Por que os pais preferem que os filhos dividam o quarto mesmo quando há muito espaço


Compartilhar um quarto também ensina as crianças como negociar, como chegar a um compromisso e como lidar com conflitos, que são capacidades importantes para se desenvolver

Por Danielle Braff
Se uma criança acorda antes da outra, ela tem de aprender a não sair gritando para os pais virem pegá-la, mas sair do quarto na ponta dos pés Foto: Pixabay

Em quase dois terços das famílias com filhos menores de 18 anos, as crianças dividem o quarto. Em uma espaçosa casa de seis quartos em Oak Park, os três filhos de Sarah Coleman compartilham a mesma cama em seu quarto.

Sim o quarto deles. As crianças dividem um quarto, os pais outro quarto, e os quatro quartos restantes estão vazios salvo quando há visitas.

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"Sempre admirei famílias grandes, onde as crianças desenvolviam um espírito de tribo, compartilhando tudo - brinquedos, espaço, experiência, os pais", disse Sarah, antiga administradora de uma entidade sem fins lucrativos que agora se dedica ao lar e aos cuidados dos três filhos em idade de um, três e cinco anos. "Assim, mesmo com espaço suficiente para não precisarem dividir o quarto, isto não significa que não devem".

O tamanho das casas vem crescendo, mas os quartos não usados são usados para visitas, como escritório ou espaço para brincar.

O tamanho médio de uma casa familiar nova em 1995 era de cerca de 180 metros quadrados e 30% das casas tinham quatro quartos ou mais, de acordo com o Census Bureau. Em 2014 esse espaço aumentou para 232 metros quadrados e 46% das casas novas possuem quatro quartos ou mais.

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Embora o mesmo departamento não monitore quantos filhos compartilham um quarto, segundo o New York Housing and Vacancy Surbey em dois terços dos lares com duas crianças menores de 18 anos, elas dividem o quarto.

Jessie LeMar lembrou orgulhosamente da época em que compartilhava o quarto com sua irmã e assim, quando teve seus próprios filhos, fez o mesmo arranjo para eles, deixando o quarto restante como espaço para as crianças brincarem.

Suas filhas de 4 e 6 anos dividem o espaço e Jessie costuma ameaçá-las de colocar uma em cada quarto se elas se comportarem mal.

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Embora não se possa dizer que é certa ou errada a prática de as crianças compartilharem o mesmo quarto, para James Crist psicólogo clínico e coautor do livro Siblings: You're Stuck With Each Other, So Stick Together, é um fenômeno recente os filhos dormirem em quartos separados e compartilhar um quarto produz benefícios.

"Crianças inquietas, em particular, dormem mais facilmente quando há mais alguém no mesmo quarto ou até na mesma cama", disse Crist.

Compartilhar um quarto também ensina as crianças como negociar, como chegar a um compromisso e como lidar com conflitos, que são capacidades importantes para se desenvolver.

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Quando elas dividem um quarto, também irão criar vínculos mais estreitos por causa das conversas mantidas antes de dormir que costumam ter, disse Laura Markham, psicóloga clínica e autora do livro Peaceful Parent, Happy Sibling.

Mas os bate-papos noturnos também podem causar transtornos de sono, que é um de uma série de problemas que as famílias descobrirão tão logo colocam as crianças na cama e apagam a luz, disse Linda Szmulewitz, que dá orientação para pessoas com problemas de sono.

Ela recomenda que os pais, se decidirem que os filhos devem compartilhar do mesmo quarto, imaginem soluções para os problemas antes de afetarem o sono das crianças. "Para as mais velhas que dividem o quarto, costumo trabalhar aconselhando os pais a estabelecerem horário de ir para a cama, portanto eles têm de ter em mente que o tempo que as crianças gastam papeando antes de dormir é o tempo particular delas, e não podem esperar que irão colocá-las na cama e elas lá ficarão quietas e que dormirão sem nenhuma interação", disse Szmulewitz.

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Se uma criança acorda antes da outra, ela tem de aprender a não sair gritando para os pais virem pegá-la, mas sair do quarto na ponta dos pés. Os pais também devem levar em conta as necessidades de privacidade dos filhos, disse a terapeuta Julianne Neely. Segundo ela, é importante que cada criança tenha seu próprio espaço pessoal para ficar sozinha.

Quando as crianças chegam à puberdade, ter um espaço que seja seu é ainda mais importante e é neste momento que os irmãos do sexo oposto normalmente pedem para ter seu próprio quarto. Se não for possível, Markham sugere colocar uma cortina dentro do quarto para dar a cada um deles uma certa privacidade.

A orientadora escolar Rebecca Solomom recentemente resolveu separar o filho de nove anos e a filha de sete para cada um ter seu próprio quarto, mas até agora eles não se separaram. Os dois gêmeos de quatro anos continuam dividindo o quarto e ela não pretende colocá-los em dois quartos separados. E eles também não querem.

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Tradução de Terezinha Martino 

Se uma criança acorda antes da outra, ela tem de aprender a não sair gritando para os pais virem pegá-la, mas sair do quarto na ponta dos pés Foto: Pixabay

Em quase dois terços das famílias com filhos menores de 18 anos, as crianças dividem o quarto. Em uma espaçosa casa de seis quartos em Oak Park, os três filhos de Sarah Coleman compartilham a mesma cama em seu quarto.

Sim o quarto deles. As crianças dividem um quarto, os pais outro quarto, e os quatro quartos restantes estão vazios salvo quando há visitas.

"Sempre admirei famílias grandes, onde as crianças desenvolviam um espírito de tribo, compartilhando tudo - brinquedos, espaço, experiência, os pais", disse Sarah, antiga administradora de uma entidade sem fins lucrativos que agora se dedica ao lar e aos cuidados dos três filhos em idade de um, três e cinco anos. "Assim, mesmo com espaço suficiente para não precisarem dividir o quarto, isto não significa que não devem".

O tamanho das casas vem crescendo, mas os quartos não usados são usados para visitas, como escritório ou espaço para brincar.

O tamanho médio de uma casa familiar nova em 1995 era de cerca de 180 metros quadrados e 30% das casas tinham quatro quartos ou mais, de acordo com o Census Bureau. Em 2014 esse espaço aumentou para 232 metros quadrados e 46% das casas novas possuem quatro quartos ou mais.

Embora o mesmo departamento não monitore quantos filhos compartilham um quarto, segundo o New York Housing and Vacancy Surbey em dois terços dos lares com duas crianças menores de 18 anos, elas dividem o quarto.

Jessie LeMar lembrou orgulhosamente da época em que compartilhava o quarto com sua irmã e assim, quando teve seus próprios filhos, fez o mesmo arranjo para eles, deixando o quarto restante como espaço para as crianças brincarem.

Suas filhas de 4 e 6 anos dividem o espaço e Jessie costuma ameaçá-las de colocar uma em cada quarto se elas se comportarem mal.

Embora não se possa dizer que é certa ou errada a prática de as crianças compartilharem o mesmo quarto, para James Crist psicólogo clínico e coautor do livro Siblings: You're Stuck With Each Other, So Stick Together, é um fenômeno recente os filhos dormirem em quartos separados e compartilhar um quarto produz benefícios.

"Crianças inquietas, em particular, dormem mais facilmente quando há mais alguém no mesmo quarto ou até na mesma cama", disse Crist.

Compartilhar um quarto também ensina as crianças como negociar, como chegar a um compromisso e como lidar com conflitos, que são capacidades importantes para se desenvolver.

Quando elas dividem um quarto, também irão criar vínculos mais estreitos por causa das conversas mantidas antes de dormir que costumam ter, disse Laura Markham, psicóloga clínica e autora do livro Peaceful Parent, Happy Sibling.

Mas os bate-papos noturnos também podem causar transtornos de sono, que é um de uma série de problemas que as famílias descobrirão tão logo colocam as crianças na cama e apagam a luz, disse Linda Szmulewitz, que dá orientação para pessoas com problemas de sono.

Ela recomenda que os pais, se decidirem que os filhos devem compartilhar do mesmo quarto, imaginem soluções para os problemas antes de afetarem o sono das crianças. "Para as mais velhas que dividem o quarto, costumo trabalhar aconselhando os pais a estabelecerem horário de ir para a cama, portanto eles têm de ter em mente que o tempo que as crianças gastam papeando antes de dormir é o tempo particular delas, e não podem esperar que irão colocá-las na cama e elas lá ficarão quietas e que dormirão sem nenhuma interação", disse Szmulewitz.

Se uma criança acorda antes da outra, ela tem de aprender a não sair gritando para os pais virem pegá-la, mas sair do quarto na ponta dos pés. Os pais também devem levar em conta as necessidades de privacidade dos filhos, disse a terapeuta Julianne Neely. Segundo ela, é importante que cada criança tenha seu próprio espaço pessoal para ficar sozinha.

Quando as crianças chegam à puberdade, ter um espaço que seja seu é ainda mais importante e é neste momento que os irmãos do sexo oposto normalmente pedem para ter seu próprio quarto. Se não for possível, Markham sugere colocar uma cortina dentro do quarto para dar a cada um deles uma certa privacidade.

A orientadora escolar Rebecca Solomom recentemente resolveu separar o filho de nove anos e a filha de sete para cada um ter seu próprio quarto, mas até agora eles não se separaram. Os dois gêmeos de quatro anos continuam dividindo o quarto e ela não pretende colocá-los em dois quartos separados. E eles também não querem.

Tradução de Terezinha Martino 

Se uma criança acorda antes da outra, ela tem de aprender a não sair gritando para os pais virem pegá-la, mas sair do quarto na ponta dos pés Foto: Pixabay

Em quase dois terços das famílias com filhos menores de 18 anos, as crianças dividem o quarto. Em uma espaçosa casa de seis quartos em Oak Park, os três filhos de Sarah Coleman compartilham a mesma cama em seu quarto.

Sim o quarto deles. As crianças dividem um quarto, os pais outro quarto, e os quatro quartos restantes estão vazios salvo quando há visitas.

"Sempre admirei famílias grandes, onde as crianças desenvolviam um espírito de tribo, compartilhando tudo - brinquedos, espaço, experiência, os pais", disse Sarah, antiga administradora de uma entidade sem fins lucrativos que agora se dedica ao lar e aos cuidados dos três filhos em idade de um, três e cinco anos. "Assim, mesmo com espaço suficiente para não precisarem dividir o quarto, isto não significa que não devem".

O tamanho das casas vem crescendo, mas os quartos não usados são usados para visitas, como escritório ou espaço para brincar.

O tamanho médio de uma casa familiar nova em 1995 era de cerca de 180 metros quadrados e 30% das casas tinham quatro quartos ou mais, de acordo com o Census Bureau. Em 2014 esse espaço aumentou para 232 metros quadrados e 46% das casas novas possuem quatro quartos ou mais.

Embora o mesmo departamento não monitore quantos filhos compartilham um quarto, segundo o New York Housing and Vacancy Surbey em dois terços dos lares com duas crianças menores de 18 anos, elas dividem o quarto.

Jessie LeMar lembrou orgulhosamente da época em que compartilhava o quarto com sua irmã e assim, quando teve seus próprios filhos, fez o mesmo arranjo para eles, deixando o quarto restante como espaço para as crianças brincarem.

Suas filhas de 4 e 6 anos dividem o espaço e Jessie costuma ameaçá-las de colocar uma em cada quarto se elas se comportarem mal.

Embora não se possa dizer que é certa ou errada a prática de as crianças compartilharem o mesmo quarto, para James Crist psicólogo clínico e coautor do livro Siblings: You're Stuck With Each Other, So Stick Together, é um fenômeno recente os filhos dormirem em quartos separados e compartilhar um quarto produz benefícios.

"Crianças inquietas, em particular, dormem mais facilmente quando há mais alguém no mesmo quarto ou até na mesma cama", disse Crist.

Compartilhar um quarto também ensina as crianças como negociar, como chegar a um compromisso e como lidar com conflitos, que são capacidades importantes para se desenvolver.

Quando elas dividem um quarto, também irão criar vínculos mais estreitos por causa das conversas mantidas antes de dormir que costumam ter, disse Laura Markham, psicóloga clínica e autora do livro Peaceful Parent, Happy Sibling.

Mas os bate-papos noturnos também podem causar transtornos de sono, que é um de uma série de problemas que as famílias descobrirão tão logo colocam as crianças na cama e apagam a luz, disse Linda Szmulewitz, que dá orientação para pessoas com problemas de sono.

Ela recomenda que os pais, se decidirem que os filhos devem compartilhar do mesmo quarto, imaginem soluções para os problemas antes de afetarem o sono das crianças. "Para as mais velhas que dividem o quarto, costumo trabalhar aconselhando os pais a estabelecerem horário de ir para a cama, portanto eles têm de ter em mente que o tempo que as crianças gastam papeando antes de dormir é o tempo particular delas, e não podem esperar que irão colocá-las na cama e elas lá ficarão quietas e que dormirão sem nenhuma interação", disse Szmulewitz.

Se uma criança acorda antes da outra, ela tem de aprender a não sair gritando para os pais virem pegá-la, mas sair do quarto na ponta dos pés. Os pais também devem levar em conta as necessidades de privacidade dos filhos, disse a terapeuta Julianne Neely. Segundo ela, é importante que cada criança tenha seu próprio espaço pessoal para ficar sozinha.

Quando as crianças chegam à puberdade, ter um espaço que seja seu é ainda mais importante e é neste momento que os irmãos do sexo oposto normalmente pedem para ter seu próprio quarto. Se não for possível, Markham sugere colocar uma cortina dentro do quarto para dar a cada um deles uma certa privacidade.

A orientadora escolar Rebecca Solomom recentemente resolveu separar o filho de nove anos e a filha de sete para cada um ter seu próprio quarto, mas até agora eles não se separaram. Os dois gêmeos de quatro anos continuam dividindo o quarto e ela não pretende colocá-los em dois quartos separados. E eles também não querem.

Tradução de Terezinha Martino 

Se uma criança acorda antes da outra, ela tem de aprender a não sair gritando para os pais virem pegá-la, mas sair do quarto na ponta dos pés Foto: Pixabay

Em quase dois terços das famílias com filhos menores de 18 anos, as crianças dividem o quarto. Em uma espaçosa casa de seis quartos em Oak Park, os três filhos de Sarah Coleman compartilham a mesma cama em seu quarto.

Sim o quarto deles. As crianças dividem um quarto, os pais outro quarto, e os quatro quartos restantes estão vazios salvo quando há visitas.

"Sempre admirei famílias grandes, onde as crianças desenvolviam um espírito de tribo, compartilhando tudo - brinquedos, espaço, experiência, os pais", disse Sarah, antiga administradora de uma entidade sem fins lucrativos que agora se dedica ao lar e aos cuidados dos três filhos em idade de um, três e cinco anos. "Assim, mesmo com espaço suficiente para não precisarem dividir o quarto, isto não significa que não devem".

O tamanho das casas vem crescendo, mas os quartos não usados são usados para visitas, como escritório ou espaço para brincar.

O tamanho médio de uma casa familiar nova em 1995 era de cerca de 180 metros quadrados e 30% das casas tinham quatro quartos ou mais, de acordo com o Census Bureau. Em 2014 esse espaço aumentou para 232 metros quadrados e 46% das casas novas possuem quatro quartos ou mais.

Embora o mesmo departamento não monitore quantos filhos compartilham um quarto, segundo o New York Housing and Vacancy Surbey em dois terços dos lares com duas crianças menores de 18 anos, elas dividem o quarto.

Jessie LeMar lembrou orgulhosamente da época em que compartilhava o quarto com sua irmã e assim, quando teve seus próprios filhos, fez o mesmo arranjo para eles, deixando o quarto restante como espaço para as crianças brincarem.

Suas filhas de 4 e 6 anos dividem o espaço e Jessie costuma ameaçá-las de colocar uma em cada quarto se elas se comportarem mal.

Embora não se possa dizer que é certa ou errada a prática de as crianças compartilharem o mesmo quarto, para James Crist psicólogo clínico e coautor do livro Siblings: You're Stuck With Each Other, So Stick Together, é um fenômeno recente os filhos dormirem em quartos separados e compartilhar um quarto produz benefícios.

"Crianças inquietas, em particular, dormem mais facilmente quando há mais alguém no mesmo quarto ou até na mesma cama", disse Crist.

Compartilhar um quarto também ensina as crianças como negociar, como chegar a um compromisso e como lidar com conflitos, que são capacidades importantes para se desenvolver.

Quando elas dividem um quarto, também irão criar vínculos mais estreitos por causa das conversas mantidas antes de dormir que costumam ter, disse Laura Markham, psicóloga clínica e autora do livro Peaceful Parent, Happy Sibling.

Mas os bate-papos noturnos também podem causar transtornos de sono, que é um de uma série de problemas que as famílias descobrirão tão logo colocam as crianças na cama e apagam a luz, disse Linda Szmulewitz, que dá orientação para pessoas com problemas de sono.

Ela recomenda que os pais, se decidirem que os filhos devem compartilhar do mesmo quarto, imaginem soluções para os problemas antes de afetarem o sono das crianças. "Para as mais velhas que dividem o quarto, costumo trabalhar aconselhando os pais a estabelecerem horário de ir para a cama, portanto eles têm de ter em mente que o tempo que as crianças gastam papeando antes de dormir é o tempo particular delas, e não podem esperar que irão colocá-las na cama e elas lá ficarão quietas e que dormirão sem nenhuma interação", disse Szmulewitz.

Se uma criança acorda antes da outra, ela tem de aprender a não sair gritando para os pais virem pegá-la, mas sair do quarto na ponta dos pés. Os pais também devem levar em conta as necessidades de privacidade dos filhos, disse a terapeuta Julianne Neely. Segundo ela, é importante que cada criança tenha seu próprio espaço pessoal para ficar sozinha.

Quando as crianças chegam à puberdade, ter um espaço que seja seu é ainda mais importante e é neste momento que os irmãos do sexo oposto normalmente pedem para ter seu próprio quarto. Se não for possível, Markham sugere colocar uma cortina dentro do quarto para dar a cada um deles uma certa privacidade.

A orientadora escolar Rebecca Solomom recentemente resolveu separar o filho de nove anos e a filha de sete para cada um ter seu próprio quarto, mas até agora eles não se separaram. Os dois gêmeos de quatro anos continuam dividindo o quarto e ela não pretende colocá-los em dois quartos separados. E eles também não querem.

Tradução de Terezinha Martino 

Se uma criança acorda antes da outra, ela tem de aprender a não sair gritando para os pais virem pegá-la, mas sair do quarto na ponta dos pés Foto: Pixabay

Em quase dois terços das famílias com filhos menores de 18 anos, as crianças dividem o quarto. Em uma espaçosa casa de seis quartos em Oak Park, os três filhos de Sarah Coleman compartilham a mesma cama em seu quarto.

Sim o quarto deles. As crianças dividem um quarto, os pais outro quarto, e os quatro quartos restantes estão vazios salvo quando há visitas.

"Sempre admirei famílias grandes, onde as crianças desenvolviam um espírito de tribo, compartilhando tudo - brinquedos, espaço, experiência, os pais", disse Sarah, antiga administradora de uma entidade sem fins lucrativos que agora se dedica ao lar e aos cuidados dos três filhos em idade de um, três e cinco anos. "Assim, mesmo com espaço suficiente para não precisarem dividir o quarto, isto não significa que não devem".

O tamanho das casas vem crescendo, mas os quartos não usados são usados para visitas, como escritório ou espaço para brincar.

O tamanho médio de uma casa familiar nova em 1995 era de cerca de 180 metros quadrados e 30% das casas tinham quatro quartos ou mais, de acordo com o Census Bureau. Em 2014 esse espaço aumentou para 232 metros quadrados e 46% das casas novas possuem quatro quartos ou mais.

Embora o mesmo departamento não monitore quantos filhos compartilham um quarto, segundo o New York Housing and Vacancy Surbey em dois terços dos lares com duas crianças menores de 18 anos, elas dividem o quarto.

Jessie LeMar lembrou orgulhosamente da época em que compartilhava o quarto com sua irmã e assim, quando teve seus próprios filhos, fez o mesmo arranjo para eles, deixando o quarto restante como espaço para as crianças brincarem.

Suas filhas de 4 e 6 anos dividem o espaço e Jessie costuma ameaçá-las de colocar uma em cada quarto se elas se comportarem mal.

Embora não se possa dizer que é certa ou errada a prática de as crianças compartilharem o mesmo quarto, para James Crist psicólogo clínico e coautor do livro Siblings: You're Stuck With Each Other, So Stick Together, é um fenômeno recente os filhos dormirem em quartos separados e compartilhar um quarto produz benefícios.

"Crianças inquietas, em particular, dormem mais facilmente quando há mais alguém no mesmo quarto ou até na mesma cama", disse Crist.

Compartilhar um quarto também ensina as crianças como negociar, como chegar a um compromisso e como lidar com conflitos, que são capacidades importantes para se desenvolver.

Quando elas dividem um quarto, também irão criar vínculos mais estreitos por causa das conversas mantidas antes de dormir que costumam ter, disse Laura Markham, psicóloga clínica e autora do livro Peaceful Parent, Happy Sibling.

Mas os bate-papos noturnos também podem causar transtornos de sono, que é um de uma série de problemas que as famílias descobrirão tão logo colocam as crianças na cama e apagam a luz, disse Linda Szmulewitz, que dá orientação para pessoas com problemas de sono.

Ela recomenda que os pais, se decidirem que os filhos devem compartilhar do mesmo quarto, imaginem soluções para os problemas antes de afetarem o sono das crianças. "Para as mais velhas que dividem o quarto, costumo trabalhar aconselhando os pais a estabelecerem horário de ir para a cama, portanto eles têm de ter em mente que o tempo que as crianças gastam papeando antes de dormir é o tempo particular delas, e não podem esperar que irão colocá-las na cama e elas lá ficarão quietas e que dormirão sem nenhuma interação", disse Szmulewitz.

Se uma criança acorda antes da outra, ela tem de aprender a não sair gritando para os pais virem pegá-la, mas sair do quarto na ponta dos pés. Os pais também devem levar em conta as necessidades de privacidade dos filhos, disse a terapeuta Julianne Neely. Segundo ela, é importante que cada criança tenha seu próprio espaço pessoal para ficar sozinha.

Quando as crianças chegam à puberdade, ter um espaço que seja seu é ainda mais importante e é neste momento que os irmãos do sexo oposto normalmente pedem para ter seu próprio quarto. Se não for possível, Markham sugere colocar uma cortina dentro do quarto para dar a cada um deles uma certa privacidade.

A orientadora escolar Rebecca Solomom recentemente resolveu separar o filho de nove anos e a filha de sete para cada um ter seu próprio quarto, mas até agora eles não se separaram. Os dois gêmeos de quatro anos continuam dividindo o quarto e ela não pretende colocá-los em dois quartos separados. E eles também não querem.

Tradução de Terezinha Martino 

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