Dicas e curiosidades sobre animais

Castração: Um guia com tudo o que você precisa saber


A castração é uma ótima ferramenta para controle populacional. Apesar de utilizada com frequência em ONGs para animais ainda filhotes, há questionamentos sobre prós e contras.

Por Luiza Cervenka
Atualização:

A castração deve ser avaliada pelo médico veterinário, para entender qual a melhor idade - Bennilover/Creative Commons Foto: Estadão

A castração é a retirada do útero e ovários, nas fêmeas, e dos testículos, nos machos. Existe também a possibilidade de ser feita a esterilização. As gônadas sexuais são mantidas (ovários e testículos), mas é feita a laqueadura das fêmeas e a vasectomia em machos. Assim, a reprodução é inviabilizada, mas as funções hormonais são mantidas.

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Esse procedimento, chamado CED (Captura, esterilização e devolução), é bastante comum em cães e gatos de rua, quando lá são mantidos. Isso porque os hormônios sexuais são importantes para sobrevivência, disputas, caça e até formação de grupos.

Castração e o câncer de mama

Muitos estudos, feitos nos EUA, na década de 90, mostraram que as cadelas castradas antes do primeiro cio tinham chances muito pequenas de desenvolver câncer de mama, 0,05%. Após o primeiro cio esse percentual sobe para 8%. E, após o segundo cio, há uma chance de 26% da cadela desenvolver tumores mamários. Até hoje, esse é o tipo de câncer mais comum entre as cadelas. Assim, um protocolo foi estabelecido para que a castração fosse feita até o sexto mês de vida.

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Outro benefício apontado nos estudos é o aumento da expectativa de vida em animais castrados. Seja por se envolverem menos em brigas, pela melhor resposta imunológica, por diminuir as alterações hormonais ou por não apresentar doenças do sistema reprodutivo (como aumento da próstata, em machos, e infecção uterina, em fêmeas).

Foram anos com baixíssimos casos de câncer de mama, após início desse protocolo. Todavia, outros estudos foram feitos, demonstrando os malefícios da castração antes da maturidade sexual de cães e gatos.

Apesar de diminuir, e muito, a chance de câncer de mama, a castração antes dos seis meses pode facilitar outros tipos de câncer, ainda mais severos, como cânceres ósseos (osteossarcomas) e câncer na parede dos vasos sanguíneos (hemangiossarcoma). Ambos os tipos de câncer são muito mais sérios e difíceis de tratar, quando comparados aos de mama, por exemplo. Um estudo apontou o dobro da chance de animais castrados precocemente terem esses tipos de câncer.

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Não adianta cruzar o animal, seja cachorro ou gato. Não vai minimizar a chance de câncer. Aliás, no vídeo abaixo eu explico os problemas de cruzar os cães.

Castração engorda?

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Um dos grandes medos dos tutores é castrar e o animal engordar. Alguns estudos apontam que a castração pode facilitar o acúmulo de gordura, devido à ausência de hormônios, como a testosterona, que auxiliam no aumento da atividade e metabolismo.Assim, o aumento de peso pode ser maior em machos, do que em fêmeas.

Por ter uma abrupta diminuição da testosterona, alguns machos, que possuíam comportamentos de fuga, agressividade e agitação, vinculados a questões sexuais, aparentam, após a castração, maior calma. Por isso vem o mito de que castração acalma o cachorro. O que nem sempre é verdade.

Como consequência da diminuição da atividade e aumento de peso, podem acontecer problemas articulares, como luxação de patela e rupturas de ligamentos.

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Estudos apontam que a castração precoce pode facilitar problemas ósseos, já que os hormônios sexuais estão envolvidos na maturação deste tecido. Dessa forma, a displasia coxofemoral é mais presente em cães castrados precocemente.Em fêmeas castradas antes do sexto mês, também é observada maior incidência de osteoporose.

Castração e comportamento

Os estudos envolvendo a castração precoce e as alterações de comportamento ainda são recentes e contraditórios. Alguns apontam que a castração pode diminuir a agressividade, enquanto outras pesquisas mostram que a castração pode facilitar a agressividade, principalmente em fêmeas.

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Um assunto que é quase unânime é a relação entre a castração e o aumento de fobias e ansiedades. Cães castrados antes dos seis meses têm maior propensão a desenvolver medos, fobias e quadros de ansiedade. Seja medo de barulho ou mesmo pânico de ficar sozinho. A castração não é o único fator a influenciar, mas pode ser um grande coadjuvante.

[veja_tambem]

Anestesia para castração

A anestesia ainda causa grande receio entre os tutores. Mas com a evolução dos fármacos e aprimoramento dos profissionais, o procedimento anestésico se tornou mais tranquilo e seguro.

Para entender melhor sobre esse assunto, eu acompanhei a castração do meu gato Doritos. Veja a entrevista com as veterinárias responsáveis, no vídeo abaixo.

Castrar ou não castrar?

Se o seu cachorro tem contato com outros cães não castrados, ou se ele tem acesso à rua, o ideal é a castração, para diminuir a possibilidade de uma cópula indesejada e aumento de animais errantes.

Todavia, se é um cachorro que somente passeia com seu tutor, que passou pelo processo de socialização com outros cães, desde filhote ou tem propensão a ter algum problema ortopédico, sugiro conversar com o médico veterinário e analisar cada fator. Uma junta médica, incluindo um profissional do comportamento, pode ajudar a tomar a decisão correta sobre qual a melhor idade para que seja feita a castração.

Medicina veterinária não é matemática. Mesmo os comportamentos vinculados aos hormônios sexuais, como demarcação de território e agressividade, podem não diminuir a frequência com a castração.

A castração deve ser avaliada pelo médico veterinário, para entender qual a melhor idade - Bennilover/Creative Commons Foto: Estadão

A castração é a retirada do útero e ovários, nas fêmeas, e dos testículos, nos machos. Existe também a possibilidade de ser feita a esterilização. As gônadas sexuais são mantidas (ovários e testículos), mas é feita a laqueadura das fêmeas e a vasectomia em machos. Assim, a reprodução é inviabilizada, mas as funções hormonais são mantidas.

Esse procedimento, chamado CED (Captura, esterilização e devolução), é bastante comum em cães e gatos de rua, quando lá são mantidos. Isso porque os hormônios sexuais são importantes para sobrevivência, disputas, caça e até formação de grupos.

Castração e o câncer de mama

Muitos estudos, feitos nos EUA, na década de 90, mostraram que as cadelas castradas antes do primeiro cio tinham chances muito pequenas de desenvolver câncer de mama, 0,05%. Após o primeiro cio esse percentual sobe para 8%. E, após o segundo cio, há uma chance de 26% da cadela desenvolver tumores mamários. Até hoje, esse é o tipo de câncer mais comum entre as cadelas. Assim, um protocolo foi estabelecido para que a castração fosse feita até o sexto mês de vida.

Outro benefício apontado nos estudos é o aumento da expectativa de vida em animais castrados. Seja por se envolverem menos em brigas, pela melhor resposta imunológica, por diminuir as alterações hormonais ou por não apresentar doenças do sistema reprodutivo (como aumento da próstata, em machos, e infecção uterina, em fêmeas).

Foram anos com baixíssimos casos de câncer de mama, após início desse protocolo. Todavia, outros estudos foram feitos, demonstrando os malefícios da castração antes da maturidade sexual de cães e gatos.

Apesar de diminuir, e muito, a chance de câncer de mama, a castração antes dos seis meses pode facilitar outros tipos de câncer, ainda mais severos, como cânceres ósseos (osteossarcomas) e câncer na parede dos vasos sanguíneos (hemangiossarcoma). Ambos os tipos de câncer são muito mais sérios e difíceis de tratar, quando comparados aos de mama, por exemplo. Um estudo apontou o dobro da chance de animais castrados precocemente terem esses tipos de câncer.

Não adianta cruzar o animal, seja cachorro ou gato. Não vai minimizar a chance de câncer. Aliás, no vídeo abaixo eu explico os problemas de cruzar os cães.

Castração engorda?

Um dos grandes medos dos tutores é castrar e o animal engordar. Alguns estudos apontam que a castração pode facilitar o acúmulo de gordura, devido à ausência de hormônios, como a testosterona, que auxiliam no aumento da atividade e metabolismo.Assim, o aumento de peso pode ser maior em machos, do que em fêmeas.

Por ter uma abrupta diminuição da testosterona, alguns machos, que possuíam comportamentos de fuga, agressividade e agitação, vinculados a questões sexuais, aparentam, após a castração, maior calma. Por isso vem o mito de que castração acalma o cachorro. O que nem sempre é verdade.

Como consequência da diminuição da atividade e aumento de peso, podem acontecer problemas articulares, como luxação de patela e rupturas de ligamentos.

Estudos apontam que a castração precoce pode facilitar problemas ósseos, já que os hormônios sexuais estão envolvidos na maturação deste tecido. Dessa forma, a displasia coxofemoral é mais presente em cães castrados precocemente.Em fêmeas castradas antes do sexto mês, também é observada maior incidência de osteoporose.

Castração e comportamento

Os estudos envolvendo a castração precoce e as alterações de comportamento ainda são recentes e contraditórios. Alguns apontam que a castração pode diminuir a agressividade, enquanto outras pesquisas mostram que a castração pode facilitar a agressividade, principalmente em fêmeas.

Um assunto que é quase unânime é a relação entre a castração e o aumento de fobias e ansiedades. Cães castrados antes dos seis meses têm maior propensão a desenvolver medos, fobias e quadros de ansiedade. Seja medo de barulho ou mesmo pânico de ficar sozinho. A castração não é o único fator a influenciar, mas pode ser um grande coadjuvante.

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Anestesia para castração

A anestesia ainda causa grande receio entre os tutores. Mas com a evolução dos fármacos e aprimoramento dos profissionais, o procedimento anestésico se tornou mais tranquilo e seguro.

Para entender melhor sobre esse assunto, eu acompanhei a castração do meu gato Doritos. Veja a entrevista com as veterinárias responsáveis, no vídeo abaixo.

Castrar ou não castrar?

Se o seu cachorro tem contato com outros cães não castrados, ou se ele tem acesso à rua, o ideal é a castração, para diminuir a possibilidade de uma cópula indesejada e aumento de animais errantes.

Todavia, se é um cachorro que somente passeia com seu tutor, que passou pelo processo de socialização com outros cães, desde filhote ou tem propensão a ter algum problema ortopédico, sugiro conversar com o médico veterinário e analisar cada fator. Uma junta médica, incluindo um profissional do comportamento, pode ajudar a tomar a decisão correta sobre qual a melhor idade para que seja feita a castração.

Medicina veterinária não é matemática. Mesmo os comportamentos vinculados aos hormônios sexuais, como demarcação de território e agressividade, podem não diminuir a frequência com a castração.

A castração deve ser avaliada pelo médico veterinário, para entender qual a melhor idade - Bennilover/Creative Commons Foto: Estadão

A castração é a retirada do útero e ovários, nas fêmeas, e dos testículos, nos machos. Existe também a possibilidade de ser feita a esterilização. As gônadas sexuais são mantidas (ovários e testículos), mas é feita a laqueadura das fêmeas e a vasectomia em machos. Assim, a reprodução é inviabilizada, mas as funções hormonais são mantidas.

Esse procedimento, chamado CED (Captura, esterilização e devolução), é bastante comum em cães e gatos de rua, quando lá são mantidos. Isso porque os hormônios sexuais são importantes para sobrevivência, disputas, caça e até formação de grupos.

Castração e o câncer de mama

Muitos estudos, feitos nos EUA, na década de 90, mostraram que as cadelas castradas antes do primeiro cio tinham chances muito pequenas de desenvolver câncer de mama, 0,05%. Após o primeiro cio esse percentual sobe para 8%. E, após o segundo cio, há uma chance de 26% da cadela desenvolver tumores mamários. Até hoje, esse é o tipo de câncer mais comum entre as cadelas. Assim, um protocolo foi estabelecido para que a castração fosse feita até o sexto mês de vida.

Outro benefício apontado nos estudos é o aumento da expectativa de vida em animais castrados. Seja por se envolverem menos em brigas, pela melhor resposta imunológica, por diminuir as alterações hormonais ou por não apresentar doenças do sistema reprodutivo (como aumento da próstata, em machos, e infecção uterina, em fêmeas).

Foram anos com baixíssimos casos de câncer de mama, após início desse protocolo. Todavia, outros estudos foram feitos, demonstrando os malefícios da castração antes da maturidade sexual de cães e gatos.

Apesar de diminuir, e muito, a chance de câncer de mama, a castração antes dos seis meses pode facilitar outros tipos de câncer, ainda mais severos, como cânceres ósseos (osteossarcomas) e câncer na parede dos vasos sanguíneos (hemangiossarcoma). Ambos os tipos de câncer são muito mais sérios e difíceis de tratar, quando comparados aos de mama, por exemplo. Um estudo apontou o dobro da chance de animais castrados precocemente terem esses tipos de câncer.

Não adianta cruzar o animal, seja cachorro ou gato. Não vai minimizar a chance de câncer. Aliás, no vídeo abaixo eu explico os problemas de cruzar os cães.

Castração engorda?

Um dos grandes medos dos tutores é castrar e o animal engordar. Alguns estudos apontam que a castração pode facilitar o acúmulo de gordura, devido à ausência de hormônios, como a testosterona, que auxiliam no aumento da atividade e metabolismo.Assim, o aumento de peso pode ser maior em machos, do que em fêmeas.

Por ter uma abrupta diminuição da testosterona, alguns machos, que possuíam comportamentos de fuga, agressividade e agitação, vinculados a questões sexuais, aparentam, após a castração, maior calma. Por isso vem o mito de que castração acalma o cachorro. O que nem sempre é verdade.

Como consequência da diminuição da atividade e aumento de peso, podem acontecer problemas articulares, como luxação de patela e rupturas de ligamentos.

Estudos apontam que a castração precoce pode facilitar problemas ósseos, já que os hormônios sexuais estão envolvidos na maturação deste tecido. Dessa forma, a displasia coxofemoral é mais presente em cães castrados precocemente.Em fêmeas castradas antes do sexto mês, também é observada maior incidência de osteoporose.

Castração e comportamento

Os estudos envolvendo a castração precoce e as alterações de comportamento ainda são recentes e contraditórios. Alguns apontam que a castração pode diminuir a agressividade, enquanto outras pesquisas mostram que a castração pode facilitar a agressividade, principalmente em fêmeas.

Um assunto que é quase unânime é a relação entre a castração e o aumento de fobias e ansiedades. Cães castrados antes dos seis meses têm maior propensão a desenvolver medos, fobias e quadros de ansiedade. Seja medo de barulho ou mesmo pânico de ficar sozinho. A castração não é o único fator a influenciar, mas pode ser um grande coadjuvante.

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Anestesia para castração

A anestesia ainda causa grande receio entre os tutores. Mas com a evolução dos fármacos e aprimoramento dos profissionais, o procedimento anestésico se tornou mais tranquilo e seguro.

Para entender melhor sobre esse assunto, eu acompanhei a castração do meu gato Doritos. Veja a entrevista com as veterinárias responsáveis, no vídeo abaixo.

Castrar ou não castrar?

Se o seu cachorro tem contato com outros cães não castrados, ou se ele tem acesso à rua, o ideal é a castração, para diminuir a possibilidade de uma cópula indesejada e aumento de animais errantes.

Todavia, se é um cachorro que somente passeia com seu tutor, que passou pelo processo de socialização com outros cães, desde filhote ou tem propensão a ter algum problema ortopédico, sugiro conversar com o médico veterinário e analisar cada fator. Uma junta médica, incluindo um profissional do comportamento, pode ajudar a tomar a decisão correta sobre qual a melhor idade para que seja feita a castração.

Medicina veterinária não é matemática. Mesmo os comportamentos vinculados aos hormônios sexuais, como demarcação de território e agressividade, podem não diminuir a frequência com a castração.

A castração deve ser avaliada pelo médico veterinário, para entender qual a melhor idade - Bennilover/Creative Commons Foto: Estadão

A castração é a retirada do útero e ovários, nas fêmeas, e dos testículos, nos machos. Existe também a possibilidade de ser feita a esterilização. As gônadas sexuais são mantidas (ovários e testículos), mas é feita a laqueadura das fêmeas e a vasectomia em machos. Assim, a reprodução é inviabilizada, mas as funções hormonais são mantidas.

Esse procedimento, chamado CED (Captura, esterilização e devolução), é bastante comum em cães e gatos de rua, quando lá são mantidos. Isso porque os hormônios sexuais são importantes para sobrevivência, disputas, caça e até formação de grupos.

Castração e o câncer de mama

Muitos estudos, feitos nos EUA, na década de 90, mostraram que as cadelas castradas antes do primeiro cio tinham chances muito pequenas de desenvolver câncer de mama, 0,05%. Após o primeiro cio esse percentual sobe para 8%. E, após o segundo cio, há uma chance de 26% da cadela desenvolver tumores mamários. Até hoje, esse é o tipo de câncer mais comum entre as cadelas. Assim, um protocolo foi estabelecido para que a castração fosse feita até o sexto mês de vida.

Outro benefício apontado nos estudos é o aumento da expectativa de vida em animais castrados. Seja por se envolverem menos em brigas, pela melhor resposta imunológica, por diminuir as alterações hormonais ou por não apresentar doenças do sistema reprodutivo (como aumento da próstata, em machos, e infecção uterina, em fêmeas).

Foram anos com baixíssimos casos de câncer de mama, após início desse protocolo. Todavia, outros estudos foram feitos, demonstrando os malefícios da castração antes da maturidade sexual de cães e gatos.

Apesar de diminuir, e muito, a chance de câncer de mama, a castração antes dos seis meses pode facilitar outros tipos de câncer, ainda mais severos, como cânceres ósseos (osteossarcomas) e câncer na parede dos vasos sanguíneos (hemangiossarcoma). Ambos os tipos de câncer são muito mais sérios e difíceis de tratar, quando comparados aos de mama, por exemplo. Um estudo apontou o dobro da chance de animais castrados precocemente terem esses tipos de câncer.

Não adianta cruzar o animal, seja cachorro ou gato. Não vai minimizar a chance de câncer. Aliás, no vídeo abaixo eu explico os problemas de cruzar os cães.

Castração engorda?

Um dos grandes medos dos tutores é castrar e o animal engordar. Alguns estudos apontam que a castração pode facilitar o acúmulo de gordura, devido à ausência de hormônios, como a testosterona, que auxiliam no aumento da atividade e metabolismo.Assim, o aumento de peso pode ser maior em machos, do que em fêmeas.

Por ter uma abrupta diminuição da testosterona, alguns machos, que possuíam comportamentos de fuga, agressividade e agitação, vinculados a questões sexuais, aparentam, após a castração, maior calma. Por isso vem o mito de que castração acalma o cachorro. O que nem sempre é verdade.

Como consequência da diminuição da atividade e aumento de peso, podem acontecer problemas articulares, como luxação de patela e rupturas de ligamentos.

Estudos apontam que a castração precoce pode facilitar problemas ósseos, já que os hormônios sexuais estão envolvidos na maturação deste tecido. Dessa forma, a displasia coxofemoral é mais presente em cães castrados precocemente.Em fêmeas castradas antes do sexto mês, também é observada maior incidência de osteoporose.

Castração e comportamento

Os estudos envolvendo a castração precoce e as alterações de comportamento ainda são recentes e contraditórios. Alguns apontam que a castração pode diminuir a agressividade, enquanto outras pesquisas mostram que a castração pode facilitar a agressividade, principalmente em fêmeas.

Um assunto que é quase unânime é a relação entre a castração e o aumento de fobias e ansiedades. Cães castrados antes dos seis meses têm maior propensão a desenvolver medos, fobias e quadros de ansiedade. Seja medo de barulho ou mesmo pânico de ficar sozinho. A castração não é o único fator a influenciar, mas pode ser um grande coadjuvante.

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Anestesia para castração

A anestesia ainda causa grande receio entre os tutores. Mas com a evolução dos fármacos e aprimoramento dos profissionais, o procedimento anestésico se tornou mais tranquilo e seguro.

Para entender melhor sobre esse assunto, eu acompanhei a castração do meu gato Doritos. Veja a entrevista com as veterinárias responsáveis, no vídeo abaixo.

Castrar ou não castrar?

Se o seu cachorro tem contato com outros cães não castrados, ou se ele tem acesso à rua, o ideal é a castração, para diminuir a possibilidade de uma cópula indesejada e aumento de animais errantes.

Todavia, se é um cachorro que somente passeia com seu tutor, que passou pelo processo de socialização com outros cães, desde filhote ou tem propensão a ter algum problema ortopédico, sugiro conversar com o médico veterinário e analisar cada fator. Uma junta médica, incluindo um profissional do comportamento, pode ajudar a tomar a decisão correta sobre qual a melhor idade para que seja feita a castração.

Medicina veterinária não é matemática. Mesmo os comportamentos vinculados aos hormônios sexuais, como demarcação de território e agressividade, podem não diminuir a frequência com a castração.

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