Cassia Kis respondeu perguntas sobre a classe artística, religião, aborto e as críticas que recebe de outros colegas de profissão por defender pautas da direita nesta quarta-feira, 26. No entanto, as declarações da atriz estão sendo apontadas como homofóbicas nas redes sociais.
Em entrevista ao canal da jornalista Leda Nagle, a artista alegou que casais homoafetivos são uma ameaça ao conceito familiar no qual ela acredita. Cássia disse ainda que relações homossexuais são uma “destruição para a vida humana”.
“O feminismo, né, esse mundo onde não existe mais o homem e a mulher, mas a mulher com a mulher e o homem com homem, onde tem essa ideologia de gênero que a gente está vendo dentro das escolas com as crianças. Eu recebo assim, imagens inacreditáveis de crianças de seis, sete anos, se beijando, duas meninas dentro de uma escola se beijando, onde há inclusive ali, um espaço chamado ‘beijódromo’, alguma coisa assim”, disse.
“Então, o que está por trás disso? Destruir a família, sem dúvida nenhuma. Mas destruir a família, só? Não, destruir a vida humana, né, porque o que eu saiba, homem com homem não dá filho, mulher com mulher também não dá filho, então como é que a gente vai fazer?”, completou.
A atriz disse também que casais homoafetivos podem adotar crianças, mas que elas são geradas apenas pelo “útero de uma mulher”. “Porque quando você tem um casal gay é uma coisa, que eles querem adotar uma criança, e quando não tiver mais? Porque afinal de contas isso ainda é gerado no útero de uma mulher e você ainda precisa de um óvulo e de um espermatozóide sim, pra isso acontecer”, falou.
Atriz fala sobre posicionamentos políticos
Sobre suas posições políticas, enfatizou que sua base está afirmada em cima de valores católicos. A intérprete revelou ainda que gostaria de ser aceita dentro da classe artística.
”Imagina que eu vou ser contra a opinião do Caetano Veloso? Vou ser contra a opinião do Chico Buarque?’ Entende? Eu não posso ter a mesma opinião deles e eu não tenho. Porquê? Porque eu estou com os meus sacramentos em dia”, disse.
A atriz contou que vem recebendo muitas críticas pelos seus atuais posicionamentos, mas não se importa. Ela ainda contou que ouviu que era uma “chacota” no seu meio de trabalho.
“Hoje eu estou mais quietinha dentro da TV Globo, né. Muita gente andou dizendo que eu andei pegando petistas e encostando na parede para poder conversar e não é verdade. Quem sou eu para fazer isso? Especialmente sabendo que na TV Globo há um reduto da esquerda”, falou.
“Teve um dia que ele [Paulo Betti] falou assim pra mim: ‘Você está sendo chacota da classe artística’. E eu falei: ‘E você está sendo chacota do Brasil inteiro’. Você acha que eu estou preocupada? Eu estou preocupada com a verdade, com o lugar mentiroso que eu estava, com as coisas que eu estava acreditando”, comentou.
A artista também falou sobre a decisão de ter abortado o seu primeiro filho, mas reiterou que hoje é uma das defensoras da pauta pró-vida. “Eu matei o meu filho. (...) Eu tenho certeza absoluta, se na época, isso foi em 1985, eu tinha 27 anos, se eu tivesse ouvido o coração do meu filho na minha barriga, eu não teria feito o aborto. Eu só me dei conta do que eu fiz, depois que eu fiz. E hoje dói, dói muito”, contou.
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