Charlotte chora no funeral da rainha Elizabeth II e sugere: Como falar sobre a morte com crianças?


Embora seja um tema bastante difícil até para os mais velhos, ele deve ser abordado com os pequenos mas de formas diferentes, respeitando cada faixa etária

Por Thaíse Ramos
Atualização:

Recentemente uma imagem correu o mundo e partiu o coração de muita gente. No funeral da rainha Elizabeth II, realizado na última segunda-feira, 19, na Abadia de Westminster, na Inglaterra, a filha do príncipe William e Kate Middleton, Charlotte, 7, foi fotografada chorando durante a cerimônia. A menina não aguentou a emoção ao ver o caixão da bisavó sendo colocado dentro do carro e levado para o Castelo de Windsor, onde a monarca foi enterrada. A morte ainda é encarada como um tabu na sociedade, apesar de o ser humano ser extremamente ‘ritualizado’.

Para os adultos, a perda pode ser muito difícil. E para as crianças? Diante do luto infantil, é muito comum existir uma tendência a querer proteger a criança da dor, como se ela não precisasse viver isso. Veja aqui como falar sobre a morte com crianças e adolescentes.

Para Telma Abrahão, especialista em Neurociência Comportamental Infantil e autora do livro Educar é um ato de amor, mas também é ciência, a morte não deveria ser um tabu. “Assim como nascemos, um dia morreremos, mas, infelizmente, ela ainda é tabu para muita gente. A naturalidade para compreender a realidade de que a vida é finita e que nosso corpo envelhece com o passar dos anos faz toda a diferença na hora de falar sobre esse assunto com uma criança”, destaca.

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É importante respeitar a idade e o desenvolvimento da criança porque o entendimento depende de seu amadurecimento, afirma a especialista. “Para uma criança pequena podemos usar comparações mais lúdicas, como por exemplo, dizer que assim como a semente cresce, vira uma árvore, dá frutos e depois morre, também acontece com o ser humano. Na verdade, os pais podem falar sobre a natureza dos seres vivos em geral, os animais, as plantas, os seres humanos... Todos nascem, crescem, envelhecem e morrem; é o ciclo natural da vida e isso é lindo de ser percebido”, diz.

“Podemos ainda dizer que o natural é morrermos quando estivermos bem velhinhos e, então, nosso corpo cansado acaba parando de funcionar, mas que sempre levaremos as pessoas que amamos dentro do nosso coração. Falar sobre o que causou a morte da pessoa também é importante, para evitar que a criança fique com algum sentimento de culpa. Se a morte foi consequência de acidentes ou outras causas violentas evite dar detalhes. Há fatos que não precisam ser informados para a criança, pois ela pode não conseguir assimilar bem”, acrescenta Telma.

Como falar sobre a morte com crianças. Foto: Pixabay
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Demonstrar tristeza ou chorar não é um problema, de acordo com Telma. “O mais importante é o adulto mostrar empatia e explicar que está tudo bem sentir saudade e que também sofre com essa perda. Os adultos que já possuem um cérebro maduro e maior controle de suas reações, devem ajudar a criança a falar sobre o que sente e a dar nome às suas emoções, para que elas consigam ir assimilando o fato e desenvolvam a compreensão do que sentem. Quando falamos sobre o que sentimos nosso cérebro “racional” tende a compreender melhor nossas emoções”, finaliza.

Listamos algumas condutas para as famílias seguirem ao contar sobre uma doença ou morte de um ente próximo para uma criança. O cuidado com a linguagem figurada e contextualizar com a cultura da família ao falar sobre a morte são algumas delas. Veja aqui.

Pandemia reforçou o tema no ambiente familiar

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Em dois anos de pandemia, o Brasil perdeu mais de 685 mil pessoas para o novo coronavírus, entre elas pais, mães, filhos, avôs e avós. Diante da situação dentro de casa, as crianças acabaram se envolvendo diretamente e de forma abrupta com o tema morte e os questionamentos se tornaram inevitáveis. Pais se viram sem saída e alguns até arrumaram uma forma mais lúdica para falar sobre o assunto com os pequeno. Confira detalhes sobre isso clicando aqui.

Recentemente uma imagem correu o mundo e partiu o coração de muita gente. No funeral da rainha Elizabeth II, realizado na última segunda-feira, 19, na Abadia de Westminster, na Inglaterra, a filha do príncipe William e Kate Middleton, Charlotte, 7, foi fotografada chorando durante a cerimônia. A menina não aguentou a emoção ao ver o caixão da bisavó sendo colocado dentro do carro e levado para o Castelo de Windsor, onde a monarca foi enterrada. A morte ainda é encarada como um tabu na sociedade, apesar de o ser humano ser extremamente ‘ritualizado’.

Para os adultos, a perda pode ser muito difícil. E para as crianças? Diante do luto infantil, é muito comum existir uma tendência a querer proteger a criança da dor, como se ela não precisasse viver isso. Veja aqui como falar sobre a morte com crianças e adolescentes.

Para Telma Abrahão, especialista em Neurociência Comportamental Infantil e autora do livro Educar é um ato de amor, mas também é ciência, a morte não deveria ser um tabu. “Assim como nascemos, um dia morreremos, mas, infelizmente, ela ainda é tabu para muita gente. A naturalidade para compreender a realidade de que a vida é finita e que nosso corpo envelhece com o passar dos anos faz toda a diferença na hora de falar sobre esse assunto com uma criança”, destaca.

É importante respeitar a idade e o desenvolvimento da criança porque o entendimento depende de seu amadurecimento, afirma a especialista. “Para uma criança pequena podemos usar comparações mais lúdicas, como por exemplo, dizer que assim como a semente cresce, vira uma árvore, dá frutos e depois morre, também acontece com o ser humano. Na verdade, os pais podem falar sobre a natureza dos seres vivos em geral, os animais, as plantas, os seres humanos... Todos nascem, crescem, envelhecem e morrem; é o ciclo natural da vida e isso é lindo de ser percebido”, diz.

“Podemos ainda dizer que o natural é morrermos quando estivermos bem velhinhos e, então, nosso corpo cansado acaba parando de funcionar, mas que sempre levaremos as pessoas que amamos dentro do nosso coração. Falar sobre o que causou a morte da pessoa também é importante, para evitar que a criança fique com algum sentimento de culpa. Se a morte foi consequência de acidentes ou outras causas violentas evite dar detalhes. Há fatos que não precisam ser informados para a criança, pois ela pode não conseguir assimilar bem”, acrescenta Telma.

Como falar sobre a morte com crianças. Foto: Pixabay

Demonstrar tristeza ou chorar não é um problema, de acordo com Telma. “O mais importante é o adulto mostrar empatia e explicar que está tudo bem sentir saudade e que também sofre com essa perda. Os adultos que já possuem um cérebro maduro e maior controle de suas reações, devem ajudar a criança a falar sobre o que sente e a dar nome às suas emoções, para que elas consigam ir assimilando o fato e desenvolvam a compreensão do que sentem. Quando falamos sobre o que sentimos nosso cérebro “racional” tende a compreender melhor nossas emoções”, finaliza.

Listamos algumas condutas para as famílias seguirem ao contar sobre uma doença ou morte de um ente próximo para uma criança. O cuidado com a linguagem figurada e contextualizar com a cultura da família ao falar sobre a morte são algumas delas. Veja aqui.

Pandemia reforçou o tema no ambiente familiar

Em dois anos de pandemia, o Brasil perdeu mais de 685 mil pessoas para o novo coronavírus, entre elas pais, mães, filhos, avôs e avós. Diante da situação dentro de casa, as crianças acabaram se envolvendo diretamente e de forma abrupta com o tema morte e os questionamentos se tornaram inevitáveis. Pais se viram sem saída e alguns até arrumaram uma forma mais lúdica para falar sobre o assunto com os pequeno. Confira detalhes sobre isso clicando aqui.

Recentemente uma imagem correu o mundo e partiu o coração de muita gente. No funeral da rainha Elizabeth II, realizado na última segunda-feira, 19, na Abadia de Westminster, na Inglaterra, a filha do príncipe William e Kate Middleton, Charlotte, 7, foi fotografada chorando durante a cerimônia. A menina não aguentou a emoção ao ver o caixão da bisavó sendo colocado dentro do carro e levado para o Castelo de Windsor, onde a monarca foi enterrada. A morte ainda é encarada como um tabu na sociedade, apesar de o ser humano ser extremamente ‘ritualizado’.

Para os adultos, a perda pode ser muito difícil. E para as crianças? Diante do luto infantil, é muito comum existir uma tendência a querer proteger a criança da dor, como se ela não precisasse viver isso. Veja aqui como falar sobre a morte com crianças e adolescentes.

Para Telma Abrahão, especialista em Neurociência Comportamental Infantil e autora do livro Educar é um ato de amor, mas também é ciência, a morte não deveria ser um tabu. “Assim como nascemos, um dia morreremos, mas, infelizmente, ela ainda é tabu para muita gente. A naturalidade para compreender a realidade de que a vida é finita e que nosso corpo envelhece com o passar dos anos faz toda a diferença na hora de falar sobre esse assunto com uma criança”, destaca.

É importante respeitar a idade e o desenvolvimento da criança porque o entendimento depende de seu amadurecimento, afirma a especialista. “Para uma criança pequena podemos usar comparações mais lúdicas, como por exemplo, dizer que assim como a semente cresce, vira uma árvore, dá frutos e depois morre, também acontece com o ser humano. Na verdade, os pais podem falar sobre a natureza dos seres vivos em geral, os animais, as plantas, os seres humanos... Todos nascem, crescem, envelhecem e morrem; é o ciclo natural da vida e isso é lindo de ser percebido”, diz.

“Podemos ainda dizer que o natural é morrermos quando estivermos bem velhinhos e, então, nosso corpo cansado acaba parando de funcionar, mas que sempre levaremos as pessoas que amamos dentro do nosso coração. Falar sobre o que causou a morte da pessoa também é importante, para evitar que a criança fique com algum sentimento de culpa. Se a morte foi consequência de acidentes ou outras causas violentas evite dar detalhes. Há fatos que não precisam ser informados para a criança, pois ela pode não conseguir assimilar bem”, acrescenta Telma.

Como falar sobre a morte com crianças. Foto: Pixabay

Demonstrar tristeza ou chorar não é um problema, de acordo com Telma. “O mais importante é o adulto mostrar empatia e explicar que está tudo bem sentir saudade e que também sofre com essa perda. Os adultos que já possuem um cérebro maduro e maior controle de suas reações, devem ajudar a criança a falar sobre o que sente e a dar nome às suas emoções, para que elas consigam ir assimilando o fato e desenvolvam a compreensão do que sentem. Quando falamos sobre o que sentimos nosso cérebro “racional” tende a compreender melhor nossas emoções”, finaliza.

Listamos algumas condutas para as famílias seguirem ao contar sobre uma doença ou morte de um ente próximo para uma criança. O cuidado com a linguagem figurada e contextualizar com a cultura da família ao falar sobre a morte são algumas delas. Veja aqui.

Pandemia reforçou o tema no ambiente familiar

Em dois anos de pandemia, o Brasil perdeu mais de 685 mil pessoas para o novo coronavírus, entre elas pais, mães, filhos, avôs e avós. Diante da situação dentro de casa, as crianças acabaram se envolvendo diretamente e de forma abrupta com o tema morte e os questionamentos se tornaram inevitáveis. Pais se viram sem saída e alguns até arrumaram uma forma mais lúdica para falar sobre o assunto com os pequeno. Confira detalhes sobre isso clicando aqui.

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