É possível dormir melhor com o método escandinavo? Entenda e veja teste


Colocamos à prova método que promete garantir uma noite de sono deixando cada um em seu canto

Por Mari-Jane Williams
Atualização:

Há muitas coisas da Escandinávia que valem a pena a gente copiar, como as saunas, Lego, louças dinamarquesas. Por isso, quando descobri o método escandinavo para dormir melhor nas redes sociais, fiz questão de anotar tudo.

Funciona assim: duas pessoas dormem na mesma cama, mas usam cobertas separadas. Um para cada um.

Esse tipo de arranjo é bem comum entre outros países europeus. Há alguns anos, quando estive em Paris, a cama do nosso quarto de hotel tinha duas roupas de cama: um lençol e um cobertor para mim. E um lençol e um cobertor para outra pessoa.

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O método escandinavo funciona? Casais fizeram o teste Foto: Foximi - stock.adobe.com

Apesar disso, será que esse método funciona? Será que é mais fácil arrumar uma cama com duas cobertas? Colocamos isso à prova e demos a tarefa para cinco casais. Cada um deles recebeu dois edredons para dormir durante uma semana. Veja o que eles acharam:

Teste 1

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  • Modelo que costumam usar: cama queen-size com um lençol, cobertor e um edredom.
  • Pontos problemáticos a serem resolvidos: o marido do teste número 1 acusa a mulher de ser uma ladra crônica de lençol, mas ela justifica que os dois operam em temperaturas diferentes. “Eu sou uma usina nuclear quando durmo, mas meu marido parece um iceberg”, diz. Independentemente disso, parece que alguém sempre tenta se enfiar muito debaixo das cobertas, ou alguém está sempre se revirando na cama.
  • O problema na arrumação da cama: eles não têm o hábito de arrumar a cama, então o teste não foi um problema. “Não é uma crítica a quem já acorda disposto o suficiente para arrumar a cama, mas a gente costuma deixá-la bem caótica e só arruma tudo em algo mais coeso quando estamos indo para a cama, não quando acordamos”, ela diz.
  • O veredito: o novo arranjo, cada um com o seu, funcionou. E cogitam voltar a usá-lo no futuro. A única questão é que o casal já tem muita roupa de cama e ficaria sem ter onde guardar caso decidissem comprar mais. “Eu acho que dormimos melhor e mais confortáveis e, caso eu veja uma promoção por aí, quem sabe eu compro mais um edredom”, acrescentou ela.

Teste 2

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  • Modelo que costumam usar: cama queen-size com um lençol por cima e uma coberta.
  • Pontos problemáticos a serem resolvidos: o casal do segundo teste vai para a cama em horários diferentes. Um deles sempre se levanta para checar o filho pequeno, o que costuma interromper o sono. Os dois também têm um problema em dividir as cobertas. “Um de nós - vulgo, eu - é alegadamente uma pessoa que não gosta de dividir cobertor. Isso significa que um de nós acaba dormindo o máximo encolhido para não ficar para fora da coberta”, diz.
  • Como foi feito o teste: eles usaram duas cobertas de solteiro cada, mas o marido não gostou da textura e a trocou para um outra coberta que eles já tinha. Ela, então, percebeu que queria um lençol maior e trocou por uma colcha de casal. Os dois mantiveram o lençol de casal por cima da cama.
  • A experiência: O teste funcionou para o casal. Até a opinião divergente sobre as cobertas foi positiva. “A ideia de que cada um poderia procurar a própria coberta favorita em relação à textura e temperatura foi uma melhoria em relação a usar uma só”, ela diz. “Foi bom cada um ter o seu espaço para uma noite mais tranquila.”
  • O problema na arrumação da cama: eles não arrumam a cama todos os dias, mas costumam arrumar quando têm tempo. Uma coberta de solteiro para ele e uma colcha queen-size ajudou na arrumação. Durante o dia, eles arrumam a cama com a colcha queen-size e ajeitam as opções para solteiro na cabeceira da cama.
  • O veredito: eles consideraram o novo formato uma grande melhoria em relação à situação de compartilhar cobertas e pretendem adotar o modelo daqui em diante.
Proposta é diminuir a briga por causa das cobertas Foto: XtravaganT - stock.adobe.com

Teste 3

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  • Modelo que costumam usar: cama queen-size com um lençol por cima e um edredom.
  • Pontos problemáticos a serem resolvidos: o marido é acusado pela mulher de ser um ladrão de cobertores e ela uma pessoa com sono leve que acorda com qualquer coisinha.
  • Como foi feito o teste: eles usaram edredons de solteiro e abriram mão de um lençol.
  • A experiência: o marido se remexeu demais em uma noite e se levantou para ir ao banheiro várias vezes durante outra noite, mas não a incomodou. Ela disse, porém, que dorme tão pesado que não se incomodaria se usassem um só cobertor. Apesar disso, gostou da ideia de colocar os pés para fora dos dois lados da coberta, cada um para um lado. Também viu desvantagens, como ficar com muito calor. “Senti que durante a noite o cobertor de um acaba ficando em cima um do outro e aumentando a temperatura”, diz.
  • O problema na arrumação da cama: eles usaram os edredons de solteiro na horizontal, lado a lado, e arrumaram a cama até dar uma aparência elegante.
  • O veredito: eles pretendem manter o formato que usavam antes. “Não vi muitos impactos positivos. Não o suficiente para trocar duas cobertas”, ela disse. Outro ponto é que ela gosta de uma cama bem arrumadinha, o que foi um problema em relação ao método escandinavo.

Teste 4

  • Modelo que costumam usar: Cama king-size com lençol, cobertor e edredom.
  • Pontos problemáticos: a mulher deste teste gosta de cobertores bem aconchegados ao redor do corpo. O marido, porém, tem dificuldade em ficar confortável assim. Às vezes, isso leva a uma distribuição desigual dos cobertores. Ela afirma que, como os cobertores dele nunca estão dobrados, eles ficam amontoados nos pés, dando a impressão de que ela os roubou quando, na verdade, não roubou. Ele admite essa possibilidade: “Acho que eu arranco as cobertas e depois tento compensar demais o estrago ao tentar me recuperar”, diz ele. “Então começa o cabo-de-guerra.”
  • Como foi feito o teste: eles usaram dois edredons para solteiro e dois lençóis de solteiro velhos, que eram usados quando os filhos eram pequenos. Cada um ficou bem no seu canto.
  • A experiência: o teste acabou com a situação de quem rouba a coberta de quem. Ela diz que percebeu menos quando o marido saía e voltava da cama (ele vai para a cama mais tarde e levanta mais cedo do que ela). “Com o teste, fica bem mais difícil você puxar as cobertas da outra pessoa”, diz o marido. “Eu só vi vantagem. É um meio-termo entre a liberdade de dormir em camas separadas e o modelo tradicional, que não funciona para muitas pessoas.” Apesar disso, isso não resolveu os problemas dele em manter as cobertas em ordem. Às vezes, acordava apenas com um edredom e não conseguia encontrar o lençol de cima. Ela, porém, ficou satisfeita que não será mais culpada de ladra de coberta. De modo geral, a qualidade de sono do casal melhorou.
  • O problema na arrumação da cama: eles normalmente não arrumam a cama, então isso não era um problema.
  • O veredito: Por enquanto, eles voltaram a dormir como de costume, mas podem mudar em algum momento no futuro se encontrarem roupas de cama de que gostem.
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Teste 5

  • Modelo que costumam usar: cama queen-size com lençol, cobertor e edredom.
  • Pontos problemáticos a serem resolvidos: os lençóis dela e de seu parceiro às vezes soltam, mas, no geral, eles não têm problemas em compartilhar cobertas. Ela dorme “quente”, por isso prefere um quarto fresco com um ventilador apontado para ela, e muitas vezes acorda apenas com o lençol.
  • Como o teste foi realizado: começaram com apenas os edredons separados, mas sentiram falta de um lençol de cima, então, depois de uma semana, trouxeram de volta um lençol queen-size compartilhado.
  • A experiência: embora tenham dormido bem durante o teste, eles não notaram muita diferença entre compartilhar um edredom ou ter edredons separados. “Já temos um edredom de que gostamos bastante, e ambos preferimos ter um lençol entre o edredom e nós”, diz ela. Depois de algumas noites, eles acrescentaram um lençol e um cobertor para ele, que sente mais frio. E depois de uma semana, eles trouxeram de volta o lençol superior queen-size. No geral, eles não notaram muita diferença ao dormir com dois edredons, possivelmente porque não têm dificuldade em compartilhar cobertores.
  • O problema na arrumação na cama: é mais fácil arrumar a cama com menos cobertores, diz ela, mas parecia menos arrumada. Quando os pais dela vieram visitá-la, eles colocaram o edredom normal sobre a cama para dar uma aparência mais organizada.
  • O veredito: eles se sentiram bastante neutros em relação ao teste e voltaram a dormir normalmente. “Acho que isso é bom quando viajamos... mas não é um grande benefício em casa”, diz ela.

Há muitas coisas da Escandinávia que valem a pena a gente copiar, como as saunas, Lego, louças dinamarquesas. Por isso, quando descobri o método escandinavo para dormir melhor nas redes sociais, fiz questão de anotar tudo.

Funciona assim: duas pessoas dormem na mesma cama, mas usam cobertas separadas. Um para cada um.

Esse tipo de arranjo é bem comum entre outros países europeus. Há alguns anos, quando estive em Paris, a cama do nosso quarto de hotel tinha duas roupas de cama: um lençol e um cobertor para mim. E um lençol e um cobertor para outra pessoa.

O método escandinavo funciona? Casais fizeram o teste Foto: Foximi - stock.adobe.com

Apesar disso, será que esse método funciona? Será que é mais fácil arrumar uma cama com duas cobertas? Colocamos isso à prova e demos a tarefa para cinco casais. Cada um deles recebeu dois edredons para dormir durante uma semana. Veja o que eles acharam:

Teste 1

  • Modelo que costumam usar: cama queen-size com um lençol, cobertor e um edredom.
  • Pontos problemáticos a serem resolvidos: o marido do teste número 1 acusa a mulher de ser uma ladra crônica de lençol, mas ela justifica que os dois operam em temperaturas diferentes. “Eu sou uma usina nuclear quando durmo, mas meu marido parece um iceberg”, diz. Independentemente disso, parece que alguém sempre tenta se enfiar muito debaixo das cobertas, ou alguém está sempre se revirando na cama.
  • O problema na arrumação da cama: eles não têm o hábito de arrumar a cama, então o teste não foi um problema. “Não é uma crítica a quem já acorda disposto o suficiente para arrumar a cama, mas a gente costuma deixá-la bem caótica e só arruma tudo em algo mais coeso quando estamos indo para a cama, não quando acordamos”, ela diz.
  • O veredito: o novo arranjo, cada um com o seu, funcionou. E cogitam voltar a usá-lo no futuro. A única questão é que o casal já tem muita roupa de cama e ficaria sem ter onde guardar caso decidissem comprar mais. “Eu acho que dormimos melhor e mais confortáveis e, caso eu veja uma promoção por aí, quem sabe eu compro mais um edredom”, acrescentou ela.

Teste 2

  • Modelo que costumam usar: cama queen-size com um lençol por cima e uma coberta.
  • Pontos problemáticos a serem resolvidos: o casal do segundo teste vai para a cama em horários diferentes. Um deles sempre se levanta para checar o filho pequeno, o que costuma interromper o sono. Os dois também têm um problema em dividir as cobertas. “Um de nós - vulgo, eu - é alegadamente uma pessoa que não gosta de dividir cobertor. Isso significa que um de nós acaba dormindo o máximo encolhido para não ficar para fora da coberta”, diz.
  • Como foi feito o teste: eles usaram duas cobertas de solteiro cada, mas o marido não gostou da textura e a trocou para um outra coberta que eles já tinha. Ela, então, percebeu que queria um lençol maior e trocou por uma colcha de casal. Os dois mantiveram o lençol de casal por cima da cama.
  • A experiência: O teste funcionou para o casal. Até a opinião divergente sobre as cobertas foi positiva. “A ideia de que cada um poderia procurar a própria coberta favorita em relação à textura e temperatura foi uma melhoria em relação a usar uma só”, ela diz. “Foi bom cada um ter o seu espaço para uma noite mais tranquila.”
  • O problema na arrumação da cama: eles não arrumam a cama todos os dias, mas costumam arrumar quando têm tempo. Uma coberta de solteiro para ele e uma colcha queen-size ajudou na arrumação. Durante o dia, eles arrumam a cama com a colcha queen-size e ajeitam as opções para solteiro na cabeceira da cama.
  • O veredito: eles consideraram o novo formato uma grande melhoria em relação à situação de compartilhar cobertas e pretendem adotar o modelo daqui em diante.
Proposta é diminuir a briga por causa das cobertas Foto: XtravaganT - stock.adobe.com

Teste 3

  • Modelo que costumam usar: cama queen-size com um lençol por cima e um edredom.
  • Pontos problemáticos a serem resolvidos: o marido é acusado pela mulher de ser um ladrão de cobertores e ela uma pessoa com sono leve que acorda com qualquer coisinha.
  • Como foi feito o teste: eles usaram edredons de solteiro e abriram mão de um lençol.
  • A experiência: o marido se remexeu demais em uma noite e se levantou para ir ao banheiro várias vezes durante outra noite, mas não a incomodou. Ela disse, porém, que dorme tão pesado que não se incomodaria se usassem um só cobertor. Apesar disso, gostou da ideia de colocar os pés para fora dos dois lados da coberta, cada um para um lado. Também viu desvantagens, como ficar com muito calor. “Senti que durante a noite o cobertor de um acaba ficando em cima um do outro e aumentando a temperatura”, diz.
  • O problema na arrumação da cama: eles usaram os edredons de solteiro na horizontal, lado a lado, e arrumaram a cama até dar uma aparência elegante.
  • O veredito: eles pretendem manter o formato que usavam antes. “Não vi muitos impactos positivos. Não o suficiente para trocar duas cobertas”, ela disse. Outro ponto é que ela gosta de uma cama bem arrumadinha, o que foi um problema em relação ao método escandinavo.

Teste 4

  • Modelo que costumam usar: Cama king-size com lençol, cobertor e edredom.
  • Pontos problemáticos: a mulher deste teste gosta de cobertores bem aconchegados ao redor do corpo. O marido, porém, tem dificuldade em ficar confortável assim. Às vezes, isso leva a uma distribuição desigual dos cobertores. Ela afirma que, como os cobertores dele nunca estão dobrados, eles ficam amontoados nos pés, dando a impressão de que ela os roubou quando, na verdade, não roubou. Ele admite essa possibilidade: “Acho que eu arranco as cobertas e depois tento compensar demais o estrago ao tentar me recuperar”, diz ele. “Então começa o cabo-de-guerra.”
  • Como foi feito o teste: eles usaram dois edredons para solteiro e dois lençóis de solteiro velhos, que eram usados quando os filhos eram pequenos. Cada um ficou bem no seu canto.
  • A experiência: o teste acabou com a situação de quem rouba a coberta de quem. Ela diz que percebeu menos quando o marido saía e voltava da cama (ele vai para a cama mais tarde e levanta mais cedo do que ela). “Com o teste, fica bem mais difícil você puxar as cobertas da outra pessoa”, diz o marido. “Eu só vi vantagem. É um meio-termo entre a liberdade de dormir em camas separadas e o modelo tradicional, que não funciona para muitas pessoas.” Apesar disso, isso não resolveu os problemas dele em manter as cobertas em ordem. Às vezes, acordava apenas com um edredom e não conseguia encontrar o lençol de cima. Ela, porém, ficou satisfeita que não será mais culpada de ladra de coberta. De modo geral, a qualidade de sono do casal melhorou.
  • O problema na arrumação da cama: eles normalmente não arrumam a cama, então isso não era um problema.
  • O veredito: Por enquanto, eles voltaram a dormir como de costume, mas podem mudar em algum momento no futuro se encontrarem roupas de cama de que gostem.

Teste 5

  • Modelo que costumam usar: cama queen-size com lençol, cobertor e edredom.
  • Pontos problemáticos a serem resolvidos: os lençóis dela e de seu parceiro às vezes soltam, mas, no geral, eles não têm problemas em compartilhar cobertas. Ela dorme “quente”, por isso prefere um quarto fresco com um ventilador apontado para ela, e muitas vezes acorda apenas com o lençol.
  • Como o teste foi realizado: começaram com apenas os edredons separados, mas sentiram falta de um lençol de cima, então, depois de uma semana, trouxeram de volta um lençol queen-size compartilhado.
  • A experiência: embora tenham dormido bem durante o teste, eles não notaram muita diferença entre compartilhar um edredom ou ter edredons separados. “Já temos um edredom de que gostamos bastante, e ambos preferimos ter um lençol entre o edredom e nós”, diz ela. Depois de algumas noites, eles acrescentaram um lençol e um cobertor para ele, que sente mais frio. E depois de uma semana, eles trouxeram de volta o lençol superior queen-size. No geral, eles não notaram muita diferença ao dormir com dois edredons, possivelmente porque não têm dificuldade em compartilhar cobertores.
  • O problema na arrumação na cama: é mais fácil arrumar a cama com menos cobertores, diz ela, mas parecia menos arrumada. Quando os pais dela vieram visitá-la, eles colocaram o edredom normal sobre a cama para dar uma aparência mais organizada.
  • O veredito: eles se sentiram bastante neutros em relação ao teste e voltaram a dormir normalmente. “Acho que isso é bom quando viajamos... mas não é um grande benefício em casa”, diz ela.

Há muitas coisas da Escandinávia que valem a pena a gente copiar, como as saunas, Lego, louças dinamarquesas. Por isso, quando descobri o método escandinavo para dormir melhor nas redes sociais, fiz questão de anotar tudo.

Funciona assim: duas pessoas dormem na mesma cama, mas usam cobertas separadas. Um para cada um.

Esse tipo de arranjo é bem comum entre outros países europeus. Há alguns anos, quando estive em Paris, a cama do nosso quarto de hotel tinha duas roupas de cama: um lençol e um cobertor para mim. E um lençol e um cobertor para outra pessoa.

O método escandinavo funciona? Casais fizeram o teste Foto: Foximi - stock.adobe.com

Apesar disso, será que esse método funciona? Será que é mais fácil arrumar uma cama com duas cobertas? Colocamos isso à prova e demos a tarefa para cinco casais. Cada um deles recebeu dois edredons para dormir durante uma semana. Veja o que eles acharam:

Teste 1

  • Modelo que costumam usar: cama queen-size com um lençol, cobertor e um edredom.
  • Pontos problemáticos a serem resolvidos: o marido do teste número 1 acusa a mulher de ser uma ladra crônica de lençol, mas ela justifica que os dois operam em temperaturas diferentes. “Eu sou uma usina nuclear quando durmo, mas meu marido parece um iceberg”, diz. Independentemente disso, parece que alguém sempre tenta se enfiar muito debaixo das cobertas, ou alguém está sempre se revirando na cama.
  • O problema na arrumação da cama: eles não têm o hábito de arrumar a cama, então o teste não foi um problema. “Não é uma crítica a quem já acorda disposto o suficiente para arrumar a cama, mas a gente costuma deixá-la bem caótica e só arruma tudo em algo mais coeso quando estamos indo para a cama, não quando acordamos”, ela diz.
  • O veredito: o novo arranjo, cada um com o seu, funcionou. E cogitam voltar a usá-lo no futuro. A única questão é que o casal já tem muita roupa de cama e ficaria sem ter onde guardar caso decidissem comprar mais. “Eu acho que dormimos melhor e mais confortáveis e, caso eu veja uma promoção por aí, quem sabe eu compro mais um edredom”, acrescentou ela.

Teste 2

  • Modelo que costumam usar: cama queen-size com um lençol por cima e uma coberta.
  • Pontos problemáticos a serem resolvidos: o casal do segundo teste vai para a cama em horários diferentes. Um deles sempre se levanta para checar o filho pequeno, o que costuma interromper o sono. Os dois também têm um problema em dividir as cobertas. “Um de nós - vulgo, eu - é alegadamente uma pessoa que não gosta de dividir cobertor. Isso significa que um de nós acaba dormindo o máximo encolhido para não ficar para fora da coberta”, diz.
  • Como foi feito o teste: eles usaram duas cobertas de solteiro cada, mas o marido não gostou da textura e a trocou para um outra coberta que eles já tinha. Ela, então, percebeu que queria um lençol maior e trocou por uma colcha de casal. Os dois mantiveram o lençol de casal por cima da cama.
  • A experiência: O teste funcionou para o casal. Até a opinião divergente sobre as cobertas foi positiva. “A ideia de que cada um poderia procurar a própria coberta favorita em relação à textura e temperatura foi uma melhoria em relação a usar uma só”, ela diz. “Foi bom cada um ter o seu espaço para uma noite mais tranquila.”
  • O problema na arrumação da cama: eles não arrumam a cama todos os dias, mas costumam arrumar quando têm tempo. Uma coberta de solteiro para ele e uma colcha queen-size ajudou na arrumação. Durante o dia, eles arrumam a cama com a colcha queen-size e ajeitam as opções para solteiro na cabeceira da cama.
  • O veredito: eles consideraram o novo formato uma grande melhoria em relação à situação de compartilhar cobertas e pretendem adotar o modelo daqui em diante.
Proposta é diminuir a briga por causa das cobertas Foto: XtravaganT - stock.adobe.com

Teste 3

  • Modelo que costumam usar: cama queen-size com um lençol por cima e um edredom.
  • Pontos problemáticos a serem resolvidos: o marido é acusado pela mulher de ser um ladrão de cobertores e ela uma pessoa com sono leve que acorda com qualquer coisinha.
  • Como foi feito o teste: eles usaram edredons de solteiro e abriram mão de um lençol.
  • A experiência: o marido se remexeu demais em uma noite e se levantou para ir ao banheiro várias vezes durante outra noite, mas não a incomodou. Ela disse, porém, que dorme tão pesado que não se incomodaria se usassem um só cobertor. Apesar disso, gostou da ideia de colocar os pés para fora dos dois lados da coberta, cada um para um lado. Também viu desvantagens, como ficar com muito calor. “Senti que durante a noite o cobertor de um acaba ficando em cima um do outro e aumentando a temperatura”, diz.
  • O problema na arrumação da cama: eles usaram os edredons de solteiro na horizontal, lado a lado, e arrumaram a cama até dar uma aparência elegante.
  • O veredito: eles pretendem manter o formato que usavam antes. “Não vi muitos impactos positivos. Não o suficiente para trocar duas cobertas”, ela disse. Outro ponto é que ela gosta de uma cama bem arrumadinha, o que foi um problema em relação ao método escandinavo.

Teste 4

  • Modelo que costumam usar: Cama king-size com lençol, cobertor e edredom.
  • Pontos problemáticos: a mulher deste teste gosta de cobertores bem aconchegados ao redor do corpo. O marido, porém, tem dificuldade em ficar confortável assim. Às vezes, isso leva a uma distribuição desigual dos cobertores. Ela afirma que, como os cobertores dele nunca estão dobrados, eles ficam amontoados nos pés, dando a impressão de que ela os roubou quando, na verdade, não roubou. Ele admite essa possibilidade: “Acho que eu arranco as cobertas e depois tento compensar demais o estrago ao tentar me recuperar”, diz ele. “Então começa o cabo-de-guerra.”
  • Como foi feito o teste: eles usaram dois edredons para solteiro e dois lençóis de solteiro velhos, que eram usados quando os filhos eram pequenos. Cada um ficou bem no seu canto.
  • A experiência: o teste acabou com a situação de quem rouba a coberta de quem. Ela diz que percebeu menos quando o marido saía e voltava da cama (ele vai para a cama mais tarde e levanta mais cedo do que ela). “Com o teste, fica bem mais difícil você puxar as cobertas da outra pessoa”, diz o marido. “Eu só vi vantagem. É um meio-termo entre a liberdade de dormir em camas separadas e o modelo tradicional, que não funciona para muitas pessoas.” Apesar disso, isso não resolveu os problemas dele em manter as cobertas em ordem. Às vezes, acordava apenas com um edredom e não conseguia encontrar o lençol de cima. Ela, porém, ficou satisfeita que não será mais culpada de ladra de coberta. De modo geral, a qualidade de sono do casal melhorou.
  • O problema na arrumação da cama: eles normalmente não arrumam a cama, então isso não era um problema.
  • O veredito: Por enquanto, eles voltaram a dormir como de costume, mas podem mudar em algum momento no futuro se encontrarem roupas de cama de que gostem.

Teste 5

  • Modelo que costumam usar: cama queen-size com lençol, cobertor e edredom.
  • Pontos problemáticos a serem resolvidos: os lençóis dela e de seu parceiro às vezes soltam, mas, no geral, eles não têm problemas em compartilhar cobertas. Ela dorme “quente”, por isso prefere um quarto fresco com um ventilador apontado para ela, e muitas vezes acorda apenas com o lençol.
  • Como o teste foi realizado: começaram com apenas os edredons separados, mas sentiram falta de um lençol de cima, então, depois de uma semana, trouxeram de volta um lençol queen-size compartilhado.
  • A experiência: embora tenham dormido bem durante o teste, eles não notaram muita diferença entre compartilhar um edredom ou ter edredons separados. “Já temos um edredom de que gostamos bastante, e ambos preferimos ter um lençol entre o edredom e nós”, diz ela. Depois de algumas noites, eles acrescentaram um lençol e um cobertor para ele, que sente mais frio. E depois de uma semana, eles trouxeram de volta o lençol superior queen-size. No geral, eles não notaram muita diferença ao dormir com dois edredons, possivelmente porque não têm dificuldade em compartilhar cobertores.
  • O problema na arrumação na cama: é mais fácil arrumar a cama com menos cobertores, diz ela, mas parecia menos arrumada. Quando os pais dela vieram visitá-la, eles colocaram o edredom normal sobre a cama para dar uma aparência mais organizada.
  • O veredito: eles se sentiram bastante neutros em relação ao teste e voltaram a dormir normalmente. “Acho que isso é bom quando viajamos... mas não é um grande benefício em casa”, diz ela.
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