Dicas e curiosidades sobre animais

A ciência comprova: mãe de pet também é mãe


Por Luiza Cervenka
David Mertl/Creative Commons  

O dia das mães se aproxima. Mas será que as mães de peludos também podem comemorar? Segundo estudos feitos com tutoras de cães, os hormônios liberados pela relação com os peludos são os mesmos liberados pela relação com bebês humanos.

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Existe um hormônio chamado ocitocina. Muito conhecido como hormônio da paixão, ele está presente em diversas espécies sociais. Assim como o ser humano, cães são animais que vivem em grupo. A vida social pode trazer benefícios e custos a todas as espécies sociais. Todavia, os benefícios acabam sendo maiores para o caso de cães e seres humanos. Para a manutenção das relações e do grupo, há a liberação de ocitocina no cérebro. Assim, os indivíduos sentem prazer de estar na companhia do outro, sem vontade de se distanciar.

Quando conhecemos alguém especial e nos encantamos com ela, há uma liberação intensa de ocitocina no nosso cérebro. É por isso que nosso coração bate mais forte e sentimos borboletas no estômago quando vemos o ser amado. Tudo isso é uma estratégia evolutiva para que a relação se mantenha e o investimento nela perdure. Como consequência, queremos estar ao lado daquele ser o tempo todo. Qualquer cinco minutos longe parece uma eternidade.

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Ninha Morandini/Creative Commons  

Isso não acontece apenas nas relações amorosas. Mães e pais experimentam o mesmo banho de ocitocina quando têm um bebê. Seja ele biológico ou adotado, humano ou de pelos.

Um estudo feito no Japão, liderado pelo pesquisador Takefumi Kikusui, mostra que essa ligação e liberação de ocitocina é fortemente presente na relação entre humano e cães, divido às trocas de olhares. Quando um cão troca olhares com seu tutor, há um aumento na concentração de ocitocina na urina do humano. Como resposta ao hormônio, o humano se torna mais terno com o animal, com comportamentos mais afiliativos, de cuidado, aumentando, assim, a concentração de ocitocina no cão.

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O mesmo pesquisador, em outro estudo, aponta que esta relação humano-cachorro, com liberação de ocitocina só é possível devido ao animal também liberar este hormônio na sua relação com co-específicos.

Tudo isso para dizer que cães liberam o mesmo hormônio que os bebês, em seus pais ou tutores. É a prova científica de que mães de pets podem comemorar o dia das mães sem culpa!

Mas e as mães caninas e felinas?

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Cada vez mais, tutores castram seus cães (o que eu sou super a favor). Todavia, alguns preferem manter o animal inteiro, por medo da cirurgia, ou simplesmente por quererem cruzar seu cachorro.

O que muitos não sabem são os riscos que as fêmeas não castradas correm. É o que alerta a médica veterinária Carla Berl, do hospital PetCare: "De 30 ou 60 dias após o cio, uma em cada dez fêmeas não castradas apresentam gravidez imaginária. Isso facilita mastites (inflamação das mamas), câncer de mama e piometra (infecção do útero)".

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A gravidez imaginária, também chamada de pseudociese ou gravidez psicológica, é um estado psicológico vivenciado por fêmeas não castradas. Apenas por acreditar que está gestante, diversas alterações fisiológicas acontecem. Assim, os hormônios, como prolactina, aumentam, ocasionando a produção de leite e mudança de comportamento. "Após 40 ou dias do cio, A fêmea começa a apresentar comportamento que irá parir. Então passa a se esconder, cavar o chão, cava a caminha, esconde os brinquedos e os bichinhos de pelúcia" elucida Dra. Carla.

Susanne Mason/Creative Commons  
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A veterinária conta que neste ano, teve uma cadela da raça dachshound com gravidez imaginária. "Ela ficou com a tetas tão inchadas, cheias de leite, que parecia uma pastora grávida" cita. E esse é o grande perigo! Com a produção de leite e sem filhote para mamar, a fêmea pode desenvolver inflamação da glândula mamária. Apesar de já existir remédio para resolver isso, o tratamento dura trinta dias. Mesmo seguindo o protocolo veterinário, ainda há grandes chances dessa fêmea desenvolver câncer mamário. Uma vez que a fêmea apresenta gravidez imaginária, se não for castrada, provavelmente voltará a apresentar nos seguintes cio, e necessitará de nova intervenção medicamentosa.

Segundo a Dra Carla, não há estudos que indicam quais fatores desencadeiam a gravidez imaginário. Porém, o único procedimento que é capaz de prevenir essa disfunção é a castração. Não há medicação para prevenção do problema. "Quando vemos gatos amamentando cães, ou cães amamentando gatos, normalmente são fêmeas com gravidez imaginária. Isso porque elas aceitam qualquer animal para amamentar" finaliza.

Então, desse dia das mães, vamos comemorar com nossos bebês peludos, para liberarmos bastante ocitocina. Mas sem querer netinhos, ok?!

Me siga por aí:

Instagram: @luizacervenka

Facebook: @bichoterapeuta

YouTube: Luiza Cervenka

Site: www.luizacervenka.com.br

David Mertl/Creative Commons  

O dia das mães se aproxima. Mas será que as mães de peludos também podem comemorar? Segundo estudos feitos com tutoras de cães, os hormônios liberados pela relação com os peludos são os mesmos liberados pela relação com bebês humanos.

Existe um hormônio chamado ocitocina. Muito conhecido como hormônio da paixão, ele está presente em diversas espécies sociais. Assim como o ser humano, cães são animais que vivem em grupo. A vida social pode trazer benefícios e custos a todas as espécies sociais. Todavia, os benefícios acabam sendo maiores para o caso de cães e seres humanos. Para a manutenção das relações e do grupo, há a liberação de ocitocina no cérebro. Assim, os indivíduos sentem prazer de estar na companhia do outro, sem vontade de se distanciar.

Quando conhecemos alguém especial e nos encantamos com ela, há uma liberação intensa de ocitocina no nosso cérebro. É por isso que nosso coração bate mais forte e sentimos borboletas no estômago quando vemos o ser amado. Tudo isso é uma estratégia evolutiva para que a relação se mantenha e o investimento nela perdure. Como consequência, queremos estar ao lado daquele ser o tempo todo. Qualquer cinco minutos longe parece uma eternidade.

Ninha Morandini/Creative Commons  

Isso não acontece apenas nas relações amorosas. Mães e pais experimentam o mesmo banho de ocitocina quando têm um bebê. Seja ele biológico ou adotado, humano ou de pelos.

Um estudo feito no Japão, liderado pelo pesquisador Takefumi Kikusui, mostra que essa ligação e liberação de ocitocina é fortemente presente na relação entre humano e cães, divido às trocas de olhares. Quando um cão troca olhares com seu tutor, há um aumento na concentração de ocitocina na urina do humano. Como resposta ao hormônio, o humano se torna mais terno com o animal, com comportamentos mais afiliativos, de cuidado, aumentando, assim, a concentração de ocitocina no cão.

O mesmo pesquisador, em outro estudo, aponta que esta relação humano-cachorro, com liberação de ocitocina só é possível devido ao animal também liberar este hormônio na sua relação com co-específicos.

Tudo isso para dizer que cães liberam o mesmo hormônio que os bebês, em seus pais ou tutores. É a prova científica de que mães de pets podem comemorar o dia das mães sem culpa!

Mas e as mães caninas e felinas?

Cada vez mais, tutores castram seus cães (o que eu sou super a favor). Todavia, alguns preferem manter o animal inteiro, por medo da cirurgia, ou simplesmente por quererem cruzar seu cachorro.

O que muitos não sabem são os riscos que as fêmeas não castradas correm. É o que alerta a médica veterinária Carla Berl, do hospital PetCare: "De 30 ou 60 dias após o cio, uma em cada dez fêmeas não castradas apresentam gravidez imaginária. Isso facilita mastites (inflamação das mamas), câncer de mama e piometra (infecção do útero)".

A gravidez imaginária, também chamada de pseudociese ou gravidez psicológica, é um estado psicológico vivenciado por fêmeas não castradas. Apenas por acreditar que está gestante, diversas alterações fisiológicas acontecem. Assim, os hormônios, como prolactina, aumentam, ocasionando a produção de leite e mudança de comportamento. "Após 40 ou dias do cio, A fêmea começa a apresentar comportamento que irá parir. Então passa a se esconder, cavar o chão, cava a caminha, esconde os brinquedos e os bichinhos de pelúcia" elucida Dra. Carla.

Susanne Mason/Creative Commons  

A veterinária conta que neste ano, teve uma cadela da raça dachshound com gravidez imaginária. "Ela ficou com a tetas tão inchadas, cheias de leite, que parecia uma pastora grávida" cita. E esse é o grande perigo! Com a produção de leite e sem filhote para mamar, a fêmea pode desenvolver inflamação da glândula mamária. Apesar de já existir remédio para resolver isso, o tratamento dura trinta dias. Mesmo seguindo o protocolo veterinário, ainda há grandes chances dessa fêmea desenvolver câncer mamário. Uma vez que a fêmea apresenta gravidez imaginária, se não for castrada, provavelmente voltará a apresentar nos seguintes cio, e necessitará de nova intervenção medicamentosa.

Segundo a Dra Carla, não há estudos que indicam quais fatores desencadeiam a gravidez imaginário. Porém, o único procedimento que é capaz de prevenir essa disfunção é a castração. Não há medicação para prevenção do problema. "Quando vemos gatos amamentando cães, ou cães amamentando gatos, normalmente são fêmeas com gravidez imaginária. Isso porque elas aceitam qualquer animal para amamentar" finaliza.

Então, desse dia das mães, vamos comemorar com nossos bebês peludos, para liberarmos bastante ocitocina. Mas sem querer netinhos, ok?!

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David Mertl/Creative Commons  

O dia das mães se aproxima. Mas será que as mães de peludos também podem comemorar? Segundo estudos feitos com tutoras de cães, os hormônios liberados pela relação com os peludos são os mesmos liberados pela relação com bebês humanos.

Existe um hormônio chamado ocitocina. Muito conhecido como hormônio da paixão, ele está presente em diversas espécies sociais. Assim como o ser humano, cães são animais que vivem em grupo. A vida social pode trazer benefícios e custos a todas as espécies sociais. Todavia, os benefícios acabam sendo maiores para o caso de cães e seres humanos. Para a manutenção das relações e do grupo, há a liberação de ocitocina no cérebro. Assim, os indivíduos sentem prazer de estar na companhia do outro, sem vontade de se distanciar.

Quando conhecemos alguém especial e nos encantamos com ela, há uma liberação intensa de ocitocina no nosso cérebro. É por isso que nosso coração bate mais forte e sentimos borboletas no estômago quando vemos o ser amado. Tudo isso é uma estratégia evolutiva para que a relação se mantenha e o investimento nela perdure. Como consequência, queremos estar ao lado daquele ser o tempo todo. Qualquer cinco minutos longe parece uma eternidade.

Ninha Morandini/Creative Commons  

Isso não acontece apenas nas relações amorosas. Mães e pais experimentam o mesmo banho de ocitocina quando têm um bebê. Seja ele biológico ou adotado, humano ou de pelos.

Um estudo feito no Japão, liderado pelo pesquisador Takefumi Kikusui, mostra que essa ligação e liberação de ocitocina é fortemente presente na relação entre humano e cães, divido às trocas de olhares. Quando um cão troca olhares com seu tutor, há um aumento na concentração de ocitocina na urina do humano. Como resposta ao hormônio, o humano se torna mais terno com o animal, com comportamentos mais afiliativos, de cuidado, aumentando, assim, a concentração de ocitocina no cão.

O mesmo pesquisador, em outro estudo, aponta que esta relação humano-cachorro, com liberação de ocitocina só é possível devido ao animal também liberar este hormônio na sua relação com co-específicos.

Tudo isso para dizer que cães liberam o mesmo hormônio que os bebês, em seus pais ou tutores. É a prova científica de que mães de pets podem comemorar o dia das mães sem culpa!

Mas e as mães caninas e felinas?

Cada vez mais, tutores castram seus cães (o que eu sou super a favor). Todavia, alguns preferem manter o animal inteiro, por medo da cirurgia, ou simplesmente por quererem cruzar seu cachorro.

O que muitos não sabem são os riscos que as fêmeas não castradas correm. É o que alerta a médica veterinária Carla Berl, do hospital PetCare: "De 30 ou 60 dias após o cio, uma em cada dez fêmeas não castradas apresentam gravidez imaginária. Isso facilita mastites (inflamação das mamas), câncer de mama e piometra (infecção do útero)".

A gravidez imaginária, também chamada de pseudociese ou gravidez psicológica, é um estado psicológico vivenciado por fêmeas não castradas. Apenas por acreditar que está gestante, diversas alterações fisiológicas acontecem. Assim, os hormônios, como prolactina, aumentam, ocasionando a produção de leite e mudança de comportamento. "Após 40 ou dias do cio, A fêmea começa a apresentar comportamento que irá parir. Então passa a se esconder, cavar o chão, cava a caminha, esconde os brinquedos e os bichinhos de pelúcia" elucida Dra. Carla.

Susanne Mason/Creative Commons  

A veterinária conta que neste ano, teve uma cadela da raça dachshound com gravidez imaginária. "Ela ficou com a tetas tão inchadas, cheias de leite, que parecia uma pastora grávida" cita. E esse é o grande perigo! Com a produção de leite e sem filhote para mamar, a fêmea pode desenvolver inflamação da glândula mamária. Apesar de já existir remédio para resolver isso, o tratamento dura trinta dias. Mesmo seguindo o protocolo veterinário, ainda há grandes chances dessa fêmea desenvolver câncer mamário. Uma vez que a fêmea apresenta gravidez imaginária, se não for castrada, provavelmente voltará a apresentar nos seguintes cio, e necessitará de nova intervenção medicamentosa.

Segundo a Dra Carla, não há estudos que indicam quais fatores desencadeiam a gravidez imaginário. Porém, o único procedimento que é capaz de prevenir essa disfunção é a castração. Não há medicação para prevenção do problema. "Quando vemos gatos amamentando cães, ou cães amamentando gatos, normalmente são fêmeas com gravidez imaginária. Isso porque elas aceitam qualquer animal para amamentar" finaliza.

Então, desse dia das mães, vamos comemorar com nossos bebês peludos, para liberarmos bastante ocitocina. Mas sem querer netinhos, ok?!

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Existe um hormônio chamado ocitocina. Muito conhecido como hormônio da paixão, ele está presente em diversas espécies sociais. Assim como o ser humano, cães são animais que vivem em grupo. A vida social pode trazer benefícios e custos a todas as espécies sociais. Todavia, os benefícios acabam sendo maiores para o caso de cães e seres humanos. Para a manutenção das relações e do grupo, há a liberação de ocitocina no cérebro. Assim, os indivíduos sentem prazer de estar na companhia do outro, sem vontade de se distanciar.

Quando conhecemos alguém especial e nos encantamos com ela, há uma liberação intensa de ocitocina no nosso cérebro. É por isso que nosso coração bate mais forte e sentimos borboletas no estômago quando vemos o ser amado. Tudo isso é uma estratégia evolutiva para que a relação se mantenha e o investimento nela perdure. Como consequência, queremos estar ao lado daquele ser o tempo todo. Qualquer cinco minutos longe parece uma eternidade.

Ninha Morandini/Creative Commons  

Isso não acontece apenas nas relações amorosas. Mães e pais experimentam o mesmo banho de ocitocina quando têm um bebê. Seja ele biológico ou adotado, humano ou de pelos.

Um estudo feito no Japão, liderado pelo pesquisador Takefumi Kikusui, mostra que essa ligação e liberação de ocitocina é fortemente presente na relação entre humano e cães, divido às trocas de olhares. Quando um cão troca olhares com seu tutor, há um aumento na concentração de ocitocina na urina do humano. Como resposta ao hormônio, o humano se torna mais terno com o animal, com comportamentos mais afiliativos, de cuidado, aumentando, assim, a concentração de ocitocina no cão.

O mesmo pesquisador, em outro estudo, aponta que esta relação humano-cachorro, com liberação de ocitocina só é possível devido ao animal também liberar este hormônio na sua relação com co-específicos.

Tudo isso para dizer que cães liberam o mesmo hormônio que os bebês, em seus pais ou tutores. É a prova científica de que mães de pets podem comemorar o dia das mães sem culpa!

Mas e as mães caninas e felinas?

Cada vez mais, tutores castram seus cães (o que eu sou super a favor). Todavia, alguns preferem manter o animal inteiro, por medo da cirurgia, ou simplesmente por quererem cruzar seu cachorro.

O que muitos não sabem são os riscos que as fêmeas não castradas correm. É o que alerta a médica veterinária Carla Berl, do hospital PetCare: "De 30 ou 60 dias após o cio, uma em cada dez fêmeas não castradas apresentam gravidez imaginária. Isso facilita mastites (inflamação das mamas), câncer de mama e piometra (infecção do útero)".

A gravidez imaginária, também chamada de pseudociese ou gravidez psicológica, é um estado psicológico vivenciado por fêmeas não castradas. Apenas por acreditar que está gestante, diversas alterações fisiológicas acontecem. Assim, os hormônios, como prolactina, aumentam, ocasionando a produção de leite e mudança de comportamento. "Após 40 ou dias do cio, A fêmea começa a apresentar comportamento que irá parir. Então passa a se esconder, cavar o chão, cava a caminha, esconde os brinquedos e os bichinhos de pelúcia" elucida Dra. Carla.

Susanne Mason/Creative Commons  

A veterinária conta que neste ano, teve uma cadela da raça dachshound com gravidez imaginária. "Ela ficou com a tetas tão inchadas, cheias de leite, que parecia uma pastora grávida" cita. E esse é o grande perigo! Com a produção de leite e sem filhote para mamar, a fêmea pode desenvolver inflamação da glândula mamária. Apesar de já existir remédio para resolver isso, o tratamento dura trinta dias. Mesmo seguindo o protocolo veterinário, ainda há grandes chances dessa fêmea desenvolver câncer mamário. Uma vez que a fêmea apresenta gravidez imaginária, se não for castrada, provavelmente voltará a apresentar nos seguintes cio, e necessitará de nova intervenção medicamentosa.

Segundo a Dra Carla, não há estudos que indicam quais fatores desencadeiam a gravidez imaginário. Porém, o único procedimento que é capaz de prevenir essa disfunção é a castração. Não há medicação para prevenção do problema. "Quando vemos gatos amamentando cães, ou cães amamentando gatos, normalmente são fêmeas com gravidez imaginária. Isso porque elas aceitam qualquer animal para amamentar" finaliza.

Então, desse dia das mães, vamos comemorar com nossos bebês peludos, para liberarmos bastante ocitocina. Mas sem querer netinhos, ok?!

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David Mertl/Creative Commons  

O dia das mães se aproxima. Mas será que as mães de peludos também podem comemorar? Segundo estudos feitos com tutoras de cães, os hormônios liberados pela relação com os peludos são os mesmos liberados pela relação com bebês humanos.

Existe um hormônio chamado ocitocina. Muito conhecido como hormônio da paixão, ele está presente em diversas espécies sociais. Assim como o ser humano, cães são animais que vivem em grupo. A vida social pode trazer benefícios e custos a todas as espécies sociais. Todavia, os benefícios acabam sendo maiores para o caso de cães e seres humanos. Para a manutenção das relações e do grupo, há a liberação de ocitocina no cérebro. Assim, os indivíduos sentem prazer de estar na companhia do outro, sem vontade de se distanciar.

Quando conhecemos alguém especial e nos encantamos com ela, há uma liberação intensa de ocitocina no nosso cérebro. É por isso que nosso coração bate mais forte e sentimos borboletas no estômago quando vemos o ser amado. Tudo isso é uma estratégia evolutiva para que a relação se mantenha e o investimento nela perdure. Como consequência, queremos estar ao lado daquele ser o tempo todo. Qualquer cinco minutos longe parece uma eternidade.

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Isso não acontece apenas nas relações amorosas. Mães e pais experimentam o mesmo banho de ocitocina quando têm um bebê. Seja ele biológico ou adotado, humano ou de pelos.

Um estudo feito no Japão, liderado pelo pesquisador Takefumi Kikusui, mostra que essa ligação e liberação de ocitocina é fortemente presente na relação entre humano e cães, divido às trocas de olhares. Quando um cão troca olhares com seu tutor, há um aumento na concentração de ocitocina na urina do humano. Como resposta ao hormônio, o humano se torna mais terno com o animal, com comportamentos mais afiliativos, de cuidado, aumentando, assim, a concentração de ocitocina no cão.

O mesmo pesquisador, em outro estudo, aponta que esta relação humano-cachorro, com liberação de ocitocina só é possível devido ao animal também liberar este hormônio na sua relação com co-específicos.

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Mas e as mães caninas e felinas?

Cada vez mais, tutores castram seus cães (o que eu sou super a favor). Todavia, alguns preferem manter o animal inteiro, por medo da cirurgia, ou simplesmente por quererem cruzar seu cachorro.

O que muitos não sabem são os riscos que as fêmeas não castradas correm. É o que alerta a médica veterinária Carla Berl, do hospital PetCare: "De 30 ou 60 dias após o cio, uma em cada dez fêmeas não castradas apresentam gravidez imaginária. Isso facilita mastites (inflamação das mamas), câncer de mama e piometra (infecção do útero)".

A gravidez imaginária, também chamada de pseudociese ou gravidez psicológica, é um estado psicológico vivenciado por fêmeas não castradas. Apenas por acreditar que está gestante, diversas alterações fisiológicas acontecem. Assim, os hormônios, como prolactina, aumentam, ocasionando a produção de leite e mudança de comportamento. "Após 40 ou dias do cio, A fêmea começa a apresentar comportamento que irá parir. Então passa a se esconder, cavar o chão, cava a caminha, esconde os brinquedos e os bichinhos de pelúcia" elucida Dra. Carla.

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A veterinária conta que neste ano, teve uma cadela da raça dachshound com gravidez imaginária. "Ela ficou com a tetas tão inchadas, cheias de leite, que parecia uma pastora grávida" cita. E esse é o grande perigo! Com a produção de leite e sem filhote para mamar, a fêmea pode desenvolver inflamação da glândula mamária. Apesar de já existir remédio para resolver isso, o tratamento dura trinta dias. Mesmo seguindo o protocolo veterinário, ainda há grandes chances dessa fêmea desenvolver câncer mamário. Uma vez que a fêmea apresenta gravidez imaginária, se não for castrada, provavelmente voltará a apresentar nos seguintes cio, e necessitará de nova intervenção medicamentosa.

Segundo a Dra Carla, não há estudos que indicam quais fatores desencadeiam a gravidez imaginário. Porém, o único procedimento que é capaz de prevenir essa disfunção é a castração. Não há medicação para prevenção do problema. "Quando vemos gatos amamentando cães, ou cães amamentando gatos, normalmente são fêmeas com gravidez imaginária. Isso porque elas aceitam qualquer animal para amamentar" finaliza.

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