Dicas e curiosidades sobre animais

Agosto Verde: Ainda dá tempo de prevenir seu cão contra leishmaniose visceral


A doença transmitida pelo mosquito palha pode estar mais próxima do que você imagina e não tem cura

Por Luiza Cervenka
Agosto verde alerta sobre prevenção da Leishmaniose Visceral, uma doença que não tem cura - Sean Dustman/Creative Commons  

De ampla distribuição mundial, a leishmaniose visceral (LV) é uma doença infecciosa e zoonótica, transmitida para animais e humanos, e tem registros anuais de casos em diversas localidades do Brasil. Em Belo Horizonte (MG), segundo dados do Controle da Leishmaniose Visceral Canina da Prefeitura Municipal, o total de cães soropositivos para a doença aumentou em 53,7% entre 2021 e 2023, e já são 1.483 sorologias caninas positivas entre janeiro e abril deste ano. No estado de São Paulo, a cidade de Tupã registrou, em maio, o primeiro caso de 2024 de leishmaniose visceral em ser humano.

O grande vilão é um flebótomo, que é um mosquito pequeno de hábito crepuscular e noturno. Você conhece o mosquito-palha? Ele tem apenas 3 mm de comprimento, mas pode causar problemas grandiosos. Comuns principalmente em regiões tropicais e subtropicais, cujo clima predominante é quente e úmido, eles são responsáveis por transmitir protozoários do gênero Leishmania, que causam a leishmaniose.

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E não é porque você não mora nessas regiões que seu cão está incólume, viu?! Já tem casos da doença até na cidade de São Paulo.

"O mosquito-palha é o principal vetor do parasita, que pode ser transportado de um pet para outro, mas também de um pet para seu tutor, algo que torna a leishmaniose um problema de saúde pública", comenta a médica-veterinária Stefanie Poblete, coordenadora de produtos da Linha Pet da Syntec do Brasil.

A doença é grave e gera preocupação, pois pode ocasionar diversas manifestações clínicas, que, inclusive, podem ser confundidas com outras enfermidades e levar o animal a óbito.

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Principais sintomas da Leishmaniose Visceral

  • febre
  • aumento dos linfonodos, baço e fígado,
  • anemia
  • emagrecimento
  • alterações dermatológicas
  • perda de sangue pelo nariz,

"Infelizmente, ainda não há cura para a leishmaniose nos animais de companhia, por isso é preciso repetir sempre que é importante investir na prevenção. Contudo, é possível manejar o impacto da enfermidade por meio de medicamentos contra as manifestações clínicas. O médico-veterinário poderá investigar a origem do problema e personalizar o atendimento a cada cão", orienta Stefanie Poblete.

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"Atualmente, existe tratamento para a doença, no entanto, não promove a cura parasitológica", afirma Márcio Barboza, médico-veterinário e gerente de vendas técnicas e geração de demanda da MSD Saúde Animal.

Por isso, a prevenção é o melhor caminho. O método principal de prevenção da infecção causada pelo protozoário Leishmania infantum é por meio do uso de inseticida tópico com propriedade repelente, como a coleira antiparasitária.

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A prevenção é a chave para dimiuir os casos de Leishmaniose Visceral - Foto divulgação  

"Estudos têm demonstrado a efetividade do uso de colares impregnados com inseticidas na prevenção e no controle da leishmaniose visceral canina (LVC). No entanto, é importante estar atento na hora de escolher a coleira antiparasitária, isso porque o tutor precisa entender se o produto utilizado tem, em sua formulação, componentes citados pelos especialistas no assunto e se a sua eficácia é comprovada", ressalta o médico-veterinário.

A coleira antiparasitária Scalibor foi incorporada pelo Ministério da Saúde no Sistema Único de Saúde (SUS), em 2021, como parte do processo nacional de controle da leishmaniose visceral. Cerca de 133 municípios prioritários, de 16 estados, classificados com transmissão alta, intensa e muito intensa, disponibilizaram o produto na ocasião.

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Como é feito o diagnóstico da Leishmaniose Visceral em cães?

O diagnóstico da leishmaniose é comumente realizado por meio de análises laboratoriais de tecidos ou amostras biológicas do paciente e exames moleculares, como a PCR, visando à detecção do DNA do parasita. "Ter a certeza sobre qual inimigo está sendo combatido é essencial para que haja eficácia no tratamento, gerando bem-estar e qualidade de vida para os cães", informa a veterinária.

Campanha "Diga não à Leishmaniose"

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Marli Pó, idealizadora da Campanha, conta sobre sua experiência com a doença: "A informação sobre a Leishmaniose chegou na minha vida em 2004. Ganhei um cachorrinho, e dois meses depois soube que ele podia estar com a Leishmaniose porque alguns animais do local em que ele nasceu, haviam contraído a doença. Na época, eu não sabia do que se tratava e fui pesquisar.  Felizmente o meu pet não desenvolveu a doença, mas me surpreendi com a gravidade e decidi fazer algo para trazer mais informações às pessoas, criando a campanha "Diga não à Leishmaniose. Convidei alguns artistas para participarem da campanha para conseguir chamar atenção do público e grande imprensa, e ano que vem completamos 20 anos de conscientização. Durante esse tempo, muitas pessoaspassaram a me procurar porque não sabem como agir quando o cão está com a Leishmaniose. Eu auxilio indicando  profissionais e ONGs que conheço nas regiões desses casos. Mas, sinto que ainda há muita desinformação, a prevenção precisa continuar.  Acho importante dizer que a ferramenta mais efetiva para a prevenção da Leishmaniose é a coleira antiparasitária. Lá no início conheci uma veterinária que me apresentou a coleira Scalibor, e até hoje vejo como o método que mais auxilia na prevenção e combate".

E continua: "Alguns anos depois, tive contato 100% com o tratamento da Leishmaniose, pois adotei um cão que havia sido acometido por ela. Em 2017, um grupo que resgata pugs entrou em contato comigo para contar de um cachorrinho que estava em Botucatu e havia contraído a leishmaniose, e já tinha sido rejeitado por muitas famílias. Decidi trazer o Ozzy para São Paulo, e após 1 ano e meio assintomático, ele passou a ter uma anemia imunomediada por conta da doença. Busquei tratamento, mas, Infelizmente,com um mês depois ele faleceu. Sinto que a minha missão nessa campanha com a Leishmaniose teve dois momentos muito importantes, lá em 2004 passei a ter conhecimento sobre a importância da prevenção, e depois vivenciei com o Ozzy toda a dor que é ter um pet com a doença".

A limpeza do ambiente é fundamental na prevenção da Leishmaniose Visceral

Além do uso da coleira, a limpeza do ambiente é mais uma ação de suma importância na prevenção da doença. "O ambiente deve estar livre de matéria orgânica, pois é onde o flebótomo transmissor se prolifera; deve-se fazer o uso de telas de proteção específicas, principalmente no local em que o cão mais fica; é indicado evitar passeios com o cachorro ao entardecer e à noite, quando o flebótomo é mais ativo; e é preciso seguir sempre as orientações do médico-veterinário, que é o profissional que fornecerá todas as informações que o tutor precisa para preservar a saúde do cão e de toda a família" indica Márcio.

Lembre-se: ao notar qualquer alteração em seu cão é importante levá-lo o quanto antes para uma consulta com o médico-veterinário, para que ele possa fazer o diagnóstico correto e orientar em relação aos cuidados.

Agosto verde alerta sobre prevenção da Leishmaniose Visceral, uma doença que não tem cura - Sean Dustman/Creative Commons  

De ampla distribuição mundial, a leishmaniose visceral (LV) é uma doença infecciosa e zoonótica, transmitida para animais e humanos, e tem registros anuais de casos em diversas localidades do Brasil. Em Belo Horizonte (MG), segundo dados do Controle da Leishmaniose Visceral Canina da Prefeitura Municipal, o total de cães soropositivos para a doença aumentou em 53,7% entre 2021 e 2023, e já são 1.483 sorologias caninas positivas entre janeiro e abril deste ano. No estado de São Paulo, a cidade de Tupã registrou, em maio, o primeiro caso de 2024 de leishmaniose visceral em ser humano.

O grande vilão é um flebótomo, que é um mosquito pequeno de hábito crepuscular e noturno. Você conhece o mosquito-palha? Ele tem apenas 3 mm de comprimento, mas pode causar problemas grandiosos. Comuns principalmente em regiões tropicais e subtropicais, cujo clima predominante é quente e úmido, eles são responsáveis por transmitir protozoários do gênero Leishmania, que causam a leishmaniose.

E não é porque você não mora nessas regiões que seu cão está incólume, viu?! Já tem casos da doença até na cidade de São Paulo.

"O mosquito-palha é o principal vetor do parasita, que pode ser transportado de um pet para outro, mas também de um pet para seu tutor, algo que torna a leishmaniose um problema de saúde pública", comenta a médica-veterinária Stefanie Poblete, coordenadora de produtos da Linha Pet da Syntec do Brasil.

A doença é grave e gera preocupação, pois pode ocasionar diversas manifestações clínicas, que, inclusive, podem ser confundidas com outras enfermidades e levar o animal a óbito.

Principais sintomas da Leishmaniose Visceral

  • febre
  • aumento dos linfonodos, baço e fígado,
  • anemia
  • emagrecimento
  • alterações dermatológicas
  • perda de sangue pelo nariz,

"Infelizmente, ainda não há cura para a leishmaniose nos animais de companhia, por isso é preciso repetir sempre que é importante investir na prevenção. Contudo, é possível manejar o impacto da enfermidade por meio de medicamentos contra as manifestações clínicas. O médico-veterinário poderá investigar a origem do problema e personalizar o atendimento a cada cão", orienta Stefanie Poblete.

"Atualmente, existe tratamento para a doença, no entanto, não promove a cura parasitológica", afirma Márcio Barboza, médico-veterinário e gerente de vendas técnicas e geração de demanda da MSD Saúde Animal.

Por isso, a prevenção é o melhor caminho. O método principal de prevenção da infecção causada pelo protozoário Leishmania infantum é por meio do uso de inseticida tópico com propriedade repelente, como a coleira antiparasitária.

A prevenção é a chave para dimiuir os casos de Leishmaniose Visceral - Foto divulgação  

"Estudos têm demonstrado a efetividade do uso de colares impregnados com inseticidas na prevenção e no controle da leishmaniose visceral canina (LVC). No entanto, é importante estar atento na hora de escolher a coleira antiparasitária, isso porque o tutor precisa entender se o produto utilizado tem, em sua formulação, componentes citados pelos especialistas no assunto e se a sua eficácia é comprovada", ressalta o médico-veterinário.

A coleira antiparasitária Scalibor foi incorporada pelo Ministério da Saúde no Sistema Único de Saúde (SUS), em 2021, como parte do processo nacional de controle da leishmaniose visceral. Cerca de 133 municípios prioritários, de 16 estados, classificados com transmissão alta, intensa e muito intensa, disponibilizaram o produto na ocasião.

Como é feito o diagnóstico da Leishmaniose Visceral em cães?

O diagnóstico da leishmaniose é comumente realizado por meio de análises laboratoriais de tecidos ou amostras biológicas do paciente e exames moleculares, como a PCR, visando à detecção do DNA do parasita. "Ter a certeza sobre qual inimigo está sendo combatido é essencial para que haja eficácia no tratamento, gerando bem-estar e qualidade de vida para os cães", informa a veterinária.

Campanha "Diga não à Leishmaniose"

Marli Pó, idealizadora da Campanha, conta sobre sua experiência com a doença: "A informação sobre a Leishmaniose chegou na minha vida em 2004. Ganhei um cachorrinho, e dois meses depois soube que ele podia estar com a Leishmaniose porque alguns animais do local em que ele nasceu, haviam contraído a doença. Na época, eu não sabia do que se tratava e fui pesquisar.  Felizmente o meu pet não desenvolveu a doença, mas me surpreendi com a gravidade e decidi fazer algo para trazer mais informações às pessoas, criando a campanha "Diga não à Leishmaniose. Convidei alguns artistas para participarem da campanha para conseguir chamar atenção do público e grande imprensa, e ano que vem completamos 20 anos de conscientização. Durante esse tempo, muitas pessoaspassaram a me procurar porque não sabem como agir quando o cão está com a Leishmaniose. Eu auxilio indicando  profissionais e ONGs que conheço nas regiões desses casos. Mas, sinto que ainda há muita desinformação, a prevenção precisa continuar.  Acho importante dizer que a ferramenta mais efetiva para a prevenção da Leishmaniose é a coleira antiparasitária. Lá no início conheci uma veterinária que me apresentou a coleira Scalibor, e até hoje vejo como o método que mais auxilia na prevenção e combate".

E continua: "Alguns anos depois, tive contato 100% com o tratamento da Leishmaniose, pois adotei um cão que havia sido acometido por ela. Em 2017, um grupo que resgata pugs entrou em contato comigo para contar de um cachorrinho que estava em Botucatu e havia contraído a leishmaniose, e já tinha sido rejeitado por muitas famílias. Decidi trazer o Ozzy para São Paulo, e após 1 ano e meio assintomático, ele passou a ter uma anemia imunomediada por conta da doença. Busquei tratamento, mas, Infelizmente,com um mês depois ele faleceu. Sinto que a minha missão nessa campanha com a Leishmaniose teve dois momentos muito importantes, lá em 2004 passei a ter conhecimento sobre a importância da prevenção, e depois vivenciei com o Ozzy toda a dor que é ter um pet com a doença".

A limpeza do ambiente é fundamental na prevenção da Leishmaniose Visceral

Além do uso da coleira, a limpeza do ambiente é mais uma ação de suma importância na prevenção da doença. "O ambiente deve estar livre de matéria orgânica, pois é onde o flebótomo transmissor se prolifera; deve-se fazer o uso de telas de proteção específicas, principalmente no local em que o cão mais fica; é indicado evitar passeios com o cachorro ao entardecer e à noite, quando o flebótomo é mais ativo; e é preciso seguir sempre as orientações do médico-veterinário, que é o profissional que fornecerá todas as informações que o tutor precisa para preservar a saúde do cão e de toda a família" indica Márcio.

Lembre-se: ao notar qualquer alteração em seu cão é importante levá-lo o quanto antes para uma consulta com o médico-veterinário, para que ele possa fazer o diagnóstico correto e orientar em relação aos cuidados.

Agosto verde alerta sobre prevenção da Leishmaniose Visceral, uma doença que não tem cura - Sean Dustman/Creative Commons  

De ampla distribuição mundial, a leishmaniose visceral (LV) é uma doença infecciosa e zoonótica, transmitida para animais e humanos, e tem registros anuais de casos em diversas localidades do Brasil. Em Belo Horizonte (MG), segundo dados do Controle da Leishmaniose Visceral Canina da Prefeitura Municipal, o total de cães soropositivos para a doença aumentou em 53,7% entre 2021 e 2023, e já são 1.483 sorologias caninas positivas entre janeiro e abril deste ano. No estado de São Paulo, a cidade de Tupã registrou, em maio, o primeiro caso de 2024 de leishmaniose visceral em ser humano.

O grande vilão é um flebótomo, que é um mosquito pequeno de hábito crepuscular e noturno. Você conhece o mosquito-palha? Ele tem apenas 3 mm de comprimento, mas pode causar problemas grandiosos. Comuns principalmente em regiões tropicais e subtropicais, cujo clima predominante é quente e úmido, eles são responsáveis por transmitir protozoários do gênero Leishmania, que causam a leishmaniose.

E não é porque você não mora nessas regiões que seu cão está incólume, viu?! Já tem casos da doença até na cidade de São Paulo.

"O mosquito-palha é o principal vetor do parasita, que pode ser transportado de um pet para outro, mas também de um pet para seu tutor, algo que torna a leishmaniose um problema de saúde pública", comenta a médica-veterinária Stefanie Poblete, coordenadora de produtos da Linha Pet da Syntec do Brasil.

A doença é grave e gera preocupação, pois pode ocasionar diversas manifestações clínicas, que, inclusive, podem ser confundidas com outras enfermidades e levar o animal a óbito.

Principais sintomas da Leishmaniose Visceral

  • febre
  • aumento dos linfonodos, baço e fígado,
  • anemia
  • emagrecimento
  • alterações dermatológicas
  • perda de sangue pelo nariz,

"Infelizmente, ainda não há cura para a leishmaniose nos animais de companhia, por isso é preciso repetir sempre que é importante investir na prevenção. Contudo, é possível manejar o impacto da enfermidade por meio de medicamentos contra as manifestações clínicas. O médico-veterinário poderá investigar a origem do problema e personalizar o atendimento a cada cão", orienta Stefanie Poblete.

"Atualmente, existe tratamento para a doença, no entanto, não promove a cura parasitológica", afirma Márcio Barboza, médico-veterinário e gerente de vendas técnicas e geração de demanda da MSD Saúde Animal.

Por isso, a prevenção é o melhor caminho. O método principal de prevenção da infecção causada pelo protozoário Leishmania infantum é por meio do uso de inseticida tópico com propriedade repelente, como a coleira antiparasitária.

A prevenção é a chave para dimiuir os casos de Leishmaniose Visceral - Foto divulgação  

"Estudos têm demonstrado a efetividade do uso de colares impregnados com inseticidas na prevenção e no controle da leishmaniose visceral canina (LVC). No entanto, é importante estar atento na hora de escolher a coleira antiparasitária, isso porque o tutor precisa entender se o produto utilizado tem, em sua formulação, componentes citados pelos especialistas no assunto e se a sua eficácia é comprovada", ressalta o médico-veterinário.

A coleira antiparasitária Scalibor foi incorporada pelo Ministério da Saúde no Sistema Único de Saúde (SUS), em 2021, como parte do processo nacional de controle da leishmaniose visceral. Cerca de 133 municípios prioritários, de 16 estados, classificados com transmissão alta, intensa e muito intensa, disponibilizaram o produto na ocasião.

Como é feito o diagnóstico da Leishmaniose Visceral em cães?

O diagnóstico da leishmaniose é comumente realizado por meio de análises laboratoriais de tecidos ou amostras biológicas do paciente e exames moleculares, como a PCR, visando à detecção do DNA do parasita. "Ter a certeza sobre qual inimigo está sendo combatido é essencial para que haja eficácia no tratamento, gerando bem-estar e qualidade de vida para os cães", informa a veterinária.

Campanha "Diga não à Leishmaniose"

Marli Pó, idealizadora da Campanha, conta sobre sua experiência com a doença: "A informação sobre a Leishmaniose chegou na minha vida em 2004. Ganhei um cachorrinho, e dois meses depois soube que ele podia estar com a Leishmaniose porque alguns animais do local em que ele nasceu, haviam contraído a doença. Na época, eu não sabia do que se tratava e fui pesquisar.  Felizmente o meu pet não desenvolveu a doença, mas me surpreendi com a gravidade e decidi fazer algo para trazer mais informações às pessoas, criando a campanha "Diga não à Leishmaniose. Convidei alguns artistas para participarem da campanha para conseguir chamar atenção do público e grande imprensa, e ano que vem completamos 20 anos de conscientização. Durante esse tempo, muitas pessoaspassaram a me procurar porque não sabem como agir quando o cão está com a Leishmaniose. Eu auxilio indicando  profissionais e ONGs que conheço nas regiões desses casos. Mas, sinto que ainda há muita desinformação, a prevenção precisa continuar.  Acho importante dizer que a ferramenta mais efetiva para a prevenção da Leishmaniose é a coleira antiparasitária. Lá no início conheci uma veterinária que me apresentou a coleira Scalibor, e até hoje vejo como o método que mais auxilia na prevenção e combate".

E continua: "Alguns anos depois, tive contato 100% com o tratamento da Leishmaniose, pois adotei um cão que havia sido acometido por ela. Em 2017, um grupo que resgata pugs entrou em contato comigo para contar de um cachorrinho que estava em Botucatu e havia contraído a leishmaniose, e já tinha sido rejeitado por muitas famílias. Decidi trazer o Ozzy para São Paulo, e após 1 ano e meio assintomático, ele passou a ter uma anemia imunomediada por conta da doença. Busquei tratamento, mas, Infelizmente,com um mês depois ele faleceu. Sinto que a minha missão nessa campanha com a Leishmaniose teve dois momentos muito importantes, lá em 2004 passei a ter conhecimento sobre a importância da prevenção, e depois vivenciei com o Ozzy toda a dor que é ter um pet com a doença".

A limpeza do ambiente é fundamental na prevenção da Leishmaniose Visceral

Além do uso da coleira, a limpeza do ambiente é mais uma ação de suma importância na prevenção da doença. "O ambiente deve estar livre de matéria orgânica, pois é onde o flebótomo transmissor se prolifera; deve-se fazer o uso de telas de proteção específicas, principalmente no local em que o cão mais fica; é indicado evitar passeios com o cachorro ao entardecer e à noite, quando o flebótomo é mais ativo; e é preciso seguir sempre as orientações do médico-veterinário, que é o profissional que fornecerá todas as informações que o tutor precisa para preservar a saúde do cão e de toda a família" indica Márcio.

Lembre-se: ao notar qualquer alteração em seu cão é importante levá-lo o quanto antes para uma consulta com o médico-veterinário, para que ele possa fazer o diagnóstico correto e orientar em relação aos cuidados.

Agosto verde alerta sobre prevenção da Leishmaniose Visceral, uma doença que não tem cura - Sean Dustman/Creative Commons  

De ampla distribuição mundial, a leishmaniose visceral (LV) é uma doença infecciosa e zoonótica, transmitida para animais e humanos, e tem registros anuais de casos em diversas localidades do Brasil. Em Belo Horizonte (MG), segundo dados do Controle da Leishmaniose Visceral Canina da Prefeitura Municipal, o total de cães soropositivos para a doença aumentou em 53,7% entre 2021 e 2023, e já são 1.483 sorologias caninas positivas entre janeiro e abril deste ano. No estado de São Paulo, a cidade de Tupã registrou, em maio, o primeiro caso de 2024 de leishmaniose visceral em ser humano.

O grande vilão é um flebótomo, que é um mosquito pequeno de hábito crepuscular e noturno. Você conhece o mosquito-palha? Ele tem apenas 3 mm de comprimento, mas pode causar problemas grandiosos. Comuns principalmente em regiões tropicais e subtropicais, cujo clima predominante é quente e úmido, eles são responsáveis por transmitir protozoários do gênero Leishmania, que causam a leishmaniose.

E não é porque você não mora nessas regiões que seu cão está incólume, viu?! Já tem casos da doença até na cidade de São Paulo.

"O mosquito-palha é o principal vetor do parasita, que pode ser transportado de um pet para outro, mas também de um pet para seu tutor, algo que torna a leishmaniose um problema de saúde pública", comenta a médica-veterinária Stefanie Poblete, coordenadora de produtos da Linha Pet da Syntec do Brasil.

A doença é grave e gera preocupação, pois pode ocasionar diversas manifestações clínicas, que, inclusive, podem ser confundidas com outras enfermidades e levar o animal a óbito.

Principais sintomas da Leishmaniose Visceral

  • febre
  • aumento dos linfonodos, baço e fígado,
  • anemia
  • emagrecimento
  • alterações dermatológicas
  • perda de sangue pelo nariz,

"Infelizmente, ainda não há cura para a leishmaniose nos animais de companhia, por isso é preciso repetir sempre que é importante investir na prevenção. Contudo, é possível manejar o impacto da enfermidade por meio de medicamentos contra as manifestações clínicas. O médico-veterinário poderá investigar a origem do problema e personalizar o atendimento a cada cão", orienta Stefanie Poblete.

"Atualmente, existe tratamento para a doença, no entanto, não promove a cura parasitológica", afirma Márcio Barboza, médico-veterinário e gerente de vendas técnicas e geração de demanda da MSD Saúde Animal.

Por isso, a prevenção é o melhor caminho. O método principal de prevenção da infecção causada pelo protozoário Leishmania infantum é por meio do uso de inseticida tópico com propriedade repelente, como a coleira antiparasitária.

A prevenção é a chave para dimiuir os casos de Leishmaniose Visceral - Foto divulgação  

"Estudos têm demonstrado a efetividade do uso de colares impregnados com inseticidas na prevenção e no controle da leishmaniose visceral canina (LVC). No entanto, é importante estar atento na hora de escolher a coleira antiparasitária, isso porque o tutor precisa entender se o produto utilizado tem, em sua formulação, componentes citados pelos especialistas no assunto e se a sua eficácia é comprovada", ressalta o médico-veterinário.

A coleira antiparasitária Scalibor foi incorporada pelo Ministério da Saúde no Sistema Único de Saúde (SUS), em 2021, como parte do processo nacional de controle da leishmaniose visceral. Cerca de 133 municípios prioritários, de 16 estados, classificados com transmissão alta, intensa e muito intensa, disponibilizaram o produto na ocasião.

Como é feito o diagnóstico da Leishmaniose Visceral em cães?

O diagnóstico da leishmaniose é comumente realizado por meio de análises laboratoriais de tecidos ou amostras biológicas do paciente e exames moleculares, como a PCR, visando à detecção do DNA do parasita. "Ter a certeza sobre qual inimigo está sendo combatido é essencial para que haja eficácia no tratamento, gerando bem-estar e qualidade de vida para os cães", informa a veterinária.

Campanha "Diga não à Leishmaniose"

Marli Pó, idealizadora da Campanha, conta sobre sua experiência com a doença: "A informação sobre a Leishmaniose chegou na minha vida em 2004. Ganhei um cachorrinho, e dois meses depois soube que ele podia estar com a Leishmaniose porque alguns animais do local em que ele nasceu, haviam contraído a doença. Na época, eu não sabia do que se tratava e fui pesquisar.  Felizmente o meu pet não desenvolveu a doença, mas me surpreendi com a gravidade e decidi fazer algo para trazer mais informações às pessoas, criando a campanha "Diga não à Leishmaniose. Convidei alguns artistas para participarem da campanha para conseguir chamar atenção do público e grande imprensa, e ano que vem completamos 20 anos de conscientização. Durante esse tempo, muitas pessoaspassaram a me procurar porque não sabem como agir quando o cão está com a Leishmaniose. Eu auxilio indicando  profissionais e ONGs que conheço nas regiões desses casos. Mas, sinto que ainda há muita desinformação, a prevenção precisa continuar.  Acho importante dizer que a ferramenta mais efetiva para a prevenção da Leishmaniose é a coleira antiparasitária. Lá no início conheci uma veterinária que me apresentou a coleira Scalibor, e até hoje vejo como o método que mais auxilia na prevenção e combate".

E continua: "Alguns anos depois, tive contato 100% com o tratamento da Leishmaniose, pois adotei um cão que havia sido acometido por ela. Em 2017, um grupo que resgata pugs entrou em contato comigo para contar de um cachorrinho que estava em Botucatu e havia contraído a leishmaniose, e já tinha sido rejeitado por muitas famílias. Decidi trazer o Ozzy para São Paulo, e após 1 ano e meio assintomático, ele passou a ter uma anemia imunomediada por conta da doença. Busquei tratamento, mas, Infelizmente,com um mês depois ele faleceu. Sinto que a minha missão nessa campanha com a Leishmaniose teve dois momentos muito importantes, lá em 2004 passei a ter conhecimento sobre a importância da prevenção, e depois vivenciei com o Ozzy toda a dor que é ter um pet com a doença".

A limpeza do ambiente é fundamental na prevenção da Leishmaniose Visceral

Além do uso da coleira, a limpeza do ambiente é mais uma ação de suma importância na prevenção da doença. "O ambiente deve estar livre de matéria orgânica, pois é onde o flebótomo transmissor se prolifera; deve-se fazer o uso de telas de proteção específicas, principalmente no local em que o cão mais fica; é indicado evitar passeios com o cachorro ao entardecer e à noite, quando o flebótomo é mais ativo; e é preciso seguir sempre as orientações do médico-veterinário, que é o profissional que fornecerá todas as informações que o tutor precisa para preservar a saúde do cão e de toda a família" indica Márcio.

Lembre-se: ao notar qualquer alteração em seu cão é importante levá-lo o quanto antes para uma consulta com o médico-veterinário, para que ele possa fazer o diagnóstico correto e orientar em relação aos cuidados.

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