O ex-diretor dos humorísticos da TV Globo rebateu as acusações de assédio. Atrizes Ellen Roche, Karina Dohme e Suzana Pires haviam prestado depoimento em setembro de 2021 ao Ministério Público do Trabalho (MPT).
Alguns trechos dos depoimentos, divulgados no último domingo, 17, pela colunista Juliana Dal Piva, do UOL, reaqueceram o caso. Dohme afirmou em seu depoimento que Melhem “apertava a cintura e cheirava o pescoço das colegas”, chamava as colegas de “gostosas” e “delícia” e ainda fazia “gemidos lascivos”. Melhem diz que as acusações são “maluquices” e “uma repetição da mesma coisa que as outras dizem”.
Agora, Melhem mostrou trocas de e-mail com a mesma Karina Dohme, entre 2013 e 2016, em que ele é chamado de “amor”. Na mensagem mostrada, ela pediria ajuda em sua carreira profissional e diz sentir saudades. Melhem nega a acusação de que teria tentado beijá-la à força e contra-ataca, dizendo que foi Dohme quem tomou as iniciativas. “Isso é uma loucura. A gente trocou beijos no apartamento”, alegou.
Ellen Roche disse em seu relato que Melhem dizia frases como “mulherão, ah, se ela me desse bola”. Mas ela não sabia se as declarações eram cantadas ou brincadeiras. Já Suzana Pires relatou que Melhem teria saído de um banheiro no ambiente de trabalho apenas de cueca. Na ocasião, ele teria dito: “Suzana, vamos resolver nossa história”.
A assessoria do ator Marcius Melhem enviou uma nota à redação sobre o caso, publicada na íntegra, abaixo, assinada pelos advogados Ana Carolina Piovesana, José Luis Oliveira Lima, Letícia Lins e Silva e Técio Lins e Silva
“É importante registrar, desde logo, que Marcius Melhem não teve acesso à íntegra dos depoimentos no Ministério Público do Trabalho, não é investigado no processo trabalhista e, portanto, não teve oportunidade de contestar as mentiras contidas nos depoimentos ali prestados. Exatamente por isso, esses depoimentos são agora trazidos à publico, sem que Melhem tenha tido a oportunidade de desmascarar tais mentiras. Além disso, o que o UOL chama de “depoimentos inéditos”, na verdade, já foram exaustivamente esclarecidos desde 2021.
Nesse sentido, pelo bem da verdade, cabe informar que:
- Suzana Pires, após o mencionado depoimento ao MPT, destituiu a advogada Mayra Cotta e pediu ao Ministério Público do Rio de Janeiro que fosse retirada da lista de supostas vítimas;
- Karina Dohme jamais apareceu como suposta vítima no MP, onde Melhem poderia mostrar muitas comunicações que desmentem narrativas como as mencionadas pela jornalista. Talvez por essa razão, também tenha desistido de aparecer como testemunha na investigação policial;
- Quanto a Ellen Roche, a própria imprensa já divulgou mais de uma vez partes de seu depoimento no MP em que nega acusações de assédio e afirma que trabalharia novamente com Melhem, já que não tem nada contra ele.
Registre-se, mais uma vez, que Melhem não é alvo de investigação no MPT e que, por isso, não pode lá se defender. E na instância onde foi investigado, nenhuma das três se apresentou como suposta vítima.
Trazer à opinião pública três casos já esclarecidos de não-vítimas é mais uma tentativa de manter acesa uma acusação que não se sustenta.
Ao requentar notícias já expostas, deveria a imprensa também lembrar aos seus leitores que o MPT traz uma carta da TV Globo afirmando, após intensa investigação, que não se comprovou assédio de Marcius Melhem.
Finalmente, é de se estranhar, que o mesmo veículo que preserva nomes de supostas vítimas, exponha publicamente mulheres que não acusam Melhem de assédio na Justiça.”