Dicas e curiosidades sobre animais

Curitiba: uma cidade quase Pet Friendly


Viajar com os pets vem sendo uma opção para diversas famílias. Nem todos os destinos estão prontos para receber os visitantes peludos. Mas Curitiba já está se preparando para se tornar uma cidade pet friendly. Veja onde ir com seu pet na capital paranaense.

Por Luiza Cervenka
Entrada da Ópera de Arame - Foto: Luiza Cervenka

Fui à Curitiba a convite do Hotel Grand Mercure Rayon. Apesar de frequentar a cidade desde muito nova, nunca havia visitado com a minha cachorrinha, Aurora. Quis entender como a capital paranaense está em relação ao movimento pet friendly.

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Sem delongas, já entrego o jogo de que sim, Curitiba está bastante pet friendly. Porém, ainda há um longo percurso para poder receber todos os tipos de família com cães.

Hospedagem com cachorro em Curitiba

Se você tem um cão portátil, com menos de 5 kg, como o meu, você terá algumas opções para se hospedar. Porém, se você tiver mais de um cão ou ele tiver mais de 10 kg, aí você poderá passar um leve perrengue para encontrar um hotel.

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Lobby do hotel Gran Mercure Rayon - Foto: Luiza Cervenka

Como eu fiquei no Hotel Grand Mercure Rayon e a Aurora tem 2,5 kg, não tive o menor problema. Muito pelo contrário! Ao chegarmos no hotel, fomos recebidas com presentes e um kit pet no quarto (e que quarto!). A Aurora já se apossou da sua nova cama preferida e dos seus potinhos de cerâmica.

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Caminha e potinhos fazem parte do kit pet do hotel - Foto: Luiza Cervenka

Fizemos um tour pelo hotel, para conhecer outros tipos de acomodação e também a área social. Os pets só podem ficar nos quartos de piso frio, para facilitar a limpeza. Mas há opções em todas as categorias (menos na suíte presidencial).

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No hotel também há um piano-bar com pocket shows, onde os pets são bem-vindos (após a pandemia). O restaurante Garbo é onde tomamos café da manhã. Lá também servem almoços e jantares. Para quem estiver com cães, há mesas do lado de fora. E foi em uma dessas mesas que fomos recebidas para um jantar espetacular no renomado Hai Yo.

Ao questionar o gerente sobre o motivo da restrição das regras pet, fui informada que o hotel é pet friendly há pouco tempo. A depender do caso, eles conversam com o tutor para compreender o comportamento do animal e abrem uma exceção. Nas entrelinhas, eu entendi que a grande preocupação é dos hóspedes com cães saírem e deixarem os animais sozinhos no quarto, com risco de latidos, destruição e afins.

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Passeios com cachorro em Curitiba

Se você for a Curitiba com seu cachorro, pelo amor de Jesus não deixe o pobrezinho no hotel! Não só porque ele não deve ficar sozinho em local estranho, mas porque há inúmeros passeios, parques e diversões para curtir com o pequeno.

Trem para Morretes com cachorro

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Nosso primeiro passeio foi rumo à cidade de Morretes. Para tal, pegamos um trem, com vagão pet, da Serra Verde Express. Já estruturado com caminha, pote de água e até área para xixi, o vagão Bove é confortável para humanos e pets.

Entrada do Vagão pet friendly - Foto: Luiza Cervenka

A Aurora não conseguiu curtir a linda paisagem das quatro horas de trajeto em meio a Mata Atlântica. Ele preferiu aproveitar o conforto da caminha. Nem ligou para o enorme biscoito oferecido pelas ferromoças.

Aurora não quis saber do biscoito, somente de relaxar na caminha do trem - Foto: Luiza Cervenka

Ao chegar em Morretes, fomos recebidas pelo guia da mesma empresa, para nos acompanhar no passeio ao longo do dia. Tanto o trem, quanto o roteiro Morretes-Antonina (que fizemos) pode ser agendado por telefone ou pelo site da empresa com antecedência.

Uma parada para almoço (acho que era o único restaurante pet da cidade. Estava lotado de cães) e seguimos para conhecer a cidade. Não posso dizer que Morretes é uma cidade preparada para o turismo pet. Mesmo porque fomos expulsas de uma sorveteria na praça central (sim, só pelo fato de estar com um mini-cachorro).

Mas esse incidente não estragou nossa viagem. Encontramos uma outra sorveteria, que nos aceitou com bom grado. Depois de algumas fotos no coreto, seguimos para o Parque Hisgeopar. Lá, tivemos uma aula sobre a colonização e desenvolvimento econômico do estado do Paraná. Descobri que ou eu dormi nas aulas de história na escola, ou muita coisa não é contada mesmo.

A quase 15 km dali, fica a cidade de Antonina. Muito famosa pelo carnaval (antes da pandemia), tem a fachada das casas muito bem preservada desde a época dos coronéis do mate (o ouro verde). O porto de Antonina era o principal local de escoamento do mate. Mas perdeu sua hegemonia para o porto de Paranaguá (cidade próxima e mais próspera).

Muro da Igreja de Antonina, com vista para o Porto - Foto: Luiza Cervenka

Em Antonina fica a fábrica de Bala Bananina, das famosas balas de banana. Para minha surpresa, não só aceita pet, como tem uma almofadinha em formato de banana, para tirar foto. Fomos muito bem recebidas!

Loja da fábrica de bala de banana - Foto: Luiza Cervenka

De volta a Curitiba...

Passeio pelo Centro

Início do calçadão da Rua XV - Foto: Luiza Cervenka

No domingo levantamos logo cedo para caminhar pelas praças e ruas do centro. Começamos pela praça General Ozório, seguimos para o calçadão da Rua XV (também conhecida como rua das flores), passamos pelo Palácio Avenida, até a praça Tiradentes. Apesar de estar no centro, me senti segura. Estava bem policiado.

Centro de Curitiba florido - Foto: Luiza Cervenka

Chegamos à famosa feirinha do Largo da Ordem, que acontece todos os domingos. Encontramos vários cães por lá. Nos indicaram um restaurante e também café pet friendly, O Caiçara. Mas só deu tempo para uma foto e já corremos para o próximo destino: Passeio Público.

Ao lado da Igreja Nossa Senhora do Rosário, fica a fonte da memória - Foto: Luiza Cervenka

Um parque bem central, mas que não pode entrar cachorro. Isso porque ele abriga diversos animais apreendidos ou resgatados. São diferentes aves e mamíferos, brasileiros e exóticos. Para não dizer que os cães não têm vez, há um pequeno espaço cercado, com entrada por fora do parque, onde podemos soltá-los para brincarem.

Outro cartão postal de Curitiba que cães não são permitidos é o Jardim Botânico. Isso porque há poucas unidades de diversas espécies raras, as quais não podem ser contaminadas. Qualquer vírus ou bactéria levado pelo cão, poderia colocar em risco as plantas.

Com agenda apertada, pegamos o carro e fomos para a Praça da Espanha. Me contaram que lá fica lotado de cachorro aos finais de semana final da tarde. Mas mesmo em uma fria manhã de domingo, já fizemos amizades.

Praça da Espanha com o farol do saber ao fundo - Foto: Luiza Cervenka

Ópera de Arame pode cachorro!

O auge do dia, sem dúvidas foi a visita à Ópera de Arame e Pedreira. Um dos principais cartões postais de Curitiba é pet friendly! Além de conhecer a arquitetura, pudemos desbravar uma trilha, com início no pé do palco (só aberta em dias que não há shows), rumo à Mata Atlântica e suas belezas.

Pausa na trilha para apreciar a paisagem - Foto: Luiza Cervenka

Para descansar, descemos até o restaurante/café Ópera Arte. De lá vinha uma primorosa música tranquila. É o projeto Vale da Música: um palco no meio do lago somente com música instrumental. É possível buscar uma mesa à beira do lago para aguçar visão, audição e paladar. Aurora foi muito bem recebida, inclusive com pote de água fresca.

Lago da Ópera de Arame com palco flutuante ao fundo - Foto: Luiza Cervenka

Ao lado da Ópera de Arame fica a Pedreira Paulo Leminski. O local que já foi palco de shows de artistas consagrados, hoje se torna um espaço de confraternização e lazer da família. E essa família é pet friendly! Não apenas os pets são aceitos, mas há um louge para cães, com spa (banho, tosa, day care). Percorremos todos os bares e restaurantes do complexo e encontramos potes com água e cata-cacas. Ou seja, é um local que seu pet precisa conhecer!

Espaço Pet com spa - Foto: Luiza Cervenka

Parcão e Praça da Salete

Localizado atrás do Museu do Olho (Oscar Niemeyer) há uma área enorme, onde os tutores costumam levar seus cães para correr. Não é cercado e nem é "oficial", mas todo mundo solta os peludos por lá. Mas não ouse passar por dentro do Museu para cortar caminho, ou um guarda bem ríspido pode gritar com você e seu cão (cachorro só no colo). Ah, não há nenhuma placa com qualquer informação sobre as regras com cachorro.

Área do parcão com o museu ao fundo - Foto: Luiza Cervenka

Conversando com a Paula Gambeta, do Guia Pet Friendly de Curitiba (ela salvou mais da metade da viagem com dicas!), descobri que os cães que frequentam o Parcão não são tão sociáveis. Que melhor mesmo é ir para a Praça Nossa Senhora da Salete, no Centro Cívico. Então, lá fomos nós!

A praça é gigaaannnte! Com muitos quarteirões de grama. Para você ter ideia da dimensão, estava rolando uma festa de cachorro lá, mas eu não encontrei exatamente onde. Então, ficamos correndo no gramado com outros mini-cachorros que por lá estavam. A Aurora concordou com a Paula e preferiu muito mais a Praça.

Parque Vista Alegre

Se eu disser que tem cachoeira dentro da cidade de Curitiba, você acreditaria?! Pois eu duvidei, quando a Paula me contou. E olha que ela me mostrou foto. Mas eu fui conferir com meus olhinhos e as patinhas da Aurora. E não é que ela estava certa! No meio da zona norte da cidade, no bairro de Vista Alegre, há o parque com o mesmo nome. Se você descer do estacionamento e pegar a primeira trilha à direita, você dará de cara com uma linda cachoeira. Mas nem invente de entrar. Tem placas proibindo. Tudo bem que cachorro não sabe ler, né?! Porque a Aurora desembestou quando avistou a água.

Cachoeira do Parque Vista Alegre - Foto: Luiza Cervenka

Parque Tingui

Antes que alguém se jogasse na água, seguimos para o gigante parque Tingui. A preguiça me fez dar uma volta de carro ao redor do imenso verde. Só paramos na igreja ucraniana e seu belo jardim. Vale a pena fazer um book de fotos ali. Para quem curte trilha, é o que não falta no parque. Sem muito tempo, seguimos a rota dos parques.

parque tingui com igreja ucraniana ao fundo - Foto: Luiza Cervenka

Parque Tanguá

Parei o carro e fui toda feliz explorar os lindos lagos e jardins do parque Tanguá. Para minha tristeza (e da Aurora), me deparei com uma placa de proibida a entrada de cães. Eu, com meu jeito italiano, falei alto "poxa, aqui não pode cachorro, Rorinha, vamos embora". Na mesma hora se aproximou o administrador do parque informando que eu poderia entrar para tirar fotos com ela. Isso porque ela é pequena e estava na guia. Pelo que eu entendi, o problema seriam os cães grandes, que vão soltos.

Entrada do parque com a placa de proibido cachorro - Foto: Luiza Cervenka

Creio que seja esse mesmo o problema, pois o parque tem um grande desnível, formando uma queda d'água artificial, que pode ser perigoso para crianças e cães. E, pelo que a Paula me contou, os tutores gostam de frequentar parque com os cães soltos, mesmo.

Bosque do Alemão

E a teoria foi mais uma vez confirmada na chegada ao Bosque do Alemão. Em meio ao lindo jardim na entrada do parque já encontramos um senhor jogando bolinha para seu pastor sem coleira.

Entrada do Bosque do Alemão - Foto: Luiza Cervenka

Estávamos atrasadas, então não conseguimos seguir a trilha de João e Maria e conhecer todas as paradas da fábula infantil. Apenas tiramos fotos na fachada da casa alemã e corremos pelo jardim (de guia).

Parque Barigui

O mais tradicional dos parques curitibanos, é pet friendly desde que o termo nem havia sido importado. Há trilhas em meio a mata. Mas foi recomendado estar com mais pessoas para desbravá-las. Então, seguimos pela pista de cooper no lado mais movimentado do parque. A sorte é que a Aurora não liga para aves. Diversos patos vieram provoca-la para correr atrás deles.

Shoppings

Há um decreto (Decreto Nº 642 De 30 de abril de 2001) regulamentando uma lei municipal (Lei nº 9.493/93), que obriga todos os cães acima de 20 kg a usar focinheira, independentemente da raça. Obviamente que essa lei não é cumprida em lugar nenhum da cidade, a não ser no shopping.

Fui visitar alguns. Um era cheio de regras descabidas, como não pode ir ao banheiro com cachorro (????). E um outro também com muitas regras, mas mais flexível e relevando alguns casos.

O Park Shopping Barigui tem uma área externa, um pet place, com água, cata-caca e grama, para que o peludo possa se aliviar. Ao passar pelo concierge, o pet recebe um kit com cata-caca, fraldinha e as regras do local. Por conta da lei municipal, poucos são os tutores que querem andar com o cachorro e focinheira. Então, o mais comum é encontrar cães com menos de 20 kg.

Teoricamente, quem estiver com cachorro não pode frequentar nenhuma área com comida, mesmo os quiosques e cafés. Mas muitos shoppings fazem vista grossa e permitem em áreas distante das cozinhas.

Onde comer com cachorro em Curitiba

E vamos a mais um capítulo de Curitiba Pet Friendly...

Como o termo se tornou popular e a cidade está tentando cada vez mais receber pet, alguns locais ainda estão em adaptação. O primeiro jantar foi no All Natural. O restaurante super fit fica localizado dentro de uma galeria, com mesas na área externa para receber os peludos e seus tutores.

Entrada do restaurante super fit - Foto: Luiza Cervenka

Mas estamos em Curitiba, uma cidade que faz as quatro estações no mesmo dia. Bem naquela noite, estava um vento patagônico e uma garoa fina. Fomos autorizadas a fica na primeira mesa, em frente à porta. Mas não duramos muito e seguimos para um local mais quentinho.

The BlackBird Pub

Entrar no The BlackBird Pub foi sentir aquele calor de casa com lareira. Sim, os pets podem ficar na área interna do estabelecimento. Ah, se não fosse a Paula para salvar minha noite de sexta...

Balcão do pub com cervejas ao fundo - Foto: Luiza Cervenka

Com diversas torneiras de cervejas artesanais, petiscos, hambúrgueres e boa música (não muito alta), o pub se torna uma ótima pedida para as noites frias e paulistas com pouco casaco.

Praça do Victor

Em frente a Praça da Espanha fica o restaurante Praça do Victor. Já na chegada, há um deck coberto, fechado e com aquecedor, para ficamos com nossos cães. Juro que não senti nem um pingo de frio. A Aurora muito menos, e ainda recebeu água e frutas, enquanto eu degustava meu chá. E no final, ela passou de mesa em mesa para dar boa noite. O atendimento foi exemplar!

Entrada para o deck aclimatado - Foto: Luiza Cervenka

Da mesma rede, restaurantes Victor, há o Victor na Pedreira. Um louge recém-inaugurado no Parque da Pedreira, que já nasceu pet friendly.

Recanto Restô Bar

Alguns locais que a Paula indicou eu precisei conferir. Um deles foi o Recanto Restô Bar. Com um conceito super cachorreiro, o restaurante tem menu para humanos e peludos. Há regras muito bem estabelecidas tanto na área externa, quanto na área interna. A parte pet é fechada com vidro e disponibiliza brinquedos, caminhas, água e cata-caca. Lá, os cães podem ficar soltos, sem guia.

Área humana e canina do restaurante - Foto: Luiza Cervenka

Como a Aurora é uma pessoa difícil de fazer amizades, ficamos na outra parte, onde cães também podem ficar, mas na coleira e bem quietinhos. Pedimos um camarão coberto com flocos de arroz que estava divino!

Brod Bakery

Ao lado do parque Barigui fica a Brod Bakery, uma padaria artesanal com conceito nórdico. Pets são bem-vindos, mas longe dos tapetes. Além da vitrine de pães de fermentação natural, é possível comer com os olhos os diversos muffings, doces e tortas.

Dê graças a Deus que eu não tirei foto da vitrine de pães! - Foto: Luiza Cervenka

Se não for o suficiente, no cardápio há opções para café da manhã, almoço e lanche da tarde. Tudo com toque nórdico. Eu pedi, para começar uma tostada de salmão defumado, com iogurte nórdico e pepino. De lamber os beiços!

Meu pequeno pedido para iniciar - Foto: Luiza Cervenka

A Aurora estava tão bem comportada, que eu fui convidada, por um dos sócios, a preparar meu próprio Orange coffee (um café com nota 86 vaporizado com suco de laranja) e um espresso. Eu que não entendia nada de café e colunaria nórdica, fiquei longas horas apreciando tudo (minha dieta que espere!).

Quermesse Bar

Para conhecer pessoalmente a minha anja de Curitiba, a Paula, e toda trupe de mulheres cachorreiras, fomos ao Quermesse bar. Localizado em uma esquina, na zona norte de Curitiba, o bar é bem despretensioso e agrada a todos.

Desde cerveja a petiscos, passando por sorvete, foram alguns dos pedidos feitos pela nossa mesa. Não houve um só cliente que não se assustasse ao encontrar uma mesa com cinco cães e todos quietinhos, deitados cada um na sua caminha. As mães de pet deram o exemplo!

Carlo Ristorante

Sem saber onde almoçar em plena segunda-feira, descobri que o Carlo Ristorante havia se tornado pet friendly há pouco tempo, por pressão das clientes. Ainda em adaptação, só recebe cães de pequeno porte e no deck (que é todo envidraçado e aclimatado).

Entrada do Carlo, com deck ao fundo - Foto: Luiza Cervenka

Na hora do almoço o esquema é buffet. Já no jantar, os deliciosos pratos à la carte ganham o estômago humano e o olfato canino. Não há pote de água para os cães, mas em compensação, o sofá está liberado!

Hai Yo

Eu não sei se eu posso indicar esse restaurante como sendo pet friendly. O Hai Yo fica dentro do Grand Mercure Rayon. Há mesas na área externa, no lobby do hotel. Se você tiver um cão de pequeno porte e quiser jantar lá, faça uma reserva, pedindo para levar o peludo (eles são super atenciosos).

No cardápio, há diversos pratos premiados. Não deixe de pedir o sashimi. O melhor que eu já comi na minha vida! A sobremesa também não fica longe.

Os mimos recebidos estavam em cada detalhe - Foto: Luiza Cervenka

Foram tantos restaurantes e bares que eu não consegui visitar... Pelo pouco, percebi que há diferentes conceitos de receber um cachorro. Não só em bares e restaurantes. Por isso, a minha dica é ligar e perguntar antes de ir. Acessar o Instagram e ver as fotos do local também ajuda muito. Conversei com o Instituto Municipal de Turismo de Curitiba e eles estão empenhados em transformar a cidade em um destino super pet friendly. Acho que terei que voltar em breve para conferir.

Entrada da Ópera de Arame - Foto: Luiza Cervenka

Fui à Curitiba a convite do Hotel Grand Mercure Rayon. Apesar de frequentar a cidade desde muito nova, nunca havia visitado com a minha cachorrinha, Aurora. Quis entender como a capital paranaense está em relação ao movimento pet friendly.

Sem delongas, já entrego o jogo de que sim, Curitiba está bastante pet friendly. Porém, ainda há um longo percurso para poder receber todos os tipos de família com cães.

Hospedagem com cachorro em Curitiba

Se você tem um cão portátil, com menos de 5 kg, como o meu, você terá algumas opções para se hospedar. Porém, se você tiver mais de um cão ou ele tiver mais de 10 kg, aí você poderá passar um leve perrengue para encontrar um hotel.

Lobby do hotel Gran Mercure Rayon - Foto: Luiza Cervenka

Como eu fiquei no Hotel Grand Mercure Rayon e a Aurora tem 2,5 kg, não tive o menor problema. Muito pelo contrário! Ao chegarmos no hotel, fomos recebidas com presentes e um kit pet no quarto (e que quarto!). A Aurora já se apossou da sua nova cama preferida e dos seus potinhos de cerâmica.

Caminha e potinhos fazem parte do kit pet do hotel - Foto: Luiza Cervenka

Fizemos um tour pelo hotel, para conhecer outros tipos de acomodação e também a área social. Os pets só podem ficar nos quartos de piso frio, para facilitar a limpeza. Mas há opções em todas as categorias (menos na suíte presidencial).

No hotel também há um piano-bar com pocket shows, onde os pets são bem-vindos (após a pandemia). O restaurante Garbo é onde tomamos café da manhã. Lá também servem almoços e jantares. Para quem estiver com cães, há mesas do lado de fora. E foi em uma dessas mesas que fomos recebidas para um jantar espetacular no renomado Hai Yo.

Ao questionar o gerente sobre o motivo da restrição das regras pet, fui informada que o hotel é pet friendly há pouco tempo. A depender do caso, eles conversam com o tutor para compreender o comportamento do animal e abrem uma exceção. Nas entrelinhas, eu entendi que a grande preocupação é dos hóspedes com cães saírem e deixarem os animais sozinhos no quarto, com risco de latidos, destruição e afins.

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Passeios com cachorro em Curitiba

Se você for a Curitiba com seu cachorro, pelo amor de Jesus não deixe o pobrezinho no hotel! Não só porque ele não deve ficar sozinho em local estranho, mas porque há inúmeros passeios, parques e diversões para curtir com o pequeno.

Trem para Morretes com cachorro

Nosso primeiro passeio foi rumo à cidade de Morretes. Para tal, pegamos um trem, com vagão pet, da Serra Verde Express. Já estruturado com caminha, pote de água e até área para xixi, o vagão Bove é confortável para humanos e pets.

Entrada do Vagão pet friendly - Foto: Luiza Cervenka

A Aurora não conseguiu curtir a linda paisagem das quatro horas de trajeto em meio a Mata Atlântica. Ele preferiu aproveitar o conforto da caminha. Nem ligou para o enorme biscoito oferecido pelas ferromoças.

Aurora não quis saber do biscoito, somente de relaxar na caminha do trem - Foto: Luiza Cervenka

Ao chegar em Morretes, fomos recebidas pelo guia da mesma empresa, para nos acompanhar no passeio ao longo do dia. Tanto o trem, quanto o roteiro Morretes-Antonina (que fizemos) pode ser agendado por telefone ou pelo site da empresa com antecedência.

Uma parada para almoço (acho que era o único restaurante pet da cidade. Estava lotado de cães) e seguimos para conhecer a cidade. Não posso dizer que Morretes é uma cidade preparada para o turismo pet. Mesmo porque fomos expulsas de uma sorveteria na praça central (sim, só pelo fato de estar com um mini-cachorro).

Mas esse incidente não estragou nossa viagem. Encontramos uma outra sorveteria, que nos aceitou com bom grado. Depois de algumas fotos no coreto, seguimos para o Parque Hisgeopar. Lá, tivemos uma aula sobre a colonização e desenvolvimento econômico do estado do Paraná. Descobri que ou eu dormi nas aulas de história na escola, ou muita coisa não é contada mesmo.

A quase 15 km dali, fica a cidade de Antonina. Muito famosa pelo carnaval (antes da pandemia), tem a fachada das casas muito bem preservada desde a época dos coronéis do mate (o ouro verde). O porto de Antonina era o principal local de escoamento do mate. Mas perdeu sua hegemonia para o porto de Paranaguá (cidade próxima e mais próspera).

Muro da Igreja de Antonina, com vista para o Porto - Foto: Luiza Cervenka

Em Antonina fica a fábrica de Bala Bananina, das famosas balas de banana. Para minha surpresa, não só aceita pet, como tem uma almofadinha em formato de banana, para tirar foto. Fomos muito bem recebidas!

Loja da fábrica de bala de banana - Foto: Luiza Cervenka

De volta a Curitiba...

Passeio pelo Centro

Início do calçadão da Rua XV - Foto: Luiza Cervenka

No domingo levantamos logo cedo para caminhar pelas praças e ruas do centro. Começamos pela praça General Ozório, seguimos para o calçadão da Rua XV (também conhecida como rua das flores), passamos pelo Palácio Avenida, até a praça Tiradentes. Apesar de estar no centro, me senti segura. Estava bem policiado.

Centro de Curitiba florido - Foto: Luiza Cervenka

Chegamos à famosa feirinha do Largo da Ordem, que acontece todos os domingos. Encontramos vários cães por lá. Nos indicaram um restaurante e também café pet friendly, O Caiçara. Mas só deu tempo para uma foto e já corremos para o próximo destino: Passeio Público.

Ao lado da Igreja Nossa Senhora do Rosário, fica a fonte da memória - Foto: Luiza Cervenka

Um parque bem central, mas que não pode entrar cachorro. Isso porque ele abriga diversos animais apreendidos ou resgatados. São diferentes aves e mamíferos, brasileiros e exóticos. Para não dizer que os cães não têm vez, há um pequeno espaço cercado, com entrada por fora do parque, onde podemos soltá-los para brincarem.

Outro cartão postal de Curitiba que cães não são permitidos é o Jardim Botânico. Isso porque há poucas unidades de diversas espécies raras, as quais não podem ser contaminadas. Qualquer vírus ou bactéria levado pelo cão, poderia colocar em risco as plantas.

Com agenda apertada, pegamos o carro e fomos para a Praça da Espanha. Me contaram que lá fica lotado de cachorro aos finais de semana final da tarde. Mas mesmo em uma fria manhã de domingo, já fizemos amizades.

Praça da Espanha com o farol do saber ao fundo - Foto: Luiza Cervenka

Ópera de Arame pode cachorro!

O auge do dia, sem dúvidas foi a visita à Ópera de Arame e Pedreira. Um dos principais cartões postais de Curitiba é pet friendly! Além de conhecer a arquitetura, pudemos desbravar uma trilha, com início no pé do palco (só aberta em dias que não há shows), rumo à Mata Atlântica e suas belezas.

Pausa na trilha para apreciar a paisagem - Foto: Luiza Cervenka

Para descansar, descemos até o restaurante/café Ópera Arte. De lá vinha uma primorosa música tranquila. É o projeto Vale da Música: um palco no meio do lago somente com música instrumental. É possível buscar uma mesa à beira do lago para aguçar visão, audição e paladar. Aurora foi muito bem recebida, inclusive com pote de água fresca.

Lago da Ópera de Arame com palco flutuante ao fundo - Foto: Luiza Cervenka

Ao lado da Ópera de Arame fica a Pedreira Paulo Leminski. O local que já foi palco de shows de artistas consagrados, hoje se torna um espaço de confraternização e lazer da família. E essa família é pet friendly! Não apenas os pets são aceitos, mas há um louge para cães, com spa (banho, tosa, day care). Percorremos todos os bares e restaurantes do complexo e encontramos potes com água e cata-cacas. Ou seja, é um local que seu pet precisa conhecer!

Espaço Pet com spa - Foto: Luiza Cervenka

Parcão e Praça da Salete

Localizado atrás do Museu do Olho (Oscar Niemeyer) há uma área enorme, onde os tutores costumam levar seus cães para correr. Não é cercado e nem é "oficial", mas todo mundo solta os peludos por lá. Mas não ouse passar por dentro do Museu para cortar caminho, ou um guarda bem ríspido pode gritar com você e seu cão (cachorro só no colo). Ah, não há nenhuma placa com qualquer informação sobre as regras com cachorro.

Área do parcão com o museu ao fundo - Foto: Luiza Cervenka

Conversando com a Paula Gambeta, do Guia Pet Friendly de Curitiba (ela salvou mais da metade da viagem com dicas!), descobri que os cães que frequentam o Parcão não são tão sociáveis. Que melhor mesmo é ir para a Praça Nossa Senhora da Salete, no Centro Cívico. Então, lá fomos nós!

A praça é gigaaannnte! Com muitos quarteirões de grama. Para você ter ideia da dimensão, estava rolando uma festa de cachorro lá, mas eu não encontrei exatamente onde. Então, ficamos correndo no gramado com outros mini-cachorros que por lá estavam. A Aurora concordou com a Paula e preferiu muito mais a Praça.

Parque Vista Alegre

Se eu disser que tem cachoeira dentro da cidade de Curitiba, você acreditaria?! Pois eu duvidei, quando a Paula me contou. E olha que ela me mostrou foto. Mas eu fui conferir com meus olhinhos e as patinhas da Aurora. E não é que ela estava certa! No meio da zona norte da cidade, no bairro de Vista Alegre, há o parque com o mesmo nome. Se você descer do estacionamento e pegar a primeira trilha à direita, você dará de cara com uma linda cachoeira. Mas nem invente de entrar. Tem placas proibindo. Tudo bem que cachorro não sabe ler, né?! Porque a Aurora desembestou quando avistou a água.

Cachoeira do Parque Vista Alegre - Foto: Luiza Cervenka

Parque Tingui

Antes que alguém se jogasse na água, seguimos para o gigante parque Tingui. A preguiça me fez dar uma volta de carro ao redor do imenso verde. Só paramos na igreja ucraniana e seu belo jardim. Vale a pena fazer um book de fotos ali. Para quem curte trilha, é o que não falta no parque. Sem muito tempo, seguimos a rota dos parques.

parque tingui com igreja ucraniana ao fundo - Foto: Luiza Cervenka

Parque Tanguá

Parei o carro e fui toda feliz explorar os lindos lagos e jardins do parque Tanguá. Para minha tristeza (e da Aurora), me deparei com uma placa de proibida a entrada de cães. Eu, com meu jeito italiano, falei alto "poxa, aqui não pode cachorro, Rorinha, vamos embora". Na mesma hora se aproximou o administrador do parque informando que eu poderia entrar para tirar fotos com ela. Isso porque ela é pequena e estava na guia. Pelo que eu entendi, o problema seriam os cães grandes, que vão soltos.

Entrada do parque com a placa de proibido cachorro - Foto: Luiza Cervenka

Creio que seja esse mesmo o problema, pois o parque tem um grande desnível, formando uma queda d'água artificial, que pode ser perigoso para crianças e cães. E, pelo que a Paula me contou, os tutores gostam de frequentar parque com os cães soltos, mesmo.

Bosque do Alemão

E a teoria foi mais uma vez confirmada na chegada ao Bosque do Alemão. Em meio ao lindo jardim na entrada do parque já encontramos um senhor jogando bolinha para seu pastor sem coleira.

Entrada do Bosque do Alemão - Foto: Luiza Cervenka

Estávamos atrasadas, então não conseguimos seguir a trilha de João e Maria e conhecer todas as paradas da fábula infantil. Apenas tiramos fotos na fachada da casa alemã e corremos pelo jardim (de guia).

Parque Barigui

O mais tradicional dos parques curitibanos, é pet friendly desde que o termo nem havia sido importado. Há trilhas em meio a mata. Mas foi recomendado estar com mais pessoas para desbravá-las. Então, seguimos pela pista de cooper no lado mais movimentado do parque. A sorte é que a Aurora não liga para aves. Diversos patos vieram provoca-la para correr atrás deles.

Shoppings

Há um decreto (Decreto Nº 642 De 30 de abril de 2001) regulamentando uma lei municipal (Lei nº 9.493/93), que obriga todos os cães acima de 20 kg a usar focinheira, independentemente da raça. Obviamente que essa lei não é cumprida em lugar nenhum da cidade, a não ser no shopping.

Fui visitar alguns. Um era cheio de regras descabidas, como não pode ir ao banheiro com cachorro (????). E um outro também com muitas regras, mas mais flexível e relevando alguns casos.

O Park Shopping Barigui tem uma área externa, um pet place, com água, cata-caca e grama, para que o peludo possa se aliviar. Ao passar pelo concierge, o pet recebe um kit com cata-caca, fraldinha e as regras do local. Por conta da lei municipal, poucos são os tutores que querem andar com o cachorro e focinheira. Então, o mais comum é encontrar cães com menos de 20 kg.

Teoricamente, quem estiver com cachorro não pode frequentar nenhuma área com comida, mesmo os quiosques e cafés. Mas muitos shoppings fazem vista grossa e permitem em áreas distante das cozinhas.

Onde comer com cachorro em Curitiba

E vamos a mais um capítulo de Curitiba Pet Friendly...

Como o termo se tornou popular e a cidade está tentando cada vez mais receber pet, alguns locais ainda estão em adaptação. O primeiro jantar foi no All Natural. O restaurante super fit fica localizado dentro de uma galeria, com mesas na área externa para receber os peludos e seus tutores.

Entrada do restaurante super fit - Foto: Luiza Cervenka

Mas estamos em Curitiba, uma cidade que faz as quatro estações no mesmo dia. Bem naquela noite, estava um vento patagônico e uma garoa fina. Fomos autorizadas a fica na primeira mesa, em frente à porta. Mas não duramos muito e seguimos para um local mais quentinho.

The BlackBird Pub

Entrar no The BlackBird Pub foi sentir aquele calor de casa com lareira. Sim, os pets podem ficar na área interna do estabelecimento. Ah, se não fosse a Paula para salvar minha noite de sexta...

Balcão do pub com cervejas ao fundo - Foto: Luiza Cervenka

Com diversas torneiras de cervejas artesanais, petiscos, hambúrgueres e boa música (não muito alta), o pub se torna uma ótima pedida para as noites frias e paulistas com pouco casaco.

Praça do Victor

Em frente a Praça da Espanha fica o restaurante Praça do Victor. Já na chegada, há um deck coberto, fechado e com aquecedor, para ficamos com nossos cães. Juro que não senti nem um pingo de frio. A Aurora muito menos, e ainda recebeu água e frutas, enquanto eu degustava meu chá. E no final, ela passou de mesa em mesa para dar boa noite. O atendimento foi exemplar!

Entrada para o deck aclimatado - Foto: Luiza Cervenka

Da mesma rede, restaurantes Victor, há o Victor na Pedreira. Um louge recém-inaugurado no Parque da Pedreira, que já nasceu pet friendly.

Recanto Restô Bar

Alguns locais que a Paula indicou eu precisei conferir. Um deles foi o Recanto Restô Bar. Com um conceito super cachorreiro, o restaurante tem menu para humanos e peludos. Há regras muito bem estabelecidas tanto na área externa, quanto na área interna. A parte pet é fechada com vidro e disponibiliza brinquedos, caminhas, água e cata-caca. Lá, os cães podem ficar soltos, sem guia.

Área humana e canina do restaurante - Foto: Luiza Cervenka

Como a Aurora é uma pessoa difícil de fazer amizades, ficamos na outra parte, onde cães também podem ficar, mas na coleira e bem quietinhos. Pedimos um camarão coberto com flocos de arroz que estava divino!

Brod Bakery

Ao lado do parque Barigui fica a Brod Bakery, uma padaria artesanal com conceito nórdico. Pets são bem-vindos, mas longe dos tapetes. Além da vitrine de pães de fermentação natural, é possível comer com os olhos os diversos muffings, doces e tortas.

Dê graças a Deus que eu não tirei foto da vitrine de pães! - Foto: Luiza Cervenka

Se não for o suficiente, no cardápio há opções para café da manhã, almoço e lanche da tarde. Tudo com toque nórdico. Eu pedi, para começar uma tostada de salmão defumado, com iogurte nórdico e pepino. De lamber os beiços!

Meu pequeno pedido para iniciar - Foto: Luiza Cervenka

A Aurora estava tão bem comportada, que eu fui convidada, por um dos sócios, a preparar meu próprio Orange coffee (um café com nota 86 vaporizado com suco de laranja) e um espresso. Eu que não entendia nada de café e colunaria nórdica, fiquei longas horas apreciando tudo (minha dieta que espere!).

Quermesse Bar

Para conhecer pessoalmente a minha anja de Curitiba, a Paula, e toda trupe de mulheres cachorreiras, fomos ao Quermesse bar. Localizado em uma esquina, na zona norte de Curitiba, o bar é bem despretensioso e agrada a todos.

Desde cerveja a petiscos, passando por sorvete, foram alguns dos pedidos feitos pela nossa mesa. Não houve um só cliente que não se assustasse ao encontrar uma mesa com cinco cães e todos quietinhos, deitados cada um na sua caminha. As mães de pet deram o exemplo!

Carlo Ristorante

Sem saber onde almoçar em plena segunda-feira, descobri que o Carlo Ristorante havia se tornado pet friendly há pouco tempo, por pressão das clientes. Ainda em adaptação, só recebe cães de pequeno porte e no deck (que é todo envidraçado e aclimatado).

Entrada do Carlo, com deck ao fundo - Foto: Luiza Cervenka

Na hora do almoço o esquema é buffet. Já no jantar, os deliciosos pratos à la carte ganham o estômago humano e o olfato canino. Não há pote de água para os cães, mas em compensação, o sofá está liberado!

Hai Yo

Eu não sei se eu posso indicar esse restaurante como sendo pet friendly. O Hai Yo fica dentro do Grand Mercure Rayon. Há mesas na área externa, no lobby do hotel. Se você tiver um cão de pequeno porte e quiser jantar lá, faça uma reserva, pedindo para levar o peludo (eles são super atenciosos).

No cardápio, há diversos pratos premiados. Não deixe de pedir o sashimi. O melhor que eu já comi na minha vida! A sobremesa também não fica longe.

Os mimos recebidos estavam em cada detalhe - Foto: Luiza Cervenka

Foram tantos restaurantes e bares que eu não consegui visitar... Pelo pouco, percebi que há diferentes conceitos de receber um cachorro. Não só em bares e restaurantes. Por isso, a minha dica é ligar e perguntar antes de ir. Acessar o Instagram e ver as fotos do local também ajuda muito. Conversei com o Instituto Municipal de Turismo de Curitiba e eles estão empenhados em transformar a cidade em um destino super pet friendly. Acho que terei que voltar em breve para conferir.

Entrada da Ópera de Arame - Foto: Luiza Cervenka

Fui à Curitiba a convite do Hotel Grand Mercure Rayon. Apesar de frequentar a cidade desde muito nova, nunca havia visitado com a minha cachorrinha, Aurora. Quis entender como a capital paranaense está em relação ao movimento pet friendly.

Sem delongas, já entrego o jogo de que sim, Curitiba está bastante pet friendly. Porém, ainda há um longo percurso para poder receber todos os tipos de família com cães.

Hospedagem com cachorro em Curitiba

Se você tem um cão portátil, com menos de 5 kg, como o meu, você terá algumas opções para se hospedar. Porém, se você tiver mais de um cão ou ele tiver mais de 10 kg, aí você poderá passar um leve perrengue para encontrar um hotel.

Lobby do hotel Gran Mercure Rayon - Foto: Luiza Cervenka

Como eu fiquei no Hotel Grand Mercure Rayon e a Aurora tem 2,5 kg, não tive o menor problema. Muito pelo contrário! Ao chegarmos no hotel, fomos recebidas com presentes e um kit pet no quarto (e que quarto!). A Aurora já se apossou da sua nova cama preferida e dos seus potinhos de cerâmica.

Caminha e potinhos fazem parte do kit pet do hotel - Foto: Luiza Cervenka

Fizemos um tour pelo hotel, para conhecer outros tipos de acomodação e também a área social. Os pets só podem ficar nos quartos de piso frio, para facilitar a limpeza. Mas há opções em todas as categorias (menos na suíte presidencial).

No hotel também há um piano-bar com pocket shows, onde os pets são bem-vindos (após a pandemia). O restaurante Garbo é onde tomamos café da manhã. Lá também servem almoços e jantares. Para quem estiver com cães, há mesas do lado de fora. E foi em uma dessas mesas que fomos recebidas para um jantar espetacular no renomado Hai Yo.

Ao questionar o gerente sobre o motivo da restrição das regras pet, fui informada que o hotel é pet friendly há pouco tempo. A depender do caso, eles conversam com o tutor para compreender o comportamento do animal e abrem uma exceção. Nas entrelinhas, eu entendi que a grande preocupação é dos hóspedes com cães saírem e deixarem os animais sozinhos no quarto, com risco de latidos, destruição e afins.

[veja_tambem]

Passeios com cachorro em Curitiba

Se você for a Curitiba com seu cachorro, pelo amor de Jesus não deixe o pobrezinho no hotel! Não só porque ele não deve ficar sozinho em local estranho, mas porque há inúmeros passeios, parques e diversões para curtir com o pequeno.

Trem para Morretes com cachorro

Nosso primeiro passeio foi rumo à cidade de Morretes. Para tal, pegamos um trem, com vagão pet, da Serra Verde Express. Já estruturado com caminha, pote de água e até área para xixi, o vagão Bove é confortável para humanos e pets.

Entrada do Vagão pet friendly - Foto: Luiza Cervenka

A Aurora não conseguiu curtir a linda paisagem das quatro horas de trajeto em meio a Mata Atlântica. Ele preferiu aproveitar o conforto da caminha. Nem ligou para o enorme biscoito oferecido pelas ferromoças.

Aurora não quis saber do biscoito, somente de relaxar na caminha do trem - Foto: Luiza Cervenka

Ao chegar em Morretes, fomos recebidas pelo guia da mesma empresa, para nos acompanhar no passeio ao longo do dia. Tanto o trem, quanto o roteiro Morretes-Antonina (que fizemos) pode ser agendado por telefone ou pelo site da empresa com antecedência.

Uma parada para almoço (acho que era o único restaurante pet da cidade. Estava lotado de cães) e seguimos para conhecer a cidade. Não posso dizer que Morretes é uma cidade preparada para o turismo pet. Mesmo porque fomos expulsas de uma sorveteria na praça central (sim, só pelo fato de estar com um mini-cachorro).

Mas esse incidente não estragou nossa viagem. Encontramos uma outra sorveteria, que nos aceitou com bom grado. Depois de algumas fotos no coreto, seguimos para o Parque Hisgeopar. Lá, tivemos uma aula sobre a colonização e desenvolvimento econômico do estado do Paraná. Descobri que ou eu dormi nas aulas de história na escola, ou muita coisa não é contada mesmo.

A quase 15 km dali, fica a cidade de Antonina. Muito famosa pelo carnaval (antes da pandemia), tem a fachada das casas muito bem preservada desde a época dos coronéis do mate (o ouro verde). O porto de Antonina era o principal local de escoamento do mate. Mas perdeu sua hegemonia para o porto de Paranaguá (cidade próxima e mais próspera).

Muro da Igreja de Antonina, com vista para o Porto - Foto: Luiza Cervenka

Em Antonina fica a fábrica de Bala Bananina, das famosas balas de banana. Para minha surpresa, não só aceita pet, como tem uma almofadinha em formato de banana, para tirar foto. Fomos muito bem recebidas!

Loja da fábrica de bala de banana - Foto: Luiza Cervenka

De volta a Curitiba...

Passeio pelo Centro

Início do calçadão da Rua XV - Foto: Luiza Cervenka

No domingo levantamos logo cedo para caminhar pelas praças e ruas do centro. Começamos pela praça General Ozório, seguimos para o calçadão da Rua XV (também conhecida como rua das flores), passamos pelo Palácio Avenida, até a praça Tiradentes. Apesar de estar no centro, me senti segura. Estava bem policiado.

Centro de Curitiba florido - Foto: Luiza Cervenka

Chegamos à famosa feirinha do Largo da Ordem, que acontece todos os domingos. Encontramos vários cães por lá. Nos indicaram um restaurante e também café pet friendly, O Caiçara. Mas só deu tempo para uma foto e já corremos para o próximo destino: Passeio Público.

Ao lado da Igreja Nossa Senhora do Rosário, fica a fonte da memória - Foto: Luiza Cervenka

Um parque bem central, mas que não pode entrar cachorro. Isso porque ele abriga diversos animais apreendidos ou resgatados. São diferentes aves e mamíferos, brasileiros e exóticos. Para não dizer que os cães não têm vez, há um pequeno espaço cercado, com entrada por fora do parque, onde podemos soltá-los para brincarem.

Outro cartão postal de Curitiba que cães não são permitidos é o Jardim Botânico. Isso porque há poucas unidades de diversas espécies raras, as quais não podem ser contaminadas. Qualquer vírus ou bactéria levado pelo cão, poderia colocar em risco as plantas.

Com agenda apertada, pegamos o carro e fomos para a Praça da Espanha. Me contaram que lá fica lotado de cachorro aos finais de semana final da tarde. Mas mesmo em uma fria manhã de domingo, já fizemos amizades.

Praça da Espanha com o farol do saber ao fundo - Foto: Luiza Cervenka

Ópera de Arame pode cachorro!

O auge do dia, sem dúvidas foi a visita à Ópera de Arame e Pedreira. Um dos principais cartões postais de Curitiba é pet friendly! Além de conhecer a arquitetura, pudemos desbravar uma trilha, com início no pé do palco (só aberta em dias que não há shows), rumo à Mata Atlântica e suas belezas.

Pausa na trilha para apreciar a paisagem - Foto: Luiza Cervenka

Para descansar, descemos até o restaurante/café Ópera Arte. De lá vinha uma primorosa música tranquila. É o projeto Vale da Música: um palco no meio do lago somente com música instrumental. É possível buscar uma mesa à beira do lago para aguçar visão, audição e paladar. Aurora foi muito bem recebida, inclusive com pote de água fresca.

Lago da Ópera de Arame com palco flutuante ao fundo - Foto: Luiza Cervenka

Ao lado da Ópera de Arame fica a Pedreira Paulo Leminski. O local que já foi palco de shows de artistas consagrados, hoje se torna um espaço de confraternização e lazer da família. E essa família é pet friendly! Não apenas os pets são aceitos, mas há um louge para cães, com spa (banho, tosa, day care). Percorremos todos os bares e restaurantes do complexo e encontramos potes com água e cata-cacas. Ou seja, é um local que seu pet precisa conhecer!

Espaço Pet com spa - Foto: Luiza Cervenka

Parcão e Praça da Salete

Localizado atrás do Museu do Olho (Oscar Niemeyer) há uma área enorme, onde os tutores costumam levar seus cães para correr. Não é cercado e nem é "oficial", mas todo mundo solta os peludos por lá. Mas não ouse passar por dentro do Museu para cortar caminho, ou um guarda bem ríspido pode gritar com você e seu cão (cachorro só no colo). Ah, não há nenhuma placa com qualquer informação sobre as regras com cachorro.

Área do parcão com o museu ao fundo - Foto: Luiza Cervenka

Conversando com a Paula Gambeta, do Guia Pet Friendly de Curitiba (ela salvou mais da metade da viagem com dicas!), descobri que os cães que frequentam o Parcão não são tão sociáveis. Que melhor mesmo é ir para a Praça Nossa Senhora da Salete, no Centro Cívico. Então, lá fomos nós!

A praça é gigaaannnte! Com muitos quarteirões de grama. Para você ter ideia da dimensão, estava rolando uma festa de cachorro lá, mas eu não encontrei exatamente onde. Então, ficamos correndo no gramado com outros mini-cachorros que por lá estavam. A Aurora concordou com a Paula e preferiu muito mais a Praça.

Parque Vista Alegre

Se eu disser que tem cachoeira dentro da cidade de Curitiba, você acreditaria?! Pois eu duvidei, quando a Paula me contou. E olha que ela me mostrou foto. Mas eu fui conferir com meus olhinhos e as patinhas da Aurora. E não é que ela estava certa! No meio da zona norte da cidade, no bairro de Vista Alegre, há o parque com o mesmo nome. Se você descer do estacionamento e pegar a primeira trilha à direita, você dará de cara com uma linda cachoeira. Mas nem invente de entrar. Tem placas proibindo. Tudo bem que cachorro não sabe ler, né?! Porque a Aurora desembestou quando avistou a água.

Cachoeira do Parque Vista Alegre - Foto: Luiza Cervenka

Parque Tingui

Antes que alguém se jogasse na água, seguimos para o gigante parque Tingui. A preguiça me fez dar uma volta de carro ao redor do imenso verde. Só paramos na igreja ucraniana e seu belo jardim. Vale a pena fazer um book de fotos ali. Para quem curte trilha, é o que não falta no parque. Sem muito tempo, seguimos a rota dos parques.

parque tingui com igreja ucraniana ao fundo - Foto: Luiza Cervenka

Parque Tanguá

Parei o carro e fui toda feliz explorar os lindos lagos e jardins do parque Tanguá. Para minha tristeza (e da Aurora), me deparei com uma placa de proibida a entrada de cães. Eu, com meu jeito italiano, falei alto "poxa, aqui não pode cachorro, Rorinha, vamos embora". Na mesma hora se aproximou o administrador do parque informando que eu poderia entrar para tirar fotos com ela. Isso porque ela é pequena e estava na guia. Pelo que eu entendi, o problema seriam os cães grandes, que vão soltos.

Entrada do parque com a placa de proibido cachorro - Foto: Luiza Cervenka

Creio que seja esse mesmo o problema, pois o parque tem um grande desnível, formando uma queda d'água artificial, que pode ser perigoso para crianças e cães. E, pelo que a Paula me contou, os tutores gostam de frequentar parque com os cães soltos, mesmo.

Bosque do Alemão

E a teoria foi mais uma vez confirmada na chegada ao Bosque do Alemão. Em meio ao lindo jardim na entrada do parque já encontramos um senhor jogando bolinha para seu pastor sem coleira.

Entrada do Bosque do Alemão - Foto: Luiza Cervenka

Estávamos atrasadas, então não conseguimos seguir a trilha de João e Maria e conhecer todas as paradas da fábula infantil. Apenas tiramos fotos na fachada da casa alemã e corremos pelo jardim (de guia).

Parque Barigui

O mais tradicional dos parques curitibanos, é pet friendly desde que o termo nem havia sido importado. Há trilhas em meio a mata. Mas foi recomendado estar com mais pessoas para desbravá-las. Então, seguimos pela pista de cooper no lado mais movimentado do parque. A sorte é que a Aurora não liga para aves. Diversos patos vieram provoca-la para correr atrás deles.

Shoppings

Há um decreto (Decreto Nº 642 De 30 de abril de 2001) regulamentando uma lei municipal (Lei nº 9.493/93), que obriga todos os cães acima de 20 kg a usar focinheira, independentemente da raça. Obviamente que essa lei não é cumprida em lugar nenhum da cidade, a não ser no shopping.

Fui visitar alguns. Um era cheio de regras descabidas, como não pode ir ao banheiro com cachorro (????). E um outro também com muitas regras, mas mais flexível e relevando alguns casos.

O Park Shopping Barigui tem uma área externa, um pet place, com água, cata-caca e grama, para que o peludo possa se aliviar. Ao passar pelo concierge, o pet recebe um kit com cata-caca, fraldinha e as regras do local. Por conta da lei municipal, poucos são os tutores que querem andar com o cachorro e focinheira. Então, o mais comum é encontrar cães com menos de 20 kg.

Teoricamente, quem estiver com cachorro não pode frequentar nenhuma área com comida, mesmo os quiosques e cafés. Mas muitos shoppings fazem vista grossa e permitem em áreas distante das cozinhas.

Onde comer com cachorro em Curitiba

E vamos a mais um capítulo de Curitiba Pet Friendly...

Como o termo se tornou popular e a cidade está tentando cada vez mais receber pet, alguns locais ainda estão em adaptação. O primeiro jantar foi no All Natural. O restaurante super fit fica localizado dentro de uma galeria, com mesas na área externa para receber os peludos e seus tutores.

Entrada do restaurante super fit - Foto: Luiza Cervenka

Mas estamos em Curitiba, uma cidade que faz as quatro estações no mesmo dia. Bem naquela noite, estava um vento patagônico e uma garoa fina. Fomos autorizadas a fica na primeira mesa, em frente à porta. Mas não duramos muito e seguimos para um local mais quentinho.

The BlackBird Pub

Entrar no The BlackBird Pub foi sentir aquele calor de casa com lareira. Sim, os pets podem ficar na área interna do estabelecimento. Ah, se não fosse a Paula para salvar minha noite de sexta...

Balcão do pub com cervejas ao fundo - Foto: Luiza Cervenka

Com diversas torneiras de cervejas artesanais, petiscos, hambúrgueres e boa música (não muito alta), o pub se torna uma ótima pedida para as noites frias e paulistas com pouco casaco.

Praça do Victor

Em frente a Praça da Espanha fica o restaurante Praça do Victor. Já na chegada, há um deck coberto, fechado e com aquecedor, para ficamos com nossos cães. Juro que não senti nem um pingo de frio. A Aurora muito menos, e ainda recebeu água e frutas, enquanto eu degustava meu chá. E no final, ela passou de mesa em mesa para dar boa noite. O atendimento foi exemplar!

Entrada para o deck aclimatado - Foto: Luiza Cervenka

Da mesma rede, restaurantes Victor, há o Victor na Pedreira. Um louge recém-inaugurado no Parque da Pedreira, que já nasceu pet friendly.

Recanto Restô Bar

Alguns locais que a Paula indicou eu precisei conferir. Um deles foi o Recanto Restô Bar. Com um conceito super cachorreiro, o restaurante tem menu para humanos e peludos. Há regras muito bem estabelecidas tanto na área externa, quanto na área interna. A parte pet é fechada com vidro e disponibiliza brinquedos, caminhas, água e cata-caca. Lá, os cães podem ficar soltos, sem guia.

Área humana e canina do restaurante - Foto: Luiza Cervenka

Como a Aurora é uma pessoa difícil de fazer amizades, ficamos na outra parte, onde cães também podem ficar, mas na coleira e bem quietinhos. Pedimos um camarão coberto com flocos de arroz que estava divino!

Brod Bakery

Ao lado do parque Barigui fica a Brod Bakery, uma padaria artesanal com conceito nórdico. Pets são bem-vindos, mas longe dos tapetes. Além da vitrine de pães de fermentação natural, é possível comer com os olhos os diversos muffings, doces e tortas.

Dê graças a Deus que eu não tirei foto da vitrine de pães! - Foto: Luiza Cervenka

Se não for o suficiente, no cardápio há opções para café da manhã, almoço e lanche da tarde. Tudo com toque nórdico. Eu pedi, para começar uma tostada de salmão defumado, com iogurte nórdico e pepino. De lamber os beiços!

Meu pequeno pedido para iniciar - Foto: Luiza Cervenka

A Aurora estava tão bem comportada, que eu fui convidada, por um dos sócios, a preparar meu próprio Orange coffee (um café com nota 86 vaporizado com suco de laranja) e um espresso. Eu que não entendia nada de café e colunaria nórdica, fiquei longas horas apreciando tudo (minha dieta que espere!).

Quermesse Bar

Para conhecer pessoalmente a minha anja de Curitiba, a Paula, e toda trupe de mulheres cachorreiras, fomos ao Quermesse bar. Localizado em uma esquina, na zona norte de Curitiba, o bar é bem despretensioso e agrada a todos.

Desde cerveja a petiscos, passando por sorvete, foram alguns dos pedidos feitos pela nossa mesa. Não houve um só cliente que não se assustasse ao encontrar uma mesa com cinco cães e todos quietinhos, deitados cada um na sua caminha. As mães de pet deram o exemplo!

Carlo Ristorante

Sem saber onde almoçar em plena segunda-feira, descobri que o Carlo Ristorante havia se tornado pet friendly há pouco tempo, por pressão das clientes. Ainda em adaptação, só recebe cães de pequeno porte e no deck (que é todo envidraçado e aclimatado).

Entrada do Carlo, com deck ao fundo - Foto: Luiza Cervenka

Na hora do almoço o esquema é buffet. Já no jantar, os deliciosos pratos à la carte ganham o estômago humano e o olfato canino. Não há pote de água para os cães, mas em compensação, o sofá está liberado!

Hai Yo

Eu não sei se eu posso indicar esse restaurante como sendo pet friendly. O Hai Yo fica dentro do Grand Mercure Rayon. Há mesas na área externa, no lobby do hotel. Se você tiver um cão de pequeno porte e quiser jantar lá, faça uma reserva, pedindo para levar o peludo (eles são super atenciosos).

No cardápio, há diversos pratos premiados. Não deixe de pedir o sashimi. O melhor que eu já comi na minha vida! A sobremesa também não fica longe.

Os mimos recebidos estavam em cada detalhe - Foto: Luiza Cervenka

Foram tantos restaurantes e bares que eu não consegui visitar... Pelo pouco, percebi que há diferentes conceitos de receber um cachorro. Não só em bares e restaurantes. Por isso, a minha dica é ligar e perguntar antes de ir. Acessar o Instagram e ver as fotos do local também ajuda muito. Conversei com o Instituto Municipal de Turismo de Curitiba e eles estão empenhados em transformar a cidade em um destino super pet friendly. Acho que terei que voltar em breve para conferir.

Entrada da Ópera de Arame - Foto: Luiza Cervenka

Fui à Curitiba a convite do Hotel Grand Mercure Rayon. Apesar de frequentar a cidade desde muito nova, nunca havia visitado com a minha cachorrinha, Aurora. Quis entender como a capital paranaense está em relação ao movimento pet friendly.

Sem delongas, já entrego o jogo de que sim, Curitiba está bastante pet friendly. Porém, ainda há um longo percurso para poder receber todos os tipos de família com cães.

Hospedagem com cachorro em Curitiba

Se você tem um cão portátil, com menos de 5 kg, como o meu, você terá algumas opções para se hospedar. Porém, se você tiver mais de um cão ou ele tiver mais de 10 kg, aí você poderá passar um leve perrengue para encontrar um hotel.

Lobby do hotel Gran Mercure Rayon - Foto: Luiza Cervenka

Como eu fiquei no Hotel Grand Mercure Rayon e a Aurora tem 2,5 kg, não tive o menor problema. Muito pelo contrário! Ao chegarmos no hotel, fomos recebidas com presentes e um kit pet no quarto (e que quarto!). A Aurora já se apossou da sua nova cama preferida e dos seus potinhos de cerâmica.

Caminha e potinhos fazem parte do kit pet do hotel - Foto: Luiza Cervenka

Fizemos um tour pelo hotel, para conhecer outros tipos de acomodação e também a área social. Os pets só podem ficar nos quartos de piso frio, para facilitar a limpeza. Mas há opções em todas as categorias (menos na suíte presidencial).

No hotel também há um piano-bar com pocket shows, onde os pets são bem-vindos (após a pandemia). O restaurante Garbo é onde tomamos café da manhã. Lá também servem almoços e jantares. Para quem estiver com cães, há mesas do lado de fora. E foi em uma dessas mesas que fomos recebidas para um jantar espetacular no renomado Hai Yo.

Ao questionar o gerente sobre o motivo da restrição das regras pet, fui informada que o hotel é pet friendly há pouco tempo. A depender do caso, eles conversam com o tutor para compreender o comportamento do animal e abrem uma exceção. Nas entrelinhas, eu entendi que a grande preocupação é dos hóspedes com cães saírem e deixarem os animais sozinhos no quarto, com risco de latidos, destruição e afins.

[veja_tambem]

Passeios com cachorro em Curitiba

Se você for a Curitiba com seu cachorro, pelo amor de Jesus não deixe o pobrezinho no hotel! Não só porque ele não deve ficar sozinho em local estranho, mas porque há inúmeros passeios, parques e diversões para curtir com o pequeno.

Trem para Morretes com cachorro

Nosso primeiro passeio foi rumo à cidade de Morretes. Para tal, pegamos um trem, com vagão pet, da Serra Verde Express. Já estruturado com caminha, pote de água e até área para xixi, o vagão Bove é confortável para humanos e pets.

Entrada do Vagão pet friendly - Foto: Luiza Cervenka

A Aurora não conseguiu curtir a linda paisagem das quatro horas de trajeto em meio a Mata Atlântica. Ele preferiu aproveitar o conforto da caminha. Nem ligou para o enorme biscoito oferecido pelas ferromoças.

Aurora não quis saber do biscoito, somente de relaxar na caminha do trem - Foto: Luiza Cervenka

Ao chegar em Morretes, fomos recebidas pelo guia da mesma empresa, para nos acompanhar no passeio ao longo do dia. Tanto o trem, quanto o roteiro Morretes-Antonina (que fizemos) pode ser agendado por telefone ou pelo site da empresa com antecedência.

Uma parada para almoço (acho que era o único restaurante pet da cidade. Estava lotado de cães) e seguimos para conhecer a cidade. Não posso dizer que Morretes é uma cidade preparada para o turismo pet. Mesmo porque fomos expulsas de uma sorveteria na praça central (sim, só pelo fato de estar com um mini-cachorro).

Mas esse incidente não estragou nossa viagem. Encontramos uma outra sorveteria, que nos aceitou com bom grado. Depois de algumas fotos no coreto, seguimos para o Parque Hisgeopar. Lá, tivemos uma aula sobre a colonização e desenvolvimento econômico do estado do Paraná. Descobri que ou eu dormi nas aulas de história na escola, ou muita coisa não é contada mesmo.

A quase 15 km dali, fica a cidade de Antonina. Muito famosa pelo carnaval (antes da pandemia), tem a fachada das casas muito bem preservada desde a época dos coronéis do mate (o ouro verde). O porto de Antonina era o principal local de escoamento do mate. Mas perdeu sua hegemonia para o porto de Paranaguá (cidade próxima e mais próspera).

Muro da Igreja de Antonina, com vista para o Porto - Foto: Luiza Cervenka

Em Antonina fica a fábrica de Bala Bananina, das famosas balas de banana. Para minha surpresa, não só aceita pet, como tem uma almofadinha em formato de banana, para tirar foto. Fomos muito bem recebidas!

Loja da fábrica de bala de banana - Foto: Luiza Cervenka

De volta a Curitiba...

Passeio pelo Centro

Início do calçadão da Rua XV - Foto: Luiza Cervenka

No domingo levantamos logo cedo para caminhar pelas praças e ruas do centro. Começamos pela praça General Ozório, seguimos para o calçadão da Rua XV (também conhecida como rua das flores), passamos pelo Palácio Avenida, até a praça Tiradentes. Apesar de estar no centro, me senti segura. Estava bem policiado.

Centro de Curitiba florido - Foto: Luiza Cervenka

Chegamos à famosa feirinha do Largo da Ordem, que acontece todos os domingos. Encontramos vários cães por lá. Nos indicaram um restaurante e também café pet friendly, O Caiçara. Mas só deu tempo para uma foto e já corremos para o próximo destino: Passeio Público.

Ao lado da Igreja Nossa Senhora do Rosário, fica a fonte da memória - Foto: Luiza Cervenka

Um parque bem central, mas que não pode entrar cachorro. Isso porque ele abriga diversos animais apreendidos ou resgatados. São diferentes aves e mamíferos, brasileiros e exóticos. Para não dizer que os cães não têm vez, há um pequeno espaço cercado, com entrada por fora do parque, onde podemos soltá-los para brincarem.

Outro cartão postal de Curitiba que cães não são permitidos é o Jardim Botânico. Isso porque há poucas unidades de diversas espécies raras, as quais não podem ser contaminadas. Qualquer vírus ou bactéria levado pelo cão, poderia colocar em risco as plantas.

Com agenda apertada, pegamos o carro e fomos para a Praça da Espanha. Me contaram que lá fica lotado de cachorro aos finais de semana final da tarde. Mas mesmo em uma fria manhã de domingo, já fizemos amizades.

Praça da Espanha com o farol do saber ao fundo - Foto: Luiza Cervenka

Ópera de Arame pode cachorro!

O auge do dia, sem dúvidas foi a visita à Ópera de Arame e Pedreira. Um dos principais cartões postais de Curitiba é pet friendly! Além de conhecer a arquitetura, pudemos desbravar uma trilha, com início no pé do palco (só aberta em dias que não há shows), rumo à Mata Atlântica e suas belezas.

Pausa na trilha para apreciar a paisagem - Foto: Luiza Cervenka

Para descansar, descemos até o restaurante/café Ópera Arte. De lá vinha uma primorosa música tranquila. É o projeto Vale da Música: um palco no meio do lago somente com música instrumental. É possível buscar uma mesa à beira do lago para aguçar visão, audição e paladar. Aurora foi muito bem recebida, inclusive com pote de água fresca.

Lago da Ópera de Arame com palco flutuante ao fundo - Foto: Luiza Cervenka

Ao lado da Ópera de Arame fica a Pedreira Paulo Leminski. O local que já foi palco de shows de artistas consagrados, hoje se torna um espaço de confraternização e lazer da família. E essa família é pet friendly! Não apenas os pets são aceitos, mas há um louge para cães, com spa (banho, tosa, day care). Percorremos todos os bares e restaurantes do complexo e encontramos potes com água e cata-cacas. Ou seja, é um local que seu pet precisa conhecer!

Espaço Pet com spa - Foto: Luiza Cervenka

Parcão e Praça da Salete

Localizado atrás do Museu do Olho (Oscar Niemeyer) há uma área enorme, onde os tutores costumam levar seus cães para correr. Não é cercado e nem é "oficial", mas todo mundo solta os peludos por lá. Mas não ouse passar por dentro do Museu para cortar caminho, ou um guarda bem ríspido pode gritar com você e seu cão (cachorro só no colo). Ah, não há nenhuma placa com qualquer informação sobre as regras com cachorro.

Área do parcão com o museu ao fundo - Foto: Luiza Cervenka

Conversando com a Paula Gambeta, do Guia Pet Friendly de Curitiba (ela salvou mais da metade da viagem com dicas!), descobri que os cães que frequentam o Parcão não são tão sociáveis. Que melhor mesmo é ir para a Praça Nossa Senhora da Salete, no Centro Cívico. Então, lá fomos nós!

A praça é gigaaannnte! Com muitos quarteirões de grama. Para você ter ideia da dimensão, estava rolando uma festa de cachorro lá, mas eu não encontrei exatamente onde. Então, ficamos correndo no gramado com outros mini-cachorros que por lá estavam. A Aurora concordou com a Paula e preferiu muito mais a Praça.

Parque Vista Alegre

Se eu disser que tem cachoeira dentro da cidade de Curitiba, você acreditaria?! Pois eu duvidei, quando a Paula me contou. E olha que ela me mostrou foto. Mas eu fui conferir com meus olhinhos e as patinhas da Aurora. E não é que ela estava certa! No meio da zona norte da cidade, no bairro de Vista Alegre, há o parque com o mesmo nome. Se você descer do estacionamento e pegar a primeira trilha à direita, você dará de cara com uma linda cachoeira. Mas nem invente de entrar. Tem placas proibindo. Tudo bem que cachorro não sabe ler, né?! Porque a Aurora desembestou quando avistou a água.

Cachoeira do Parque Vista Alegre - Foto: Luiza Cervenka

Parque Tingui

Antes que alguém se jogasse na água, seguimos para o gigante parque Tingui. A preguiça me fez dar uma volta de carro ao redor do imenso verde. Só paramos na igreja ucraniana e seu belo jardim. Vale a pena fazer um book de fotos ali. Para quem curte trilha, é o que não falta no parque. Sem muito tempo, seguimos a rota dos parques.

parque tingui com igreja ucraniana ao fundo - Foto: Luiza Cervenka

Parque Tanguá

Parei o carro e fui toda feliz explorar os lindos lagos e jardins do parque Tanguá. Para minha tristeza (e da Aurora), me deparei com uma placa de proibida a entrada de cães. Eu, com meu jeito italiano, falei alto "poxa, aqui não pode cachorro, Rorinha, vamos embora". Na mesma hora se aproximou o administrador do parque informando que eu poderia entrar para tirar fotos com ela. Isso porque ela é pequena e estava na guia. Pelo que eu entendi, o problema seriam os cães grandes, que vão soltos.

Entrada do parque com a placa de proibido cachorro - Foto: Luiza Cervenka

Creio que seja esse mesmo o problema, pois o parque tem um grande desnível, formando uma queda d'água artificial, que pode ser perigoso para crianças e cães. E, pelo que a Paula me contou, os tutores gostam de frequentar parque com os cães soltos, mesmo.

Bosque do Alemão

E a teoria foi mais uma vez confirmada na chegada ao Bosque do Alemão. Em meio ao lindo jardim na entrada do parque já encontramos um senhor jogando bolinha para seu pastor sem coleira.

Entrada do Bosque do Alemão - Foto: Luiza Cervenka

Estávamos atrasadas, então não conseguimos seguir a trilha de João e Maria e conhecer todas as paradas da fábula infantil. Apenas tiramos fotos na fachada da casa alemã e corremos pelo jardim (de guia).

Parque Barigui

O mais tradicional dos parques curitibanos, é pet friendly desde que o termo nem havia sido importado. Há trilhas em meio a mata. Mas foi recomendado estar com mais pessoas para desbravá-las. Então, seguimos pela pista de cooper no lado mais movimentado do parque. A sorte é que a Aurora não liga para aves. Diversos patos vieram provoca-la para correr atrás deles.

Shoppings

Há um decreto (Decreto Nº 642 De 30 de abril de 2001) regulamentando uma lei municipal (Lei nº 9.493/93), que obriga todos os cães acima de 20 kg a usar focinheira, independentemente da raça. Obviamente que essa lei não é cumprida em lugar nenhum da cidade, a não ser no shopping.

Fui visitar alguns. Um era cheio de regras descabidas, como não pode ir ao banheiro com cachorro (????). E um outro também com muitas regras, mas mais flexível e relevando alguns casos.

O Park Shopping Barigui tem uma área externa, um pet place, com água, cata-caca e grama, para que o peludo possa se aliviar. Ao passar pelo concierge, o pet recebe um kit com cata-caca, fraldinha e as regras do local. Por conta da lei municipal, poucos são os tutores que querem andar com o cachorro e focinheira. Então, o mais comum é encontrar cães com menos de 20 kg.

Teoricamente, quem estiver com cachorro não pode frequentar nenhuma área com comida, mesmo os quiosques e cafés. Mas muitos shoppings fazem vista grossa e permitem em áreas distante das cozinhas.

Onde comer com cachorro em Curitiba

E vamos a mais um capítulo de Curitiba Pet Friendly...

Como o termo se tornou popular e a cidade está tentando cada vez mais receber pet, alguns locais ainda estão em adaptação. O primeiro jantar foi no All Natural. O restaurante super fit fica localizado dentro de uma galeria, com mesas na área externa para receber os peludos e seus tutores.

Entrada do restaurante super fit - Foto: Luiza Cervenka

Mas estamos em Curitiba, uma cidade que faz as quatro estações no mesmo dia. Bem naquela noite, estava um vento patagônico e uma garoa fina. Fomos autorizadas a fica na primeira mesa, em frente à porta. Mas não duramos muito e seguimos para um local mais quentinho.

The BlackBird Pub

Entrar no The BlackBird Pub foi sentir aquele calor de casa com lareira. Sim, os pets podem ficar na área interna do estabelecimento. Ah, se não fosse a Paula para salvar minha noite de sexta...

Balcão do pub com cervejas ao fundo - Foto: Luiza Cervenka

Com diversas torneiras de cervejas artesanais, petiscos, hambúrgueres e boa música (não muito alta), o pub se torna uma ótima pedida para as noites frias e paulistas com pouco casaco.

Praça do Victor

Em frente a Praça da Espanha fica o restaurante Praça do Victor. Já na chegada, há um deck coberto, fechado e com aquecedor, para ficamos com nossos cães. Juro que não senti nem um pingo de frio. A Aurora muito menos, e ainda recebeu água e frutas, enquanto eu degustava meu chá. E no final, ela passou de mesa em mesa para dar boa noite. O atendimento foi exemplar!

Entrada para o deck aclimatado - Foto: Luiza Cervenka

Da mesma rede, restaurantes Victor, há o Victor na Pedreira. Um louge recém-inaugurado no Parque da Pedreira, que já nasceu pet friendly.

Recanto Restô Bar

Alguns locais que a Paula indicou eu precisei conferir. Um deles foi o Recanto Restô Bar. Com um conceito super cachorreiro, o restaurante tem menu para humanos e peludos. Há regras muito bem estabelecidas tanto na área externa, quanto na área interna. A parte pet é fechada com vidro e disponibiliza brinquedos, caminhas, água e cata-caca. Lá, os cães podem ficar soltos, sem guia.

Área humana e canina do restaurante - Foto: Luiza Cervenka

Como a Aurora é uma pessoa difícil de fazer amizades, ficamos na outra parte, onde cães também podem ficar, mas na coleira e bem quietinhos. Pedimos um camarão coberto com flocos de arroz que estava divino!

Brod Bakery

Ao lado do parque Barigui fica a Brod Bakery, uma padaria artesanal com conceito nórdico. Pets são bem-vindos, mas longe dos tapetes. Além da vitrine de pães de fermentação natural, é possível comer com os olhos os diversos muffings, doces e tortas.

Dê graças a Deus que eu não tirei foto da vitrine de pães! - Foto: Luiza Cervenka

Se não for o suficiente, no cardápio há opções para café da manhã, almoço e lanche da tarde. Tudo com toque nórdico. Eu pedi, para começar uma tostada de salmão defumado, com iogurte nórdico e pepino. De lamber os beiços!

Meu pequeno pedido para iniciar - Foto: Luiza Cervenka

A Aurora estava tão bem comportada, que eu fui convidada, por um dos sócios, a preparar meu próprio Orange coffee (um café com nota 86 vaporizado com suco de laranja) e um espresso. Eu que não entendia nada de café e colunaria nórdica, fiquei longas horas apreciando tudo (minha dieta que espere!).

Quermesse Bar

Para conhecer pessoalmente a minha anja de Curitiba, a Paula, e toda trupe de mulheres cachorreiras, fomos ao Quermesse bar. Localizado em uma esquina, na zona norte de Curitiba, o bar é bem despretensioso e agrada a todos.

Desde cerveja a petiscos, passando por sorvete, foram alguns dos pedidos feitos pela nossa mesa. Não houve um só cliente que não se assustasse ao encontrar uma mesa com cinco cães e todos quietinhos, deitados cada um na sua caminha. As mães de pet deram o exemplo!

Carlo Ristorante

Sem saber onde almoçar em plena segunda-feira, descobri que o Carlo Ristorante havia se tornado pet friendly há pouco tempo, por pressão das clientes. Ainda em adaptação, só recebe cães de pequeno porte e no deck (que é todo envidraçado e aclimatado).

Entrada do Carlo, com deck ao fundo - Foto: Luiza Cervenka

Na hora do almoço o esquema é buffet. Já no jantar, os deliciosos pratos à la carte ganham o estômago humano e o olfato canino. Não há pote de água para os cães, mas em compensação, o sofá está liberado!

Hai Yo

Eu não sei se eu posso indicar esse restaurante como sendo pet friendly. O Hai Yo fica dentro do Grand Mercure Rayon. Há mesas na área externa, no lobby do hotel. Se você tiver um cão de pequeno porte e quiser jantar lá, faça uma reserva, pedindo para levar o peludo (eles são super atenciosos).

No cardápio, há diversos pratos premiados. Não deixe de pedir o sashimi. O melhor que eu já comi na minha vida! A sobremesa também não fica longe.

Os mimos recebidos estavam em cada detalhe - Foto: Luiza Cervenka

Foram tantos restaurantes e bares que eu não consegui visitar... Pelo pouco, percebi que há diferentes conceitos de receber um cachorro. Não só em bares e restaurantes. Por isso, a minha dica é ligar e perguntar antes de ir. Acessar o Instagram e ver as fotos do local também ajuda muito. Conversei com o Instituto Municipal de Turismo de Curitiba e eles estão empenhados em transformar a cidade em um destino super pet friendly. Acho que terei que voltar em breve para conferir.

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