Dicas e curiosidades sobre animais

Seu cachorro te segue pela casa? Cuidado!!!


Sabe aquele cachorro apelidado de sombra, que segue pela casa toda? Sinal de alerta! Esse pode ser um comportamento que demonstra sofrimento e insegurança. Mas tem como resolver.

Por Luiza Cervenka
Cachorro que seguem seus tutores pela casa podem ser inseguros - Alan Levine/Creative Commons Foto: Estadão

Você vai para a cozinha, o seu cachorro vai atrás. Você volta para a sala, seu cachorro te segue. Até quando você vai ao banheiro, ele vai junto. Se fecha a porta, ele fica te esperando.

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Esse é o cenário de um cachorro inseguro, tenso, que tem seu o seu bem-estar comprometido. Pode parecer algo simples e bobo, mas sinais de alerta são emitidos pelo cão o tempo todo. Mas cabe a nós sabermos interpretá-los.

Pode parecer amor e até nos sentimos mais queridos pelo fato do cão nos seguir onde quer que vamos na casa. Se ele não segue, muitas vezes fica deitado, olhando aonde vamos, e, se perde o contato visual, aí sim ele vai nos procurar.

Normalmente o motivo desse comportamento está relacionado à insegurança, a um excesso de apego entre cão e tutor. Apego não é sinônimo de amor, muito menos de algo ruim. Todos nós desenvolvemos relações de apego com animais e humanos. A grande questão é o tipo e a qualidade desse apego.

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O vínculo existente entre cão e tutor pode ser seguro ou inseguro. Tudo vai depender do ambiente no qual ambos estão inseridos, da personalidade do cão e da forma como ele é tratado pelo tutor.

Dar broncas, bater, borrifar água, dar cutucão e até bater são aversivos que, se utilizados com o cão, fragilizam a relação e deixam o cão inseguro, facilitando um apego prejudicial ao cão e seu tutor.

Outro fator que propicia o apego inseguro é a inconstância da rotina e das reações do tutor para com o cão. Se cada dia acorda em um horário, tem dias que passeia, mas outros não, a comida é oferecida em horários aleatórios... Tudo isso facilita o animal a ser inseguro. O cachorro precisa de rotina, de previsibilidade no ambiente. Sem isso, ele não sabe o que esperar e pode facilitar o desenvolvimento de quadros ansiosos.

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O mesmo vale para a relação entre o tutor e seu cão. Se cada dia ele está em humor diferente e reage de formas distintas com o cão, também não haverá previsibilidade. Assim, o animal poderá se tornar inseguro e ansioso por não saber o que esperar do seu tutor.

[veja_tambem]

A dificuldade dos tutores em respeitar o espaço do pet também é outro fator relevante para o desenvolvimento de um apego inseguro. Sabe aquele tutor carente, que não aguenta ver o cachorro longe que já vai lá pegar para abraçar, beijar, brincar, etc?! Pode parecer excesso de amor e ajudar na relação de proximidade com o cão. Mas na verdade é bem o contrário. Quando o cão se sente seguro para se distanciar do tutor e ter seu momento de paz, vai o tutor e passa a mensagem que estar ali, distante, não é seguro. Que o animal deve estar sempre perto para garantir a estabilidade emocional e física de ambos.

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Essa é uma relação sufocante. No começo é exagerada somente por parte do tutor com o cão. Mas aos poucos, o quadro se inverte. O cão passa a ficar tão inseguro e encontrar somente no seu tutor a tranquilidade, que não permite que ele saia de casa, que receba visitas, que vá ao banheiro... É nesse momento que o tutor se irrita com o cão, que não entende o motivo de tanta "carência" e dependência. É nessa hora que o tutor, ao sair de casa e voltar, encontra um xixi errado e briga com o cão. Isso sem perceber que aquele xixi aconteceu por angústia de ficar sozinho, sem sua figura de segurança. E tudo isso iniciou com um simples beijinho e abraço, quando o cão queria ficar na dele.

Então, se seu cachorro te segue pela casa ou fica mal quando sozinho, isso pode ser resultado das suas atitudes para com ele. Mas calma, tem solução.

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A cama ou o local de descanso do cachorro deve ser respeitado - cindy/Creative Commons Foto: Estadão

Como resolver?

O primeiro passo é compreender o que leva o cachorro a ter cada um dos comportamentos avaliados como errados ou problemáticos. Em seguida, propiciar atividades que auxiliem o cão a desenvolver segurança.

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O enriquecimento ambiental é uma ótima ferramenta para auxiliar nesse processo. Isso porque os desafios, quando resolvidos pelo cão sozinho, sem auxílio humano, liberam dopamina. Esse neurotransmissor é primo da noradrenalina e adrenalina, que influenciam diretamente no nosso humor. Assim, com a liberação da dopamina, o cão tem a sensação maior de bem-estar e segurança.

Dentre todas as cinco classes de enriquecimento ambiental (físico, social, sensorial, cognitivo, alimentar), o sensorial olfativo é um dos que mais auxilia na segurança do cão. Isso porque um cão inseguro evita explorar o ambiente. Se facilitarmos exercícios que façam com o que ele use o focinho, facilitará essa exploração e consequente segurança. Que tal uma caça ou tesouro ou um tapete de fuçar?!

Veja no vídeo abaixo como fazer a brincadeira de caça ao tesouro com seu cão

Outro fator muito importante é oferecer um espaço de descanso para o cão, que pode ser uma caminha ou casinha, e respeitar esse espaço. Se ele estiver lá, não vá até ele. Não o tire de lá. No máximo leve um brinquedo para ele interagir sozinho, sem precisar da sua ajuda. Um mordedor pode ser uma ótima pedida. Elogie cada vez que ele se sinta seguro para ficar longe de você. E, por último, mas não menos importante, evite chama-lo para ficar com você.

Por mais que tudo isso possa parecer difícil, é mais do que necessário colocar em prática para aumentar a qualidade de vida e bem-estar dele. Afinal, a manutenção da felicidade do cão é nossa responsabilidade.

Cachorro que seguem seus tutores pela casa podem ser inseguros - Alan Levine/Creative Commons Foto: Estadão

Você vai para a cozinha, o seu cachorro vai atrás. Você volta para a sala, seu cachorro te segue. Até quando você vai ao banheiro, ele vai junto. Se fecha a porta, ele fica te esperando.

Esse é o cenário de um cachorro inseguro, tenso, que tem seu o seu bem-estar comprometido. Pode parecer algo simples e bobo, mas sinais de alerta são emitidos pelo cão o tempo todo. Mas cabe a nós sabermos interpretá-los.

Pode parecer amor e até nos sentimos mais queridos pelo fato do cão nos seguir onde quer que vamos na casa. Se ele não segue, muitas vezes fica deitado, olhando aonde vamos, e, se perde o contato visual, aí sim ele vai nos procurar.

Normalmente o motivo desse comportamento está relacionado à insegurança, a um excesso de apego entre cão e tutor. Apego não é sinônimo de amor, muito menos de algo ruim. Todos nós desenvolvemos relações de apego com animais e humanos. A grande questão é o tipo e a qualidade desse apego.

O vínculo existente entre cão e tutor pode ser seguro ou inseguro. Tudo vai depender do ambiente no qual ambos estão inseridos, da personalidade do cão e da forma como ele é tratado pelo tutor.

Dar broncas, bater, borrifar água, dar cutucão e até bater são aversivos que, se utilizados com o cão, fragilizam a relação e deixam o cão inseguro, facilitando um apego prejudicial ao cão e seu tutor.

Outro fator que propicia o apego inseguro é a inconstância da rotina e das reações do tutor para com o cão. Se cada dia acorda em um horário, tem dias que passeia, mas outros não, a comida é oferecida em horários aleatórios... Tudo isso facilita o animal a ser inseguro. O cachorro precisa de rotina, de previsibilidade no ambiente. Sem isso, ele não sabe o que esperar e pode facilitar o desenvolvimento de quadros ansiosos.

O mesmo vale para a relação entre o tutor e seu cão. Se cada dia ele está em humor diferente e reage de formas distintas com o cão, também não haverá previsibilidade. Assim, o animal poderá se tornar inseguro e ansioso por não saber o que esperar do seu tutor.

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A dificuldade dos tutores em respeitar o espaço do pet também é outro fator relevante para o desenvolvimento de um apego inseguro. Sabe aquele tutor carente, que não aguenta ver o cachorro longe que já vai lá pegar para abraçar, beijar, brincar, etc?! Pode parecer excesso de amor e ajudar na relação de proximidade com o cão. Mas na verdade é bem o contrário. Quando o cão se sente seguro para se distanciar do tutor e ter seu momento de paz, vai o tutor e passa a mensagem que estar ali, distante, não é seguro. Que o animal deve estar sempre perto para garantir a estabilidade emocional e física de ambos.

Essa é uma relação sufocante. No começo é exagerada somente por parte do tutor com o cão. Mas aos poucos, o quadro se inverte. O cão passa a ficar tão inseguro e encontrar somente no seu tutor a tranquilidade, que não permite que ele saia de casa, que receba visitas, que vá ao banheiro... É nesse momento que o tutor se irrita com o cão, que não entende o motivo de tanta "carência" e dependência. É nessa hora que o tutor, ao sair de casa e voltar, encontra um xixi errado e briga com o cão. Isso sem perceber que aquele xixi aconteceu por angústia de ficar sozinho, sem sua figura de segurança. E tudo isso iniciou com um simples beijinho e abraço, quando o cão queria ficar na dele.

Então, se seu cachorro te segue pela casa ou fica mal quando sozinho, isso pode ser resultado das suas atitudes para com ele. Mas calma, tem solução.

A cama ou o local de descanso do cachorro deve ser respeitado - cindy/Creative Commons Foto: Estadão

Como resolver?

O primeiro passo é compreender o que leva o cachorro a ter cada um dos comportamentos avaliados como errados ou problemáticos. Em seguida, propiciar atividades que auxiliem o cão a desenvolver segurança.

O enriquecimento ambiental é uma ótima ferramenta para auxiliar nesse processo. Isso porque os desafios, quando resolvidos pelo cão sozinho, sem auxílio humano, liberam dopamina. Esse neurotransmissor é primo da noradrenalina e adrenalina, que influenciam diretamente no nosso humor. Assim, com a liberação da dopamina, o cão tem a sensação maior de bem-estar e segurança.

Dentre todas as cinco classes de enriquecimento ambiental (físico, social, sensorial, cognitivo, alimentar), o sensorial olfativo é um dos que mais auxilia na segurança do cão. Isso porque um cão inseguro evita explorar o ambiente. Se facilitarmos exercícios que façam com o que ele use o focinho, facilitará essa exploração e consequente segurança. Que tal uma caça ou tesouro ou um tapete de fuçar?!

Veja no vídeo abaixo como fazer a brincadeira de caça ao tesouro com seu cão

Outro fator muito importante é oferecer um espaço de descanso para o cão, que pode ser uma caminha ou casinha, e respeitar esse espaço. Se ele estiver lá, não vá até ele. Não o tire de lá. No máximo leve um brinquedo para ele interagir sozinho, sem precisar da sua ajuda. Um mordedor pode ser uma ótima pedida. Elogie cada vez que ele se sinta seguro para ficar longe de você. E, por último, mas não menos importante, evite chama-lo para ficar com você.

Por mais que tudo isso possa parecer difícil, é mais do que necessário colocar em prática para aumentar a qualidade de vida e bem-estar dele. Afinal, a manutenção da felicidade do cão é nossa responsabilidade.

Cachorro que seguem seus tutores pela casa podem ser inseguros - Alan Levine/Creative Commons Foto: Estadão

Você vai para a cozinha, o seu cachorro vai atrás. Você volta para a sala, seu cachorro te segue. Até quando você vai ao banheiro, ele vai junto. Se fecha a porta, ele fica te esperando.

Esse é o cenário de um cachorro inseguro, tenso, que tem seu o seu bem-estar comprometido. Pode parecer algo simples e bobo, mas sinais de alerta são emitidos pelo cão o tempo todo. Mas cabe a nós sabermos interpretá-los.

Pode parecer amor e até nos sentimos mais queridos pelo fato do cão nos seguir onde quer que vamos na casa. Se ele não segue, muitas vezes fica deitado, olhando aonde vamos, e, se perde o contato visual, aí sim ele vai nos procurar.

Normalmente o motivo desse comportamento está relacionado à insegurança, a um excesso de apego entre cão e tutor. Apego não é sinônimo de amor, muito menos de algo ruim. Todos nós desenvolvemos relações de apego com animais e humanos. A grande questão é o tipo e a qualidade desse apego.

O vínculo existente entre cão e tutor pode ser seguro ou inseguro. Tudo vai depender do ambiente no qual ambos estão inseridos, da personalidade do cão e da forma como ele é tratado pelo tutor.

Dar broncas, bater, borrifar água, dar cutucão e até bater são aversivos que, se utilizados com o cão, fragilizam a relação e deixam o cão inseguro, facilitando um apego prejudicial ao cão e seu tutor.

Outro fator que propicia o apego inseguro é a inconstância da rotina e das reações do tutor para com o cão. Se cada dia acorda em um horário, tem dias que passeia, mas outros não, a comida é oferecida em horários aleatórios... Tudo isso facilita o animal a ser inseguro. O cachorro precisa de rotina, de previsibilidade no ambiente. Sem isso, ele não sabe o que esperar e pode facilitar o desenvolvimento de quadros ansiosos.

O mesmo vale para a relação entre o tutor e seu cão. Se cada dia ele está em humor diferente e reage de formas distintas com o cão, também não haverá previsibilidade. Assim, o animal poderá se tornar inseguro e ansioso por não saber o que esperar do seu tutor.

[veja_tambem]

A dificuldade dos tutores em respeitar o espaço do pet também é outro fator relevante para o desenvolvimento de um apego inseguro. Sabe aquele tutor carente, que não aguenta ver o cachorro longe que já vai lá pegar para abraçar, beijar, brincar, etc?! Pode parecer excesso de amor e ajudar na relação de proximidade com o cão. Mas na verdade é bem o contrário. Quando o cão se sente seguro para se distanciar do tutor e ter seu momento de paz, vai o tutor e passa a mensagem que estar ali, distante, não é seguro. Que o animal deve estar sempre perto para garantir a estabilidade emocional e física de ambos.

Essa é uma relação sufocante. No começo é exagerada somente por parte do tutor com o cão. Mas aos poucos, o quadro se inverte. O cão passa a ficar tão inseguro e encontrar somente no seu tutor a tranquilidade, que não permite que ele saia de casa, que receba visitas, que vá ao banheiro... É nesse momento que o tutor se irrita com o cão, que não entende o motivo de tanta "carência" e dependência. É nessa hora que o tutor, ao sair de casa e voltar, encontra um xixi errado e briga com o cão. Isso sem perceber que aquele xixi aconteceu por angústia de ficar sozinho, sem sua figura de segurança. E tudo isso iniciou com um simples beijinho e abraço, quando o cão queria ficar na dele.

Então, se seu cachorro te segue pela casa ou fica mal quando sozinho, isso pode ser resultado das suas atitudes para com ele. Mas calma, tem solução.

A cama ou o local de descanso do cachorro deve ser respeitado - cindy/Creative Commons Foto: Estadão

Como resolver?

O primeiro passo é compreender o que leva o cachorro a ter cada um dos comportamentos avaliados como errados ou problemáticos. Em seguida, propiciar atividades que auxiliem o cão a desenvolver segurança.

O enriquecimento ambiental é uma ótima ferramenta para auxiliar nesse processo. Isso porque os desafios, quando resolvidos pelo cão sozinho, sem auxílio humano, liberam dopamina. Esse neurotransmissor é primo da noradrenalina e adrenalina, que influenciam diretamente no nosso humor. Assim, com a liberação da dopamina, o cão tem a sensação maior de bem-estar e segurança.

Dentre todas as cinco classes de enriquecimento ambiental (físico, social, sensorial, cognitivo, alimentar), o sensorial olfativo é um dos que mais auxilia na segurança do cão. Isso porque um cão inseguro evita explorar o ambiente. Se facilitarmos exercícios que façam com o que ele use o focinho, facilitará essa exploração e consequente segurança. Que tal uma caça ou tesouro ou um tapete de fuçar?!

Veja no vídeo abaixo como fazer a brincadeira de caça ao tesouro com seu cão

Outro fator muito importante é oferecer um espaço de descanso para o cão, que pode ser uma caminha ou casinha, e respeitar esse espaço. Se ele estiver lá, não vá até ele. Não o tire de lá. No máximo leve um brinquedo para ele interagir sozinho, sem precisar da sua ajuda. Um mordedor pode ser uma ótima pedida. Elogie cada vez que ele se sinta seguro para ficar longe de você. E, por último, mas não menos importante, evite chama-lo para ficar com você.

Por mais que tudo isso possa parecer difícil, é mais do que necessário colocar em prática para aumentar a qualidade de vida e bem-estar dele. Afinal, a manutenção da felicidade do cão é nossa responsabilidade.

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