Uma alimentação consciente no paraíso da comilança

Evento discute os caminhos para melhorar a alimentação do brasileiro 


Por Juliana Carreiro
Participantes do bate-papo 'Caminhos para a Comida de Verdade' - Sesc Pinheiros  

Bate papo com especialistas da área aborda temas como: a importância do Guia Alimentar Brasileiro, os malefícios dos ultraprocessados e a necessidade de se resgatar a cultura alimentar do País 

No mês em que se comemora o Dia Mundial da Alimentação, 16 de outubro, o Sesc São Paulo promove o 'Experimenta! Comida, saúde e cultura'. Em sua 8ª edição o evento propõe reflexões sobre a alimentação adequada e saudável e as suas interfaces na sociedade, com mais de 130 atividades em todas as unidades do Sesc, na capital, litoral e interior do estado.

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A noite de abertura foi marcada por uma roda de conversa com o tema: "Caminhos Para a Comida de Verdade", que contou com a mediação da gerente da Gerência de Alimentação e Segurança Alimentar do Sesc São Paulo, Mariana Ruocco, e com a participação do professor Carlos Augusto Monteiro, da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), que é o autor do Guia Alimentar para a População Brasileira, do pesquisador Chris Van Tulleken, autor do livro "Gente Ultraprocessada" (Editora Elefante), e da apresentadora, autora de livros de receita e do blog Panelinha, Rita Lobo.

Dez anos do nosso Guia

O bate-papo começou com uma homenagem aos dez anos do Guia Alimentar, que é reconhecido dentro e fora do Brasil e já serviu de inspiração para países, como: Canadá, Índia, Bélgica, México, Equador e Colômbia. O documento criou a metodologia de classificação dos alimentos que utilizamos hoje: alimentos in natura; minimamente processados; óleos, gordura, sal e açúcar, processados e ultraprocessados. Vale lembrar que a grande recomendação da obra é a substituição dos ultraprocessados por alimentos in natura e minimamente processados. 

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No Dia da Alimentação é preciso defender o nosso Guia e evitar os ultraprocessados

Diferencie os alimentos industrializados para comer melhor

Os malefícios causados pelos ultraprocessados (margarina, refrigerante, caldos e temperos prontos, macarrão instantâneo, bolacha recheada, gelatina...) foram abordados também pelo médico e pesquisador Chris Van Tulleken. Para escrever o livro "Gente Ultraprocessada" ele passou um ano fazendo 80% de suas refeições diárias com ultraprocessados, segundo ele: "Como fazem boa parte das crianças e adolescentes norte-americanos". Além do ganho de peso, o autor conta que não conseguia se sentir saciado e que o seu cérebro estava viciado no tipo de recompensa que estes produtos oferecem. 

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Os profissionais convidados relataram preocupação com o poder das grandes empresas que fabricam estes produtos, cujos malefícios já são comprovados. Segundo Chris, as empresas "financiam congressos, influenciadores, artigos médicos e médicos, gerando um conflito de interesses. Eu trabalho para expor o problema e tentar interromper este fluxo de dinheiro, isso vai acontecer se os consumidores pararem de comprar deles. Os ultraprocessados são baratos porque não pagamos pelos estragos que eles causam: os agrotóxicos, o uso de plástico e principalmente pelas doenças que vão nos trazer, na verdade, eles são muito caros", concluiu.

Redução de açúcar não fará com que os ultraprocessados fiquem saudáveis

Excesso de alimentos ultraprocessados pode provocar hipertensão arterial

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Cuidado com os aditivos químicos, evite os ultraprocessados

O professor Carlos Monteiro citou o exemplo do Chile, cujo sistema de rotulagem inspirou o brasileiro, mas o nosso vizinho vai além. Por lá, os produtos que têm muita gordura, sódio ou açúcar, não podem entrar nas escolas, por exemplo, e não podem ter publicidade. Também lembrou do tratamento dado ao cigarro no País, com o aumento da carga tributária, a proibição de publicidade e os alertas sobre os seus malefícios nas embalagens. Hoje o percentual de fumantes por aqui já é muito mais baixo do que quando as medidas começaram. Este exemplo, segundo ele, deveria ser reproduzido com os ultraprocessados. 

Modelo de rotulagem em análise no Brasil já apresenta benefícios à população do Chile

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A solução está na cozinha

Entre as alternativas apresentadas por Rita Lobo para combater o excesso do consumo de ultraprocessados, estão o esforço da família em preparar as próprias refeições e a divisão das tarefas, relacionadas a este preparo, entre os moradores da casa: como o planejamento do cardápio, a compra dos alimentos, a armazenagem deles, o ato de cozinhar e a limpeza da louça. Tudo isso para que as famílias voltem a valorizar a comida caseira, feita com ingredientes e temperos naturais e resgatem a cultura alimentar brasileira, que é tão rica, como o famoso prato feito, por exemplo. 

A comida que você faz é mesmo caseira?

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Cúrcuma, canela, curry, páprica... conheça as especiarias que colaboram com a sua saúde e com o seu paladar

Dê mais atenção aos temperos naturais, eles podem te surpreender

Vamos pra cozinha?

Serviço

Nos próximos dias, o Experimenta! também terá vivências, oficinas e feiras, entre outras ações e o sentido do paladar não será o único a ser despertado. O evento incentiva seus participantes a ver, ouvir, tatear, sentir e falar sobre a alimentação. A presença de nutricionistas, chefs, cozinheiros, estudiosos da cultura culinária, produtores e coletivos agrícolas promoverá diversas trocas de informações com o público, que também será protagonista. 

Todos os esforços são para conscientizar sobre a importância individual e coletiva da alimentação saudável e sustentável. O Experimenta! Comida, saúde e cultura vai até o dia 27 de Outubro nas unidades do Sesc da capital, da grande São Paulo e do interior do Estado. 

Participantes do bate-papo 'Caminhos para a Comida de Verdade' - Sesc Pinheiros  

Bate papo com especialistas da área aborda temas como: a importância do Guia Alimentar Brasileiro, os malefícios dos ultraprocessados e a necessidade de se resgatar a cultura alimentar do País 

No mês em que se comemora o Dia Mundial da Alimentação, 16 de outubro, o Sesc São Paulo promove o 'Experimenta! Comida, saúde e cultura'. Em sua 8ª edição o evento propõe reflexões sobre a alimentação adequada e saudável e as suas interfaces na sociedade, com mais de 130 atividades em todas as unidades do Sesc, na capital, litoral e interior do estado.

A noite de abertura foi marcada por uma roda de conversa com o tema: "Caminhos Para a Comida de Verdade", que contou com a mediação da gerente da Gerência de Alimentação e Segurança Alimentar do Sesc São Paulo, Mariana Ruocco, e com a participação do professor Carlos Augusto Monteiro, da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), que é o autor do Guia Alimentar para a População Brasileira, do pesquisador Chris Van Tulleken, autor do livro "Gente Ultraprocessada" (Editora Elefante), e da apresentadora, autora de livros de receita e do blog Panelinha, Rita Lobo.

Dez anos do nosso Guia

O bate-papo começou com uma homenagem aos dez anos do Guia Alimentar, que é reconhecido dentro e fora do Brasil e já serviu de inspiração para países, como: Canadá, Índia, Bélgica, México, Equador e Colômbia. O documento criou a metodologia de classificação dos alimentos que utilizamos hoje: alimentos in natura; minimamente processados; óleos, gordura, sal e açúcar, processados e ultraprocessados. Vale lembrar que a grande recomendação da obra é a substituição dos ultraprocessados por alimentos in natura e minimamente processados. 

No Dia da Alimentação é preciso defender o nosso Guia e evitar os ultraprocessados

Diferencie os alimentos industrializados para comer melhor

Os malefícios causados pelos ultraprocessados (margarina, refrigerante, caldos e temperos prontos, macarrão instantâneo, bolacha recheada, gelatina...) foram abordados também pelo médico e pesquisador Chris Van Tulleken. Para escrever o livro "Gente Ultraprocessada" ele passou um ano fazendo 80% de suas refeições diárias com ultraprocessados, segundo ele: "Como fazem boa parte das crianças e adolescentes norte-americanos". Além do ganho de peso, o autor conta que não conseguia se sentir saciado e que o seu cérebro estava viciado no tipo de recompensa que estes produtos oferecem. 

Os profissionais convidados relataram preocupação com o poder das grandes empresas que fabricam estes produtos, cujos malefícios já são comprovados. Segundo Chris, as empresas "financiam congressos, influenciadores, artigos médicos e médicos, gerando um conflito de interesses. Eu trabalho para expor o problema e tentar interromper este fluxo de dinheiro, isso vai acontecer se os consumidores pararem de comprar deles. Os ultraprocessados são baratos porque não pagamos pelos estragos que eles causam: os agrotóxicos, o uso de plástico e principalmente pelas doenças que vão nos trazer, na verdade, eles são muito caros", concluiu.

Redução de açúcar não fará com que os ultraprocessados fiquem saudáveis

Excesso de alimentos ultraprocessados pode provocar hipertensão arterial

Cuidado com os aditivos químicos, evite os ultraprocessados

O professor Carlos Monteiro citou o exemplo do Chile, cujo sistema de rotulagem inspirou o brasileiro, mas o nosso vizinho vai além. Por lá, os produtos que têm muita gordura, sódio ou açúcar, não podem entrar nas escolas, por exemplo, e não podem ter publicidade. Também lembrou do tratamento dado ao cigarro no País, com o aumento da carga tributária, a proibição de publicidade e os alertas sobre os seus malefícios nas embalagens. Hoje o percentual de fumantes por aqui já é muito mais baixo do que quando as medidas começaram. Este exemplo, segundo ele, deveria ser reproduzido com os ultraprocessados. 

Modelo de rotulagem em análise no Brasil já apresenta benefícios à população do Chile

A solução está na cozinha

Entre as alternativas apresentadas por Rita Lobo para combater o excesso do consumo de ultraprocessados, estão o esforço da família em preparar as próprias refeições e a divisão das tarefas, relacionadas a este preparo, entre os moradores da casa: como o planejamento do cardápio, a compra dos alimentos, a armazenagem deles, o ato de cozinhar e a limpeza da louça. Tudo isso para que as famílias voltem a valorizar a comida caseira, feita com ingredientes e temperos naturais e resgatem a cultura alimentar brasileira, que é tão rica, como o famoso prato feito, por exemplo. 

A comida que você faz é mesmo caseira?

Cúrcuma, canela, curry, páprica... conheça as especiarias que colaboram com a sua saúde e com o seu paladar

Dê mais atenção aos temperos naturais, eles podem te surpreender

Vamos pra cozinha?

Serviço

Nos próximos dias, o Experimenta! também terá vivências, oficinas e feiras, entre outras ações e o sentido do paladar não será o único a ser despertado. O evento incentiva seus participantes a ver, ouvir, tatear, sentir e falar sobre a alimentação. A presença de nutricionistas, chefs, cozinheiros, estudiosos da cultura culinária, produtores e coletivos agrícolas promoverá diversas trocas de informações com o público, que também será protagonista. 

Todos os esforços são para conscientizar sobre a importância individual e coletiva da alimentação saudável e sustentável. O Experimenta! Comida, saúde e cultura vai até o dia 27 de Outubro nas unidades do Sesc da capital, da grande São Paulo e do interior do Estado. 

Participantes do bate-papo 'Caminhos para a Comida de Verdade' - Sesc Pinheiros  

Bate papo com especialistas da área aborda temas como: a importância do Guia Alimentar Brasileiro, os malefícios dos ultraprocessados e a necessidade de se resgatar a cultura alimentar do País 

No mês em que se comemora o Dia Mundial da Alimentação, 16 de outubro, o Sesc São Paulo promove o 'Experimenta! Comida, saúde e cultura'. Em sua 8ª edição o evento propõe reflexões sobre a alimentação adequada e saudável e as suas interfaces na sociedade, com mais de 130 atividades em todas as unidades do Sesc, na capital, litoral e interior do estado.

A noite de abertura foi marcada por uma roda de conversa com o tema: "Caminhos Para a Comida de Verdade", que contou com a mediação da gerente da Gerência de Alimentação e Segurança Alimentar do Sesc São Paulo, Mariana Ruocco, e com a participação do professor Carlos Augusto Monteiro, da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), que é o autor do Guia Alimentar para a População Brasileira, do pesquisador Chris Van Tulleken, autor do livro "Gente Ultraprocessada" (Editora Elefante), e da apresentadora, autora de livros de receita e do blog Panelinha, Rita Lobo.

Dez anos do nosso Guia

O bate-papo começou com uma homenagem aos dez anos do Guia Alimentar, que é reconhecido dentro e fora do Brasil e já serviu de inspiração para países, como: Canadá, Índia, Bélgica, México, Equador e Colômbia. O documento criou a metodologia de classificação dos alimentos que utilizamos hoje: alimentos in natura; minimamente processados; óleos, gordura, sal e açúcar, processados e ultraprocessados. Vale lembrar que a grande recomendação da obra é a substituição dos ultraprocessados por alimentos in natura e minimamente processados. 

No Dia da Alimentação é preciso defender o nosso Guia e evitar os ultraprocessados

Diferencie os alimentos industrializados para comer melhor

Os malefícios causados pelos ultraprocessados (margarina, refrigerante, caldos e temperos prontos, macarrão instantâneo, bolacha recheada, gelatina...) foram abordados também pelo médico e pesquisador Chris Van Tulleken. Para escrever o livro "Gente Ultraprocessada" ele passou um ano fazendo 80% de suas refeições diárias com ultraprocessados, segundo ele: "Como fazem boa parte das crianças e adolescentes norte-americanos". Além do ganho de peso, o autor conta que não conseguia se sentir saciado e que o seu cérebro estava viciado no tipo de recompensa que estes produtos oferecem. 

Os profissionais convidados relataram preocupação com o poder das grandes empresas que fabricam estes produtos, cujos malefícios já são comprovados. Segundo Chris, as empresas "financiam congressos, influenciadores, artigos médicos e médicos, gerando um conflito de interesses. Eu trabalho para expor o problema e tentar interromper este fluxo de dinheiro, isso vai acontecer se os consumidores pararem de comprar deles. Os ultraprocessados são baratos porque não pagamos pelos estragos que eles causam: os agrotóxicos, o uso de plástico e principalmente pelas doenças que vão nos trazer, na verdade, eles são muito caros", concluiu.

Redução de açúcar não fará com que os ultraprocessados fiquem saudáveis

Excesso de alimentos ultraprocessados pode provocar hipertensão arterial

Cuidado com os aditivos químicos, evite os ultraprocessados

O professor Carlos Monteiro citou o exemplo do Chile, cujo sistema de rotulagem inspirou o brasileiro, mas o nosso vizinho vai além. Por lá, os produtos que têm muita gordura, sódio ou açúcar, não podem entrar nas escolas, por exemplo, e não podem ter publicidade. Também lembrou do tratamento dado ao cigarro no País, com o aumento da carga tributária, a proibição de publicidade e os alertas sobre os seus malefícios nas embalagens. Hoje o percentual de fumantes por aqui já é muito mais baixo do que quando as medidas começaram. Este exemplo, segundo ele, deveria ser reproduzido com os ultraprocessados. 

Modelo de rotulagem em análise no Brasil já apresenta benefícios à população do Chile

A solução está na cozinha

Entre as alternativas apresentadas por Rita Lobo para combater o excesso do consumo de ultraprocessados, estão o esforço da família em preparar as próprias refeições e a divisão das tarefas, relacionadas a este preparo, entre os moradores da casa: como o planejamento do cardápio, a compra dos alimentos, a armazenagem deles, o ato de cozinhar e a limpeza da louça. Tudo isso para que as famílias voltem a valorizar a comida caseira, feita com ingredientes e temperos naturais e resgatem a cultura alimentar brasileira, que é tão rica, como o famoso prato feito, por exemplo. 

A comida que você faz é mesmo caseira?

Cúrcuma, canela, curry, páprica... conheça as especiarias que colaboram com a sua saúde e com o seu paladar

Dê mais atenção aos temperos naturais, eles podem te surpreender

Vamos pra cozinha?

Serviço

Nos próximos dias, o Experimenta! também terá vivências, oficinas e feiras, entre outras ações e o sentido do paladar não será o único a ser despertado. O evento incentiva seus participantes a ver, ouvir, tatear, sentir e falar sobre a alimentação. A presença de nutricionistas, chefs, cozinheiros, estudiosos da cultura culinária, produtores e coletivos agrícolas promoverá diversas trocas de informações com o público, que também será protagonista. 

Todos os esforços são para conscientizar sobre a importância individual e coletiva da alimentação saudável e sustentável. O Experimenta! Comida, saúde e cultura vai até o dia 27 de Outubro nas unidades do Sesc da capital, da grande São Paulo e do interior do Estado. 

Participantes do bate-papo 'Caminhos para a Comida de Verdade' - Sesc Pinheiros  

Bate papo com especialistas da área aborda temas como: a importância do Guia Alimentar Brasileiro, os malefícios dos ultraprocessados e a necessidade de se resgatar a cultura alimentar do País 

No mês em que se comemora o Dia Mundial da Alimentação, 16 de outubro, o Sesc São Paulo promove o 'Experimenta! Comida, saúde e cultura'. Em sua 8ª edição o evento propõe reflexões sobre a alimentação adequada e saudável e as suas interfaces na sociedade, com mais de 130 atividades em todas as unidades do Sesc, na capital, litoral e interior do estado.

A noite de abertura foi marcada por uma roda de conversa com o tema: "Caminhos Para a Comida de Verdade", que contou com a mediação da gerente da Gerência de Alimentação e Segurança Alimentar do Sesc São Paulo, Mariana Ruocco, e com a participação do professor Carlos Augusto Monteiro, da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), que é o autor do Guia Alimentar para a População Brasileira, do pesquisador Chris Van Tulleken, autor do livro "Gente Ultraprocessada" (Editora Elefante), e da apresentadora, autora de livros de receita e do blog Panelinha, Rita Lobo.

Dez anos do nosso Guia

O bate-papo começou com uma homenagem aos dez anos do Guia Alimentar, que é reconhecido dentro e fora do Brasil e já serviu de inspiração para países, como: Canadá, Índia, Bélgica, México, Equador e Colômbia. O documento criou a metodologia de classificação dos alimentos que utilizamos hoje: alimentos in natura; minimamente processados; óleos, gordura, sal e açúcar, processados e ultraprocessados. Vale lembrar que a grande recomendação da obra é a substituição dos ultraprocessados por alimentos in natura e minimamente processados. 

No Dia da Alimentação é preciso defender o nosso Guia e evitar os ultraprocessados

Diferencie os alimentos industrializados para comer melhor

Os malefícios causados pelos ultraprocessados (margarina, refrigerante, caldos e temperos prontos, macarrão instantâneo, bolacha recheada, gelatina...) foram abordados também pelo médico e pesquisador Chris Van Tulleken. Para escrever o livro "Gente Ultraprocessada" ele passou um ano fazendo 80% de suas refeições diárias com ultraprocessados, segundo ele: "Como fazem boa parte das crianças e adolescentes norte-americanos". Além do ganho de peso, o autor conta que não conseguia se sentir saciado e que o seu cérebro estava viciado no tipo de recompensa que estes produtos oferecem. 

Os profissionais convidados relataram preocupação com o poder das grandes empresas que fabricam estes produtos, cujos malefícios já são comprovados. Segundo Chris, as empresas "financiam congressos, influenciadores, artigos médicos e médicos, gerando um conflito de interesses. Eu trabalho para expor o problema e tentar interromper este fluxo de dinheiro, isso vai acontecer se os consumidores pararem de comprar deles. Os ultraprocessados são baratos porque não pagamos pelos estragos que eles causam: os agrotóxicos, o uso de plástico e principalmente pelas doenças que vão nos trazer, na verdade, eles são muito caros", concluiu.

Redução de açúcar não fará com que os ultraprocessados fiquem saudáveis

Excesso de alimentos ultraprocessados pode provocar hipertensão arterial

Cuidado com os aditivos químicos, evite os ultraprocessados

O professor Carlos Monteiro citou o exemplo do Chile, cujo sistema de rotulagem inspirou o brasileiro, mas o nosso vizinho vai além. Por lá, os produtos que têm muita gordura, sódio ou açúcar, não podem entrar nas escolas, por exemplo, e não podem ter publicidade. Também lembrou do tratamento dado ao cigarro no País, com o aumento da carga tributária, a proibição de publicidade e os alertas sobre os seus malefícios nas embalagens. Hoje o percentual de fumantes por aqui já é muito mais baixo do que quando as medidas começaram. Este exemplo, segundo ele, deveria ser reproduzido com os ultraprocessados. 

Modelo de rotulagem em análise no Brasil já apresenta benefícios à população do Chile

A solução está na cozinha

Entre as alternativas apresentadas por Rita Lobo para combater o excesso do consumo de ultraprocessados, estão o esforço da família em preparar as próprias refeições e a divisão das tarefas, relacionadas a este preparo, entre os moradores da casa: como o planejamento do cardápio, a compra dos alimentos, a armazenagem deles, o ato de cozinhar e a limpeza da louça. Tudo isso para que as famílias voltem a valorizar a comida caseira, feita com ingredientes e temperos naturais e resgatem a cultura alimentar brasileira, que é tão rica, como o famoso prato feito, por exemplo. 

A comida que você faz é mesmo caseira?

Cúrcuma, canela, curry, páprica... conheça as especiarias que colaboram com a sua saúde e com o seu paladar

Dê mais atenção aos temperos naturais, eles podem te surpreender

Vamos pra cozinha?

Serviço

Nos próximos dias, o Experimenta! também terá vivências, oficinas e feiras, entre outras ações e o sentido do paladar não será o único a ser despertado. O evento incentiva seus participantes a ver, ouvir, tatear, sentir e falar sobre a alimentação. A presença de nutricionistas, chefs, cozinheiros, estudiosos da cultura culinária, produtores e coletivos agrícolas promoverá diversas trocas de informações com o público, que também será protagonista. 

Todos os esforços são para conscientizar sobre a importância individual e coletiva da alimentação saudável e sustentável. O Experimenta! Comida, saúde e cultura vai até o dia 27 de Outubro nas unidades do Sesc da capital, da grande São Paulo e do interior do Estado. 

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