Canal Nostalgia causa polêmica com vídeo sobre ditadura


Ao invés dos personagens carismáticos e saudosos, canal dedicou espaço para falar de mortes e torturas

Por André Carlos Zorzi
Descontração do canal chega até mesmo aos videos sobre assuntos mais delicados, como a ditadura militar Foto: Reprodução / Youtube

Conhecido por homenagear e relembrar diversos ícones e personagens do mundo da música, televisão e games que deixaram saudades, como o nome deixa a entender, o Canal Nostalgia resolveu investir em uma série de vídeos com teor mais histórico, sobre o nazismo, ou a corrida espacial, por exemplo. Em maio, foi lançado um sobre a ditadura militar brasileira, com mais de uma hora de duração, e que chegou a um milhão de visualizações em menos de uma semana. O E+ conversou a respeito do vídeo com Felipe Castanhari, o homem à frente das câmeras do canal que já conta com mais de meio bilhão de visualizações totais. Questionado se a forma bem-humorada que usa para se expressar combina com vídeos de temas tão delicados, Castanhari explica que é justamente a informalidade que ajuda a prender a atenção dos espectadores. "Acho que combina, sim. Não quero que o vídeo seja exibido em faculdades, ele foi feito para o meu público, que se inscreve no canal justamente para receber vídeos descontraídos". "Há um limite entre descontração e falta de respeito. Quando falo de pessoas que foram mortas, mudo completamente o tom do vídeo, é uma questão de bom senso", ressalta. Ele também conta que o roteiro buscou mostrar os dois lados da questão, e foi analisado por diversas pessoas, inclusive por um professor de história, além de ter seu conteúdo debatido com outros historiadores, e baseado em fontes acadêmicas e jornalísticas, que em breve devem constar na descrição do vídeo. Felipe conta que não ficou surpreso quando recebeu críticas a respeito do conteúdo, em especial de pessoas da extrema direita: "É impossível agradar todo mundo, ainda mais atualmente, no meio dessa guerra política insana em que vivemos. As pessoas pararam de discutir política. Elas só brigam, não debatem". "Tentei ser imparcial, mas depois de assistir ao vídeo inteiro, percebi que exponho alguns pontos de vista mais pessoais. Em certos momentos, dei a minha visão sobre a ditadura, o que não quer dizer que ela seja a mais apurada, ou a 'mais correta'", complementa. Para Castanhari, o objetivo do canal com a série histórica é unir o entretenimento ao conhecimento, servindo como uma introdução ao espectador sobre o assunto tratado. "É muito legal ver crianças e adolescentes acompanhando os vídeos de história e se interessando pelos assuntos, a ponto de começarem a pesquisar sobre o tema por conta própria". Por fim, Felipe conta que os próximos vídeos da série devem ser sobre a Primeira e a Segunda Guerra Mundial, os temas mais pedidos pelos fãs do canal.  Porém, eles terão que ser pacientes: o último vídeo levou cerca de 45 dias para ser produzido. Enquanto isso, o restante do canal segue com a programação normal. Confira o vídeo abaixo:

Descontração do canal chega até mesmo aos videos sobre assuntos mais delicados, como a ditadura militar Foto: Reprodução / Youtube

Conhecido por homenagear e relembrar diversos ícones e personagens do mundo da música, televisão e games que deixaram saudades, como o nome deixa a entender, o Canal Nostalgia resolveu investir em uma série de vídeos com teor mais histórico, sobre o nazismo, ou a corrida espacial, por exemplo. Em maio, foi lançado um sobre a ditadura militar brasileira, com mais de uma hora de duração, e que chegou a um milhão de visualizações em menos de uma semana. O E+ conversou a respeito do vídeo com Felipe Castanhari, o homem à frente das câmeras do canal que já conta com mais de meio bilhão de visualizações totais. Questionado se a forma bem-humorada que usa para se expressar combina com vídeos de temas tão delicados, Castanhari explica que é justamente a informalidade que ajuda a prender a atenção dos espectadores. "Acho que combina, sim. Não quero que o vídeo seja exibido em faculdades, ele foi feito para o meu público, que se inscreve no canal justamente para receber vídeos descontraídos". "Há um limite entre descontração e falta de respeito. Quando falo de pessoas que foram mortas, mudo completamente o tom do vídeo, é uma questão de bom senso", ressalta. Ele também conta que o roteiro buscou mostrar os dois lados da questão, e foi analisado por diversas pessoas, inclusive por um professor de história, além de ter seu conteúdo debatido com outros historiadores, e baseado em fontes acadêmicas e jornalísticas, que em breve devem constar na descrição do vídeo. Felipe conta que não ficou surpreso quando recebeu críticas a respeito do conteúdo, em especial de pessoas da extrema direita: "É impossível agradar todo mundo, ainda mais atualmente, no meio dessa guerra política insana em que vivemos. As pessoas pararam de discutir política. Elas só brigam, não debatem". "Tentei ser imparcial, mas depois de assistir ao vídeo inteiro, percebi que exponho alguns pontos de vista mais pessoais. Em certos momentos, dei a minha visão sobre a ditadura, o que não quer dizer que ela seja a mais apurada, ou a 'mais correta'", complementa. Para Castanhari, o objetivo do canal com a série histórica é unir o entretenimento ao conhecimento, servindo como uma introdução ao espectador sobre o assunto tratado. "É muito legal ver crianças e adolescentes acompanhando os vídeos de história e se interessando pelos assuntos, a ponto de começarem a pesquisar sobre o tema por conta própria". Por fim, Felipe conta que os próximos vídeos da série devem ser sobre a Primeira e a Segunda Guerra Mundial, os temas mais pedidos pelos fãs do canal.  Porém, eles terão que ser pacientes: o último vídeo levou cerca de 45 dias para ser produzido. Enquanto isso, o restante do canal segue com a programação normal. Confira o vídeo abaixo:

Descontração do canal chega até mesmo aos videos sobre assuntos mais delicados, como a ditadura militar Foto: Reprodução / Youtube

Conhecido por homenagear e relembrar diversos ícones e personagens do mundo da música, televisão e games que deixaram saudades, como o nome deixa a entender, o Canal Nostalgia resolveu investir em uma série de vídeos com teor mais histórico, sobre o nazismo, ou a corrida espacial, por exemplo. Em maio, foi lançado um sobre a ditadura militar brasileira, com mais de uma hora de duração, e que chegou a um milhão de visualizações em menos de uma semana. O E+ conversou a respeito do vídeo com Felipe Castanhari, o homem à frente das câmeras do canal que já conta com mais de meio bilhão de visualizações totais. Questionado se a forma bem-humorada que usa para se expressar combina com vídeos de temas tão delicados, Castanhari explica que é justamente a informalidade que ajuda a prender a atenção dos espectadores. "Acho que combina, sim. Não quero que o vídeo seja exibido em faculdades, ele foi feito para o meu público, que se inscreve no canal justamente para receber vídeos descontraídos". "Há um limite entre descontração e falta de respeito. Quando falo de pessoas que foram mortas, mudo completamente o tom do vídeo, é uma questão de bom senso", ressalta. Ele também conta que o roteiro buscou mostrar os dois lados da questão, e foi analisado por diversas pessoas, inclusive por um professor de história, além de ter seu conteúdo debatido com outros historiadores, e baseado em fontes acadêmicas e jornalísticas, que em breve devem constar na descrição do vídeo. Felipe conta que não ficou surpreso quando recebeu críticas a respeito do conteúdo, em especial de pessoas da extrema direita: "É impossível agradar todo mundo, ainda mais atualmente, no meio dessa guerra política insana em que vivemos. As pessoas pararam de discutir política. Elas só brigam, não debatem". "Tentei ser imparcial, mas depois de assistir ao vídeo inteiro, percebi que exponho alguns pontos de vista mais pessoais. Em certos momentos, dei a minha visão sobre a ditadura, o que não quer dizer que ela seja a mais apurada, ou a 'mais correta'", complementa. Para Castanhari, o objetivo do canal com a série histórica é unir o entretenimento ao conhecimento, servindo como uma introdução ao espectador sobre o assunto tratado. "É muito legal ver crianças e adolescentes acompanhando os vídeos de história e se interessando pelos assuntos, a ponto de começarem a pesquisar sobre o tema por conta própria". Por fim, Felipe conta que os próximos vídeos da série devem ser sobre a Primeira e a Segunda Guerra Mundial, os temas mais pedidos pelos fãs do canal.  Porém, eles terão que ser pacientes: o último vídeo levou cerca de 45 dias para ser produzido. Enquanto isso, o restante do canal segue com a programação normal. Confira o vídeo abaixo:

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