Unicef e SaferNet lançam, com apoio do Facebook e Instagram, campanha contra bullying


Por meio da empatia, usuários das redes sociais poderão compartilhar histórias e ajudar a combater agressão

Por Camila Tuchlinski
Unicef, SaferNet, Facebook eInstagram se unem em campanha sobra o bullying. Foto: Divulgação/Facebook

A internet, por vezes, é um território aparentemente ‘sem lei’, em que muitas pessoas acreditam que podem escrever o que querem, inclusive atacar outros internautas. E, no universo dos adolescentes e jovens, o tema é ainda mais delicado.  Esta é uma fase da vida do indivíduo em que busca cada vez mais aceitação dos seus pares. Na escola, por exemplo, os adolescentes procuram fazer parte de qualquer grupo, mesmo se for diferente do seu estilo ou do modo como encara o mundo. Quem não consegue se encaixar, corre o risco de se tornar alvo de críticas, julgamentos e ofensas. Esse isolamento pode ser um prato cheio para situações em que o jovem se vê obrigado a aceitar humilhações e as mais variadas agressões.  “Antigamente, o bullying que acontecia no intervalo da escola tinha começo, meio e fim. Quando você publica uma agressão nas redes sociais, aquilo tem um começo, mas não tem um fim. Se torna público. Familiares, amigos do bairro, da escola e a comunidade vão ver a situação constrangedora”, avalia Rodrigo Nejm, diretor de educação da SaferNet. O bullying é uma agressão, física ou psicológica, que acontece de forma sistemática e repetitiva. Se houver uma ocorrência pontual, não pode ser classificado dessa forma. Para esclarecer essas questões e envolver também aqueles que assistem aos episódios de bullying e não fazem nada, Unicef, SaferNet, Fabebook e Instagram se unem e lançam, a partir deste sábado, 6, a campanha ‘Acabar com o bullying é da minha conta’.  A gerente de Políticas Públicas do Instagram, Natalia Paiva, afirma que a ação foi pensada levando em conta a experiência do usuário na rede social, com hashtag e stories, que serão consumidos pelos internautas a todo momento. “Este é um tema prioritário para o Instagram: garantir que a plataforma seja um lugar seguro e positivo para todo mundo. A hashtag ‘é da minha conta’ (#édaminhaconta) personaliza muito essa campanha. Sair da dicotomia vítima-agressor e pensar que é uma violência diária que responsabiliza todo mundo”, ressalta.  De forma didática, a campanha explica o ‘caminho da agressão’ através da empatia. Tudo começa com a pergunta: “O conteúdo da brincadeira te faz sentir mal, humilha ou discrimina?”. Se a resposta for não, a campanha elabora uma orientação para que o jovem saiba lidar com a situação. Se a resposta for sim, a ação procura saber mais detalhes: se isso acontece com frequência ou se a vítima é menor de 18 anos, por exemplo. 

Esquema criado pela campanha mostra os 'caminhos' do bullying e como agir em caso de identificação da agressão. Foto: Divulgação/Facebook
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O que pensam os adolescentes sobre bullying?

A equipe reuniu um grupo de adolescentes no início de fevereiro para conversar sobre comunicação em rede social e bullying. E nada mais justo do que oferecer esse ‘lugar de fala’ para os jovens, que vivem diretamente o problema. O que sabem sobre bullying? Como encaram a exposição e a troca de mensagens públicas nas redes sociais? Como podem deixar de serem ‘espectadores’ de agressões para se tornarem agentes de transformação? “Os adolescentes escutam muito mais entre eles. E isso tem muito mais chance de ressoar e causar impacto. Tivemos essa preocupação de um lugar de fala para os adolescentes. Todos nós temos um papel para desempenhar no combate ao bullying. Não só o agressor, a vítima, mas todo mundo tem que estar de mãos dadas nessa luta. Tem muito adolescente que vê essa situação e não sabe como agir”, enfatiza Daniele Kleiner, gerente de Bem-Estar do Facebook.  O diretor de educação da SaferNet lembra que a realidade atual do adolescente é daquele indivíduo que praticamente cresceu tendo as redes sociais como parte de seu cotidiano. “Hoje a vida social dos adolescentes passa majoritariamente pela internet. Ela é cada vez mais o espaço privilegiado da socialização dos adolescentes. Fazer amizade, namoro, autoexpressão, desenvolvimento da personalidade. A adolescência já é um período da vida sensível. E quando você passa a ser humilhado publicamente, em um espaço em que você não tem como escapar, é uma combinação muito explosiva. Isso porque você está sendo atacado em um espaço muito importante para você”, analisa Rodrigo Nejm. Alguns jovens foram nomeados embaixadores da campanha, como Klara Castanho, PH Cortes e Lorenzo Ravioli. Eles convidarão as pessoas a contar suas experiências com o bullying. 

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Klara Castenho, PH Cortes e Lorenzo Ravioli,embaixadores da campanha contra bullying nas redes sociais. Foto: Instagram/@klarafgcastanho/@cortesph/@lorenzo.ravioli

De acordo com Daniele Kleiner, o Facebook trabalha 24 horas por dia monitorando o que está sendo escrito no ambiente virtual, inclusive recebendo denúncias. Segundo a gerente de Bem-Estar do Facebook, a rede social promove ações também no ‘mundo real’: “Fizemos parceria no ano passado com escolas para falar sobre saúde mental. Elaboramos um e-book para os educadores”. O Instagram também disponibiliza filtros a serem configurados no perfil do usuário.  Além das ações a partir deste sábado, Unicef e SaferNet irão realizar três lives nos dias 8, 9 e 10 com adolescentes, pais e educadores, a partir das 17h. As transmissões serão feitas nas páginas do Facebook, Unicef e SaferNet.

Serviço - Lives da campanha ‘Acabar com o bullying é da minha conta’

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8 de abril, às 17hO que fazer se você ou outra pessoa que você conhece são vítimas de bullying? Participantes: Klara Castanho, Domenica Dias e Lorenzo Ravioli.

9 de abril, às 17hO que fazer se seu filho for alvo de bullying? Participantes: Marcos Mion, Camila Pimentel (mãe da MC Sophia), Alexandre Amaral (psicólogo) e Gabriela Mora (UNICEF).

10 de abril, às 17hComo abordar temas sobre o bullying de forma efetiva com estudantes? Participantes: Rodrigo Nejm (SaferNet), Débora Aladim (especialista em educação), Josafá Moreira da Cunha (UFPR) e Rosa Lamana (Secretaria do Estado de São Paulo).

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Central de Prevenção ao bullying

Na Central de Segurança do Facebook, as pessoas podem encontrar um portal com dicas para os pais. O canal traz informações, ferramentas e recursos para ajudar a comunidade, incluindo orientações sobre como iniciar conversas importantes para pessoas que sofrem bullying, para os pais que tiveram um filho que sofreu ou que foi acusado de bullying e para educadores que têm que lidar com essas situações.

Serviço de apoio às vítimas de bullying na internet

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Além de apresentar mecanismos de prevenção e de denúncia, a data também é uma oportunidade de discutir a importância do acolhimento às vítimas de casos de bullying, sobretudo na internet.

A SaferNet Brasil mantém um serviço gratuito para esclarecer dúvidas, ensinar formas seguras de uso da internet e também orientar crianças, adolescentes, jovens, pais e educadores sobre situações de violência online como humilhações, intimidações, chantagem ou compartilhamento não autorizado de imagens íntimas. O HelpLine Brasil faz parte da rede global de canais de ajuda e orientação Child Helpline Internacional, presente em 133 países. O canal também está disponível aqui.

VEJA TAMBÉM: Dicas para proporcionar um uso seguro da internet por crianças e adolescentes

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Veja dicas para proporcionar um uso seguro da internet por crianças e adolescentes

1 | 9

Dicas para crianças e adolescentes utilizarem a internet

Foto: Pixabay
2 | 9

Cuidado com os fakes!

Foto: Pixabay
3 | 9

Evite que seu filho pratique cyberbullying

Foto: Pixabay
4 | 9

Explore a tecnologia em família

Foto: Pixabay
5 | 9

Atenção às telas!

Foto: Pixabay
6 | 9

Converse com seu filho

Foto: Pixabay
7 | 9

Senhas

Foto: Pixabay
8 | 9

Quando, como e com quem compartilhar informações

Foto: Pixabay
9 | 9

Denuncie

Foto: Pixabay
Unicef, SaferNet, Facebook eInstagram se unem em campanha sobra o bullying. Foto: Divulgação/Facebook

A internet, por vezes, é um território aparentemente ‘sem lei’, em que muitas pessoas acreditam que podem escrever o que querem, inclusive atacar outros internautas. E, no universo dos adolescentes e jovens, o tema é ainda mais delicado.  Esta é uma fase da vida do indivíduo em que busca cada vez mais aceitação dos seus pares. Na escola, por exemplo, os adolescentes procuram fazer parte de qualquer grupo, mesmo se for diferente do seu estilo ou do modo como encara o mundo. Quem não consegue se encaixar, corre o risco de se tornar alvo de críticas, julgamentos e ofensas. Esse isolamento pode ser um prato cheio para situações em que o jovem se vê obrigado a aceitar humilhações e as mais variadas agressões.  “Antigamente, o bullying que acontecia no intervalo da escola tinha começo, meio e fim. Quando você publica uma agressão nas redes sociais, aquilo tem um começo, mas não tem um fim. Se torna público. Familiares, amigos do bairro, da escola e a comunidade vão ver a situação constrangedora”, avalia Rodrigo Nejm, diretor de educação da SaferNet. O bullying é uma agressão, física ou psicológica, que acontece de forma sistemática e repetitiva. Se houver uma ocorrência pontual, não pode ser classificado dessa forma. Para esclarecer essas questões e envolver também aqueles que assistem aos episódios de bullying e não fazem nada, Unicef, SaferNet, Fabebook e Instagram se unem e lançam, a partir deste sábado, 6, a campanha ‘Acabar com o bullying é da minha conta’.  A gerente de Políticas Públicas do Instagram, Natalia Paiva, afirma que a ação foi pensada levando em conta a experiência do usuário na rede social, com hashtag e stories, que serão consumidos pelos internautas a todo momento. “Este é um tema prioritário para o Instagram: garantir que a plataforma seja um lugar seguro e positivo para todo mundo. A hashtag ‘é da minha conta’ (#édaminhaconta) personaliza muito essa campanha. Sair da dicotomia vítima-agressor e pensar que é uma violência diária que responsabiliza todo mundo”, ressalta.  De forma didática, a campanha explica o ‘caminho da agressão’ através da empatia. Tudo começa com a pergunta: “O conteúdo da brincadeira te faz sentir mal, humilha ou discrimina?”. Se a resposta for não, a campanha elabora uma orientação para que o jovem saiba lidar com a situação. Se a resposta for sim, a ação procura saber mais detalhes: se isso acontece com frequência ou se a vítima é menor de 18 anos, por exemplo. 

Esquema criado pela campanha mostra os 'caminhos' do bullying e como agir em caso de identificação da agressão. Foto: Divulgação/Facebook

 

O que pensam os adolescentes sobre bullying?

A equipe reuniu um grupo de adolescentes no início de fevereiro para conversar sobre comunicação em rede social e bullying. E nada mais justo do que oferecer esse ‘lugar de fala’ para os jovens, que vivem diretamente o problema. O que sabem sobre bullying? Como encaram a exposição e a troca de mensagens públicas nas redes sociais? Como podem deixar de serem ‘espectadores’ de agressões para se tornarem agentes de transformação? “Os adolescentes escutam muito mais entre eles. E isso tem muito mais chance de ressoar e causar impacto. Tivemos essa preocupação de um lugar de fala para os adolescentes. Todos nós temos um papel para desempenhar no combate ao bullying. Não só o agressor, a vítima, mas todo mundo tem que estar de mãos dadas nessa luta. Tem muito adolescente que vê essa situação e não sabe como agir”, enfatiza Daniele Kleiner, gerente de Bem-Estar do Facebook.  O diretor de educação da SaferNet lembra que a realidade atual do adolescente é daquele indivíduo que praticamente cresceu tendo as redes sociais como parte de seu cotidiano. “Hoje a vida social dos adolescentes passa majoritariamente pela internet. Ela é cada vez mais o espaço privilegiado da socialização dos adolescentes. Fazer amizade, namoro, autoexpressão, desenvolvimento da personalidade. A adolescência já é um período da vida sensível. E quando você passa a ser humilhado publicamente, em um espaço em que você não tem como escapar, é uma combinação muito explosiva. Isso porque você está sendo atacado em um espaço muito importante para você”, analisa Rodrigo Nejm. Alguns jovens foram nomeados embaixadores da campanha, como Klara Castanho, PH Cortes e Lorenzo Ravioli. Eles convidarão as pessoas a contar suas experiências com o bullying. 

Klara Castenho, PH Cortes e Lorenzo Ravioli,embaixadores da campanha contra bullying nas redes sociais. Foto: Instagram/@klarafgcastanho/@cortesph/@lorenzo.ravioli

De acordo com Daniele Kleiner, o Facebook trabalha 24 horas por dia monitorando o que está sendo escrito no ambiente virtual, inclusive recebendo denúncias. Segundo a gerente de Bem-Estar do Facebook, a rede social promove ações também no ‘mundo real’: “Fizemos parceria no ano passado com escolas para falar sobre saúde mental. Elaboramos um e-book para os educadores”. O Instagram também disponibiliza filtros a serem configurados no perfil do usuário.  Além das ações a partir deste sábado, Unicef e SaferNet irão realizar três lives nos dias 8, 9 e 10 com adolescentes, pais e educadores, a partir das 17h. As transmissões serão feitas nas páginas do Facebook, Unicef e SaferNet.

Serviço - Lives da campanha ‘Acabar com o bullying é da minha conta’

8 de abril, às 17hO que fazer se você ou outra pessoa que você conhece são vítimas de bullying? Participantes: Klara Castanho, Domenica Dias e Lorenzo Ravioli.

9 de abril, às 17hO que fazer se seu filho for alvo de bullying? Participantes: Marcos Mion, Camila Pimentel (mãe da MC Sophia), Alexandre Amaral (psicólogo) e Gabriela Mora (UNICEF).

10 de abril, às 17hComo abordar temas sobre o bullying de forma efetiva com estudantes? Participantes: Rodrigo Nejm (SaferNet), Débora Aladim (especialista em educação), Josafá Moreira da Cunha (UFPR) e Rosa Lamana (Secretaria do Estado de São Paulo).

Central de Prevenção ao bullying

Na Central de Segurança do Facebook, as pessoas podem encontrar um portal com dicas para os pais. O canal traz informações, ferramentas e recursos para ajudar a comunidade, incluindo orientações sobre como iniciar conversas importantes para pessoas que sofrem bullying, para os pais que tiveram um filho que sofreu ou que foi acusado de bullying e para educadores que têm que lidar com essas situações.

Serviço de apoio às vítimas de bullying na internet

Além de apresentar mecanismos de prevenção e de denúncia, a data também é uma oportunidade de discutir a importância do acolhimento às vítimas de casos de bullying, sobretudo na internet.

A SaferNet Brasil mantém um serviço gratuito para esclarecer dúvidas, ensinar formas seguras de uso da internet e também orientar crianças, adolescentes, jovens, pais e educadores sobre situações de violência online como humilhações, intimidações, chantagem ou compartilhamento não autorizado de imagens íntimas. O HelpLine Brasil faz parte da rede global de canais de ajuda e orientação Child Helpline Internacional, presente em 133 países. O canal também está disponível aqui.

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Veja dicas para proporcionar um uso seguro da internet por crianças e adolescentes

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Dicas para crianças e adolescentes utilizarem a internet

Foto: Pixabay
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Cuidado com os fakes!

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Evite que seu filho pratique cyberbullying

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Explore a tecnologia em família

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Atenção às telas!

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Converse com seu filho

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Senhas

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Quando, como e com quem compartilhar informações

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Unicef, SaferNet, Facebook eInstagram se unem em campanha sobra o bullying. Foto: Divulgação/Facebook

A internet, por vezes, é um território aparentemente ‘sem lei’, em que muitas pessoas acreditam que podem escrever o que querem, inclusive atacar outros internautas. E, no universo dos adolescentes e jovens, o tema é ainda mais delicado.  Esta é uma fase da vida do indivíduo em que busca cada vez mais aceitação dos seus pares. Na escola, por exemplo, os adolescentes procuram fazer parte de qualquer grupo, mesmo se for diferente do seu estilo ou do modo como encara o mundo. Quem não consegue se encaixar, corre o risco de se tornar alvo de críticas, julgamentos e ofensas. Esse isolamento pode ser um prato cheio para situações em que o jovem se vê obrigado a aceitar humilhações e as mais variadas agressões.  “Antigamente, o bullying que acontecia no intervalo da escola tinha começo, meio e fim. Quando você publica uma agressão nas redes sociais, aquilo tem um começo, mas não tem um fim. Se torna público. Familiares, amigos do bairro, da escola e a comunidade vão ver a situação constrangedora”, avalia Rodrigo Nejm, diretor de educação da SaferNet. O bullying é uma agressão, física ou psicológica, que acontece de forma sistemática e repetitiva. Se houver uma ocorrência pontual, não pode ser classificado dessa forma. Para esclarecer essas questões e envolver também aqueles que assistem aos episódios de bullying e não fazem nada, Unicef, SaferNet, Fabebook e Instagram se unem e lançam, a partir deste sábado, 6, a campanha ‘Acabar com o bullying é da minha conta’.  A gerente de Políticas Públicas do Instagram, Natalia Paiva, afirma que a ação foi pensada levando em conta a experiência do usuário na rede social, com hashtag e stories, que serão consumidos pelos internautas a todo momento. “Este é um tema prioritário para o Instagram: garantir que a plataforma seja um lugar seguro e positivo para todo mundo. A hashtag ‘é da minha conta’ (#édaminhaconta) personaliza muito essa campanha. Sair da dicotomia vítima-agressor e pensar que é uma violência diária que responsabiliza todo mundo”, ressalta.  De forma didática, a campanha explica o ‘caminho da agressão’ através da empatia. Tudo começa com a pergunta: “O conteúdo da brincadeira te faz sentir mal, humilha ou discrimina?”. Se a resposta for não, a campanha elabora uma orientação para que o jovem saiba lidar com a situação. Se a resposta for sim, a ação procura saber mais detalhes: se isso acontece com frequência ou se a vítima é menor de 18 anos, por exemplo. 

Esquema criado pela campanha mostra os 'caminhos' do bullying e como agir em caso de identificação da agressão. Foto: Divulgação/Facebook

 

O que pensam os adolescentes sobre bullying?

A equipe reuniu um grupo de adolescentes no início de fevereiro para conversar sobre comunicação em rede social e bullying. E nada mais justo do que oferecer esse ‘lugar de fala’ para os jovens, que vivem diretamente o problema. O que sabem sobre bullying? Como encaram a exposição e a troca de mensagens públicas nas redes sociais? Como podem deixar de serem ‘espectadores’ de agressões para se tornarem agentes de transformação? “Os adolescentes escutam muito mais entre eles. E isso tem muito mais chance de ressoar e causar impacto. Tivemos essa preocupação de um lugar de fala para os adolescentes. Todos nós temos um papel para desempenhar no combate ao bullying. Não só o agressor, a vítima, mas todo mundo tem que estar de mãos dadas nessa luta. Tem muito adolescente que vê essa situação e não sabe como agir”, enfatiza Daniele Kleiner, gerente de Bem-Estar do Facebook.  O diretor de educação da SaferNet lembra que a realidade atual do adolescente é daquele indivíduo que praticamente cresceu tendo as redes sociais como parte de seu cotidiano. “Hoje a vida social dos adolescentes passa majoritariamente pela internet. Ela é cada vez mais o espaço privilegiado da socialização dos adolescentes. Fazer amizade, namoro, autoexpressão, desenvolvimento da personalidade. A adolescência já é um período da vida sensível. E quando você passa a ser humilhado publicamente, em um espaço em que você não tem como escapar, é uma combinação muito explosiva. Isso porque você está sendo atacado em um espaço muito importante para você”, analisa Rodrigo Nejm. Alguns jovens foram nomeados embaixadores da campanha, como Klara Castanho, PH Cortes e Lorenzo Ravioli. Eles convidarão as pessoas a contar suas experiências com o bullying. 

Klara Castenho, PH Cortes e Lorenzo Ravioli,embaixadores da campanha contra bullying nas redes sociais. Foto: Instagram/@klarafgcastanho/@cortesph/@lorenzo.ravioli

De acordo com Daniele Kleiner, o Facebook trabalha 24 horas por dia monitorando o que está sendo escrito no ambiente virtual, inclusive recebendo denúncias. Segundo a gerente de Bem-Estar do Facebook, a rede social promove ações também no ‘mundo real’: “Fizemos parceria no ano passado com escolas para falar sobre saúde mental. Elaboramos um e-book para os educadores”. O Instagram também disponibiliza filtros a serem configurados no perfil do usuário.  Além das ações a partir deste sábado, Unicef e SaferNet irão realizar três lives nos dias 8, 9 e 10 com adolescentes, pais e educadores, a partir das 17h. As transmissões serão feitas nas páginas do Facebook, Unicef e SaferNet.

Serviço - Lives da campanha ‘Acabar com o bullying é da minha conta’

8 de abril, às 17hO que fazer se você ou outra pessoa que você conhece são vítimas de bullying? Participantes: Klara Castanho, Domenica Dias e Lorenzo Ravioli.

9 de abril, às 17hO que fazer se seu filho for alvo de bullying? Participantes: Marcos Mion, Camila Pimentel (mãe da MC Sophia), Alexandre Amaral (psicólogo) e Gabriela Mora (UNICEF).

10 de abril, às 17hComo abordar temas sobre o bullying de forma efetiva com estudantes? Participantes: Rodrigo Nejm (SaferNet), Débora Aladim (especialista em educação), Josafá Moreira da Cunha (UFPR) e Rosa Lamana (Secretaria do Estado de São Paulo).

Central de Prevenção ao bullying

Na Central de Segurança do Facebook, as pessoas podem encontrar um portal com dicas para os pais. O canal traz informações, ferramentas e recursos para ajudar a comunidade, incluindo orientações sobre como iniciar conversas importantes para pessoas que sofrem bullying, para os pais que tiveram um filho que sofreu ou que foi acusado de bullying e para educadores que têm que lidar com essas situações.

Serviço de apoio às vítimas de bullying na internet

Além de apresentar mecanismos de prevenção e de denúncia, a data também é uma oportunidade de discutir a importância do acolhimento às vítimas de casos de bullying, sobretudo na internet.

A SaferNet Brasil mantém um serviço gratuito para esclarecer dúvidas, ensinar formas seguras de uso da internet e também orientar crianças, adolescentes, jovens, pais e educadores sobre situações de violência online como humilhações, intimidações, chantagem ou compartilhamento não autorizado de imagens íntimas. O HelpLine Brasil faz parte da rede global de canais de ajuda e orientação Child Helpline Internacional, presente em 133 países. O canal também está disponível aqui.

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