John Travolta já estrelou alguns dos filmes mais marcantes da história do cinema mas, a depender de seus pais, isso não teria acontecido. O ator contou que eles o desencorajavam a seguir a carreira de artista.
Ele disse que sentiu o desejo de ser ator ao ver a atuação de Giulietta Masina no filme La Strada, quando ainda era pequeno. “Quando eu a vi nesse filme, fiquei com o coração partido. Perguntei ao meu pai por que ela tinha morrido e ele respondeu: ‘Ela morreu de coração partido’”, falou à Hollywood Reporter durante um debate do Festival de Cannes nesta quarta-feira, 16.
A negação dos pais ocorreu apesar do fato da mãe de John ser atriz e cantora. Para sorte dos amantes da sétima arte, o ator era um garoto teimoso e seguiu firme em seu intento. Do contrário, filmes como Grease e Pulp Fiction teriam sido completamente diferentes.
Sobre o primeiro, um musical adolescente que completa 40 anos em 2018 e que foi homenageado no festival francês, ele relembrou uma conversa com Benicio del Toro na qual o ator disse que assistira ao longa-metragem 14 vezes quando criança.
“Benicio tem um poder de atração enquanto ator que você nunca adivinharia que ele teria sido influenciado por Grease”, falou.
Outra grande obra da qual John participou, Pulp Fiction é um filme completamente diferente do musical adolescente. Ganhador da Palma de Ouro (prêmio de maior prestígio em Cannes) de 1994, o filme teria um sucesso de crítica e de público que nem o ator nem o diretor, Quentin Tarantino, imaginavam.
“Não acho que ninguém tivesse a menor ideia da magnitude que o Festival de Cannes teria no lançamento desse filme. A gente pensava em Pulp Fiction como um pequeno filme artístico que teria um alcance limitado em vez de uma audiência global”, relembrou.
Falando sobre Tarantino, o ator deu sua opinião sobre o que ele tem em comum com outros grandes diretores: “Eles confiam no ator que escolheram. Quentin sempre me viu como um ator imprevisível. Ele dizia ‘Se eu quisesse previsibilidade, eu teria escolhido outra pessoa’”.