Constelação Familiar: entenda a técnica abordada na série ‘Uma Nova Mulher’, da Netflix


Especialista em comportamento e constelador familiar explica como a abordagem influencia nas emoções e nos relacionamentos

Por Redação
Atualização:

A série turca Uma Nova Mulher, que está sendo exibida pela Netflix, conta a história de três amigas que acabam em uma espécie de retiro espiritual e participam de vivências que explicam e tratam de traumas de infância, doenças e relacionamentos. A terapia em grupo abordada na série é a constelação familiar. Trata-se de um trabalho diferente das terapias tradicionais porque é realizado em uma única sessão e pode trazer qualidade de vida e saúde para a pessoa e para todo o sistema familiar, segundo o constelador Marcel Scalcko, que já assistiu mais de três mil famílias com a técnica.

Muitos ainda desconhecem a prática e os benefícios que essa abordagem alternativa gera nos relacionamentos familiares, assim como nas emoções e no comportamento humano. A mineira Fábia Pires procurou a constelação familiar porque não aceitava a sua escolha para o pai da sua filha. “Na representação, entendi que à medida que eu julgava a minha própria decisão, afastava a minha filha de mim e não somente do pai. Com a dinâmica, foi possível olhar para esse pai com mais amor e carinho e perceber que ele era o melhor pai que a minha filha poderia ter. Até que consegui harmonizar a relação entre mim, ele e minha filha”, comenta a paciente.

Fábia conta ainda que também foi provocada para olhar a relação com o seu próprio pai e entender como enxergava essa paternidade. “Foi um momento de despertar, não apenas da paternidade do pai da minha filha com ela, mas também do meu pai comigo. Foi uma experiência incrível, bem dolorosa, mas bem conduzida”, diz.

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O poder judiciário já reconhece a importância da Constelação Familiar, que vem sendo adotada para resolver conflitos em 16 estados do Brasil. A prática, também conhecida como Constelação Sistêmica, foi criada pelo alemão Bert Hellinger, em 1978, e é baseada nas 3 Ordens do Amor: Hierarquia, Pertencimento e Equilíbrio.

De acordo com Marcel Scalcko, autor do livro As 9 leis inegociáveis da vida, quando essas leis são desrespeitadas, a vida fica em desequilíbrio. A constelação pode ser realizada em grupo (workshop) ou individualmente.

Na série, três amigas, que acabam em uma espécie de retiro espiritual, participam de vivências que explicam e tratam de traumas de infância, doenças e relacionamentos.  Foto: Netflix
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Na série uma Nova Mulher, a vivência acontece em grupo. Entre as pessoas presentes na prática, o paciente escolhe quem vai representar os membros da sua família ou do seu relacionamento, de forma figurativa. Há uma rápida cena, que mostra como é realizada a constelação individual, que acontece com a personagem Ada. “Qualquer questão que tenha acontecido com os nossos antepassados, vai impactar toda a descendência dessa família, caso fique oculto. Exatamente o que mostra na série”, comenta Marcel.

Segundo o constelador, os temas que mais aparecem nessa terapia alternativa são: desequilíbrio financeiro, falta de um parceiro, desarmonia na família, dilemas na carreira, conflitos nos relacionamentos de casal. “Os resultados variam de pessoa para pessoa. A compreensão do descumprimento das ordens do amor acontece no evento. O tempo que a pessoa vai demandar para se submeter, respeitar e se alinhar às ordens do amor, vai depender de cada um. Há pessoas que resistem, outras que se rendem”, comenta Scalcko.

As três leis da vida na Constelação Familiar:

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1 - Lei da ordem ou da hierarquia. “Existe uma ordem de chegada e os mais velhos, que chegaram primeiro, possuem certos privilégios em relação aos mais novos. Porém, quem chega antes também tem mais responsabilidades com relação a quem veio depois. Por outro lado, quem vem depois deve respeito e honra a quem chegou antes”, diz Scalcko.

Ele ainda explica que, se há um conflito entre pai e mãe, por exemplo, o filho não pode entrar no meio para apaziguar ou defender um dos lados. Caso contrário, ele sai do lugar de filho e toma o partido por um dos pais. Dessa forma, ele estaria descumprindo a lei da ordem.

2 - Lei do pertencimento. “Ninguém pode ser excluído do sistema familiar. Um exemplo de exclusão seria uma mãe que sofreu um aborto e depois teve um filho. Esse filho não é o primogênito. O filho que nasceu e morreu é o primeiro. Isso não pode ficar oculto ou passar despercebido. Caso contrário, essa família estaria excluindo a primeira criança e, consequentemente, desrespeitando a lei do pertencimento”, destaca o especialista.

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3 - Lei do equilíbrio. “Fala sobre a troca, o ato de dar e receber. Para as nossas relações funcionarem, nós devemos manter o equilíbrio entre dar e receber. Por exemplo: quando ambas compartilham mutuamente, dando e recebendo aquilo que cada um é capaz”, acrescenta ele.

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A série turca Uma Nova Mulher, que está sendo exibida pela Netflix, conta a história de três amigas que acabam em uma espécie de retiro espiritual e participam de vivências que explicam e tratam de traumas de infância, doenças e relacionamentos. A terapia em grupo abordada na série é a constelação familiar. Trata-se de um trabalho diferente das terapias tradicionais porque é realizado em uma única sessão e pode trazer qualidade de vida e saúde para a pessoa e para todo o sistema familiar, segundo o constelador Marcel Scalcko, que já assistiu mais de três mil famílias com a técnica.

Muitos ainda desconhecem a prática e os benefícios que essa abordagem alternativa gera nos relacionamentos familiares, assim como nas emoções e no comportamento humano. A mineira Fábia Pires procurou a constelação familiar porque não aceitava a sua escolha para o pai da sua filha. “Na representação, entendi que à medida que eu julgava a minha própria decisão, afastava a minha filha de mim e não somente do pai. Com a dinâmica, foi possível olhar para esse pai com mais amor e carinho e perceber que ele era o melhor pai que a minha filha poderia ter. Até que consegui harmonizar a relação entre mim, ele e minha filha”, comenta a paciente.

Fábia conta ainda que também foi provocada para olhar a relação com o seu próprio pai e entender como enxergava essa paternidade. “Foi um momento de despertar, não apenas da paternidade do pai da minha filha com ela, mas também do meu pai comigo. Foi uma experiência incrível, bem dolorosa, mas bem conduzida”, diz.

O poder judiciário já reconhece a importância da Constelação Familiar, que vem sendo adotada para resolver conflitos em 16 estados do Brasil. A prática, também conhecida como Constelação Sistêmica, foi criada pelo alemão Bert Hellinger, em 1978, e é baseada nas 3 Ordens do Amor: Hierarquia, Pertencimento e Equilíbrio.

De acordo com Marcel Scalcko, autor do livro As 9 leis inegociáveis da vida, quando essas leis são desrespeitadas, a vida fica em desequilíbrio. A constelação pode ser realizada em grupo (workshop) ou individualmente.

Na série, três amigas, que acabam em uma espécie de retiro espiritual, participam de vivências que explicam e tratam de traumas de infância, doenças e relacionamentos.  Foto: Netflix

Na série uma Nova Mulher, a vivência acontece em grupo. Entre as pessoas presentes na prática, o paciente escolhe quem vai representar os membros da sua família ou do seu relacionamento, de forma figurativa. Há uma rápida cena, que mostra como é realizada a constelação individual, que acontece com a personagem Ada. “Qualquer questão que tenha acontecido com os nossos antepassados, vai impactar toda a descendência dessa família, caso fique oculto. Exatamente o que mostra na série”, comenta Marcel.

Segundo o constelador, os temas que mais aparecem nessa terapia alternativa são: desequilíbrio financeiro, falta de um parceiro, desarmonia na família, dilemas na carreira, conflitos nos relacionamentos de casal. “Os resultados variam de pessoa para pessoa. A compreensão do descumprimento das ordens do amor acontece no evento. O tempo que a pessoa vai demandar para se submeter, respeitar e se alinhar às ordens do amor, vai depender de cada um. Há pessoas que resistem, outras que se rendem”, comenta Scalcko.

As três leis da vida na Constelação Familiar:

1 - Lei da ordem ou da hierarquia. “Existe uma ordem de chegada e os mais velhos, que chegaram primeiro, possuem certos privilégios em relação aos mais novos. Porém, quem chega antes também tem mais responsabilidades com relação a quem veio depois. Por outro lado, quem vem depois deve respeito e honra a quem chegou antes”, diz Scalcko.

Ele ainda explica que, se há um conflito entre pai e mãe, por exemplo, o filho não pode entrar no meio para apaziguar ou defender um dos lados. Caso contrário, ele sai do lugar de filho e toma o partido por um dos pais. Dessa forma, ele estaria descumprindo a lei da ordem.

2 - Lei do pertencimento. “Ninguém pode ser excluído do sistema familiar. Um exemplo de exclusão seria uma mãe que sofreu um aborto e depois teve um filho. Esse filho não é o primogênito. O filho que nasceu e morreu é o primeiro. Isso não pode ficar oculto ou passar despercebido. Caso contrário, essa família estaria excluindo a primeira criança e, consequentemente, desrespeitando a lei do pertencimento”, destaca o especialista.

3 - Lei do equilíbrio. “Fala sobre a troca, o ato de dar e receber. Para as nossas relações funcionarem, nós devemos manter o equilíbrio entre dar e receber. Por exemplo: quando ambas compartilham mutuamente, dando e recebendo aquilo que cada um é capaz”, acrescenta ele.

A série turca Uma Nova Mulher, que está sendo exibida pela Netflix, conta a história de três amigas que acabam em uma espécie de retiro espiritual e participam de vivências que explicam e tratam de traumas de infância, doenças e relacionamentos. A terapia em grupo abordada na série é a constelação familiar. Trata-se de um trabalho diferente das terapias tradicionais porque é realizado em uma única sessão e pode trazer qualidade de vida e saúde para a pessoa e para todo o sistema familiar, segundo o constelador Marcel Scalcko, que já assistiu mais de três mil famílias com a técnica.

Muitos ainda desconhecem a prática e os benefícios que essa abordagem alternativa gera nos relacionamentos familiares, assim como nas emoções e no comportamento humano. A mineira Fábia Pires procurou a constelação familiar porque não aceitava a sua escolha para o pai da sua filha. “Na representação, entendi que à medida que eu julgava a minha própria decisão, afastava a minha filha de mim e não somente do pai. Com a dinâmica, foi possível olhar para esse pai com mais amor e carinho e perceber que ele era o melhor pai que a minha filha poderia ter. Até que consegui harmonizar a relação entre mim, ele e minha filha”, comenta a paciente.

Fábia conta ainda que também foi provocada para olhar a relação com o seu próprio pai e entender como enxergava essa paternidade. “Foi um momento de despertar, não apenas da paternidade do pai da minha filha com ela, mas também do meu pai comigo. Foi uma experiência incrível, bem dolorosa, mas bem conduzida”, diz.

O poder judiciário já reconhece a importância da Constelação Familiar, que vem sendo adotada para resolver conflitos em 16 estados do Brasil. A prática, também conhecida como Constelação Sistêmica, foi criada pelo alemão Bert Hellinger, em 1978, e é baseada nas 3 Ordens do Amor: Hierarquia, Pertencimento e Equilíbrio.

De acordo com Marcel Scalcko, autor do livro As 9 leis inegociáveis da vida, quando essas leis são desrespeitadas, a vida fica em desequilíbrio. A constelação pode ser realizada em grupo (workshop) ou individualmente.

Na série, três amigas, que acabam em uma espécie de retiro espiritual, participam de vivências que explicam e tratam de traumas de infância, doenças e relacionamentos.  Foto: Netflix

Na série uma Nova Mulher, a vivência acontece em grupo. Entre as pessoas presentes na prática, o paciente escolhe quem vai representar os membros da sua família ou do seu relacionamento, de forma figurativa. Há uma rápida cena, que mostra como é realizada a constelação individual, que acontece com a personagem Ada. “Qualquer questão que tenha acontecido com os nossos antepassados, vai impactar toda a descendência dessa família, caso fique oculto. Exatamente o que mostra na série”, comenta Marcel.

Segundo o constelador, os temas que mais aparecem nessa terapia alternativa são: desequilíbrio financeiro, falta de um parceiro, desarmonia na família, dilemas na carreira, conflitos nos relacionamentos de casal. “Os resultados variam de pessoa para pessoa. A compreensão do descumprimento das ordens do amor acontece no evento. O tempo que a pessoa vai demandar para se submeter, respeitar e se alinhar às ordens do amor, vai depender de cada um. Há pessoas que resistem, outras que se rendem”, comenta Scalcko.

As três leis da vida na Constelação Familiar:

1 - Lei da ordem ou da hierarquia. “Existe uma ordem de chegada e os mais velhos, que chegaram primeiro, possuem certos privilégios em relação aos mais novos. Porém, quem chega antes também tem mais responsabilidades com relação a quem veio depois. Por outro lado, quem vem depois deve respeito e honra a quem chegou antes”, diz Scalcko.

Ele ainda explica que, se há um conflito entre pai e mãe, por exemplo, o filho não pode entrar no meio para apaziguar ou defender um dos lados. Caso contrário, ele sai do lugar de filho e toma o partido por um dos pais. Dessa forma, ele estaria descumprindo a lei da ordem.

2 - Lei do pertencimento. “Ninguém pode ser excluído do sistema familiar. Um exemplo de exclusão seria uma mãe que sofreu um aborto e depois teve um filho. Esse filho não é o primogênito. O filho que nasceu e morreu é o primeiro. Isso não pode ficar oculto ou passar despercebido. Caso contrário, essa família estaria excluindo a primeira criança e, consequentemente, desrespeitando a lei do pertencimento”, destaca o especialista.

3 - Lei do equilíbrio. “Fala sobre a troca, o ato de dar e receber. Para as nossas relações funcionarem, nós devemos manter o equilíbrio entre dar e receber. Por exemplo: quando ambas compartilham mutuamente, dando e recebendo aquilo que cada um é capaz”, acrescenta ele.

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