Os rappers Lil Wayne e Kodak Black estão entre os beneficiários da onda de indultos de Donald Trump em seu último dia de mandato na quarta-feira, condizente com um presidente que ganhou fama nos tablóides de Nova York e nos reality shows.
Entre as mais de 140 pessoas que receberam clemência estão o ex-assessor Steve Bannon e o importante arrecadador de fundos do Partido Republicano Elliott Broidy, mas Trump também usou seus amplos poderes para liberar pessoas com poucos vínculos aparentes com sua administração.
O cinco vezes vencedor do Grammy Lil Wayne, cujo nome verdadeiro é Dwayne Carter Jr., pareceu apoiar Trump na campanha antes de sua candidatura à reeleição, quando Carter disse que apoiava o programa de reforma da Justiça criminal e o plano econômico de Trump para os afro-americanos.
Carter, cujo single No Problem de 2016 ganhou o Grammy de Best Rap Performance, confessou culpa no mês passado de porte ilegal de uma arma revestida de ouro quando seu jato fretado pousou em Miami em dezembro de 2019. Ele poderia pegar uma sentença de até 10 anos na prisão.
Kodak Black, de 23 anos, que nasceu Bill Kahan Kapri, está na prisão federal por fazer uma declaração falsa para comprar uma arma de fogo e lançou o álbum Bill Israel atrás das grades. Black se confessou culpado em agosto de 2019 e, três meses depois, foi condenado a três anos e 10 meses de prisão.
Seu indulto era apoiado por líderes religiosos, outros rappers e atletas. Apesar das especulações, a lista não incluiu o tema da série Tiger King da Netflix, Joe Exotic, que cumpre uma sentença de 22 anos de prisão por conspirar para matar um rival e crueldade contra animais.