A influenciadora digital Jojo Todynho afirmou ter sido vítima de racismo durante passeio em uma feira de Fortaleza, no Ceará. Um vídeo da artista discutindo com uma mulher circularam nas redes sociais na madrugada deste domingo, 17. Ela disse que realizou um boletim de ocorrência contra a acusada.
A Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Estado do Ceará (SSPDS) informou ao Estadão que a Polícia Civil investiga a denúncia de crime de preconceito de raça. Segundo a nota, o fato foi noticiado por meio de Boletim de Ocorrência (BO), registrado no 2º Distrito Policial (DP), unidade plantonista da PCCE (veja nota na íntegra abaixo).
O Estadão também tentou contato com a Prefeitura de Fortaleza, mas não teve retorno até o momento. A cantora ainda não respondeu à tentativa de contato da reportagem. O espaço segue aberto. Veja abaixo.
A confusão aconteceu enquanto a influenciadora comprava uma mala. “Sentei aqui para comprar uma mala e veio uma senhora e falou assim para mim: ‘Você pode ir na minha loja que eu vou te dar um presente e você me marca na no Instagram?”, disse Jojo nos Stories do Instagram.
Jojo disse que a mulher foi racista depois de sua resposta negativa. “Aí ela falou assim: ‘Esses pretos são todos arrogantes’. Terminei de pagar o que estava pagando e fui falar com ela. Está gravado também a administradora da feirinha pedindo desculpas. Porque ela estava presente e viu tudo o que aconteceu. Fui até ela e disse que quem quer respeito, se dê respeito”, completou.
A cantora ainda postou uma foto na porta da delegacia da Polícia Civil do Ceará dizendo que fez um boletim de ocorrência. Depois disso, ela apareceu muito abalada. “Estou muito triste, não tem nem como não ficar triste com uma situação dessa, que eu não desejo a ninguém”.
Segundo a nota da Polícia Civil do Ceará enviada à reportagem, a acusada de racismo também registrou um boletim de ocorrência contra Jojo Todynho por calúnia. Segundo o G1, a mulher teria dito que “jamais chamou Jojo de preta”. “Até conversei com ela, mas ela está sempre muito exaltada, não consegue conversar de jeito nenhum”, disse a mulher.
O Estadão também tentou contato com a Prefeitura de Fortaleza, mas não teve retorno até o momento. A cantora ainda não respondeu à tentativa de contato da reportagem. O espaço segue aberto. Veja abaixo.
Nota da Polícia Civil do Ceará
“A Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) informa que apura denúncia de crime de preconceito de raça ou cor contra artista natural do estado do Rio de Janeiro, ocorrido na noite desse sábado (16), em uma feira no bairro Meireles — Área Integrada de Segurança 1 (AIS 1), em Fortaleza.
O fato foi noticiado por meio de Boletim de Ocorrência (BO), registrado no 2º Distrito Policial (DP), unidade plantonista da PCCE.
A PCCE acrescenta que a permissionária autônoma, apontada como a mulher que teria supostamente proferido as ofensas, também registrou BO, sendo este contra a artista pelo crime de calúnia.
A Polícia Civil seguirá apurando o fato pela Delegacia de Repressão aos Crimes por Descriminação Racial, Religiosa ou Orientação Sexual (Decrin), unidade especializada.”