, para evitar nichos muito altos, procurou posicionar os volumes maiores na horizontal. 

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Estante com livros ocupa parte do lavabo da casa do arquiteto Maurício Nóbrega Foto: Rodrigo Azevedo

“Ao finalizarmos o projeto, o próprio dono da casa organizou seus livros de acordo com a frequência de uso e a facilidade de acesso. Em geral, aconselho que os mais utilizados fiquem à altura dos olhos. No mais, gosto de deixar meus clientes mais livres na hora de organizar seus livros. Acredito que isso acaba trazendo um resultado mais orgânico e natural”, diz. “Penso que a biblioteca particular deve contar um pouco a história do morador, criar uma memória afetiva, aumentar a sensação de pertencimento. Por isso, além de explorar as cores, formatos e espessuras dos livros na composição das estantes, procuro distribuir pequenos objetos pelas prateleiras”, afirma a arquiteta Adriana Esteves, que acaba de desenvolver um projeto para o home office de um promotor de Justiça, praticante de karatê. 

Divisória de vidro separabiblioteca do living em projeto de Patricia Mello Foto: Luis Gomes
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“Os interesses dele são bem variados: literatura, negócios, finanças, biografias e, claro, sua arte marcial favorita. Ele encara o ambiente como uma espécie de santuário, no qual estante funciona como o altar”, brinca ela, que dimensionou a metragem e o número de prateleiras com base na quantidade de livros indicada por seu cliente.  Já para o arquiteto Maurício Nóbrega, um ambiente apenas não foi suficiente para abrigar toda sua coleção de livros, acumulada há anos. “Fato é que meu acervo foi crescendo tanto que o living acabou ficando pequeno. A ponto de eu ter de pensar na sala de jantar e até no lavabo”, conta ele, que, na disposição de seus volumes, procurou atingir um equilíbrio possível entre funcionalidade e estética. 

Projeto de Adriana Esteves para juristaprevêestante com prateleiras regulares Foto: JULIANO COLODETI

“Na sala de estar, como a intenção era acomodar, principalmente, meus exemplares de arte, que são maiores, as prateleiras têm altura maior e maior espaçamento. No lavabo, por sua vez, resolvi concentrar os livros de tamanho padrão”, explica Nóbrega.  Nos dois ambientes, segundo o arquiteto, os volumes foram organizados por assunto, mas sem muitas regras. No lavabo, o efeito visual é mais organizado; na sala de jantar, despojado, com livros, em meio a objetos, dispostos tanto na horizontal como na vertical. Nos dois casos, como manda a regra, os mais usados ocupando prateleiras ao alcance das mãos e, os demais, as mais altas.  Em qualquer situação, porém, a recomendação do profissional é clara. “Na hora de planejar a biblioteca, é essencial observar não só o acervo atual, mas também prever sua expansão. Só assim é possível dimensionar estantes capazes de te acompanhar por toda a vida.”

A arquiteta Fernanda Marques na biblioteca da sua casa, em São Paulo Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADÃO

Existem aqueles que não abrem mão de um cômodo específico na casa para guardar seus livros. Outros preferem conjugar biblioteca e outros ambientes, e há ainda aqueles que, indiferentes a qualquer convenção, não abrem mão de nenhum espaço disponível para armazenar o acervo: de corredores a lavabos. Em plena era digital, para uma legião fiel de leitores, o essencial é tê-los por perto. “Eu e meu marido adoramos ler. Lemos em telas das mais variadas, mas gostamos de ter livros físicos”, afirma a arquiteta Fernanda Marques, que concentrou os volumes do casal em toda uma parede de seu home office. E, mais do que isso, se empenhou em dotar o ambiente de condições ideias de leitura. 

Luminárias se espalham por estante em projeto de Lucilla Pessoa de Queiroz Foto: André Nazareth

A icônica poltrona Up, de 1969, clássico do italiano Gaetano Pesce, por exemplo, não está lá por acaso. “É um dos meus móveis favoritos, mas ela foi escolhida por ser, antes de mais nada, extremamente confortável”, conta ela, que, além do móvel, compartilha com o marido as prateleiras da estante. “À direita, ficam os livros dele. Os de economia, mais consultados, mas também os de história e de ficção científica. No outro lado, os meus: clássicos, romances históricos e, atualmente, muitos de neurociência, assunto que tem me interessado bastante”, descreve a arquiteta que, a partir desse esquema básico, procurou organizar os volumes primeiro por idioma, depois por frequência de leitura. 

Bibioteca ocupa parte da sala de jantar da casa do arquiteto carioca Maurício Nóbrega Foto: FELIPE FITTIPALDI

Pensada para um casal de médicos que costuma trabalhar em casa, outra biblioteca, desta vez projetada pela arquiteta Patricia Mello, também conta com território específico dentro da geografia doméstica. Só que, no caso, partilhando o espaço da sala de estar. “Os ambientes ficam separados por portas de correr de vidro, mantendo a comunicação visual entre eles, mas preservando o conforto acústico”, explica ela.  Com prateleiras de vidro e iluminação interna com lâmpadas LED, a estante acomoda livros de consulta e estudos, mas também de literatura em geral. Além de objetos como porta-retratos, lembranças de viagens e pequenos objetos. “É uma forma de deixar a composição mais leve”, relata Patricia que, para evitar nichos muito altos, procurou posicionar os volumes maiores na horizontal. 

Estante com livros ocupa parte do lavabo da casa do arquiteto Maurício Nóbrega Foto: Rodrigo Azevedo

“Ao finalizarmos o projeto, o próprio dono da casa organizou seus livros de acordo com a frequência de uso e a facilidade de acesso. Em geral, aconselho que os mais utilizados fiquem à altura dos olhos. No mais, gosto de deixar meus clientes mais livres na hora de organizar seus livros. Acredito que isso acaba trazendo um resultado mais orgânico e natural”, diz. “Penso que a biblioteca particular deve contar um pouco a história do morador, criar uma memória afetiva, aumentar a sensação de pertencimento. Por isso, além de explorar as cores, formatos e espessuras dos livros na composição das estantes, procuro distribuir pequenos objetos pelas prateleiras”, afirma a arquiteta Adriana Esteves, que acaba de desenvolver um projeto para o home office de um promotor de Justiça, praticante de karatê. 

Divisória de vidro separabiblioteca do living em projeto de Patricia Mello Foto: Luis Gomes

“Os interesses dele são bem variados: literatura, negócios, finanças, biografias e, claro, sua arte marcial favorita. Ele encara o ambiente como uma espécie de santuário, no qual estante funciona como o altar”, brinca ela, que dimensionou a metragem e o número de prateleiras com base na quantidade de livros indicada por seu cliente.  Já para o arquiteto Maurício Nóbrega, um ambiente apenas não foi suficiente para abrigar toda sua coleção de livros, acumulada há anos. “Fato é que meu acervo foi crescendo tanto que o living acabou ficando pequeno. A ponto de eu ter de pensar na sala de jantar e até no lavabo”, conta ele, que, na disposição de seus volumes, procurou atingir um equilíbrio possível entre funcionalidade e estética. 

Projeto de Adriana Esteves para juristaprevêestante com prateleiras regulares Foto: JULIANO COLODETI

“Na sala de estar, como a intenção era acomodar, principalmente, meus exemplares de arte, que são maiores, as prateleiras têm altura maior e maior espaçamento. No lavabo, por sua vez, resolvi concentrar os livros de tamanho padrão”, explica Nóbrega.  Nos dois ambientes, segundo o arquiteto, os volumes foram organizados por assunto, mas sem muitas regras. No lavabo, o efeito visual é mais organizado; na sala de jantar, despojado, com livros, em meio a objetos, dispostos tanto na horizontal como na vertical. Nos dois casos, como manda a regra, os mais usados ocupando prateleiras ao alcance das mãos e, os demais, as mais altas.  Em qualquer situação, porém, a recomendação do profissional é clara. “Na hora de planejar a biblioteca, é essencial observar não só o acervo atual, mas também prever sua expansão. Só assim é possível dimensionar estantes capazes de te acompanhar por toda a vida.”

A arquiteta Fernanda Marques na biblioteca da sua casa, em São Paulo Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADÃO

Existem aqueles que não abrem mão de um cômodo específico na casa para guardar seus livros. Outros preferem conjugar biblioteca e outros ambientes, e há ainda aqueles que, indiferentes a qualquer convenção, não abrem mão de nenhum espaço disponível para armazenar o acervo: de corredores a lavabos. Em plena era digital, para uma legião fiel de leitores, o essencial é tê-los por perto. “Eu e meu marido adoramos ler. Lemos em telas das mais variadas, mas gostamos de ter livros físicos”, afirma a arquiteta Fernanda Marques, que concentrou os volumes do casal em toda uma parede de seu home office. E, mais do que isso, se empenhou em dotar o ambiente de condições ideias de leitura. 

Luminárias se espalham por estante em projeto de Lucilla Pessoa de Queiroz Foto: André Nazareth

A icônica poltrona Up, de 1969, clássico do italiano Gaetano Pesce, por exemplo, não está lá por acaso. “É um dos meus móveis favoritos, mas ela foi escolhida por ser, antes de mais nada, extremamente confortável”, conta ela, que, além do móvel, compartilha com o marido as prateleiras da estante. “À direita, ficam os livros dele. Os de economia, mais consultados, mas também os de história e de ficção científica. No outro lado, os meus: clássicos, romances históricos e, atualmente, muitos de neurociência, assunto que tem me interessado bastante”, descreve a arquiteta que, a partir desse esquema básico, procurou organizar os volumes primeiro por idioma, depois por frequência de leitura. 

Bibioteca ocupa parte da sala de jantar da casa do arquiteto carioca Maurício Nóbrega Foto: FELIPE FITTIPALDI

Pensada para um casal de médicos que costuma trabalhar em casa, outra biblioteca, desta vez projetada pela arquiteta Patricia Mello, também conta com território específico dentro da geografia doméstica. Só que, no caso, partilhando o espaço da sala de estar. “Os ambientes ficam separados por portas de correr de vidro, mantendo a comunicação visual entre eles, mas preservando o conforto acústico”, explica ela.  Com prateleiras de vidro e iluminação interna com lâmpadas LED, a estante acomoda livros de consulta e estudos, mas também de literatura em geral. Além de objetos como porta-retratos, lembranças de viagens e pequenos objetos. “É uma forma de deixar a composição mais leve”, relata Patricia que, para evitar nichos muito altos, procurou posicionar os volumes maiores na horizontal. 

Estante com livros ocupa parte do lavabo da casa do arquiteto Maurício Nóbrega Foto: Rodrigo Azevedo

“Ao finalizarmos o projeto, o próprio dono da casa organizou seus livros de acordo com a frequência de uso e a facilidade de acesso. Em geral, aconselho que os mais utilizados fiquem à altura dos olhos. No mais, gosto de deixar meus clientes mais livres na hora de organizar seus livros. Acredito que isso acaba trazendo um resultado mais orgânico e natural”, diz. “Penso que a biblioteca particular deve contar um pouco a história do morador, criar uma memória afetiva, aumentar a sensação de pertencimento. Por isso, além de explorar as cores, formatos e espessuras dos livros na composição das estantes, procuro distribuir pequenos objetos pelas prateleiras”, afirma a arquiteta Adriana Esteves, que acaba de desenvolver um projeto para o home office de um promotor de Justiça, praticante de karatê. 

Divisória de vidro separabiblioteca do living em projeto de Patricia Mello Foto: Luis Gomes

“Os interesses dele são bem variados: literatura, negócios, finanças, biografias e, claro, sua arte marcial favorita. Ele encara o ambiente como uma espécie de santuário, no qual estante funciona como o altar”, brinca ela, que dimensionou a metragem e o número de prateleiras com base na quantidade de livros indicada por seu cliente.  Já para o arquiteto Maurício Nóbrega, um ambiente apenas não foi suficiente para abrigar toda sua coleção de livros, acumulada há anos. “Fato é que meu acervo foi crescendo tanto que o living acabou ficando pequeno. A ponto de eu ter de pensar na sala de jantar e até no lavabo”, conta ele, que, na disposição de seus volumes, procurou atingir um equilíbrio possível entre funcionalidade e estética. 

Projeto de Adriana Esteves para juristaprevêestante com prateleiras regulares Foto: JULIANO COLODETI

“Na sala de estar, como a intenção era acomodar, principalmente, meus exemplares de arte, que são maiores, as prateleiras têm altura maior e maior espaçamento. No lavabo, por sua vez, resolvi concentrar os livros de tamanho padrão”, explica Nóbrega.  Nos dois ambientes, segundo o arquiteto, os volumes foram organizados por assunto, mas sem muitas regras. No lavabo, o efeito visual é mais organizado; na sala de jantar, despojado, com livros, em meio a objetos, dispostos tanto na horizontal como na vertical. Nos dois casos, como manda a regra, os mais usados ocupando prateleiras ao alcance das mãos e, os demais, as mais altas.  Em qualquer situação, porém, a recomendação do profissional é clara. “Na hora de planejar a biblioteca, é essencial observar não só o acervo atual, mas também prever sua expansão. Só assim é possível dimensionar estantes capazes de te acompanhar por toda a vida.”

A arquiteta Fernanda Marques na biblioteca da sua casa, em São Paulo Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADÃO

Existem aqueles que não abrem mão de um cômodo específico na casa para guardar seus livros. Outros preferem conjugar biblioteca e outros ambientes, e há ainda aqueles que, indiferentes a qualquer convenção, não abrem mão de nenhum espaço disponível para armazenar o acervo: de corredores a lavabos. Em plena era digital, para uma legião fiel de leitores, o essencial é tê-los por perto. “Eu e meu marido adoramos ler. Lemos em telas das mais variadas, mas gostamos de ter livros físicos”, afirma a arquiteta Fernanda Marques, que concentrou os volumes do casal em toda uma parede de seu home office. E, mais do que isso, se empenhou em dotar o ambiente de condições ideias de leitura. 

Luminárias se espalham por estante em projeto de Lucilla Pessoa de Queiroz Foto: André Nazareth

A icônica poltrona Up, de 1969, clássico do italiano Gaetano Pesce, por exemplo, não está lá por acaso. “É um dos meus móveis favoritos, mas ela foi escolhida por ser, antes de mais nada, extremamente confortável”, conta ela, que, além do móvel, compartilha com o marido as prateleiras da estante. “À direita, ficam os livros dele. Os de economia, mais consultados, mas também os de história e de ficção científica. No outro lado, os meus: clássicos, romances históricos e, atualmente, muitos de neurociência, assunto que tem me interessado bastante”, descreve a arquiteta que, a partir desse esquema básico, procurou organizar os volumes primeiro por idioma, depois por frequência de leitura. 

Bibioteca ocupa parte da sala de jantar da casa do arquiteto carioca Maurício Nóbrega Foto: FELIPE FITTIPALDI

Pensada para um casal de médicos que costuma trabalhar em casa, outra biblioteca, desta vez projetada pela arquiteta Patricia Mello, também conta com território específico dentro da geografia doméstica. Só que, no caso, partilhando o espaço da sala de estar. “Os ambientes ficam separados por portas de correr de vidro, mantendo a comunicação visual entre eles, mas preservando o conforto acústico”, explica ela.  Com prateleiras de vidro e iluminação interna com lâmpadas LED, a estante acomoda livros de consulta e estudos, mas também de literatura em geral. Além de objetos como porta-retratos, lembranças de viagens e pequenos objetos. “É uma forma de deixar a composição mais leve”, relata Patricia que, para evitar nichos muito altos, procurou posicionar os volumes maiores na horizontal. 

Estante com livros ocupa parte do lavabo da casa do arquiteto Maurício Nóbrega Foto: Rodrigo Azevedo

“Ao finalizarmos o projeto, o próprio dono da casa organizou seus livros de acordo com a frequência de uso e a facilidade de acesso. Em geral, aconselho que os mais utilizados fiquem à altura dos olhos. No mais, gosto de deixar meus clientes mais livres na hora de organizar seus livros. Acredito que isso acaba trazendo um resultado mais orgânico e natural”, diz. “Penso que a biblioteca particular deve contar um pouco a história do morador, criar uma memória afetiva, aumentar a sensação de pertencimento. Por isso, além de explorar as cores, formatos e espessuras dos livros na composição das estantes, procuro distribuir pequenos objetos pelas prateleiras”, afirma a arquiteta Adriana Esteves, que acaba de desenvolver um projeto para o home office de um promotor de Justiça, praticante de karatê. 

Divisória de vidro separabiblioteca do living em projeto de Patricia Mello Foto: Luis Gomes

“Os interesses dele são bem variados: literatura, negócios, finanças, biografias e, claro, sua arte marcial favorita. Ele encara o ambiente como uma espécie de santuário, no qual estante funciona como o altar”, brinca ela, que dimensionou a metragem e o número de prateleiras com base na quantidade de livros indicada por seu cliente.  Já para o arquiteto Maurício Nóbrega, um ambiente apenas não foi suficiente para abrigar toda sua coleção de livros, acumulada há anos. “Fato é que meu acervo foi crescendo tanto que o living acabou ficando pequeno. A ponto de eu ter de pensar na sala de jantar e até no lavabo”, conta ele, que, na disposição de seus volumes, procurou atingir um equilíbrio possível entre funcionalidade e estética. 

Projeto de Adriana Esteves para juristaprevêestante com prateleiras regulares Foto: JULIANO COLODETI

“Na sala de estar, como a intenção era acomodar, principalmente, meus exemplares de arte, que são maiores, as prateleiras têm altura maior e maior espaçamento. No lavabo, por sua vez, resolvi concentrar os livros de tamanho padrão”, explica Nóbrega.  Nos dois ambientes, segundo o arquiteto, os volumes foram organizados por assunto, mas sem muitas regras. No lavabo, o efeito visual é mais organizado; na sala de jantar, despojado, com livros, em meio a objetos, dispostos tanto na horizontal como na vertical. Nos dois casos, como manda a regra, os mais usados ocupando prateleiras ao alcance das mãos e, os demais, as mais altas.  Em qualquer situação, porém, a recomendação do profissional é clara. “Na hora de planejar a biblioteca, é essencial observar não só o acervo atual, mas também prever sua expansão. Só assim é possível dimensionar estantes capazes de te acompanhar por toda a vida.”

A arquiteta Fernanda Marques na biblioteca da sua casa, em São Paulo Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADÃO

Existem aqueles que não abrem mão de um cômodo específico na casa para guardar seus livros. Outros preferem conjugar biblioteca e outros ambientes, e há ainda aqueles que, indiferentes a qualquer convenção, não abrem mão de nenhum espaço disponível para armazenar o acervo: de corredores a lavabos. Em plena era digital, para uma legião fiel de leitores, o essencial é tê-los por perto. “Eu e meu marido adoramos ler. Lemos em telas das mais variadas, mas gostamos de ter livros físicos”, afirma a arquiteta Fernanda Marques, que concentrou os volumes do casal em toda uma parede de seu home office. E, mais do que isso, se empenhou em dotar o ambiente de condições ideias de leitura. 

Luminárias se espalham por estante em projeto de Lucilla Pessoa de Queiroz Foto: André Nazareth

A icônica poltrona Up, de 1969, clássico do italiano Gaetano Pesce, por exemplo, não está lá por acaso. “É um dos meus móveis favoritos, mas ela foi escolhida por ser, antes de mais nada, extremamente confortável”, conta ela, que, além do móvel, compartilha com o marido as prateleiras da estante. “À direita, ficam os livros dele. Os de economia, mais consultados, mas também os de história e de ficção científica. No outro lado, os meus: clássicos, romances históricos e, atualmente, muitos de neurociência, assunto que tem me interessado bastante”, descreve a arquiteta que, a partir desse esquema básico, procurou organizar os volumes primeiro por idioma, depois por frequência de leitura. 

Bibioteca ocupa parte da sala de jantar da casa do arquiteto carioca Maurício Nóbrega Foto: FELIPE FITTIPALDI

Pensada para um casal de médicos que costuma trabalhar em casa, outra biblioteca, desta vez projetada pela arquiteta Patricia Mello, também conta com território específico dentro da geografia doméstica. Só que, no caso, partilhando o espaço da sala de estar. “Os ambientes ficam separados por portas de correr de vidro, mantendo a comunicação visual entre eles, mas preservando o conforto acústico”, explica ela.  Com prateleiras de vidro e iluminação interna com lâmpadas LED, a estante acomoda livros de consulta e estudos, mas também de literatura em geral. Além de objetos como porta-retratos, lembranças de viagens e pequenos objetos. “É uma forma de deixar a composição mais leve”, relata Patricia que, para evitar nichos muito altos, procurou posicionar os volumes maiores na horizontal. 

Estante com livros ocupa parte do lavabo da casa do arquiteto Maurício Nóbrega Foto: Rodrigo Azevedo

“Ao finalizarmos o projeto, o próprio dono da casa organizou seus livros de acordo com a frequência de uso e a facilidade de acesso. Em geral, aconselho que os mais utilizados fiquem à altura dos olhos. No mais, gosto de deixar meus clientes mais livres na hora de organizar seus livros. Acredito que isso acaba trazendo um resultado mais orgânico e natural”, diz. “Penso que a biblioteca particular deve contar um pouco a história do morador, criar uma memória afetiva, aumentar a sensação de pertencimento. Por isso, além de explorar as cores, formatos e espessuras dos livros na composição das estantes, procuro distribuir pequenos objetos pelas prateleiras”, afirma a arquiteta Adriana Esteves, que acaba de desenvolver um projeto para o home office de um promotor de Justiça, praticante de karatê. 

Divisória de vidro separabiblioteca do living em projeto de Patricia Mello Foto: Luis Gomes

“Os interesses dele são bem variados: literatura, negócios, finanças, biografias e, claro, sua arte marcial favorita. Ele encara o ambiente como uma espécie de santuário, no qual estante funciona como o altar”, brinca ela, que dimensionou a metragem e o número de prateleiras com base na quantidade de livros indicada por seu cliente.  Já para o arquiteto Maurício Nóbrega, um ambiente apenas não foi suficiente para abrigar toda sua coleção de livros, acumulada há anos. “Fato é que meu acervo foi crescendo tanto que o living acabou ficando pequeno. A ponto de eu ter de pensar na sala de jantar e até no lavabo”, conta ele, que, na disposição de seus volumes, procurou atingir um equilíbrio possível entre funcionalidade e estética. 

Projeto de Adriana Esteves para juristaprevêestante com prateleiras regulares Foto: JULIANO COLODETI

“Na sala de estar, como a intenção era acomodar, principalmente, meus exemplares de arte, que são maiores, as prateleiras têm altura maior e maior espaçamento. No lavabo, por sua vez, resolvi concentrar os livros de tamanho padrão”, explica Nóbrega.  Nos dois ambientes, segundo o arquiteto, os volumes foram organizados por assunto, mas sem muitas regras. No lavabo, o efeito visual é mais organizado; na sala de jantar, despojado, com livros, em meio a objetos, dispostos tanto na horizontal como na vertical. Nos dois casos, como manda a regra, os mais usados ocupando prateleiras ao alcance das mãos e, os demais, as mais altas.  Em qualquer situação, porém, a recomendação do profissional é clara. “Na hora de planejar a biblioteca, é essencial observar não só o acervo atual, mas também prever sua expansão. Só assim é possível dimensionar estantes capazes de te acompanhar por toda a vida.”

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