A autora Erika Mitchell, mais conhecida como EL James, revelou que ainda enfrenta a síndrome do impostor por conta do sucesso da série de livros 50 Tons de Cinza.
“Tenho a síndrome do impostor e saber que vendi 165 milhões de livros não torna isso mais fácil. Acho deprimente não poder mudar a dúvida, então estou em terapia agora. Já fui chamada de corajosa, mas na verdade sou bastante covarde. Sou muito mais corajosa na minha ficção do que na vida real”, escreveu ela, em uma coluna para o The Times.
Após publicar 50 Tons de Cinza como um e-book em 2011, o romance erótico virou uma sensação viral. A obra se tornou um dos livros de bolso mais vendidos de todos os tempos em 2012, liderando as listas de best-sellers em todo o mundo.
Mitchell ganhou vários prêmios de livros naquele ano e foi até nomeada uma das 100 pessoas mais influentes do mundo pela revista Time.
“O sucesso de 50 Tons de Cinza ainda me confunde. Eu era como um coelho nos faróis. Não esperava tanto furor e não lidei bem com isso. Não conseguia dormir e ficava ansiosa, principalmente na época dos filmes”, disse.
O livro acabou gerando uma franquia com duas sequências - 50 Tons Mais Escuros e 50 Tons de Liberdade - e três filmes estrelados por Dakota Johnson e Jamie Dornan. Apesar das críticas, a trilogia também se tornou sucesso mundial, arrecadando US$ 1,3 bilhão de bilheteria.
Anos depois, a autora diz que continua lutando para se concentrar nos aspectos positivos de seu sucesso: “Não somos ensinados a ser felizes, e as mulheres, em particular, ficam atoladas com as minúcias da vida. Acabei de fazer 60 anos e estou tentando me concentrar em aproveitar mais a minha vida, para apreciar o tempo com a família e os amigos. Eu também gostaria de fazer um filme que eu realmente ame”.
Muito parecido com os romances, os filmes se tornaram um sucesso global lucrativo. A trilogia arrecadou mais de US$ 1,3 bilhão por todo o mundo, com um orçamento combinado de US$ 150 milhões.