Beth O’Leary, autora de ‘Teto Para Dois’: ‘Jamais imaginei que eu teria leitores no Brasil’


Best-seller virou uma série que estreou em março no Paramount+; novo livro da escritora, ‘Mesa Para Um’, chega às livrarias brasileiras nesta segunda, 27

Por Julia Queiroz

Com mais de um milhão de cópias vendidas ao redor do mundo, tradução para ao menos 35 idiomas e um sucesso impulsionado pelo TikTok, o livro Teto Para Dois catapultou a escritora britânica Beth O’ Leary, de 31 anos, para lugares que ela não acreditava que poderia alcançar.

A comédia romântica, que explora o que acontece quando duas pessoas que não se conhecem precisam dividir um apartamento com só uma cama, se tornou uma série original da Paramount+. A produção tem seis episódios e chegou ao streaming em 17 de março.

A obra foi o romance de estreia da autora, mas quatro anos e três livros depois, a ficha de que seu trabalho virou um sucesso internacional ainda não caiu. “Eu jamais imaginei que eu teria leitores no Brasil”, revela Beth ao Estadão.

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“Lembro de ter visto uma cláusula no meu contrato com a minha agente sobre direitos estrangeiros e ter pensado: ‘Meu deus! Imagina se eu tivesse um livro publicado e ele fosse lido fora do Reino Unido’. Agora meus livros foram publicados em mais de 35 idiomas. É surreal. Sou grata a cada leitor, de verdade - é uma honra que tantas pessoas deram uma chance às minhas histórias”, diz.

Esses leitores, em especial os brasileiros, poderão ter acesso à mais nova trama da escritora a partir desta segunda-feira, 27, quando seu novo livro, intitulado Mesa Para Um, chega às livrarias do País.

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A história gira em torno de três protagonistas femininas que têm apenas uma coisa em comum: todas levaram um bolo do mesmo homem no Dia dos Namorados. “O que eu amei nessa ideia foi que ela imediatamente desencadeou uma pergunta: onde ele estava então? E esse é o mistério que acaba ficando no centro dessa história”, explica Beth.

Contado a partir das três perspectivas, o romance exigiu que ela tivesse um planejamento diferente do que o normal. “Tem muitas histórias nesse livro, e algumas surpresas pelo caminho. Era simplesmente muita coisa para guardar na minha cabeça. Eu usei uma planilha muito detalhada enquanto escrevia. Foi uma experiência nova para mim, mas acho que todo romance traz algo novo”.

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História é conduzida por mulheres

Não é novidade que um livro de Beth seja protagonizado por mais de uma mulher. O seu segundo romance, A Troca, tem como personagens principais uma avó e uma neta que decidem trocar de casa por dois meses, entrando no mundo da outra e tirando grandes lições disso.

Já em seu lançamento mais recente, são Jane, Siobhan e Miranda quem conduzem a história. “Tenho a sorte de ter algumas amigas maravilhosas em minha vida, e esses relacionamentos são muito importantes para mim. Eu suspeito que isso seja parte do porquê relacionamentos significativos entre mulheres estarem na minha ficção”, diz a autora.

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Mesmo em histórias “leves”, as vida dessas mulheres não são retratadas como fáceis. Sem entregar muito da trama, é possível dizer que Mesa Para Um toca em tópicos que circulam a saúde mental, além de temas como assédio sexual e dependência química.

“Eu gosto de escrever histórias de amor que pareçam baseadas na vida real e, para mim, escrever sobre a vida real significa falar sobre os desafios que enfrentamos, tanto quanto os encontros e finais felizes”, explica Beth. Para ela, um final feliz tem mais significado depois que o leitor tem contato com os pontos baixos e desafios que um personagem precisou passar.

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Por outro lado, a escritora explica que abordar assuntos como esses não é sempre uma decisão consciente. “Mas coisas como problemas com a saúde mental são tão presentes na realidade do mundo em que vivemos que eles acabam presentes nas minhas histórias também”, diz.

‘Feitiço super criativo’

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Desde o lançamento de Teto Para Dois, em 2019, Beth publicou praticamente um livro por ano. Quando questionada sobre como produziu tanto em tão pouco tempo, ela explica: “Acho que às vezes entro em uma fase em que sou mais capaz de ter novas ideias do que normal – uma espécie de feitiço super criativo”.

“Penso muito nesses momentos criativos, e como fazer acontecer, porque nada é mais intimidador do que o momento em que você não tem um livro para escrever e nenhuma ideia do que escrever em seguida, então eu sempre quero ter uma próxima ideia alinhada quando termino uma história”, diz.

A inspiração pode vir a qualquer momento: passeando com o cachorro, lavando a louça, cozinhando o jantar. “É quando as ideias surgem. Outro dia, tive uma enquanto levava o lixo para fora, por exemplo. Não é muito glamouroso, mas parece ser assim que funciona para mim”.

De fato, parecer funcionar. Os direitos para a adaptação de Teto Para Dois foram vendidos antes mesmo do livro ser publicado - algo que, para ela, não foi tão fácil, apesar de ter considerado o resultado satisfatório. “Eu ouvi coisas ótimas dos leitores, mas devo dizer que não saio atrás de resenhas – não faço isso nem com meus próprios livros”, conta.

Dos quatro romances de Beth, só um não teve os direitos de adaptação adquiridos ainda, seu terceiro livro, Na Estrada Com o Ex. A Troca vai virar um filme estrelada por Rachel Brosnahan, protagonista de The Marvelous Mrs. Maisel, e Mesa Para Um será desenvolvido pela produtora Bad Wolf, responsável pela série His Dark Materials.

Apesar do sucesso de seus últimos trabalhos, a autora não quer saber de descanso. O seu próximo livro já está em andamento, e ela revela que já tem em mente os conceitos iniciais para mais dois romances. “Eu só quero continuar escrevendo histórias que me animem e que levem as pessoas para longe do mundo real. Vou continuar escrevendo enquanto vocês continuarem lendo”, completa.

*Estagiária sob supervisão de Charlise Morais

Com mais de um milhão de cópias vendidas ao redor do mundo, tradução para ao menos 35 idiomas e um sucesso impulsionado pelo TikTok, o livro Teto Para Dois catapultou a escritora britânica Beth O’ Leary, de 31 anos, para lugares que ela não acreditava que poderia alcançar.

A comédia romântica, que explora o que acontece quando duas pessoas que não se conhecem precisam dividir um apartamento com só uma cama, se tornou uma série original da Paramount+. A produção tem seis episódios e chegou ao streaming em 17 de março.

A obra foi o romance de estreia da autora, mas quatro anos e três livros depois, a ficha de que seu trabalho virou um sucesso internacional ainda não caiu. “Eu jamais imaginei que eu teria leitores no Brasil”, revela Beth ao Estadão.

“Lembro de ter visto uma cláusula no meu contrato com a minha agente sobre direitos estrangeiros e ter pensado: ‘Meu deus! Imagina se eu tivesse um livro publicado e ele fosse lido fora do Reino Unido’. Agora meus livros foram publicados em mais de 35 idiomas. É surreal. Sou grata a cada leitor, de verdade - é uma honra que tantas pessoas deram uma chance às minhas histórias”, diz.

Esses leitores, em especial os brasileiros, poderão ter acesso à mais nova trama da escritora a partir desta segunda-feira, 27, quando seu novo livro, intitulado Mesa Para Um, chega às livrarias do País.

A história gira em torno de três protagonistas femininas que têm apenas uma coisa em comum: todas levaram um bolo do mesmo homem no Dia dos Namorados. “O que eu amei nessa ideia foi que ela imediatamente desencadeou uma pergunta: onde ele estava então? E esse é o mistério que acaba ficando no centro dessa história”, explica Beth.

Contado a partir das três perspectivas, o romance exigiu que ela tivesse um planejamento diferente do que o normal. “Tem muitas histórias nesse livro, e algumas surpresas pelo caminho. Era simplesmente muita coisa para guardar na minha cabeça. Eu usei uma planilha muito detalhada enquanto escrevia. Foi uma experiência nova para mim, mas acho que todo romance traz algo novo”.

História é conduzida por mulheres

Não é novidade que um livro de Beth seja protagonizado por mais de uma mulher. O seu segundo romance, A Troca, tem como personagens principais uma avó e uma neta que decidem trocar de casa por dois meses, entrando no mundo da outra e tirando grandes lições disso.

Já em seu lançamento mais recente, são Jane, Siobhan e Miranda quem conduzem a história. “Tenho a sorte de ter algumas amigas maravilhosas em minha vida, e esses relacionamentos são muito importantes para mim. Eu suspeito que isso seja parte do porquê relacionamentos significativos entre mulheres estarem na minha ficção”, diz a autora.

Mesmo em histórias “leves”, as vida dessas mulheres não são retratadas como fáceis. Sem entregar muito da trama, é possível dizer que Mesa Para Um toca em tópicos que circulam a saúde mental, além de temas como assédio sexual e dependência química.

“Eu gosto de escrever histórias de amor que pareçam baseadas na vida real e, para mim, escrever sobre a vida real significa falar sobre os desafios que enfrentamos, tanto quanto os encontros e finais felizes”, explica Beth. Para ela, um final feliz tem mais significado depois que o leitor tem contato com os pontos baixos e desafios que um personagem precisou passar.

Por outro lado, a escritora explica que abordar assuntos como esses não é sempre uma decisão consciente. “Mas coisas como problemas com a saúde mental são tão presentes na realidade do mundo em que vivemos que eles acabam presentes nas minhas histórias também”, diz.

‘Feitiço super criativo’

Desde o lançamento de Teto Para Dois, em 2019, Beth publicou praticamente um livro por ano. Quando questionada sobre como produziu tanto em tão pouco tempo, ela explica: “Acho que às vezes entro em uma fase em que sou mais capaz de ter novas ideias do que normal – uma espécie de feitiço super criativo”.

“Penso muito nesses momentos criativos, e como fazer acontecer, porque nada é mais intimidador do que o momento em que você não tem um livro para escrever e nenhuma ideia do que escrever em seguida, então eu sempre quero ter uma próxima ideia alinhada quando termino uma história”, diz.

A inspiração pode vir a qualquer momento: passeando com o cachorro, lavando a louça, cozinhando o jantar. “É quando as ideias surgem. Outro dia, tive uma enquanto levava o lixo para fora, por exemplo. Não é muito glamouroso, mas parece ser assim que funciona para mim”.

De fato, parecer funcionar. Os direitos para a adaptação de Teto Para Dois foram vendidos antes mesmo do livro ser publicado - algo que, para ela, não foi tão fácil, apesar de ter considerado o resultado satisfatório. “Eu ouvi coisas ótimas dos leitores, mas devo dizer que não saio atrás de resenhas – não faço isso nem com meus próprios livros”, conta.

Dos quatro romances de Beth, só um não teve os direitos de adaptação adquiridos ainda, seu terceiro livro, Na Estrada Com o Ex. A Troca vai virar um filme estrelada por Rachel Brosnahan, protagonista de The Marvelous Mrs. Maisel, e Mesa Para Um será desenvolvido pela produtora Bad Wolf, responsável pela série His Dark Materials.

Apesar do sucesso de seus últimos trabalhos, a autora não quer saber de descanso. O seu próximo livro já está em andamento, e ela revela que já tem em mente os conceitos iniciais para mais dois romances. “Eu só quero continuar escrevendo histórias que me animem e que levem as pessoas para longe do mundo real. Vou continuar escrevendo enquanto vocês continuarem lendo”, completa.

*Estagiária sob supervisão de Charlise Morais

Com mais de um milhão de cópias vendidas ao redor do mundo, tradução para ao menos 35 idiomas e um sucesso impulsionado pelo TikTok, o livro Teto Para Dois catapultou a escritora britânica Beth O’ Leary, de 31 anos, para lugares que ela não acreditava que poderia alcançar.

A comédia romântica, que explora o que acontece quando duas pessoas que não se conhecem precisam dividir um apartamento com só uma cama, se tornou uma série original da Paramount+. A produção tem seis episódios e chegou ao streaming em 17 de março.

A obra foi o romance de estreia da autora, mas quatro anos e três livros depois, a ficha de que seu trabalho virou um sucesso internacional ainda não caiu. “Eu jamais imaginei que eu teria leitores no Brasil”, revela Beth ao Estadão.

“Lembro de ter visto uma cláusula no meu contrato com a minha agente sobre direitos estrangeiros e ter pensado: ‘Meu deus! Imagina se eu tivesse um livro publicado e ele fosse lido fora do Reino Unido’. Agora meus livros foram publicados em mais de 35 idiomas. É surreal. Sou grata a cada leitor, de verdade - é uma honra que tantas pessoas deram uma chance às minhas histórias”, diz.

Esses leitores, em especial os brasileiros, poderão ter acesso à mais nova trama da escritora a partir desta segunda-feira, 27, quando seu novo livro, intitulado Mesa Para Um, chega às livrarias do País.

A história gira em torno de três protagonistas femininas que têm apenas uma coisa em comum: todas levaram um bolo do mesmo homem no Dia dos Namorados. “O que eu amei nessa ideia foi que ela imediatamente desencadeou uma pergunta: onde ele estava então? E esse é o mistério que acaba ficando no centro dessa história”, explica Beth.

Contado a partir das três perspectivas, o romance exigiu que ela tivesse um planejamento diferente do que o normal. “Tem muitas histórias nesse livro, e algumas surpresas pelo caminho. Era simplesmente muita coisa para guardar na minha cabeça. Eu usei uma planilha muito detalhada enquanto escrevia. Foi uma experiência nova para mim, mas acho que todo romance traz algo novo”.

História é conduzida por mulheres

Não é novidade que um livro de Beth seja protagonizado por mais de uma mulher. O seu segundo romance, A Troca, tem como personagens principais uma avó e uma neta que decidem trocar de casa por dois meses, entrando no mundo da outra e tirando grandes lições disso.

Já em seu lançamento mais recente, são Jane, Siobhan e Miranda quem conduzem a história. “Tenho a sorte de ter algumas amigas maravilhosas em minha vida, e esses relacionamentos são muito importantes para mim. Eu suspeito que isso seja parte do porquê relacionamentos significativos entre mulheres estarem na minha ficção”, diz a autora.

Mesmo em histórias “leves”, as vida dessas mulheres não são retratadas como fáceis. Sem entregar muito da trama, é possível dizer que Mesa Para Um toca em tópicos que circulam a saúde mental, além de temas como assédio sexual e dependência química.

“Eu gosto de escrever histórias de amor que pareçam baseadas na vida real e, para mim, escrever sobre a vida real significa falar sobre os desafios que enfrentamos, tanto quanto os encontros e finais felizes”, explica Beth. Para ela, um final feliz tem mais significado depois que o leitor tem contato com os pontos baixos e desafios que um personagem precisou passar.

Por outro lado, a escritora explica que abordar assuntos como esses não é sempre uma decisão consciente. “Mas coisas como problemas com a saúde mental são tão presentes na realidade do mundo em que vivemos que eles acabam presentes nas minhas histórias também”, diz.

‘Feitiço super criativo’

Desde o lançamento de Teto Para Dois, em 2019, Beth publicou praticamente um livro por ano. Quando questionada sobre como produziu tanto em tão pouco tempo, ela explica: “Acho que às vezes entro em uma fase em que sou mais capaz de ter novas ideias do que normal – uma espécie de feitiço super criativo”.

“Penso muito nesses momentos criativos, e como fazer acontecer, porque nada é mais intimidador do que o momento em que você não tem um livro para escrever e nenhuma ideia do que escrever em seguida, então eu sempre quero ter uma próxima ideia alinhada quando termino uma história”, diz.

A inspiração pode vir a qualquer momento: passeando com o cachorro, lavando a louça, cozinhando o jantar. “É quando as ideias surgem. Outro dia, tive uma enquanto levava o lixo para fora, por exemplo. Não é muito glamouroso, mas parece ser assim que funciona para mim”.

De fato, parecer funcionar. Os direitos para a adaptação de Teto Para Dois foram vendidos antes mesmo do livro ser publicado - algo que, para ela, não foi tão fácil, apesar de ter considerado o resultado satisfatório. “Eu ouvi coisas ótimas dos leitores, mas devo dizer que não saio atrás de resenhas – não faço isso nem com meus próprios livros”, conta.

Dos quatro romances de Beth, só um não teve os direitos de adaptação adquiridos ainda, seu terceiro livro, Na Estrada Com o Ex. A Troca vai virar um filme estrelada por Rachel Brosnahan, protagonista de The Marvelous Mrs. Maisel, e Mesa Para Um será desenvolvido pela produtora Bad Wolf, responsável pela série His Dark Materials.

Apesar do sucesso de seus últimos trabalhos, a autora não quer saber de descanso. O seu próximo livro já está em andamento, e ela revela que já tem em mente os conceitos iniciais para mais dois romances. “Eu só quero continuar escrevendo histórias que me animem e que levem as pessoas para longe do mundo real. Vou continuar escrevendo enquanto vocês continuarem lendo”, completa.

*Estagiária sob supervisão de Charlise Morais

Com mais de um milhão de cópias vendidas ao redor do mundo, tradução para ao menos 35 idiomas e um sucesso impulsionado pelo TikTok, o livro Teto Para Dois catapultou a escritora britânica Beth O’ Leary, de 31 anos, para lugares que ela não acreditava que poderia alcançar.

A comédia romântica, que explora o que acontece quando duas pessoas que não se conhecem precisam dividir um apartamento com só uma cama, se tornou uma série original da Paramount+. A produção tem seis episódios e chegou ao streaming em 17 de março.

A obra foi o romance de estreia da autora, mas quatro anos e três livros depois, a ficha de que seu trabalho virou um sucesso internacional ainda não caiu. “Eu jamais imaginei que eu teria leitores no Brasil”, revela Beth ao Estadão.

“Lembro de ter visto uma cláusula no meu contrato com a minha agente sobre direitos estrangeiros e ter pensado: ‘Meu deus! Imagina se eu tivesse um livro publicado e ele fosse lido fora do Reino Unido’. Agora meus livros foram publicados em mais de 35 idiomas. É surreal. Sou grata a cada leitor, de verdade - é uma honra que tantas pessoas deram uma chance às minhas histórias”, diz.

Esses leitores, em especial os brasileiros, poderão ter acesso à mais nova trama da escritora a partir desta segunda-feira, 27, quando seu novo livro, intitulado Mesa Para Um, chega às livrarias do País.

A história gira em torno de três protagonistas femininas que têm apenas uma coisa em comum: todas levaram um bolo do mesmo homem no Dia dos Namorados. “O que eu amei nessa ideia foi que ela imediatamente desencadeou uma pergunta: onde ele estava então? E esse é o mistério que acaba ficando no centro dessa história”, explica Beth.

Contado a partir das três perspectivas, o romance exigiu que ela tivesse um planejamento diferente do que o normal. “Tem muitas histórias nesse livro, e algumas surpresas pelo caminho. Era simplesmente muita coisa para guardar na minha cabeça. Eu usei uma planilha muito detalhada enquanto escrevia. Foi uma experiência nova para mim, mas acho que todo romance traz algo novo”.

História é conduzida por mulheres

Não é novidade que um livro de Beth seja protagonizado por mais de uma mulher. O seu segundo romance, A Troca, tem como personagens principais uma avó e uma neta que decidem trocar de casa por dois meses, entrando no mundo da outra e tirando grandes lições disso.

Já em seu lançamento mais recente, são Jane, Siobhan e Miranda quem conduzem a história. “Tenho a sorte de ter algumas amigas maravilhosas em minha vida, e esses relacionamentos são muito importantes para mim. Eu suspeito que isso seja parte do porquê relacionamentos significativos entre mulheres estarem na minha ficção”, diz a autora.

Mesmo em histórias “leves”, as vida dessas mulheres não são retratadas como fáceis. Sem entregar muito da trama, é possível dizer que Mesa Para Um toca em tópicos que circulam a saúde mental, além de temas como assédio sexual e dependência química.

“Eu gosto de escrever histórias de amor que pareçam baseadas na vida real e, para mim, escrever sobre a vida real significa falar sobre os desafios que enfrentamos, tanto quanto os encontros e finais felizes”, explica Beth. Para ela, um final feliz tem mais significado depois que o leitor tem contato com os pontos baixos e desafios que um personagem precisou passar.

Por outro lado, a escritora explica que abordar assuntos como esses não é sempre uma decisão consciente. “Mas coisas como problemas com a saúde mental são tão presentes na realidade do mundo em que vivemos que eles acabam presentes nas minhas histórias também”, diz.

‘Feitiço super criativo’

Desde o lançamento de Teto Para Dois, em 2019, Beth publicou praticamente um livro por ano. Quando questionada sobre como produziu tanto em tão pouco tempo, ela explica: “Acho que às vezes entro em uma fase em que sou mais capaz de ter novas ideias do que normal – uma espécie de feitiço super criativo”.

“Penso muito nesses momentos criativos, e como fazer acontecer, porque nada é mais intimidador do que o momento em que você não tem um livro para escrever e nenhuma ideia do que escrever em seguida, então eu sempre quero ter uma próxima ideia alinhada quando termino uma história”, diz.

A inspiração pode vir a qualquer momento: passeando com o cachorro, lavando a louça, cozinhando o jantar. “É quando as ideias surgem. Outro dia, tive uma enquanto levava o lixo para fora, por exemplo. Não é muito glamouroso, mas parece ser assim que funciona para mim”.

De fato, parecer funcionar. Os direitos para a adaptação de Teto Para Dois foram vendidos antes mesmo do livro ser publicado - algo que, para ela, não foi tão fácil, apesar de ter considerado o resultado satisfatório. “Eu ouvi coisas ótimas dos leitores, mas devo dizer que não saio atrás de resenhas – não faço isso nem com meus próprios livros”, conta.

Dos quatro romances de Beth, só um não teve os direitos de adaptação adquiridos ainda, seu terceiro livro, Na Estrada Com o Ex. A Troca vai virar um filme estrelada por Rachel Brosnahan, protagonista de The Marvelous Mrs. Maisel, e Mesa Para Um será desenvolvido pela produtora Bad Wolf, responsável pela série His Dark Materials.

Apesar do sucesso de seus últimos trabalhos, a autora não quer saber de descanso. O seu próximo livro já está em andamento, e ela revela que já tem em mente os conceitos iniciais para mais dois romances. “Eu só quero continuar escrevendo histórias que me animem e que levem as pessoas para longe do mundo real. Vou continuar escrevendo enquanto vocês continuarem lendo”, completa.

*Estagiária sob supervisão de Charlise Morais

Com mais de um milhão de cópias vendidas ao redor do mundo, tradução para ao menos 35 idiomas e um sucesso impulsionado pelo TikTok, o livro Teto Para Dois catapultou a escritora britânica Beth O’ Leary, de 31 anos, para lugares que ela não acreditava que poderia alcançar.

A comédia romântica, que explora o que acontece quando duas pessoas que não se conhecem precisam dividir um apartamento com só uma cama, se tornou uma série original da Paramount+. A produção tem seis episódios e chegou ao streaming em 17 de março.

A obra foi o romance de estreia da autora, mas quatro anos e três livros depois, a ficha de que seu trabalho virou um sucesso internacional ainda não caiu. “Eu jamais imaginei que eu teria leitores no Brasil”, revela Beth ao Estadão.

“Lembro de ter visto uma cláusula no meu contrato com a minha agente sobre direitos estrangeiros e ter pensado: ‘Meu deus! Imagina se eu tivesse um livro publicado e ele fosse lido fora do Reino Unido’. Agora meus livros foram publicados em mais de 35 idiomas. É surreal. Sou grata a cada leitor, de verdade - é uma honra que tantas pessoas deram uma chance às minhas histórias”, diz.

Esses leitores, em especial os brasileiros, poderão ter acesso à mais nova trama da escritora a partir desta segunda-feira, 27, quando seu novo livro, intitulado Mesa Para Um, chega às livrarias do País.

A história gira em torno de três protagonistas femininas que têm apenas uma coisa em comum: todas levaram um bolo do mesmo homem no Dia dos Namorados. “O que eu amei nessa ideia foi que ela imediatamente desencadeou uma pergunta: onde ele estava então? E esse é o mistério que acaba ficando no centro dessa história”, explica Beth.

Contado a partir das três perspectivas, o romance exigiu que ela tivesse um planejamento diferente do que o normal. “Tem muitas histórias nesse livro, e algumas surpresas pelo caminho. Era simplesmente muita coisa para guardar na minha cabeça. Eu usei uma planilha muito detalhada enquanto escrevia. Foi uma experiência nova para mim, mas acho que todo romance traz algo novo”.

História é conduzida por mulheres

Não é novidade que um livro de Beth seja protagonizado por mais de uma mulher. O seu segundo romance, A Troca, tem como personagens principais uma avó e uma neta que decidem trocar de casa por dois meses, entrando no mundo da outra e tirando grandes lições disso.

Já em seu lançamento mais recente, são Jane, Siobhan e Miranda quem conduzem a história. “Tenho a sorte de ter algumas amigas maravilhosas em minha vida, e esses relacionamentos são muito importantes para mim. Eu suspeito que isso seja parte do porquê relacionamentos significativos entre mulheres estarem na minha ficção”, diz a autora.

Mesmo em histórias “leves”, as vida dessas mulheres não são retratadas como fáceis. Sem entregar muito da trama, é possível dizer que Mesa Para Um toca em tópicos que circulam a saúde mental, além de temas como assédio sexual e dependência química.

“Eu gosto de escrever histórias de amor que pareçam baseadas na vida real e, para mim, escrever sobre a vida real significa falar sobre os desafios que enfrentamos, tanto quanto os encontros e finais felizes”, explica Beth. Para ela, um final feliz tem mais significado depois que o leitor tem contato com os pontos baixos e desafios que um personagem precisou passar.

Por outro lado, a escritora explica que abordar assuntos como esses não é sempre uma decisão consciente. “Mas coisas como problemas com a saúde mental são tão presentes na realidade do mundo em que vivemos que eles acabam presentes nas minhas histórias também”, diz.

‘Feitiço super criativo’

Desde o lançamento de Teto Para Dois, em 2019, Beth publicou praticamente um livro por ano. Quando questionada sobre como produziu tanto em tão pouco tempo, ela explica: “Acho que às vezes entro em uma fase em que sou mais capaz de ter novas ideias do que normal – uma espécie de feitiço super criativo”.

“Penso muito nesses momentos criativos, e como fazer acontecer, porque nada é mais intimidador do que o momento em que você não tem um livro para escrever e nenhuma ideia do que escrever em seguida, então eu sempre quero ter uma próxima ideia alinhada quando termino uma história”, diz.

A inspiração pode vir a qualquer momento: passeando com o cachorro, lavando a louça, cozinhando o jantar. “É quando as ideias surgem. Outro dia, tive uma enquanto levava o lixo para fora, por exemplo. Não é muito glamouroso, mas parece ser assim que funciona para mim”.

De fato, parecer funcionar. Os direitos para a adaptação de Teto Para Dois foram vendidos antes mesmo do livro ser publicado - algo que, para ela, não foi tão fácil, apesar de ter considerado o resultado satisfatório. “Eu ouvi coisas ótimas dos leitores, mas devo dizer que não saio atrás de resenhas – não faço isso nem com meus próprios livros”, conta.

Dos quatro romances de Beth, só um não teve os direitos de adaptação adquiridos ainda, seu terceiro livro, Na Estrada Com o Ex. A Troca vai virar um filme estrelada por Rachel Brosnahan, protagonista de The Marvelous Mrs. Maisel, e Mesa Para Um será desenvolvido pela produtora Bad Wolf, responsável pela série His Dark Materials.

Apesar do sucesso de seus últimos trabalhos, a autora não quer saber de descanso. O seu próximo livro já está em andamento, e ela revela que já tem em mente os conceitos iniciais para mais dois romances. “Eu só quero continuar escrevendo histórias que me animem e que levem as pessoas para longe do mundo real. Vou continuar escrevendo enquanto vocês continuarem lendo”, completa.

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