A onda ‘Barbiecore’ é um fenômeno e está invadindo diferentes setores da sociedade: desde espaços cor de rosa a comidas tingidas com o corante do momento. No entanto, algumas tentativas passam um pouco do limite e chegam a questionar a real necessidade do movimento. É o que está acontecendo com o lançamento de lanches pink: pizza, sushi, pamonha e até o acarajé foram vítimas do hype de Barbie.
A internet não fala de outra coisa e os produtores aproveitaram a tendência para deixar o mundo mais cor de rosa. Porém, o público está questionando o exagero das criações. Na Bahia, até a Associação Nacional das Baianas de Acarajé entrou na discussão e repudiou a iguaria rosa.
A vendedora da iguaria, no entanto, afirmou que o alimento não será vendido e que foi apenas uma brincadeira com o lançamento do live-action.
Segundo a chef Aline Chermoula, é necessário respeitar e entender a cultura alimentar do povo afro-brasileiro. “O acarajé é alimento simbólico da cultura afro-brasileira, ele carrega africanidades e tradição em toda sua feitura”, pontuou.
“Modificar esta receita tão emblemática é bastante desrespeitoso com nossos ancestrais e também com aqueles que ainda estão por vir, afinal, a partir de tantas modificações nesta iguaria corre risco de apagamento cultural”, enfatizou.