Uma pesquisa feita pelo IBOPE Inteligência, encomendada pelo Instituto Whaltham da Inglaterra e endossada peloProf. Dr. Ricardo Dias, Médico-Veterinário da Universidade de São Paulo (USP), analisou quem são e como se comportam os donos de cães e gatos brasileiros. Um terceiro perfil também foi analisado: o não-proprietário, mas que tem intenção de ter um pet.
O IBGE, recentemente, mostrou que o Brasil possui 52,2 milhões de cães e 22,1 milhões de gatos sendo que, dos 65 milhões de domicílios do país, 44,3% possuem pelo menos um cachorro e 17,7% pelo menos um gato.
A pesquisa foi dividida em duas etapas, sendo que a qualitativa foi feita com 13 grupos de discussão em São Paulo, Recife e Porto Alegre. As entrevistas foram realizadas com homens e mulheres a partir de 25 anos, divididos em três grupos: donos de cães, donos de gatos e não possuidores - com intenção de ter um pet nos meses de janeiro e fevereiro de 2015.
A etapa quantitativa tem uma base de 900 entrevistados, sendo 300 donos de cães, 300 donos de gatos e 300 não possuidores - com intenção de ter. As entrevistas foram realizadas com homens e mulheres a partir de 25 anos em São Paulo, Rio de Janeiro, Ribeirão Preto, Porto Alegre, Salvador e Distrito Federal.
A pesquisa inédita, realizada pelo IBOPE Inteligência, traça o perfil dos proprietários de pets no Brasil, estuda o padrão de comportamento do brasileiro na interação com seus pets, além de entender as principais barreiras para aqueles que, atualmente, não possuem animais de estimação, mas gostariam de adquirir um.
No caso dos tutores de cães predominam os perfis mais envolvidos, mas também existem aqueles que desenvolveram uma relação mais pragmática com seus cães. Entre os donos de gatos a situação parece se dar de forma inversa: predominam os perfis menos envolvidos.
Mulheres têm mais gatos, que homens. Os homens casados preferem ter cães. Porém, ambos, decidem ter um pet, quando mais velhos, por volta dos 40 anos. Os tutores de cães e gatos, em sua maioria, moram no Sudeste e pertencem a classe B.
Donos de cães parecem ter um perfil mais "família", enquanto os donos de gatos e os que não têm pets são mais jovens e solteiros. Quem deseja se tornar um tutor, reflete, principalmente, sobre os cuidados com cães e gatos, além de se terão companhia durante o dia. O maior motivo de não querer um pet é morar sozinho. Apenas 3% dos entrevistados que moravam sozinhos, tinham pet.
Outro fator de escolha de um pet é o local onde mora. Quantidade e tamanho dos pets geralmente estão relacionados ao espaço disponível na casa. 12% dos entrevistados quem não têm pet, disseram que poderiam adquirir um, se tivessem mais espaço. Mas a maioria, que hoje não tem pet, já teve um no passado. Com a morte do peludo, optou por não adquirir outro.
Donos de cães
- 51% são casados
- Moram com mais de uma pessoa
- Moram em casas
- Maior concentração na classe A
- O cuidado é compartilhado com outras pessoas
- Levam ao veterinário com mais frequência
- Gastam mais, devido a banho, tosa, ração e veterinário
Dono de gatos
- Maioria solteira
- Moram em casas
- 63% são mulheres
- Adotam mais do que compram gatos
- O cuidado é exclusivo do tutor
- Costumam castrar seus animais
- Buscam informações em blogs e fóruns online
Mas o que ambos compartilham é o sentimento de que ter um pet é sinal de conforto emocional e bem estar, principalmente entre as mulheres. Os donos se sentem amados e tem prazer em cuidar do peludo. E, claro, tutores de cães e gatos gostam de dormir com seus pequenos no quarto, principalmente os que moram em apartamento. Desses, consideram o pet seu filho.
Veja o resumo da pesquisa: