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A São Paulo Fashion Week não é mais a mesma...e que bom!


Por FAAP Moda
 

A edição N55 do São Paulo Fashion Week terminou no último domingo após quatro dias intensos com apresentações que seguiram o tema "Origens/Ressignificar".

Em 1996, quando ocorreu a primeira edição do São Paulo Fashion Week (SPFW), os tempos eram outros.  Participar dessa semana de moda era uma das formas mais importantes de ter sua coleção e, principalmente, sua marca, apresentada para o grande público.

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Naquela época a internet dava seus primeiros passos e as mídias sociais ainda levariam quase uma década para nascer!  Era outro mundo.

Com a inovação trazida pela revolução tecnológica nos meios de comunicação e a transformação profunda na forma como as pessoas consomem informações trazida pelas mídias sociais, as marcas têm à disposição diversos canais para acessar o público, assumindo mais controle sobre suas escolhas estratégicas de comunicação.

Mas, se hoje não é mais necessário desfilar para chegar às pessoas, qual a relevância de desfilar em uma semana de moda, então?

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Assistindo às apresentações dessa temporada, fica evidente o quanto os desfiles assumiram um papel ainda mais político, trazendo temas de inclusão e sustentabilidade de forma mais evidente às passarelas.  Provavelmente por não se tratar mais da única opção para as marcas, as que optam por desfilar em um evento de moda, o fazem com muito mais consciência da mensagem que desejam passar.

O que estamos acompanhando nas últimas edições do SPFW é a predominância de marcas e designers que assumem suas origens culturais, defendem a diversidade racial, acolhem os diferentes corpos e assumem posturas ativas em relação a temas como sustentabilidade.

Exemplos dessa edição foram as performances musicais de As Marias, Isaac Silva e Menino Rei, entre tantas outras marcas que trouxeram artistas musicais para compor suas apresentações e suas mensagens.  Os aspectos culturais brasileiros também foram ressaltados através dos elementos artesanais como fuxicos e crochê, no desfile de Marina Bitu.

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É interessante observar a maturidade deste processo à medida que as mensagens não substituem os aspectos técnicos do produto de moda.  Vimos produtos impecavelmente criados, modelados, costurados e acabados, utilizando materiais nobres e outros inusitados.  Ou seja, a ideia e o produto estão sobrepostos em uma conjunção harmoniosa.

A São Paulo Fashion Week não é a mesma.  Ainda bem!  Pois a única chance de manter a relevância para uma semana de moda é se reinventar com a mudança dos tempos.  Antes, eram grandes marcas desfilando sua magnitude em modelos que pouco representavam a diversidade de nosso país.  Hoje são designers com suas mensagens apresentadas através de pessoas em suas diversas manifestações, em cores e ritmos do nosso país.

 

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Marília Carvalhinha é coordenadora da pós-graduação em Fashion Business do Centro Universitário FAAP

 

A edição N55 do São Paulo Fashion Week terminou no último domingo após quatro dias intensos com apresentações que seguiram o tema "Origens/Ressignificar".

Em 1996, quando ocorreu a primeira edição do São Paulo Fashion Week (SPFW), os tempos eram outros.  Participar dessa semana de moda era uma das formas mais importantes de ter sua coleção e, principalmente, sua marca, apresentada para o grande público.

Naquela época a internet dava seus primeiros passos e as mídias sociais ainda levariam quase uma década para nascer!  Era outro mundo.

Com a inovação trazida pela revolução tecnológica nos meios de comunicação e a transformação profunda na forma como as pessoas consomem informações trazida pelas mídias sociais, as marcas têm à disposição diversos canais para acessar o público, assumindo mais controle sobre suas escolhas estratégicas de comunicação.

Mas, se hoje não é mais necessário desfilar para chegar às pessoas, qual a relevância de desfilar em uma semana de moda, então?

Assistindo às apresentações dessa temporada, fica evidente o quanto os desfiles assumiram um papel ainda mais político, trazendo temas de inclusão e sustentabilidade de forma mais evidente às passarelas.  Provavelmente por não se tratar mais da única opção para as marcas, as que optam por desfilar em um evento de moda, o fazem com muito mais consciência da mensagem que desejam passar.

O que estamos acompanhando nas últimas edições do SPFW é a predominância de marcas e designers que assumem suas origens culturais, defendem a diversidade racial, acolhem os diferentes corpos e assumem posturas ativas em relação a temas como sustentabilidade.

Exemplos dessa edição foram as performances musicais de As Marias, Isaac Silva e Menino Rei, entre tantas outras marcas que trouxeram artistas musicais para compor suas apresentações e suas mensagens.  Os aspectos culturais brasileiros também foram ressaltados através dos elementos artesanais como fuxicos e crochê, no desfile de Marina Bitu.

É interessante observar a maturidade deste processo à medida que as mensagens não substituem os aspectos técnicos do produto de moda.  Vimos produtos impecavelmente criados, modelados, costurados e acabados, utilizando materiais nobres e outros inusitados.  Ou seja, a ideia e o produto estão sobrepostos em uma conjunção harmoniosa.

A São Paulo Fashion Week não é a mesma.  Ainda bem!  Pois a única chance de manter a relevância para uma semana de moda é se reinventar com a mudança dos tempos.  Antes, eram grandes marcas desfilando sua magnitude em modelos que pouco representavam a diversidade de nosso país.  Hoje são designers com suas mensagens apresentadas através de pessoas em suas diversas manifestações, em cores e ritmos do nosso país.

 

Marília Carvalhinha é coordenadora da pós-graduação em Fashion Business do Centro Universitário FAAP

 

A edição N55 do São Paulo Fashion Week terminou no último domingo após quatro dias intensos com apresentações que seguiram o tema "Origens/Ressignificar".

Em 1996, quando ocorreu a primeira edição do São Paulo Fashion Week (SPFW), os tempos eram outros.  Participar dessa semana de moda era uma das formas mais importantes de ter sua coleção e, principalmente, sua marca, apresentada para o grande público.

Naquela época a internet dava seus primeiros passos e as mídias sociais ainda levariam quase uma década para nascer!  Era outro mundo.

Com a inovação trazida pela revolução tecnológica nos meios de comunicação e a transformação profunda na forma como as pessoas consomem informações trazida pelas mídias sociais, as marcas têm à disposição diversos canais para acessar o público, assumindo mais controle sobre suas escolhas estratégicas de comunicação.

Mas, se hoje não é mais necessário desfilar para chegar às pessoas, qual a relevância de desfilar em uma semana de moda, então?

Assistindo às apresentações dessa temporada, fica evidente o quanto os desfiles assumiram um papel ainda mais político, trazendo temas de inclusão e sustentabilidade de forma mais evidente às passarelas.  Provavelmente por não se tratar mais da única opção para as marcas, as que optam por desfilar em um evento de moda, o fazem com muito mais consciência da mensagem que desejam passar.

O que estamos acompanhando nas últimas edições do SPFW é a predominância de marcas e designers que assumem suas origens culturais, defendem a diversidade racial, acolhem os diferentes corpos e assumem posturas ativas em relação a temas como sustentabilidade.

Exemplos dessa edição foram as performances musicais de As Marias, Isaac Silva e Menino Rei, entre tantas outras marcas que trouxeram artistas musicais para compor suas apresentações e suas mensagens.  Os aspectos culturais brasileiros também foram ressaltados através dos elementos artesanais como fuxicos e crochê, no desfile de Marina Bitu.

É interessante observar a maturidade deste processo à medida que as mensagens não substituem os aspectos técnicos do produto de moda.  Vimos produtos impecavelmente criados, modelados, costurados e acabados, utilizando materiais nobres e outros inusitados.  Ou seja, a ideia e o produto estão sobrepostos em uma conjunção harmoniosa.

A São Paulo Fashion Week não é a mesma.  Ainda bem!  Pois a única chance de manter a relevância para uma semana de moda é se reinventar com a mudança dos tempos.  Antes, eram grandes marcas desfilando sua magnitude em modelos que pouco representavam a diversidade de nosso país.  Hoje são designers com suas mensagens apresentadas através de pessoas em suas diversas manifestações, em cores e ritmos do nosso país.

 

Marília Carvalhinha é coordenadora da pós-graduação em Fashion Business do Centro Universitário FAAP

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