Conheça Mabuta, criador do TikTok que ganhou prêmio de curtas no Festival de Cannes


Foi a primeira vez que a plataforma de vídeos criou uma parceria com um dos festivais de cinema mais prestigiados do mundo

Por Sabrina Legramandi
Atualização:
MabutaMotoki foi um dos vencedores do troféu Grand Pix, o maior da parceria do TikTok com o Festival de Cannes. Foto: Instagram/@langpictures81

Já imaginou poder ter um vídeo do TikTok reconhecido no Festival de Cannes, um dos mais prestigiados do mundo? Foi isso que a competição #TikTokShortFilm proporcionou para três criadores, pela primeira vez, na edição de 2022.

Os participantes foram avaliados por um júri especializado em três categorias – Grand Pix, Melhor Roteiro e Melhor Edição. Além da viagem a Cannes, os vencedores também ganhariam um prêmio em dinheiro, sendo a maior quantia direcionada para aquele que vencesse o Grand Pix.

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O prêmio de Melhor Roteiro ficou para a criadora Claudia Cochet, da França, com o curta "Princesa Moderna". Na categoria de Melhor Edição, Tim Hamilton, da Nova Zelândia, saiu vitorioso com "Zero Gravidade".

O maior da competição, o Grand Pix, ficou dividido entre dois ganharores: Matej Rimanic, da Eslovênia, com "Amor à vista", e Mabuta Motoki, do Japão, com "É ok cortar árvores?".

Em abril, Mabuta havia dado a primeira entrevista da vida ao Estadão. "Nunca imaginei que a primeira seria para um jornal brasileiro", brincou o diretor da empresa Lang Pictures à época.

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Agora que saiu como o grande vencedor, ele pretende se tornar um "pioneiro em filmes verticais". "Ganhar o Grand Pix me deu muita confiança", diz à reportagem.

Confira o curta vencedor de Mabuta:

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Questões ambientais e uma arte ancestral do Japão

No curta, o criador atuou como o homem de preto que pergunta se "é ok cortar árvores", mas também foi o diretor, o câmera e o editor.

Kazuma, amigo que interpretou o tanoeiro, e Michi Ishikawa, a "vovó", completam o elenco do vídeo que, atualmente, soma mais de 12 milhões de visualizações na plataforma.

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Mabuta se desafiou ao criar um vídeo que "não deixasse os usuários do TikTok entediados", mas que, ao mesmo tempo, trouxesse questões atuais e importantes.

O amigo, Kazuma, é um dos últimos Okedaiku, como são chamados os tanoeiros, restantes no Japão. A inspiração para a trama veio do avô de Kazuma, que também era um Okedaiku.

Após o falecimento do "vovô", Mabuta escolheu criar "o filme que não pôde filmar quando ele estava vivo" em homenagem à arte ancestral.

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"Mesmo os japoneses não têm muita chance de ver imagens dos tanoeiros, então pensei que não só eles, mas também pessoas do mundo todo, estariam interessadas na cultura tradicional japonesa", conta.

A mensagem do curta, segundo Mabuta, é a de "valorizar as coisas que você usa diariamente e conectar esse pensamento ao futuro". Para ele, quando as pessoas assistem e comentam algo, o filme se torna "um começo para pensar mais".

A vontade de ser diretor que vem desde a infância

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Mabuta é diretor da Lang Pictures,empresa de produção de vídeos. Foto: Arquivo Pessoal

O criador já compartilhava um interesse pela arte desde o começo da vida. Ao Estadão, ele contou que, quando era criança, desenhava "monstros" que via nos filmes que sua mãe emprestava de locadoras.

Aos 10 anos, o artista se mudou com a família para Toronto, no Canadá, e lá viveu durante um ano. Foi o suficiente para que uma ida ao cinema gerasse nele a vontade de ser cineasta.

Quando assistiu ao longa Armagedom, do diretor Michael Bay, Mabuta descobriu que sua vocação e seu sonho era o mesmo de Michael: ser diretor de cinema em Hollywood.

"Eu não entendia nada de inglês, mas, quando vi o filme pela primeira vez, fiquei emocionado", conta.

Após se formar no Ensino Médio, ele resolveu retornar ao Canadá para estudar Produção de Vídeo.

O 'pontapé' para a valorização de filmes verticais

Quando o TikTok anunciou a parceria com o Festival de Cannes, Mabuta contou que ficou "surpreso", mas que acredita que esse seja o início da valorização de filmes curtos e verticais.

"Acho que há uma demanda por filmes no TikTok", afirma. O criador ainda diz que a indústria cinematográfica se tornará "mais empolgante" à medida que os filmes forem evoluindo com o tempo.

Mabuta ainda não acredita que andou no tapete vermelho de Cannes, mas acha que o resultado veio após um "trabalho duro sem desistir". "Nem acreditei que estava em Cannes mesmo depois de chegar em Cannes, mas foi uma viagem muito feliz", conta.

Agora que recebeu o Grand Pix – o troféu chegará ao Japão em poucos dias –, o cineasta conta que agradecerá à maior inspiração para o curta: o avô de Kazuma.

"Vou visitar o túmulo dele e agradecer. A família me disse que o 'vovô' no céu também ficaria feliz", finaliza.

*Estagiária sob supervisão de Charlise de Morais

MabutaMotoki foi um dos vencedores do troféu Grand Pix, o maior da parceria do TikTok com o Festival de Cannes. Foto: Instagram/@langpictures81

Já imaginou poder ter um vídeo do TikTok reconhecido no Festival de Cannes, um dos mais prestigiados do mundo? Foi isso que a competição #TikTokShortFilm proporcionou para três criadores, pela primeira vez, na edição de 2022.

Os participantes foram avaliados por um júri especializado em três categorias – Grand Pix, Melhor Roteiro e Melhor Edição. Além da viagem a Cannes, os vencedores também ganhariam um prêmio em dinheiro, sendo a maior quantia direcionada para aquele que vencesse o Grand Pix.

O prêmio de Melhor Roteiro ficou para a criadora Claudia Cochet, da França, com o curta "Princesa Moderna". Na categoria de Melhor Edição, Tim Hamilton, da Nova Zelândia, saiu vitorioso com "Zero Gravidade".

O maior da competição, o Grand Pix, ficou dividido entre dois ganharores: Matej Rimanic, da Eslovênia, com "Amor à vista", e Mabuta Motoki, do Japão, com "É ok cortar árvores?".

Em abril, Mabuta havia dado a primeira entrevista da vida ao Estadão. "Nunca imaginei que a primeira seria para um jornal brasileiro", brincou o diretor da empresa Lang Pictures à época.

Agora que saiu como o grande vencedor, ele pretende se tornar um "pioneiro em filmes verticais". "Ganhar o Grand Pix me deu muita confiança", diz à reportagem.

Confira o curta vencedor de Mabuta:

Questões ambientais e uma arte ancestral do Japão

No curta, o criador atuou como o homem de preto que pergunta se "é ok cortar árvores", mas também foi o diretor, o câmera e o editor.

Kazuma, amigo que interpretou o tanoeiro, e Michi Ishikawa, a "vovó", completam o elenco do vídeo que, atualmente, soma mais de 12 milhões de visualizações na plataforma.

Mabuta se desafiou ao criar um vídeo que "não deixasse os usuários do TikTok entediados", mas que, ao mesmo tempo, trouxesse questões atuais e importantes.

O amigo, Kazuma, é um dos últimos Okedaiku, como são chamados os tanoeiros, restantes no Japão. A inspiração para a trama veio do avô de Kazuma, que também era um Okedaiku.

Após o falecimento do "vovô", Mabuta escolheu criar "o filme que não pôde filmar quando ele estava vivo" em homenagem à arte ancestral.

"Mesmo os japoneses não têm muita chance de ver imagens dos tanoeiros, então pensei que não só eles, mas também pessoas do mundo todo, estariam interessadas na cultura tradicional japonesa", conta.

A mensagem do curta, segundo Mabuta, é a de "valorizar as coisas que você usa diariamente e conectar esse pensamento ao futuro". Para ele, quando as pessoas assistem e comentam algo, o filme se torna "um começo para pensar mais".

A vontade de ser diretor que vem desde a infância

Mabuta é diretor da Lang Pictures,empresa de produção de vídeos. Foto: Arquivo Pessoal

O criador já compartilhava um interesse pela arte desde o começo da vida. Ao Estadão, ele contou que, quando era criança, desenhava "monstros" que via nos filmes que sua mãe emprestava de locadoras.

Aos 10 anos, o artista se mudou com a família para Toronto, no Canadá, e lá viveu durante um ano. Foi o suficiente para que uma ida ao cinema gerasse nele a vontade de ser cineasta.

Quando assistiu ao longa Armagedom, do diretor Michael Bay, Mabuta descobriu que sua vocação e seu sonho era o mesmo de Michael: ser diretor de cinema em Hollywood.

"Eu não entendia nada de inglês, mas, quando vi o filme pela primeira vez, fiquei emocionado", conta.

Após se formar no Ensino Médio, ele resolveu retornar ao Canadá para estudar Produção de Vídeo.

O 'pontapé' para a valorização de filmes verticais

Quando o TikTok anunciou a parceria com o Festival de Cannes, Mabuta contou que ficou "surpreso", mas que acredita que esse seja o início da valorização de filmes curtos e verticais.

"Acho que há uma demanda por filmes no TikTok", afirma. O criador ainda diz que a indústria cinematográfica se tornará "mais empolgante" à medida que os filmes forem evoluindo com o tempo.

Mabuta ainda não acredita que andou no tapete vermelho de Cannes, mas acha que o resultado veio após um "trabalho duro sem desistir". "Nem acreditei que estava em Cannes mesmo depois de chegar em Cannes, mas foi uma viagem muito feliz", conta.

Agora que recebeu o Grand Pix – o troféu chegará ao Japão em poucos dias –, o cineasta conta que agradecerá à maior inspiração para o curta: o avô de Kazuma.

"Vou visitar o túmulo dele e agradecer. A família me disse que o 'vovô' no céu também ficaria feliz", finaliza.

*Estagiária sob supervisão de Charlise de Morais

MabutaMotoki foi um dos vencedores do troféu Grand Pix, o maior da parceria do TikTok com o Festival de Cannes. Foto: Instagram/@langpictures81

Já imaginou poder ter um vídeo do TikTok reconhecido no Festival de Cannes, um dos mais prestigiados do mundo? Foi isso que a competição #TikTokShortFilm proporcionou para três criadores, pela primeira vez, na edição de 2022.

Os participantes foram avaliados por um júri especializado em três categorias – Grand Pix, Melhor Roteiro e Melhor Edição. Além da viagem a Cannes, os vencedores também ganhariam um prêmio em dinheiro, sendo a maior quantia direcionada para aquele que vencesse o Grand Pix.

O prêmio de Melhor Roteiro ficou para a criadora Claudia Cochet, da França, com o curta "Princesa Moderna". Na categoria de Melhor Edição, Tim Hamilton, da Nova Zelândia, saiu vitorioso com "Zero Gravidade".

O maior da competição, o Grand Pix, ficou dividido entre dois ganharores: Matej Rimanic, da Eslovênia, com "Amor à vista", e Mabuta Motoki, do Japão, com "É ok cortar árvores?".

Em abril, Mabuta havia dado a primeira entrevista da vida ao Estadão. "Nunca imaginei que a primeira seria para um jornal brasileiro", brincou o diretor da empresa Lang Pictures à época.

Agora que saiu como o grande vencedor, ele pretende se tornar um "pioneiro em filmes verticais". "Ganhar o Grand Pix me deu muita confiança", diz à reportagem.

Confira o curta vencedor de Mabuta:

Questões ambientais e uma arte ancestral do Japão

No curta, o criador atuou como o homem de preto que pergunta se "é ok cortar árvores", mas também foi o diretor, o câmera e o editor.

Kazuma, amigo que interpretou o tanoeiro, e Michi Ishikawa, a "vovó", completam o elenco do vídeo que, atualmente, soma mais de 12 milhões de visualizações na plataforma.

Mabuta se desafiou ao criar um vídeo que "não deixasse os usuários do TikTok entediados", mas que, ao mesmo tempo, trouxesse questões atuais e importantes.

O amigo, Kazuma, é um dos últimos Okedaiku, como são chamados os tanoeiros, restantes no Japão. A inspiração para a trama veio do avô de Kazuma, que também era um Okedaiku.

Após o falecimento do "vovô", Mabuta escolheu criar "o filme que não pôde filmar quando ele estava vivo" em homenagem à arte ancestral.

"Mesmo os japoneses não têm muita chance de ver imagens dos tanoeiros, então pensei que não só eles, mas também pessoas do mundo todo, estariam interessadas na cultura tradicional japonesa", conta.

A mensagem do curta, segundo Mabuta, é a de "valorizar as coisas que você usa diariamente e conectar esse pensamento ao futuro". Para ele, quando as pessoas assistem e comentam algo, o filme se torna "um começo para pensar mais".

A vontade de ser diretor que vem desde a infância

Mabuta é diretor da Lang Pictures,empresa de produção de vídeos. Foto: Arquivo Pessoal

O criador já compartilhava um interesse pela arte desde o começo da vida. Ao Estadão, ele contou que, quando era criança, desenhava "monstros" que via nos filmes que sua mãe emprestava de locadoras.

Aos 10 anos, o artista se mudou com a família para Toronto, no Canadá, e lá viveu durante um ano. Foi o suficiente para que uma ida ao cinema gerasse nele a vontade de ser cineasta.

Quando assistiu ao longa Armagedom, do diretor Michael Bay, Mabuta descobriu que sua vocação e seu sonho era o mesmo de Michael: ser diretor de cinema em Hollywood.

"Eu não entendia nada de inglês, mas, quando vi o filme pela primeira vez, fiquei emocionado", conta.

Após se formar no Ensino Médio, ele resolveu retornar ao Canadá para estudar Produção de Vídeo.

O 'pontapé' para a valorização de filmes verticais

Quando o TikTok anunciou a parceria com o Festival de Cannes, Mabuta contou que ficou "surpreso", mas que acredita que esse seja o início da valorização de filmes curtos e verticais.

"Acho que há uma demanda por filmes no TikTok", afirma. O criador ainda diz que a indústria cinematográfica se tornará "mais empolgante" à medida que os filmes forem evoluindo com o tempo.

Mabuta ainda não acredita que andou no tapete vermelho de Cannes, mas acha que o resultado veio após um "trabalho duro sem desistir". "Nem acreditei que estava em Cannes mesmo depois de chegar em Cannes, mas foi uma viagem muito feliz", conta.

Agora que recebeu o Grand Pix – o troféu chegará ao Japão em poucos dias –, o cineasta conta que agradecerá à maior inspiração para o curta: o avô de Kazuma.

"Vou visitar o túmulo dele e agradecer. A família me disse que o 'vovô' no céu também ficaria feliz", finaliza.

*Estagiária sob supervisão de Charlise de Morais

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