Dicas e curiosidades sobre animais

Chega ao Brasil uma medicação específica para o câncer em cães


Por Luiza Cervenka
MarkScottAustinTX/Creative Commons  

Assim como em humanos, cães e gatos estão sofrendo com diversos casos de câncer. Há diversas especulações para o motivo disso. De toda forma, ainda há diversos casos de tumores. Todavia, chega ao Brasil uma medicação específica para o tratamento de células cancerosas de cães.

continua após a publicidade

Segundo o médico veterinário Rodrigo Ubukata, especialista em oncologia, são diversos fatores que contribuem para o aumento dos casos de câncer em cães. "Hoje, os animais são tratados como membros da família e com isso, doenças que antigamente passavam desapercebidas, agora são rapidamente notadas, diagnosticadas e tratadas" afirma Dr Ubukata. Além disso ele também aponta uma maior expectativa de vida dos animais. Com isso, as doenças crônicas, associadas com o envelhecimento, assim como em seres humanos, tornam-se mais frequentes: cardiopatias (doenças cardíacas), hepatopatias (doenças no fígado), nefropatias (doenças nos rins), neuropatias (doenças no sistema nervoso) e tumores (câncer).

Porém, Dr Ubukata alerta: "Não é apenas isso que faz com que os tumores estejam aumentando. Aumento da poluição, exposição ao cigarro, sedentarismo, obesidade, verticalização das cidades (prédios ao invés de casas) e estresse também são fatores aos quais os animais foram expostos e podem colaborar para o desenvolvimento do câncer".

Os tumores hoje mais frequentemente diagnosticados em cães são os tumores mamários, hematopoiéticos (linfomas e leucemias) e de pele (mastocitoma). Alguns tumores como hepáticos, bexiga e pulmonares estão tornando-se emergentes nos últimos anos. Isso pode ser por melhora do diagnóstico, mas também por maior exposição à fatores externos que aumentam o risco, como a poluição.

continua após a publicidade

Não há um levantamento oficial da quantidade e tipos de cânceres que acometem os cães. O que pode-se dizer, baseado em um trabalho britânico (e que pode não ser a nossa realidade), é que 1 em cada 4 cães e gatos desenvolverão câncer.

Dread Pirate Jeff/Creative Commons  
continua após a publicidade

O medicamento

Baseado nesta assustadora perspectiva, chega ao Brasil Palladia. Um medicamento inovador na medicina veterinária, utilizando-se de alta tecnologia para o tratamento do câncer. Segundo Dr Ubukata, antes da chegada do remédio (e até hoje), o tratamento realizado se baseia em cirurgia, quimioterapia antineoplásica e radioterapia (decisões de quais serão usados dependem da agressividade e estágio da doença).

Os tratamentos, já preconizadas há décadas, não mudaram. Porém a medicação se tornou uma importante ferramenta para tratamento de tumores de maior agressividade e que falhavam aos tratamentos chamados de primeira linha.

continua após a publicidade

Segundo Dr Ubukata, a grande vantagem neste tipo de tratamento é uma alta eficiência terapêutica, com um índice de efeitos colaterais bem inferior ao que acontece na quimioterapia. "Há uma especificidade maior para o tratamento, e o que é melhor, o produto mantém e prioriza a qualidade de vida de nossos pacientes" aponta.

Palladia é um inibidor de tirosina quinase que bloqueia a atividade de vários receptores em células cancerosas e vasos sanguíneos. "Hoje esta é a única terapia especificamente desenvolvida para o tratamento de câncer canino", diz Alexandre Merlo, gerente técnico de Animais de Companhia da Zoetis. "O produto é indicado para uso em cães com mastocitomas cutâneos recorrentes (de graus II ou III), com ou sem envolvimento de linfonodos regionais", explica Merlo.

continua após a publicidade
Sangudo/Creative Commons  

Estágio Terminal

Para a médica-veterinária especialista em Oncologia Karen Batschinski, Palladia se mostrou altamente eficaz também em pacientes em estágio terminal. "Observamos estabilidade da doença com o uso da medicação. Conseguimos uma sobrevida de até seis meses, muitas vezes. Em fase terminal, isso é excelente", pontua Karen.

continua após a publicidade

A professora de Clínica Médica da Universidade de São Paulo (USP), Sílvia Regina Ricci Lucas, relembra sua trajetória na Oncologia e o quanto esta área avançou em relação a outros ramos da Veterinária. "Trabalho com isso há mais de 20 anos e posso dizer que tivemos uma evolução muito rápida se comparada a outras especialidades. Conhecemos algumas ferramentas disponíveis no exterior, mas que ainda não tínhamos aqui - caso dos inibidores de tirosina quinase, que têm resultados muito interessantes. É um passo muito grande para a oncologia", diz.

Ainda não chegamos a cura total do câncer. Mas saber que nosso peludo terá uma maior expectativa e qualidade de vida, enche nosso coração de esperança. Desejo que os pesquisadores brasileiros tenham mais apoio para darem seguimento as suas descobertas e beneficiar a vida de cães e gatos.

MarkScottAustinTX/Creative Commons  

Assim como em humanos, cães e gatos estão sofrendo com diversos casos de câncer. Há diversas especulações para o motivo disso. De toda forma, ainda há diversos casos de tumores. Todavia, chega ao Brasil uma medicação específica para o tratamento de células cancerosas de cães.

Segundo o médico veterinário Rodrigo Ubukata, especialista em oncologia, são diversos fatores que contribuem para o aumento dos casos de câncer em cães. "Hoje, os animais são tratados como membros da família e com isso, doenças que antigamente passavam desapercebidas, agora são rapidamente notadas, diagnosticadas e tratadas" afirma Dr Ubukata. Além disso ele também aponta uma maior expectativa de vida dos animais. Com isso, as doenças crônicas, associadas com o envelhecimento, assim como em seres humanos, tornam-se mais frequentes: cardiopatias (doenças cardíacas), hepatopatias (doenças no fígado), nefropatias (doenças nos rins), neuropatias (doenças no sistema nervoso) e tumores (câncer).

Porém, Dr Ubukata alerta: "Não é apenas isso que faz com que os tumores estejam aumentando. Aumento da poluição, exposição ao cigarro, sedentarismo, obesidade, verticalização das cidades (prédios ao invés de casas) e estresse também são fatores aos quais os animais foram expostos e podem colaborar para o desenvolvimento do câncer".

Os tumores hoje mais frequentemente diagnosticados em cães são os tumores mamários, hematopoiéticos (linfomas e leucemias) e de pele (mastocitoma). Alguns tumores como hepáticos, bexiga e pulmonares estão tornando-se emergentes nos últimos anos. Isso pode ser por melhora do diagnóstico, mas também por maior exposição à fatores externos que aumentam o risco, como a poluição.

Não há um levantamento oficial da quantidade e tipos de cânceres que acometem os cães. O que pode-se dizer, baseado em um trabalho britânico (e que pode não ser a nossa realidade), é que 1 em cada 4 cães e gatos desenvolverão câncer.

Dread Pirate Jeff/Creative Commons  

O medicamento

Baseado nesta assustadora perspectiva, chega ao Brasil Palladia. Um medicamento inovador na medicina veterinária, utilizando-se de alta tecnologia para o tratamento do câncer. Segundo Dr Ubukata, antes da chegada do remédio (e até hoje), o tratamento realizado se baseia em cirurgia, quimioterapia antineoplásica e radioterapia (decisões de quais serão usados dependem da agressividade e estágio da doença).

Os tratamentos, já preconizadas há décadas, não mudaram. Porém a medicação se tornou uma importante ferramenta para tratamento de tumores de maior agressividade e que falhavam aos tratamentos chamados de primeira linha.

Segundo Dr Ubukata, a grande vantagem neste tipo de tratamento é uma alta eficiência terapêutica, com um índice de efeitos colaterais bem inferior ao que acontece na quimioterapia. "Há uma especificidade maior para o tratamento, e o que é melhor, o produto mantém e prioriza a qualidade de vida de nossos pacientes" aponta.

Palladia é um inibidor de tirosina quinase que bloqueia a atividade de vários receptores em células cancerosas e vasos sanguíneos. "Hoje esta é a única terapia especificamente desenvolvida para o tratamento de câncer canino", diz Alexandre Merlo, gerente técnico de Animais de Companhia da Zoetis. "O produto é indicado para uso em cães com mastocitomas cutâneos recorrentes (de graus II ou III), com ou sem envolvimento de linfonodos regionais", explica Merlo.

Sangudo/Creative Commons  

Estágio Terminal

Para a médica-veterinária especialista em Oncologia Karen Batschinski, Palladia se mostrou altamente eficaz também em pacientes em estágio terminal. "Observamos estabilidade da doença com o uso da medicação. Conseguimos uma sobrevida de até seis meses, muitas vezes. Em fase terminal, isso é excelente", pontua Karen.

A professora de Clínica Médica da Universidade de São Paulo (USP), Sílvia Regina Ricci Lucas, relembra sua trajetória na Oncologia e o quanto esta área avançou em relação a outros ramos da Veterinária. "Trabalho com isso há mais de 20 anos e posso dizer que tivemos uma evolução muito rápida se comparada a outras especialidades. Conhecemos algumas ferramentas disponíveis no exterior, mas que ainda não tínhamos aqui - caso dos inibidores de tirosina quinase, que têm resultados muito interessantes. É um passo muito grande para a oncologia", diz.

Ainda não chegamos a cura total do câncer. Mas saber que nosso peludo terá uma maior expectativa e qualidade de vida, enche nosso coração de esperança. Desejo que os pesquisadores brasileiros tenham mais apoio para darem seguimento as suas descobertas e beneficiar a vida de cães e gatos.

MarkScottAustinTX/Creative Commons  

Assim como em humanos, cães e gatos estão sofrendo com diversos casos de câncer. Há diversas especulações para o motivo disso. De toda forma, ainda há diversos casos de tumores. Todavia, chega ao Brasil uma medicação específica para o tratamento de células cancerosas de cães.

Segundo o médico veterinário Rodrigo Ubukata, especialista em oncologia, são diversos fatores que contribuem para o aumento dos casos de câncer em cães. "Hoje, os animais são tratados como membros da família e com isso, doenças que antigamente passavam desapercebidas, agora são rapidamente notadas, diagnosticadas e tratadas" afirma Dr Ubukata. Além disso ele também aponta uma maior expectativa de vida dos animais. Com isso, as doenças crônicas, associadas com o envelhecimento, assim como em seres humanos, tornam-se mais frequentes: cardiopatias (doenças cardíacas), hepatopatias (doenças no fígado), nefropatias (doenças nos rins), neuropatias (doenças no sistema nervoso) e tumores (câncer).

Porém, Dr Ubukata alerta: "Não é apenas isso que faz com que os tumores estejam aumentando. Aumento da poluição, exposição ao cigarro, sedentarismo, obesidade, verticalização das cidades (prédios ao invés de casas) e estresse também são fatores aos quais os animais foram expostos e podem colaborar para o desenvolvimento do câncer".

Os tumores hoje mais frequentemente diagnosticados em cães são os tumores mamários, hematopoiéticos (linfomas e leucemias) e de pele (mastocitoma). Alguns tumores como hepáticos, bexiga e pulmonares estão tornando-se emergentes nos últimos anos. Isso pode ser por melhora do diagnóstico, mas também por maior exposição à fatores externos que aumentam o risco, como a poluição.

Não há um levantamento oficial da quantidade e tipos de cânceres que acometem os cães. O que pode-se dizer, baseado em um trabalho britânico (e que pode não ser a nossa realidade), é que 1 em cada 4 cães e gatos desenvolverão câncer.

Dread Pirate Jeff/Creative Commons  

O medicamento

Baseado nesta assustadora perspectiva, chega ao Brasil Palladia. Um medicamento inovador na medicina veterinária, utilizando-se de alta tecnologia para o tratamento do câncer. Segundo Dr Ubukata, antes da chegada do remédio (e até hoje), o tratamento realizado se baseia em cirurgia, quimioterapia antineoplásica e radioterapia (decisões de quais serão usados dependem da agressividade e estágio da doença).

Os tratamentos, já preconizadas há décadas, não mudaram. Porém a medicação se tornou uma importante ferramenta para tratamento de tumores de maior agressividade e que falhavam aos tratamentos chamados de primeira linha.

Segundo Dr Ubukata, a grande vantagem neste tipo de tratamento é uma alta eficiência terapêutica, com um índice de efeitos colaterais bem inferior ao que acontece na quimioterapia. "Há uma especificidade maior para o tratamento, e o que é melhor, o produto mantém e prioriza a qualidade de vida de nossos pacientes" aponta.

Palladia é um inibidor de tirosina quinase que bloqueia a atividade de vários receptores em células cancerosas e vasos sanguíneos. "Hoje esta é a única terapia especificamente desenvolvida para o tratamento de câncer canino", diz Alexandre Merlo, gerente técnico de Animais de Companhia da Zoetis. "O produto é indicado para uso em cães com mastocitomas cutâneos recorrentes (de graus II ou III), com ou sem envolvimento de linfonodos regionais", explica Merlo.

Sangudo/Creative Commons  

Estágio Terminal

Para a médica-veterinária especialista em Oncologia Karen Batschinski, Palladia se mostrou altamente eficaz também em pacientes em estágio terminal. "Observamos estabilidade da doença com o uso da medicação. Conseguimos uma sobrevida de até seis meses, muitas vezes. Em fase terminal, isso é excelente", pontua Karen.

A professora de Clínica Médica da Universidade de São Paulo (USP), Sílvia Regina Ricci Lucas, relembra sua trajetória na Oncologia e o quanto esta área avançou em relação a outros ramos da Veterinária. "Trabalho com isso há mais de 20 anos e posso dizer que tivemos uma evolução muito rápida se comparada a outras especialidades. Conhecemos algumas ferramentas disponíveis no exterior, mas que ainda não tínhamos aqui - caso dos inibidores de tirosina quinase, que têm resultados muito interessantes. É um passo muito grande para a oncologia", diz.

Ainda não chegamos a cura total do câncer. Mas saber que nosso peludo terá uma maior expectativa e qualidade de vida, enche nosso coração de esperança. Desejo que os pesquisadores brasileiros tenham mais apoio para darem seguimento as suas descobertas e beneficiar a vida de cães e gatos.

MarkScottAustinTX/Creative Commons  

Assim como em humanos, cães e gatos estão sofrendo com diversos casos de câncer. Há diversas especulações para o motivo disso. De toda forma, ainda há diversos casos de tumores. Todavia, chega ao Brasil uma medicação específica para o tratamento de células cancerosas de cães.

Segundo o médico veterinário Rodrigo Ubukata, especialista em oncologia, são diversos fatores que contribuem para o aumento dos casos de câncer em cães. "Hoje, os animais são tratados como membros da família e com isso, doenças que antigamente passavam desapercebidas, agora são rapidamente notadas, diagnosticadas e tratadas" afirma Dr Ubukata. Além disso ele também aponta uma maior expectativa de vida dos animais. Com isso, as doenças crônicas, associadas com o envelhecimento, assim como em seres humanos, tornam-se mais frequentes: cardiopatias (doenças cardíacas), hepatopatias (doenças no fígado), nefropatias (doenças nos rins), neuropatias (doenças no sistema nervoso) e tumores (câncer).

Porém, Dr Ubukata alerta: "Não é apenas isso que faz com que os tumores estejam aumentando. Aumento da poluição, exposição ao cigarro, sedentarismo, obesidade, verticalização das cidades (prédios ao invés de casas) e estresse também são fatores aos quais os animais foram expostos e podem colaborar para o desenvolvimento do câncer".

Os tumores hoje mais frequentemente diagnosticados em cães são os tumores mamários, hematopoiéticos (linfomas e leucemias) e de pele (mastocitoma). Alguns tumores como hepáticos, bexiga e pulmonares estão tornando-se emergentes nos últimos anos. Isso pode ser por melhora do diagnóstico, mas também por maior exposição à fatores externos que aumentam o risco, como a poluição.

Não há um levantamento oficial da quantidade e tipos de cânceres que acometem os cães. O que pode-se dizer, baseado em um trabalho britânico (e que pode não ser a nossa realidade), é que 1 em cada 4 cães e gatos desenvolverão câncer.

Dread Pirate Jeff/Creative Commons  

O medicamento

Baseado nesta assustadora perspectiva, chega ao Brasil Palladia. Um medicamento inovador na medicina veterinária, utilizando-se de alta tecnologia para o tratamento do câncer. Segundo Dr Ubukata, antes da chegada do remédio (e até hoje), o tratamento realizado se baseia em cirurgia, quimioterapia antineoplásica e radioterapia (decisões de quais serão usados dependem da agressividade e estágio da doença).

Os tratamentos, já preconizadas há décadas, não mudaram. Porém a medicação se tornou uma importante ferramenta para tratamento de tumores de maior agressividade e que falhavam aos tratamentos chamados de primeira linha.

Segundo Dr Ubukata, a grande vantagem neste tipo de tratamento é uma alta eficiência terapêutica, com um índice de efeitos colaterais bem inferior ao que acontece na quimioterapia. "Há uma especificidade maior para o tratamento, e o que é melhor, o produto mantém e prioriza a qualidade de vida de nossos pacientes" aponta.

Palladia é um inibidor de tirosina quinase que bloqueia a atividade de vários receptores em células cancerosas e vasos sanguíneos. "Hoje esta é a única terapia especificamente desenvolvida para o tratamento de câncer canino", diz Alexandre Merlo, gerente técnico de Animais de Companhia da Zoetis. "O produto é indicado para uso em cães com mastocitomas cutâneos recorrentes (de graus II ou III), com ou sem envolvimento de linfonodos regionais", explica Merlo.

Sangudo/Creative Commons  

Estágio Terminal

Para a médica-veterinária especialista em Oncologia Karen Batschinski, Palladia se mostrou altamente eficaz também em pacientes em estágio terminal. "Observamos estabilidade da doença com o uso da medicação. Conseguimos uma sobrevida de até seis meses, muitas vezes. Em fase terminal, isso é excelente", pontua Karen.

A professora de Clínica Médica da Universidade de São Paulo (USP), Sílvia Regina Ricci Lucas, relembra sua trajetória na Oncologia e o quanto esta área avançou em relação a outros ramos da Veterinária. "Trabalho com isso há mais de 20 anos e posso dizer que tivemos uma evolução muito rápida se comparada a outras especialidades. Conhecemos algumas ferramentas disponíveis no exterior, mas que ainda não tínhamos aqui - caso dos inibidores de tirosina quinase, que têm resultados muito interessantes. É um passo muito grande para a oncologia", diz.

Ainda não chegamos a cura total do câncer. Mas saber que nosso peludo terá uma maior expectativa e qualidade de vida, enche nosso coração de esperança. Desejo que os pesquisadores brasileiros tenham mais apoio para darem seguimento as suas descobertas e beneficiar a vida de cães e gatos.

MarkScottAustinTX/Creative Commons  

Assim como em humanos, cães e gatos estão sofrendo com diversos casos de câncer. Há diversas especulações para o motivo disso. De toda forma, ainda há diversos casos de tumores. Todavia, chega ao Brasil uma medicação específica para o tratamento de células cancerosas de cães.

Segundo o médico veterinário Rodrigo Ubukata, especialista em oncologia, são diversos fatores que contribuem para o aumento dos casos de câncer em cães. "Hoje, os animais são tratados como membros da família e com isso, doenças que antigamente passavam desapercebidas, agora são rapidamente notadas, diagnosticadas e tratadas" afirma Dr Ubukata. Além disso ele também aponta uma maior expectativa de vida dos animais. Com isso, as doenças crônicas, associadas com o envelhecimento, assim como em seres humanos, tornam-se mais frequentes: cardiopatias (doenças cardíacas), hepatopatias (doenças no fígado), nefropatias (doenças nos rins), neuropatias (doenças no sistema nervoso) e tumores (câncer).

Porém, Dr Ubukata alerta: "Não é apenas isso que faz com que os tumores estejam aumentando. Aumento da poluição, exposição ao cigarro, sedentarismo, obesidade, verticalização das cidades (prédios ao invés de casas) e estresse também são fatores aos quais os animais foram expostos e podem colaborar para o desenvolvimento do câncer".

Os tumores hoje mais frequentemente diagnosticados em cães são os tumores mamários, hematopoiéticos (linfomas e leucemias) e de pele (mastocitoma). Alguns tumores como hepáticos, bexiga e pulmonares estão tornando-se emergentes nos últimos anos. Isso pode ser por melhora do diagnóstico, mas também por maior exposição à fatores externos que aumentam o risco, como a poluição.

Não há um levantamento oficial da quantidade e tipos de cânceres que acometem os cães. O que pode-se dizer, baseado em um trabalho britânico (e que pode não ser a nossa realidade), é que 1 em cada 4 cães e gatos desenvolverão câncer.

Dread Pirate Jeff/Creative Commons  

O medicamento

Baseado nesta assustadora perspectiva, chega ao Brasil Palladia. Um medicamento inovador na medicina veterinária, utilizando-se de alta tecnologia para o tratamento do câncer. Segundo Dr Ubukata, antes da chegada do remédio (e até hoje), o tratamento realizado se baseia em cirurgia, quimioterapia antineoplásica e radioterapia (decisões de quais serão usados dependem da agressividade e estágio da doença).

Os tratamentos, já preconizadas há décadas, não mudaram. Porém a medicação se tornou uma importante ferramenta para tratamento de tumores de maior agressividade e que falhavam aos tratamentos chamados de primeira linha.

Segundo Dr Ubukata, a grande vantagem neste tipo de tratamento é uma alta eficiência terapêutica, com um índice de efeitos colaterais bem inferior ao que acontece na quimioterapia. "Há uma especificidade maior para o tratamento, e o que é melhor, o produto mantém e prioriza a qualidade de vida de nossos pacientes" aponta.

Palladia é um inibidor de tirosina quinase que bloqueia a atividade de vários receptores em células cancerosas e vasos sanguíneos. "Hoje esta é a única terapia especificamente desenvolvida para o tratamento de câncer canino", diz Alexandre Merlo, gerente técnico de Animais de Companhia da Zoetis. "O produto é indicado para uso em cães com mastocitomas cutâneos recorrentes (de graus II ou III), com ou sem envolvimento de linfonodos regionais", explica Merlo.

Sangudo/Creative Commons  

Estágio Terminal

Para a médica-veterinária especialista em Oncologia Karen Batschinski, Palladia se mostrou altamente eficaz também em pacientes em estágio terminal. "Observamos estabilidade da doença com o uso da medicação. Conseguimos uma sobrevida de até seis meses, muitas vezes. Em fase terminal, isso é excelente", pontua Karen.

A professora de Clínica Médica da Universidade de São Paulo (USP), Sílvia Regina Ricci Lucas, relembra sua trajetória na Oncologia e o quanto esta área avançou em relação a outros ramos da Veterinária. "Trabalho com isso há mais de 20 anos e posso dizer que tivemos uma evolução muito rápida se comparada a outras especialidades. Conhecemos algumas ferramentas disponíveis no exterior, mas que ainda não tínhamos aqui - caso dos inibidores de tirosina quinase, que têm resultados muito interessantes. É um passo muito grande para a oncologia", diz.

Ainda não chegamos a cura total do câncer. Mas saber que nosso peludo terá uma maior expectativa e qualidade de vida, enche nosso coração de esperança. Desejo que os pesquisadores brasileiros tenham mais apoio para darem seguimento as suas descobertas e beneficiar a vida de cães e gatos.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.