Dicas e curiosidades sobre animais

Hiperestesia: será que seu gato tem essa síndrome?


Conhecida como a Síndrome do gato Nervoso, a hiperestesia tem sido um diagnóstico cada vez mais comum em gatos. Mas como saber se seu gato tem essa síndrome?

Por Luiza Cervenka
A hiperestesia é a alteração de diversos comportamentos no gato - Thryn/Creative Commons Foto: Estadão

Há muitos anos fiz um curso que falava sobre hiperestesia felina. Mas era muito raro eu encontrar um gato com esse diagnóstico. Porém, me chamou a atenção que nos últimos atendimentos, essa palavra "estranha" tem sido mencionada cada vez mais pelos tutores.

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O que é hiperestesia?

Segundo a médica-veterinária especialista em comportamento felino, Isabela Zitti, a hiperestesia felina é uma síndrome que leva à um conjunto de sinais comportamentais nos gatos. "Ela não é tão frequente, mas nos últimos anos, está acontecendo um aumento dos casos. Ainda não há certeza do que possa causar a síndrome. Mas, provavelmente se deve ao estilo de vida dos gatos. Eles podem estar vivendo desde ambientes muito monótonos, até estressantes demais, causando ansiedade, aumento de estresse e frustração nos gatos" explica.

Quais os sintomas de hiperestesia?

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Isabela aponta que os felinos podem apresentar vários sinais. Antes de receber o diagnóstico de hiperestesia, deve-se descartar problemas dermatológicos, neurológicos, musculares e hormonais. Exames clínicos podem auxiliar na confirmação ou não da síndrome. "O diagnóstico geralmente é feito por exclusão de outras doenças, ou seja, não existe um teste ou exame específico" complementa Isabela.

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Alguns dos sintomas mais comuns são:

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  • Nervosismo e alterações de comportamento;
  • Movimentos inquietos da cauda;
  • Perseguição da própria cauda e corridas medrosas;
  • Ondulação da pele do lombo e incômodo na área, devido à sensibilidade extrema;
  • Convulsões, espasmos, tiques e, em crises mais fortes, dilatação das pupilas;
  • Tremores musculares involuntários;
  • Vocalização excessiva;
  • Correr e pular "do nada";
  • Perda de peso;
  • Perseguição de algo inexistente para nós (sensação de que só ele vê);
  • Em casos mais extremos, automutilação.

A hiperestesia pode ser controlada em casos em que forem descartadas doenças clínicas e o caráter dela seja mais comportamental. Não há cura para a doença, mas o tratamento com medicação, enriquecimento ambiental e brincadeiras podem diminuir muito os sintomas.

Veja aqui um vídeo de um gato diagnosticado com hiperestesia.

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Caso você suspeite que seu gato tenha alguns dos sinais citados acima, procure um Médico Veterinário Especializado em Medicina Felina e também um Comportamentalista de Felinos.

Em caso de qualquer um dos sintomas, busque um médico veterinário - Xiahong Chen/Creative Commons Foto: Estadão
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Caso Julie

O último caso que chegou a mim, foi da gatinha Julie. Segundo sua tutora, a ceramista Priscilla Ramos, um dia a Julie levou uma picada de inseto na patinha e começou a apresentar um problema estranho. "Ela agitava a patinha, corria bruscamente de um lado para outro, se escondia e ficava com os olhos esbugalhados. Levamos ao veterinário, tratamos a inflamação da patinha e ela melhorou"

Pouco tempo depois, mesmo após o tratamento, Julie começou a apresentar sintomas de novo. "Ela 'tremelicava' a bundinha, como se estivesse levando um choque. E depois lambia a cauda, saía correndo de um lado para o outro e se escondia. Ela parecia muito desconfortável e ficávamos desesperados" relembra Priscilla.

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A veterinária que acompanhava o quadro sugeriu alguns tratamentos para conseguir identificar o que ela tinha. "Primeiro voltamos a tratar com anti-inflamatórios, mas as crises continuavam. Depois, tentamos o Gardenal para confirmar se era um problema neurológico ou não. Ela respondeu bem ao Gardenal, as crises pararam, e então entramos com a gabapentina em gel transdérmico de uso contínuo" conta Priscilla.

A gabapentina, segundo alguns estudos científicos, parece ser a medicação que há maior resposta para gatos com essa síndrome.

Mesmo com a medicação, a Julie continuou com o mesmo comportamento que tinha antes. "Ela sempre foi uma gata reservada e ansiosa, mas muito amorosa conosco. E continuou assim depois da medicação. A única diferença é que as crises foram controladas. Hoje ela praticamente não tem mais crises, o que nos deixa tranquilos" aponta Priscilla.

A tutora da Julie deixa um recado para os gateiros: "Se seu gato apresentar os sintomas da síndrome, não se desesperem! Busque ajuda médica. A hiperestesia pode não ter cura, mas tem controle e o gato pode viver uma vida normal e livre de sintomas".

Observar o comportamento do seu gato e fazer check-up periódico é fundamental para identificar qualquer alteração clínica ou de comportamento e tratar o quanto antes. É nossa responsabilidade oferecer a melhor qualidade de vida para os nossos pets.

A hiperestesia é a alteração de diversos comportamentos no gato - Thryn/Creative Commons Foto: Estadão

Há muitos anos fiz um curso que falava sobre hiperestesia felina. Mas era muito raro eu encontrar um gato com esse diagnóstico. Porém, me chamou a atenção que nos últimos atendimentos, essa palavra "estranha" tem sido mencionada cada vez mais pelos tutores.

O que é hiperestesia?

Segundo a médica-veterinária especialista em comportamento felino, Isabela Zitti, a hiperestesia felina é uma síndrome que leva à um conjunto de sinais comportamentais nos gatos. "Ela não é tão frequente, mas nos últimos anos, está acontecendo um aumento dos casos. Ainda não há certeza do que possa causar a síndrome. Mas, provavelmente se deve ao estilo de vida dos gatos. Eles podem estar vivendo desde ambientes muito monótonos, até estressantes demais, causando ansiedade, aumento de estresse e frustração nos gatos" explica.

Quais os sintomas de hiperestesia?

Isabela aponta que os felinos podem apresentar vários sinais. Antes de receber o diagnóstico de hiperestesia, deve-se descartar problemas dermatológicos, neurológicos, musculares e hormonais. Exames clínicos podem auxiliar na confirmação ou não da síndrome. "O diagnóstico geralmente é feito por exclusão de outras doenças, ou seja, não existe um teste ou exame específico" complementa Isabela.

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Alguns dos sintomas mais comuns são:

  • Nervosismo e alterações de comportamento;
  • Movimentos inquietos da cauda;
  • Perseguição da própria cauda e corridas medrosas;
  • Ondulação da pele do lombo e incômodo na área, devido à sensibilidade extrema;
  • Convulsões, espasmos, tiques e, em crises mais fortes, dilatação das pupilas;
  • Tremores musculares involuntários;
  • Vocalização excessiva;
  • Correr e pular "do nada";
  • Perda de peso;
  • Perseguição de algo inexistente para nós (sensação de que só ele vê);
  • Em casos mais extremos, automutilação.

A hiperestesia pode ser controlada em casos em que forem descartadas doenças clínicas e o caráter dela seja mais comportamental. Não há cura para a doença, mas o tratamento com medicação, enriquecimento ambiental e brincadeiras podem diminuir muito os sintomas.

Veja aqui um vídeo de um gato diagnosticado com hiperestesia.

Caso você suspeite que seu gato tenha alguns dos sinais citados acima, procure um Médico Veterinário Especializado em Medicina Felina e também um Comportamentalista de Felinos.

Em caso de qualquer um dos sintomas, busque um médico veterinário - Xiahong Chen/Creative Commons Foto: Estadão

Caso Julie

O último caso que chegou a mim, foi da gatinha Julie. Segundo sua tutora, a ceramista Priscilla Ramos, um dia a Julie levou uma picada de inseto na patinha e começou a apresentar um problema estranho. "Ela agitava a patinha, corria bruscamente de um lado para outro, se escondia e ficava com os olhos esbugalhados. Levamos ao veterinário, tratamos a inflamação da patinha e ela melhorou"

Pouco tempo depois, mesmo após o tratamento, Julie começou a apresentar sintomas de novo. "Ela 'tremelicava' a bundinha, como se estivesse levando um choque. E depois lambia a cauda, saía correndo de um lado para o outro e se escondia. Ela parecia muito desconfortável e ficávamos desesperados" relembra Priscilla.

A veterinária que acompanhava o quadro sugeriu alguns tratamentos para conseguir identificar o que ela tinha. "Primeiro voltamos a tratar com anti-inflamatórios, mas as crises continuavam. Depois, tentamos o Gardenal para confirmar se era um problema neurológico ou não. Ela respondeu bem ao Gardenal, as crises pararam, e então entramos com a gabapentina em gel transdérmico de uso contínuo" conta Priscilla.

A gabapentina, segundo alguns estudos científicos, parece ser a medicação que há maior resposta para gatos com essa síndrome.

Mesmo com a medicação, a Julie continuou com o mesmo comportamento que tinha antes. "Ela sempre foi uma gata reservada e ansiosa, mas muito amorosa conosco. E continuou assim depois da medicação. A única diferença é que as crises foram controladas. Hoje ela praticamente não tem mais crises, o que nos deixa tranquilos" aponta Priscilla.

A tutora da Julie deixa um recado para os gateiros: "Se seu gato apresentar os sintomas da síndrome, não se desesperem! Busque ajuda médica. A hiperestesia pode não ter cura, mas tem controle e o gato pode viver uma vida normal e livre de sintomas".

Observar o comportamento do seu gato e fazer check-up periódico é fundamental para identificar qualquer alteração clínica ou de comportamento e tratar o quanto antes. É nossa responsabilidade oferecer a melhor qualidade de vida para os nossos pets.

A hiperestesia é a alteração de diversos comportamentos no gato - Thryn/Creative Commons Foto: Estadão

Há muitos anos fiz um curso que falava sobre hiperestesia felina. Mas era muito raro eu encontrar um gato com esse diagnóstico. Porém, me chamou a atenção que nos últimos atendimentos, essa palavra "estranha" tem sido mencionada cada vez mais pelos tutores.

O que é hiperestesia?

Segundo a médica-veterinária especialista em comportamento felino, Isabela Zitti, a hiperestesia felina é uma síndrome que leva à um conjunto de sinais comportamentais nos gatos. "Ela não é tão frequente, mas nos últimos anos, está acontecendo um aumento dos casos. Ainda não há certeza do que possa causar a síndrome. Mas, provavelmente se deve ao estilo de vida dos gatos. Eles podem estar vivendo desde ambientes muito monótonos, até estressantes demais, causando ansiedade, aumento de estresse e frustração nos gatos" explica.

Quais os sintomas de hiperestesia?

Isabela aponta que os felinos podem apresentar vários sinais. Antes de receber o diagnóstico de hiperestesia, deve-se descartar problemas dermatológicos, neurológicos, musculares e hormonais. Exames clínicos podem auxiliar na confirmação ou não da síndrome. "O diagnóstico geralmente é feito por exclusão de outras doenças, ou seja, não existe um teste ou exame específico" complementa Isabela.

[veja_tambem]

Alguns dos sintomas mais comuns são:

  • Nervosismo e alterações de comportamento;
  • Movimentos inquietos da cauda;
  • Perseguição da própria cauda e corridas medrosas;
  • Ondulação da pele do lombo e incômodo na área, devido à sensibilidade extrema;
  • Convulsões, espasmos, tiques e, em crises mais fortes, dilatação das pupilas;
  • Tremores musculares involuntários;
  • Vocalização excessiva;
  • Correr e pular "do nada";
  • Perda de peso;
  • Perseguição de algo inexistente para nós (sensação de que só ele vê);
  • Em casos mais extremos, automutilação.

A hiperestesia pode ser controlada em casos em que forem descartadas doenças clínicas e o caráter dela seja mais comportamental. Não há cura para a doença, mas o tratamento com medicação, enriquecimento ambiental e brincadeiras podem diminuir muito os sintomas.

Veja aqui um vídeo de um gato diagnosticado com hiperestesia.

Caso você suspeite que seu gato tenha alguns dos sinais citados acima, procure um Médico Veterinário Especializado em Medicina Felina e também um Comportamentalista de Felinos.

Em caso de qualquer um dos sintomas, busque um médico veterinário - Xiahong Chen/Creative Commons Foto: Estadão

Caso Julie

O último caso que chegou a mim, foi da gatinha Julie. Segundo sua tutora, a ceramista Priscilla Ramos, um dia a Julie levou uma picada de inseto na patinha e começou a apresentar um problema estranho. "Ela agitava a patinha, corria bruscamente de um lado para outro, se escondia e ficava com os olhos esbugalhados. Levamos ao veterinário, tratamos a inflamação da patinha e ela melhorou"

Pouco tempo depois, mesmo após o tratamento, Julie começou a apresentar sintomas de novo. "Ela 'tremelicava' a bundinha, como se estivesse levando um choque. E depois lambia a cauda, saía correndo de um lado para o outro e se escondia. Ela parecia muito desconfortável e ficávamos desesperados" relembra Priscilla.

A veterinária que acompanhava o quadro sugeriu alguns tratamentos para conseguir identificar o que ela tinha. "Primeiro voltamos a tratar com anti-inflamatórios, mas as crises continuavam. Depois, tentamos o Gardenal para confirmar se era um problema neurológico ou não. Ela respondeu bem ao Gardenal, as crises pararam, e então entramos com a gabapentina em gel transdérmico de uso contínuo" conta Priscilla.

A gabapentina, segundo alguns estudos científicos, parece ser a medicação que há maior resposta para gatos com essa síndrome.

Mesmo com a medicação, a Julie continuou com o mesmo comportamento que tinha antes. "Ela sempre foi uma gata reservada e ansiosa, mas muito amorosa conosco. E continuou assim depois da medicação. A única diferença é que as crises foram controladas. Hoje ela praticamente não tem mais crises, o que nos deixa tranquilos" aponta Priscilla.

A tutora da Julie deixa um recado para os gateiros: "Se seu gato apresentar os sintomas da síndrome, não se desesperem! Busque ajuda médica. A hiperestesia pode não ter cura, mas tem controle e o gato pode viver uma vida normal e livre de sintomas".

Observar o comportamento do seu gato e fazer check-up periódico é fundamental para identificar qualquer alteração clínica ou de comportamento e tratar o quanto antes. É nossa responsabilidade oferecer a melhor qualidade de vida para os nossos pets.

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