Como é a prisão ‘infernal’ onde está Diddy, que já abrigou R. Kelly e golpista do Fyre Festival


Rapper e produtor americano foi preso nos Estados Unidos no último dia 16, acusado de tráfico sexual e extorsão. Ele aguarda julgamento em centro de detenção de Nova York conhecido por péssimas condições; saiba detalhes

Por Gabriela Caputo
Atualização:

Sean ‘Diddy’ Combs, rapper e produtor americano preso nos Estados Unidos no último dia 16, está preventivamente detido no Metropolitan Detention Center (MDC), no Brooklyn, em Nova York, enquanto aguarda julgamento. Ele é acusado de atividades ilícitas que incluem tráfico sexual, agressão e associação criminosa.

Sean 'Diddy' foi preso no último dia 16 em Nova York, Estados Unidos. Em prisão preventiva, ele aguarda julgamento por acusações que incluem extorsão e tráfico sexual. Foto: Jordan Strauss/Invision/AP
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Conhecido por condições “bárbaras”, o centro de detenção do governo federal americano já recebeu rostos famosos. Um deles é o cantor R. Kelly, condenado a 30 anos de prisão por pornografia infantil e extorsão.

Outro nome é o empresário Billy McFarland, idealizador do Fyre Festival, evento luxuoso para celebridades e ricaços que se revelou um fiasco (e nunca chegou a realmente ocorrer). McFarland foi condenado, em 2018, a seis anos de prisão por fraude. Após cumprir a pena, ele alega estar planejando uma segunda edição do caótico festival.

Na mesma linha, esteve por lá Samuel Bankman-Fried, apelidado de ‘rei das criptomoedas’, condenado por acusações de fraude e conspiração envolvendo suas empresas FTX e Alameda Research.

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Ghislaine Maxwell, cúmplice de Jeffrey Epstein em caso de tráfico sexual, também passou pelo MDC.

Segundo o jornal britânico The Independent e o site de notícias americano The Daily Beast, o Metropolitan Detention Center enfrenta problemas como “falta crônica de funcionários, surtos de violência, infestações de vermes, atrasos no acesso a atendimento médico e uma onda de suicídios e mortes” nos últimos anos.

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De acordo com o Daily Beast, o MDC abriga hoje 1.600 presos, a grande maioria deles à espera de julgamento. Desde 2021, o local é o principal centro de detenção federal da cidade, depois que o Metropolitan Correctional Center, em Manhattan, foi fechado por apresentar condições terríveis. Foi lá que Epstein morreu.

Diddy declarou-se não culpado. Sua defesa solicitou uma fiança de US$ 50 milhões para que ele cumpra a pena domiciliar, em Miami, alegando “condições inadequadas para prisão preventiva” no local, mas o juiz negou. “No começo deste verão, um preso foi assassinado”, escreveram os advogados Marc Agnifilo e Teny R. Geragos no pedido apresentado. “Pelo menos quatro presos morreram por suicídio lá nos últimos três anos”.

O Metropolitan Detention Center (MDC), em Brooklyn, Nova York, onde Sean 'Diddy' Combs está detido em prisão preventiva. Os condenados R. Kelly, Ghislaine Maxwell e Sam Bankman-Fried já passaram por lá. Foto: Federal Bureau of Prisions
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Segundo informações do The New York Times, a equipe de defesa argumentou ainda que a decisão “extraordinária” do rapper de 54 anos de voar para Nova York antes de sua prisão seria prova de sua “confiabilidade e ausência de risco de fuga”. Os promotores, porém, rebateram que Diddy ainda é uma ameaça para suas vítimas e testemunhas, além de citar “problemas [de controle] de raiva e abuso de substâncias” do rapper.

De acordo com a CNN americana, Diddy está atualmente detido na unidade especial do presídio, onde os que necessitam de proteção adicional são alojados, e será mantido longe de outros detentos.

‘Inferno na terra’

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As mortes citadas pelos advogados de Diddy no pedido de fiança procedem. Em 7 de junho, um interno que aguardava julgamento há mais de dois anos foi esfaqueado no MDC. No mês seguinte, outro homem morreu após ser ferido em uma briga deflagrada na prisão.

Na ocasião, o advogado deste segundo réu chamou o local de “inferno na terra”, por ter permitido uma morte que era evitável.

O Daily Beast afirma que ao menos quatro juízes de Nova York recusaram-se a mandar réus para o centro de detenção nos últimos anos por conta das condições alegadas. Um deles afirmou em sua justificativa que as mortes recentes no local demonstram “um ambiente de ilegalidade dentro de seus limites, que constituem uma má gestão inaceitável, repreensível e mortal”.

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Em 2019, um apagão de energia durante o inverno submeteu os presos a “celas congelantes”, ficando dias sem aquecimento. Também há denúncias de insetos nas comidas e mofo nos banheiros.

Sean ‘Diddy’ Combs, rapper e produtor americano preso nos Estados Unidos no último dia 16, está preventivamente detido no Metropolitan Detention Center (MDC), no Brooklyn, em Nova York, enquanto aguarda julgamento. Ele é acusado de atividades ilícitas que incluem tráfico sexual, agressão e associação criminosa.

Sean 'Diddy' foi preso no último dia 16 em Nova York, Estados Unidos. Em prisão preventiva, ele aguarda julgamento por acusações que incluem extorsão e tráfico sexual. Foto: Jordan Strauss/Invision/AP

Conhecido por condições “bárbaras”, o centro de detenção do governo federal americano já recebeu rostos famosos. Um deles é o cantor R. Kelly, condenado a 30 anos de prisão por pornografia infantil e extorsão.

Outro nome é o empresário Billy McFarland, idealizador do Fyre Festival, evento luxuoso para celebridades e ricaços que se revelou um fiasco (e nunca chegou a realmente ocorrer). McFarland foi condenado, em 2018, a seis anos de prisão por fraude. Após cumprir a pena, ele alega estar planejando uma segunda edição do caótico festival.

Na mesma linha, esteve por lá Samuel Bankman-Fried, apelidado de ‘rei das criptomoedas’, condenado por acusações de fraude e conspiração envolvendo suas empresas FTX e Alameda Research.

Ghislaine Maxwell, cúmplice de Jeffrey Epstein em caso de tráfico sexual, também passou pelo MDC.

Segundo o jornal britânico The Independent e o site de notícias americano The Daily Beast, o Metropolitan Detention Center enfrenta problemas como “falta crônica de funcionários, surtos de violência, infestações de vermes, atrasos no acesso a atendimento médico e uma onda de suicídios e mortes” nos últimos anos.

De acordo com o Daily Beast, o MDC abriga hoje 1.600 presos, a grande maioria deles à espera de julgamento. Desde 2021, o local é o principal centro de detenção federal da cidade, depois que o Metropolitan Correctional Center, em Manhattan, foi fechado por apresentar condições terríveis. Foi lá que Epstein morreu.

Diddy declarou-se não culpado. Sua defesa solicitou uma fiança de US$ 50 milhões para que ele cumpra a pena domiciliar, em Miami, alegando “condições inadequadas para prisão preventiva” no local, mas o juiz negou. “No começo deste verão, um preso foi assassinado”, escreveram os advogados Marc Agnifilo e Teny R. Geragos no pedido apresentado. “Pelo menos quatro presos morreram por suicídio lá nos últimos três anos”.

O Metropolitan Detention Center (MDC), em Brooklyn, Nova York, onde Sean 'Diddy' Combs está detido em prisão preventiva. Os condenados R. Kelly, Ghislaine Maxwell e Sam Bankman-Fried já passaram por lá. Foto: Federal Bureau of Prisions

Segundo informações do The New York Times, a equipe de defesa argumentou ainda que a decisão “extraordinária” do rapper de 54 anos de voar para Nova York antes de sua prisão seria prova de sua “confiabilidade e ausência de risco de fuga”. Os promotores, porém, rebateram que Diddy ainda é uma ameaça para suas vítimas e testemunhas, além de citar “problemas [de controle] de raiva e abuso de substâncias” do rapper.

De acordo com a CNN americana, Diddy está atualmente detido na unidade especial do presídio, onde os que necessitam de proteção adicional são alojados, e será mantido longe de outros detentos.

‘Inferno na terra’

As mortes citadas pelos advogados de Diddy no pedido de fiança procedem. Em 7 de junho, um interno que aguardava julgamento há mais de dois anos foi esfaqueado no MDC. No mês seguinte, outro homem morreu após ser ferido em uma briga deflagrada na prisão.

Na ocasião, o advogado deste segundo réu chamou o local de “inferno na terra”, por ter permitido uma morte que era evitável.

O Daily Beast afirma que ao menos quatro juízes de Nova York recusaram-se a mandar réus para o centro de detenção nos últimos anos por conta das condições alegadas. Um deles afirmou em sua justificativa que as mortes recentes no local demonstram “um ambiente de ilegalidade dentro de seus limites, que constituem uma má gestão inaceitável, repreensível e mortal”.

Em 2019, um apagão de energia durante o inverno submeteu os presos a “celas congelantes”, ficando dias sem aquecimento. Também há denúncias de insetos nas comidas e mofo nos banheiros.

Sean ‘Diddy’ Combs, rapper e produtor americano preso nos Estados Unidos no último dia 16, está preventivamente detido no Metropolitan Detention Center (MDC), no Brooklyn, em Nova York, enquanto aguarda julgamento. Ele é acusado de atividades ilícitas que incluem tráfico sexual, agressão e associação criminosa.

Sean 'Diddy' foi preso no último dia 16 em Nova York, Estados Unidos. Em prisão preventiva, ele aguarda julgamento por acusações que incluem extorsão e tráfico sexual. Foto: Jordan Strauss/Invision/AP

Conhecido por condições “bárbaras”, o centro de detenção do governo federal americano já recebeu rostos famosos. Um deles é o cantor R. Kelly, condenado a 30 anos de prisão por pornografia infantil e extorsão.

Outro nome é o empresário Billy McFarland, idealizador do Fyre Festival, evento luxuoso para celebridades e ricaços que se revelou um fiasco (e nunca chegou a realmente ocorrer). McFarland foi condenado, em 2018, a seis anos de prisão por fraude. Após cumprir a pena, ele alega estar planejando uma segunda edição do caótico festival.

Na mesma linha, esteve por lá Samuel Bankman-Fried, apelidado de ‘rei das criptomoedas’, condenado por acusações de fraude e conspiração envolvendo suas empresas FTX e Alameda Research.

Ghislaine Maxwell, cúmplice de Jeffrey Epstein em caso de tráfico sexual, também passou pelo MDC.

Segundo o jornal britânico The Independent e o site de notícias americano The Daily Beast, o Metropolitan Detention Center enfrenta problemas como “falta crônica de funcionários, surtos de violência, infestações de vermes, atrasos no acesso a atendimento médico e uma onda de suicídios e mortes” nos últimos anos.

De acordo com o Daily Beast, o MDC abriga hoje 1.600 presos, a grande maioria deles à espera de julgamento. Desde 2021, o local é o principal centro de detenção federal da cidade, depois que o Metropolitan Correctional Center, em Manhattan, foi fechado por apresentar condições terríveis. Foi lá que Epstein morreu.

Diddy declarou-se não culpado. Sua defesa solicitou uma fiança de US$ 50 milhões para que ele cumpra a pena domiciliar, em Miami, alegando “condições inadequadas para prisão preventiva” no local, mas o juiz negou. “No começo deste verão, um preso foi assassinado”, escreveram os advogados Marc Agnifilo e Teny R. Geragos no pedido apresentado. “Pelo menos quatro presos morreram por suicídio lá nos últimos três anos”.

O Metropolitan Detention Center (MDC), em Brooklyn, Nova York, onde Sean 'Diddy' Combs está detido em prisão preventiva. Os condenados R. Kelly, Ghislaine Maxwell e Sam Bankman-Fried já passaram por lá. Foto: Federal Bureau of Prisions

Segundo informações do The New York Times, a equipe de defesa argumentou ainda que a decisão “extraordinária” do rapper de 54 anos de voar para Nova York antes de sua prisão seria prova de sua “confiabilidade e ausência de risco de fuga”. Os promotores, porém, rebateram que Diddy ainda é uma ameaça para suas vítimas e testemunhas, além de citar “problemas [de controle] de raiva e abuso de substâncias” do rapper.

De acordo com a CNN americana, Diddy está atualmente detido na unidade especial do presídio, onde os que necessitam de proteção adicional são alojados, e será mantido longe de outros detentos.

‘Inferno na terra’

As mortes citadas pelos advogados de Diddy no pedido de fiança procedem. Em 7 de junho, um interno que aguardava julgamento há mais de dois anos foi esfaqueado no MDC. No mês seguinte, outro homem morreu após ser ferido em uma briga deflagrada na prisão.

Na ocasião, o advogado deste segundo réu chamou o local de “inferno na terra”, por ter permitido uma morte que era evitável.

O Daily Beast afirma que ao menos quatro juízes de Nova York recusaram-se a mandar réus para o centro de detenção nos últimos anos por conta das condições alegadas. Um deles afirmou em sua justificativa que as mortes recentes no local demonstram “um ambiente de ilegalidade dentro de seus limites, que constituem uma má gestão inaceitável, repreensível e mortal”.

Em 2019, um apagão de energia durante o inverno submeteu os presos a “celas congelantes”, ficando dias sem aquecimento. Também há denúncias de insetos nas comidas e mofo nos banheiros.

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