A moda das dietas 'low carb' tem atingido um número cada vez maior de adeptos, que aumenta ainda mais nos meses que antecedem o verão. Basta ficar atento às rodas de conversa para notar que a busca pelo emagrecimento tem feito com que as pessoas parem de se alimentar da forma mais básica e natural possível, aquela que aprendemos com nossas mães e avós. De umas semanas pra cá tenho ouvido em muitos lugares diferentes: "Não como mais arroz". Eu respondo: "Você tem se sentido bem?" A resposta é quase sempre a mesma: "Não". As dietas low carb já foram tema de um post aqui do blog. Hoje vou falar apenas do arroz, mais especificamente sobre por que você não deve deixá-lo de lado.
Um prato completo com arroz, feijão, legumes, verduras, com ou sem proteína animal, e uma fruta no final irá fornecer para o organismo tudo que ele precisa. Os outros grupos alimentares irão fazer com que o carboidrato do arroz branco seja quebrado lentamente, o que te dará mais saciedade e evitará picos de glicose no sangue e de insulina, que contribuem para o ganho de peso. O arroz que você consumir no almoço também irá ajudar a diminuir aquela fome imensa que aparece no final da tarde, juntamente com uma vontade enorme de consumir doces, frituras ou carboidratos de rápida absorção como pães com farinha de trigo refinada ou bolachas recheadas. Além disso, também te dará energia para realizar as atividades da tarde, nem que sejam apenas mentais. O nosso cérebro precisa de energia para funcionar e essa matéria-prima vem dos alimentos que consumimos. Lembrando que este órgão não tem reserva de energia e por isso, precisa ser 'recarregado' a cada três horas.
Se você pretende perder alguns quilos, pode diminuir a quantidade de arroz, sem excluí-lo, e escolher apenas uma fonte de carboidrato por refeição, por exemplo coloque no prato batata ou arroz ou macarrão ou farofa, muita gente costuma comer um ou dois deles ao mesmo tempo. O arroz também é um ótimo substituto para os alimentos feitos com o glúten, a principal proteína do trigo, por exemplo, cuja farinha costuma estar na base da maioria das massas. O glúten tem um grande potencial inflamatório e contribui para a resistência à insulina, que também estão entre os fatores responsáveis pelo ganho de peso. O arroz deve ser consumido até mesmo no jantar, mesmo por quem deseja emagrecer. Durante o sono o hormônio do crescimento entra em ação, entre os adultos ele é responsável pela perda de peso, mas só funciona corretamente quando estamos bem alimentados. O ideal para esse funcionamento é comermos até às oito horas da noite.
Quem retira os carboidratos da rotina alimentar costuma aumentar a quantidade de proteína animal ingerida, para conseguir alcançar a mesma saciedade de antes. Porém, como eu já escrevi aqui no blog, o excesso de proteína animal é prejudicial à saúde. Mas se, por outro lado, você for vegetariano ou vegano, terá no arroz com feijão um grande aliado para substituir os aminoácidos que deixou de ingerir. O carboidrato do arroz também é fundamental para quem pratica atividade física. Na sua ausência o organismo utilizará as proteínas para dar energia, o que pode levar à perda de massa muscular e à flacidez. E para todas as pessoas, a ausência prolongada de carboidratos pode provocar alterações hormonais, alterações de humor, cansaço e queda do sistema imunológico, entre outros fatores.
Pra quem está disposto a experimentar, ainda tem a ótima opção do arroz integral. "O arroz integral é duro, sem sabor e caro". Esta é a impressão que muita gente tem sobre este tipo de arroz, mas dependendo da maneira como ele é preparado, podemos mudar esta opinião. De fato ele demora um pouco mais para cozinhar e precisa de mais água, mas é só se acostumar com o novo tempo e com a nova quantidade. Para deixá-lo mais saboroso, capriche na cebola e no alho, também pode usar cenoura, tomate e temperos como cheiro verde. Não precisa colocar muito sal porque ele já é um pouco mais salgado que o comum. Essa versão tem uma quantidade maior de vitaminas, minerais e fibras, que são retirados do arroz branco durante um processo ironicamente chamado de 'beneficiamento', quando são retirados o farelo e a casca do alimento, onde estão estas substâncias que nos são benéficas. Por ter mais fibras, ele também lhe trará uma sensação de saciedade mais duradoura e vai abaixar o índice glicêmico da refeição onde for consumido.