Self-service de humor

Opinião|Próxima parada: Passado


Por Carlos Castelo

A única coisa a fazer é tocar um tango argentino.

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(Pixabay) Foto: Estadão

 

Assim como só um tango argentino

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Aplaca o pneumotórax

Como só o trago de conhaque

Traz refrigério ao desvario

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Estas estrofes arrevesadas

Transitam pelo cinza poente

 

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Avenidas fechadas a editoriais

Alamedas esvaziadas de resenhas

Crônicas, ensaios, colunas, artigos

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Tudo se esgueira, menos os versos

 

Trezentos e quarenta mil

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Trezentos e quarenta mil

Não mais - a menos

 

Gente, vivente, ser, criatura, povo

Que luzia, maria, bia, cecília, osmar

sol, cida, vida, rosa, manoel, arnaldo

 

Perderam-se, pó de gesso, embranquecendo

O piso do museu, os bustos de bronze

Mortais e números feito peças

Na mesa do cassino fosforescente

 

Mais tarde, os homens estamparão

Quantos cinco mil foram os de hoje

 

Viajar pelas estações

Como se não existisse

Parada do Futuro

Só cais do Passado

A única coisa a fazer é tocar um tango argentino.

(Pixabay) Foto: Estadão

 

Assim como só um tango argentino

Aplaca o pneumotórax

Como só o trago de conhaque

Traz refrigério ao desvario

Estas estrofes arrevesadas

Transitam pelo cinza poente

 

Avenidas fechadas a editoriais

Alamedas esvaziadas de resenhas

Crônicas, ensaios, colunas, artigos

Tudo se esgueira, menos os versos

 

Trezentos e quarenta mil

Trezentos e quarenta mil

Não mais - a menos

 

Gente, vivente, ser, criatura, povo

Que luzia, maria, bia, cecília, osmar

sol, cida, vida, rosa, manoel, arnaldo

 

Perderam-se, pó de gesso, embranquecendo

O piso do museu, os bustos de bronze

Mortais e números feito peças

Na mesa do cassino fosforescente

 

Mais tarde, os homens estamparão

Quantos cinco mil foram os de hoje

 

Viajar pelas estações

Como se não existisse

Parada do Futuro

Só cais do Passado

A única coisa a fazer é tocar um tango argentino.

(Pixabay) Foto: Estadão

 

Assim como só um tango argentino

Aplaca o pneumotórax

Como só o trago de conhaque

Traz refrigério ao desvario

Estas estrofes arrevesadas

Transitam pelo cinza poente

 

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Alamedas esvaziadas de resenhas

Crônicas, ensaios, colunas, artigos

Tudo se esgueira, menos os versos

 

Trezentos e quarenta mil

Trezentos e quarenta mil

Não mais - a menos

 

Gente, vivente, ser, criatura, povo

Que luzia, maria, bia, cecília, osmar

sol, cida, vida, rosa, manoel, arnaldo

 

Perderam-se, pó de gesso, embranquecendo

O piso do museu, os bustos de bronze

Mortais e números feito peças

Na mesa do cassino fosforescente

 

Mais tarde, os homens estamparão

Quantos cinco mil foram os de hoje

 

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Só cais do Passado

Opinião por Carlos Castelo

Carlos Castelo. Cronista, compositor e frasista. É ainda sócio fundador do grupo de humor Língua de Trapo.

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