Leia com exclusividade trecho do livro inédito de Viih Tube e Eliezer sobre gravidez da influencer


Em ‘Tô Grávida! O Que a Gente Faz Agora?’, que chega às livrarias em setembro, casal revela detalhes nunca ditos sobre o início do relacionamento e a chegada da filha Lua, de 1 ano

Por Julia Queiroz

Quando a influenciadora Viih Tube, de 23 anos, descobriu que estava grávida da pequena Lua, hoje com 1 ano e 2 meses, ela ainda não havia oficializado o namoro com o também influenciador Eliezer. Foi apenas alguns dias após a revelação de que os dois esperavam um bebê que o ex-participante do Big Brother Brasil fez o pedido a ela.

O detalhe foi mantido em segredo por medo de julgamentos e vem à tona com o lançamento do livro Tô Grávida! O Que a Gente Faz Agora?, que chega às livrarias em setembro pela editora Intrínseca, escrito pelo casal. A obra revela ainda outros detalhes e bastidores do relacionamento dos dois. Leia com exclusividade um trecho abaixo.

À espera do segundo filho, Ravi, Viih Tube e Eliezer resolveram contar os percalços enfrentados antes, durante e após a primeira gravidez da influenciadora. Os dois se conheceram graças ao BBB - ela participou da edição de 2021 do programa, enquanto ele estava na edição de 2022. Logo após a eliminação do empresário, passaram a trocar mensagens e ter encontros frequentes.

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Eliezer e Viih Tube lançam livro sobre descoberta da gravidez. A filha do casal, Lua, tem 1 ano. Foto: Paulo Vitale/Divulgação

Os dois escreveram seus trechos da obra separadamente, de forma que o leitor consegue ver os dois lados de cada situação. No livro, contam como se conheceram, revelam informações e impressões pessoais sobre os primeiros encontros, contam quando e como lidaram com a informação da gravidez, além de toda a experiência antes e após a chegada de Lua.

Viih Tube, que passou a usar as suas redes sociais para mostrar as mudanças em seu corpo e relatar os passos de uma mãe de primeira viagem, desabafa sobre ter recebido comentários negativos na internet. Além disso, os papais falam sobre o episódio em que a filha foi vítima de ataques na web por conta do peso.

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“É realmente uma oportunidade de a gente dividir com o público coisas que não conseguimos antes, por conta do medo de sermos julgados”, disse Eliezer, em comunicado à imprensa. Já Viih Tube afirmou que ambos “colocaram tudo para fora”: “Tentei relatar tudo da forma mais honesta possível. Inclusive, foi um superdesabafo pra mim. Muita coisa as pessoas não sabiam, e pude tirar do peito.”

Em trecho publicado abaixo pelo Estadão, o casal descreve o momento exato em que descobriu que estava esperando a primeira filha. Na época, a influenciadora tinha 22 anos e o empresário, 32. Confira:

Leia trecho de ‘Tô grávida, e agora?’

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A descoberta

[Viih Tube] O que as pessoas não imaginam — porque nós nunca as sumimos publicamente antes — é que, na data do pedido de namoro, eu já estava grávida. Inclusive, no carro, a caminho do lugar onde seria a surpresa, eu já havia escrito, no bloco de notas do celular, dez nomes de menina e dez nomes de menino. Meu preferido já era Lua. Li todos para o Eli, e ele disse: “Gosto de Lua.” Achei incrível. Também concordamos com um nome de menino. Nossa sincronia apareceu até nessa hora.

Descobri a gravidez alguns dias antes, porque havia acontecido uma coisa esquisita: estávamos transando e senti uma dor intensa e aguda, muito forte, no útero. Tive a sensação de que ia desmaiar no meio do sexo. Achei que fosse cólica, mas, quando senti pela segunda vez, tive certeza de que não era isso. Começou a acontecer sempre no meio da relação. Também imaginei que pudesse ser alguma infecção, então consegui uma consulta com a ginecologista um dia às nove da noite, depois de uma gravação de trabalho.

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Sempre tive o costume de menstruar entre os dias 8 e 10 do mês, e estávamos exatamente em 8 de agosto. A médica começou a fazer o exame intravaginal e logo vimos uma bolinha, muito pequena, menor do que um cisco. O útero ao redor estava inchado, enorme. Ela me tranquilizou, disse que provavelmente essa bolinha sairia na menstruação. Ou então... aquilo poderia significar que eu estava grávida. Levei um susto. Minha mãe estava junto e olhamos uma para a outra na hora. Começamos a rir juntas — de nervoso. É a reação típica da nossa família diante de situações inesperadas: as duas chorando de rir. A médica não entendeu nada. Pensei: Como assim, grávida? E no instante seguinte senti a convicção de que essa era a hipótese certa.

Não sei explicar, não tive dúvidas de que já estava com a Lua na barriga.

Nesse dia, o Eli estava em casa me esperando. No caminho de volta, passei em uma farmácia e comprei três testes de gravidez, de marcas diferentes. Subi a escada já certa de que o resultado daria positivo e fui imaginando qual seria nossa reação, se ficaríamos felizes, comemoraríamos, se seria um grande susto. Estava tão tensa e imersa nas minhas ideias que, quando o Eli abriu a porta, me assustei. Eu tremia muito, estava pálida, parecia morta. Na mesma hora ele percebeu que tinha algo estranho. Eu disse: “Não tem outro jeito de te falar isso. Podem ser duas coisas: ou estou com infecção no canal vaginal e tenho um cisto no útero, ou...”

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Nessa hora, o Eli arregalou os olhos, assustado, por que cisto para ele poderia ser um nódulo, algo grave. Reação de homem. Ele imediatamente me interrompeu, falando que eu tinha que tratar. Foi então que o interrompi de volta e afirmei, subindo o tom para ele escutar: “A outra opção é que eu posso estar grávida.” Quando disse a palavra “grávida” e contei que estava com os testes na bolsa, ele parou de falar e nem hesitou. O Eli é muito prático, quer resolver tudo logo. “Vamos fazer o teste agora!”, disse. A reação dele foi tão positiva, no sentido de querer descobrir logo, que quem teve um bloqueio fui eu — parecia que eu queria adiar o resultado.

Acho que estava com medo do sentimento que eu já sabia no fundo que viria a seguir, com medo da mudança. Desconversei — não faria o teste naquela hora de jeito nenhum. Nem estava com vontade de fazer xixi. O Eli, um pouco impaciente, concordou que jantássemos primeiro. “Então bebe bastante água”, sugeriu.

No jantar, aquele climão. Os dois mudos, o Eli me olhando com expectativa, querendo me apressar, e eu na maior lentidão levando a comida à boca. Eu saboreava cada garfada bem devagar, de propósito. Ele me dava água sem parar. Muita água. Esse jantar durou uma eternidade. Quando terminamos, fui ao banheiro, e ele foi atrás. Nem privacidade me deu, de tanta ansiedade em me ver fazendo os testes. Ficou escovando os dentes e me olhando pelo reflexo do espelho.

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Coloquei a câmera do celular para gravar esse momento porque, se confirmasse, seria o início da história da nossa família. Comecei a fazer xixi, nervosa, e só repetia: “Não quero olhar, não quero olhar.” O Eli me perguntou: “O resultado sai na hora?” Não respondi. Quando terminei, olhei para baixo e levantei o teste na altura do rosto, incrédula. Dei uma olhadinha rápida, e, mesmo assim, parecia que eu não conseguia olhar direito. Ficava repetindo para o Eli: “Não consigo, não consigo.” O resultado saiu em me nos de um segundo: eu estava muito grávida.

Ele se virou para mim e perguntou o resultado. Em vez de dizer “estou grávida” (eu não conseguia verbalizar essa palavra), dei o teste na mão dele. Só que o Eli não sabia ler testes de gravidez. “O que isso signifi ca?”, perguntou. De novo, não respondi. Pedi para ele pegar a caixa e comparar o resultado com o que estava escrito nela. O Eli olhava da caixa para o teste e do teste para a caixa, paralisado. Até que entendeu: “Você está grávida.” Só concordei. Por dentro, estava desesperada. Não foi um sentimento ruim, mas de surpresa e falta de controle do que estava por vir. E agora?

----

[Eliezer] O dia em que descobrimos a gravidez da Lua foi também o dia em que finalmente entendi por que tinha entrado no reality. Tive a resposta que procurava. Quando a Viih me entregou o teste positivo, ainda no banheiro, respirei fundo (dá para ouvir minha respiração no vídeo que a Viih gravou). Peguei o teste da mão dela e não sabia ler o resultado. Nunca tinha visto um teste de gravidez na vida. Até que comparei o resulta do com as instruções da caixa. “É rápido assim?”, ainda perguntei, porque o positivo apareceu quase na mesma hora. Depois que entendi que o resultado era realmente positivo, me sentei no chão, ao lado da Viih. Ela me olhou e perguntou:

“E agora?”

“Primeiro de tudo, vamos cuidar da sua anemia”, foi a primeira coisa que falei.

Nessa época, estávamos em uma fase da vida em que saíamos todas as noites, bebíamos três vezes por semana, não dormíamos nem comíamos direito. O fato de termos descoberto a gravidez tão cedo permitiu que colocássemos nossa vida no eixo, sem prejudicar a gestação.

Ainda fiquei olhando para a parede um tempo com aquele teste na mão, e um filme passou na minha cabeça. Tudo se encaixou.

Existe propósito na vida, e hoje eu sei qual é o meu. Deus me colocou no reality para conhecer a Viih e depois ter a Lua e o Ravi.

Se não fosse pelo programa, nunca teríamos nos encontrado. Éramos de cidades diferentes, tínhamos vidas diferentes. Qual era a chance de o nosso encontro acontecer, se não tivéssemos participado do reality? Ao descobrir a gravidez, fui tomado por uma sensação de paz.

Nessa noite, a Viih dormiu bem, a noite toda. Eu não. Fiquei acordado durante a madrugada. Deitado na cama, vi o sol nascer pelo reflexo na nossa janela. Chorei muito, mas não de tristeza. Não sei explicar, a ficha não tinha caído. Para mim, um “simples” teste de farmácia poderia falhar. Lembro que joguei no Google “teste de farmácia gravidez falso positivo”. Ao mesmo tempo, aquela minha pergunta — “O que eu vim fazer aqui?” — finalmente foi respondida. Essa constatação me trouxe o sentimento de que eu estava no lugar exato em que deveria estar.

Alguns dias depois, a Viih fez um exame de sangue, o Beta HCG. Minha ficha foi cair mesmo quando o resulta do dele saiu. A médica nos ligou para confirmar. Também temos um vídeo desse momento. O nível de hormônio no corpo da Viih confirmou que havia mesmo um bebezinho na barriga dela. Assim que a ligação termina, olho para ela e digo: “Você está grávida mesmo, amor”, já emocionado. Eu começo a chorar, porque foi só nessa hora que a ficha caiu. A Viih teve certeza antes, mas eu ainda estava assimilando tudo. Vou ser pai, repetia mentalmente.

Tudo parecia tão certo, tão alinhado. Pensei: Nunca quis ser pai, e agora tenho nove meses para me tornar um. Não vou fugir.

Tô grávida! O que a gente faz agora?

  • Autores: Vitória Di Felice (Viih Tube) e Eliezer do Carmo
  • Editora: Intrínseca (352 págs.; R$ 49,90 | E-book: R$ 24,90)
  • Lançamento: 2/9 (pré-venda disponível)
Capa do livro 'Tô grávida! O que a gente faz agora?', de Viih Tube e Eliezer. Foto: Intrínseca/Divulgação

Quando a influenciadora Viih Tube, de 23 anos, descobriu que estava grávida da pequena Lua, hoje com 1 ano e 2 meses, ela ainda não havia oficializado o namoro com o também influenciador Eliezer. Foi apenas alguns dias após a revelação de que os dois esperavam um bebê que o ex-participante do Big Brother Brasil fez o pedido a ela.

O detalhe foi mantido em segredo por medo de julgamentos e vem à tona com o lançamento do livro Tô Grávida! O Que a Gente Faz Agora?, que chega às livrarias em setembro pela editora Intrínseca, escrito pelo casal. A obra revela ainda outros detalhes e bastidores do relacionamento dos dois. Leia com exclusividade um trecho abaixo.

À espera do segundo filho, Ravi, Viih Tube e Eliezer resolveram contar os percalços enfrentados antes, durante e após a primeira gravidez da influenciadora. Os dois se conheceram graças ao BBB - ela participou da edição de 2021 do programa, enquanto ele estava na edição de 2022. Logo após a eliminação do empresário, passaram a trocar mensagens e ter encontros frequentes.

Eliezer e Viih Tube lançam livro sobre descoberta da gravidez. A filha do casal, Lua, tem 1 ano. Foto: Paulo Vitale/Divulgação

Os dois escreveram seus trechos da obra separadamente, de forma que o leitor consegue ver os dois lados de cada situação. No livro, contam como se conheceram, revelam informações e impressões pessoais sobre os primeiros encontros, contam quando e como lidaram com a informação da gravidez, além de toda a experiência antes e após a chegada de Lua.

Viih Tube, que passou a usar as suas redes sociais para mostrar as mudanças em seu corpo e relatar os passos de uma mãe de primeira viagem, desabafa sobre ter recebido comentários negativos na internet. Além disso, os papais falam sobre o episódio em que a filha foi vítima de ataques na web por conta do peso.

“É realmente uma oportunidade de a gente dividir com o público coisas que não conseguimos antes, por conta do medo de sermos julgados”, disse Eliezer, em comunicado à imprensa. Já Viih Tube afirmou que ambos “colocaram tudo para fora”: “Tentei relatar tudo da forma mais honesta possível. Inclusive, foi um superdesabafo pra mim. Muita coisa as pessoas não sabiam, e pude tirar do peito.”

Em trecho publicado abaixo pelo Estadão, o casal descreve o momento exato em que descobriu que estava esperando a primeira filha. Na época, a influenciadora tinha 22 anos e o empresário, 32. Confira:

Leia trecho de ‘Tô grávida, e agora?’

A descoberta

[Viih Tube] O que as pessoas não imaginam — porque nós nunca as sumimos publicamente antes — é que, na data do pedido de namoro, eu já estava grávida. Inclusive, no carro, a caminho do lugar onde seria a surpresa, eu já havia escrito, no bloco de notas do celular, dez nomes de menina e dez nomes de menino. Meu preferido já era Lua. Li todos para o Eli, e ele disse: “Gosto de Lua.” Achei incrível. Também concordamos com um nome de menino. Nossa sincronia apareceu até nessa hora.

Descobri a gravidez alguns dias antes, porque havia acontecido uma coisa esquisita: estávamos transando e senti uma dor intensa e aguda, muito forte, no útero. Tive a sensação de que ia desmaiar no meio do sexo. Achei que fosse cólica, mas, quando senti pela segunda vez, tive certeza de que não era isso. Começou a acontecer sempre no meio da relação. Também imaginei que pudesse ser alguma infecção, então consegui uma consulta com a ginecologista um dia às nove da noite, depois de uma gravação de trabalho.

Sempre tive o costume de menstruar entre os dias 8 e 10 do mês, e estávamos exatamente em 8 de agosto. A médica começou a fazer o exame intravaginal e logo vimos uma bolinha, muito pequena, menor do que um cisco. O útero ao redor estava inchado, enorme. Ela me tranquilizou, disse que provavelmente essa bolinha sairia na menstruação. Ou então... aquilo poderia significar que eu estava grávida. Levei um susto. Minha mãe estava junto e olhamos uma para a outra na hora. Começamos a rir juntas — de nervoso. É a reação típica da nossa família diante de situações inesperadas: as duas chorando de rir. A médica não entendeu nada. Pensei: Como assim, grávida? E no instante seguinte senti a convicção de que essa era a hipótese certa.

Não sei explicar, não tive dúvidas de que já estava com a Lua na barriga.

Nesse dia, o Eli estava em casa me esperando. No caminho de volta, passei em uma farmácia e comprei três testes de gravidez, de marcas diferentes. Subi a escada já certa de que o resultado daria positivo e fui imaginando qual seria nossa reação, se ficaríamos felizes, comemoraríamos, se seria um grande susto. Estava tão tensa e imersa nas minhas ideias que, quando o Eli abriu a porta, me assustei. Eu tremia muito, estava pálida, parecia morta. Na mesma hora ele percebeu que tinha algo estranho. Eu disse: “Não tem outro jeito de te falar isso. Podem ser duas coisas: ou estou com infecção no canal vaginal e tenho um cisto no útero, ou...”

Nessa hora, o Eli arregalou os olhos, assustado, por que cisto para ele poderia ser um nódulo, algo grave. Reação de homem. Ele imediatamente me interrompeu, falando que eu tinha que tratar. Foi então que o interrompi de volta e afirmei, subindo o tom para ele escutar: “A outra opção é que eu posso estar grávida.” Quando disse a palavra “grávida” e contei que estava com os testes na bolsa, ele parou de falar e nem hesitou. O Eli é muito prático, quer resolver tudo logo. “Vamos fazer o teste agora!”, disse. A reação dele foi tão positiva, no sentido de querer descobrir logo, que quem teve um bloqueio fui eu — parecia que eu queria adiar o resultado.

Acho que estava com medo do sentimento que eu já sabia no fundo que viria a seguir, com medo da mudança. Desconversei — não faria o teste naquela hora de jeito nenhum. Nem estava com vontade de fazer xixi. O Eli, um pouco impaciente, concordou que jantássemos primeiro. “Então bebe bastante água”, sugeriu.

No jantar, aquele climão. Os dois mudos, o Eli me olhando com expectativa, querendo me apressar, e eu na maior lentidão levando a comida à boca. Eu saboreava cada garfada bem devagar, de propósito. Ele me dava água sem parar. Muita água. Esse jantar durou uma eternidade. Quando terminamos, fui ao banheiro, e ele foi atrás. Nem privacidade me deu, de tanta ansiedade em me ver fazendo os testes. Ficou escovando os dentes e me olhando pelo reflexo do espelho.

Coloquei a câmera do celular para gravar esse momento porque, se confirmasse, seria o início da história da nossa família. Comecei a fazer xixi, nervosa, e só repetia: “Não quero olhar, não quero olhar.” O Eli me perguntou: “O resultado sai na hora?” Não respondi. Quando terminei, olhei para baixo e levantei o teste na altura do rosto, incrédula. Dei uma olhadinha rápida, e, mesmo assim, parecia que eu não conseguia olhar direito. Ficava repetindo para o Eli: “Não consigo, não consigo.” O resultado saiu em me nos de um segundo: eu estava muito grávida.

Ele se virou para mim e perguntou o resultado. Em vez de dizer “estou grávida” (eu não conseguia verbalizar essa palavra), dei o teste na mão dele. Só que o Eli não sabia ler testes de gravidez. “O que isso signifi ca?”, perguntou. De novo, não respondi. Pedi para ele pegar a caixa e comparar o resultado com o que estava escrito nela. O Eli olhava da caixa para o teste e do teste para a caixa, paralisado. Até que entendeu: “Você está grávida.” Só concordei. Por dentro, estava desesperada. Não foi um sentimento ruim, mas de surpresa e falta de controle do que estava por vir. E agora?

----

[Eliezer] O dia em que descobrimos a gravidez da Lua foi também o dia em que finalmente entendi por que tinha entrado no reality. Tive a resposta que procurava. Quando a Viih me entregou o teste positivo, ainda no banheiro, respirei fundo (dá para ouvir minha respiração no vídeo que a Viih gravou). Peguei o teste da mão dela e não sabia ler o resultado. Nunca tinha visto um teste de gravidez na vida. Até que comparei o resulta do com as instruções da caixa. “É rápido assim?”, ainda perguntei, porque o positivo apareceu quase na mesma hora. Depois que entendi que o resultado era realmente positivo, me sentei no chão, ao lado da Viih. Ela me olhou e perguntou:

“E agora?”

“Primeiro de tudo, vamos cuidar da sua anemia”, foi a primeira coisa que falei.

Nessa época, estávamos em uma fase da vida em que saíamos todas as noites, bebíamos três vezes por semana, não dormíamos nem comíamos direito. O fato de termos descoberto a gravidez tão cedo permitiu que colocássemos nossa vida no eixo, sem prejudicar a gestação.

Ainda fiquei olhando para a parede um tempo com aquele teste na mão, e um filme passou na minha cabeça. Tudo se encaixou.

Existe propósito na vida, e hoje eu sei qual é o meu. Deus me colocou no reality para conhecer a Viih e depois ter a Lua e o Ravi.

Se não fosse pelo programa, nunca teríamos nos encontrado. Éramos de cidades diferentes, tínhamos vidas diferentes. Qual era a chance de o nosso encontro acontecer, se não tivéssemos participado do reality? Ao descobrir a gravidez, fui tomado por uma sensação de paz.

Nessa noite, a Viih dormiu bem, a noite toda. Eu não. Fiquei acordado durante a madrugada. Deitado na cama, vi o sol nascer pelo reflexo na nossa janela. Chorei muito, mas não de tristeza. Não sei explicar, a ficha não tinha caído. Para mim, um “simples” teste de farmácia poderia falhar. Lembro que joguei no Google “teste de farmácia gravidez falso positivo”. Ao mesmo tempo, aquela minha pergunta — “O que eu vim fazer aqui?” — finalmente foi respondida. Essa constatação me trouxe o sentimento de que eu estava no lugar exato em que deveria estar.

Alguns dias depois, a Viih fez um exame de sangue, o Beta HCG. Minha ficha foi cair mesmo quando o resulta do dele saiu. A médica nos ligou para confirmar. Também temos um vídeo desse momento. O nível de hormônio no corpo da Viih confirmou que havia mesmo um bebezinho na barriga dela. Assim que a ligação termina, olho para ela e digo: “Você está grávida mesmo, amor”, já emocionado. Eu começo a chorar, porque foi só nessa hora que a ficha caiu. A Viih teve certeza antes, mas eu ainda estava assimilando tudo. Vou ser pai, repetia mentalmente.

Tudo parecia tão certo, tão alinhado. Pensei: Nunca quis ser pai, e agora tenho nove meses para me tornar um. Não vou fugir.

Tô grávida! O que a gente faz agora?

  • Autores: Vitória Di Felice (Viih Tube) e Eliezer do Carmo
  • Editora: Intrínseca (352 págs.; R$ 49,90 | E-book: R$ 24,90)
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Capa do livro 'Tô grávida! O que a gente faz agora?', de Viih Tube e Eliezer. Foto: Intrínseca/Divulgação

Quando a influenciadora Viih Tube, de 23 anos, descobriu que estava grávida da pequena Lua, hoje com 1 ano e 2 meses, ela ainda não havia oficializado o namoro com o também influenciador Eliezer. Foi apenas alguns dias após a revelação de que os dois esperavam um bebê que o ex-participante do Big Brother Brasil fez o pedido a ela.

O detalhe foi mantido em segredo por medo de julgamentos e vem à tona com o lançamento do livro Tô Grávida! O Que a Gente Faz Agora?, que chega às livrarias em setembro pela editora Intrínseca, escrito pelo casal. A obra revela ainda outros detalhes e bastidores do relacionamento dos dois. Leia com exclusividade um trecho abaixo.

À espera do segundo filho, Ravi, Viih Tube e Eliezer resolveram contar os percalços enfrentados antes, durante e após a primeira gravidez da influenciadora. Os dois se conheceram graças ao BBB - ela participou da edição de 2021 do programa, enquanto ele estava na edição de 2022. Logo após a eliminação do empresário, passaram a trocar mensagens e ter encontros frequentes.

Eliezer e Viih Tube lançam livro sobre descoberta da gravidez. A filha do casal, Lua, tem 1 ano. Foto: Paulo Vitale/Divulgação

Os dois escreveram seus trechos da obra separadamente, de forma que o leitor consegue ver os dois lados de cada situação. No livro, contam como se conheceram, revelam informações e impressões pessoais sobre os primeiros encontros, contam quando e como lidaram com a informação da gravidez, além de toda a experiência antes e após a chegada de Lua.

Viih Tube, que passou a usar as suas redes sociais para mostrar as mudanças em seu corpo e relatar os passos de uma mãe de primeira viagem, desabafa sobre ter recebido comentários negativos na internet. Além disso, os papais falam sobre o episódio em que a filha foi vítima de ataques na web por conta do peso.

“É realmente uma oportunidade de a gente dividir com o público coisas que não conseguimos antes, por conta do medo de sermos julgados”, disse Eliezer, em comunicado à imprensa. Já Viih Tube afirmou que ambos “colocaram tudo para fora”: “Tentei relatar tudo da forma mais honesta possível. Inclusive, foi um superdesabafo pra mim. Muita coisa as pessoas não sabiam, e pude tirar do peito.”

Em trecho publicado abaixo pelo Estadão, o casal descreve o momento exato em que descobriu que estava esperando a primeira filha. Na época, a influenciadora tinha 22 anos e o empresário, 32. Confira:

Leia trecho de ‘Tô grávida, e agora?’

A descoberta

[Viih Tube] O que as pessoas não imaginam — porque nós nunca as sumimos publicamente antes — é que, na data do pedido de namoro, eu já estava grávida. Inclusive, no carro, a caminho do lugar onde seria a surpresa, eu já havia escrito, no bloco de notas do celular, dez nomes de menina e dez nomes de menino. Meu preferido já era Lua. Li todos para o Eli, e ele disse: “Gosto de Lua.” Achei incrível. Também concordamos com um nome de menino. Nossa sincronia apareceu até nessa hora.

Descobri a gravidez alguns dias antes, porque havia acontecido uma coisa esquisita: estávamos transando e senti uma dor intensa e aguda, muito forte, no útero. Tive a sensação de que ia desmaiar no meio do sexo. Achei que fosse cólica, mas, quando senti pela segunda vez, tive certeza de que não era isso. Começou a acontecer sempre no meio da relação. Também imaginei que pudesse ser alguma infecção, então consegui uma consulta com a ginecologista um dia às nove da noite, depois de uma gravação de trabalho.

Sempre tive o costume de menstruar entre os dias 8 e 10 do mês, e estávamos exatamente em 8 de agosto. A médica começou a fazer o exame intravaginal e logo vimos uma bolinha, muito pequena, menor do que um cisco. O útero ao redor estava inchado, enorme. Ela me tranquilizou, disse que provavelmente essa bolinha sairia na menstruação. Ou então... aquilo poderia significar que eu estava grávida. Levei um susto. Minha mãe estava junto e olhamos uma para a outra na hora. Começamos a rir juntas — de nervoso. É a reação típica da nossa família diante de situações inesperadas: as duas chorando de rir. A médica não entendeu nada. Pensei: Como assim, grávida? E no instante seguinte senti a convicção de que essa era a hipótese certa.

Não sei explicar, não tive dúvidas de que já estava com a Lua na barriga.

Nesse dia, o Eli estava em casa me esperando. No caminho de volta, passei em uma farmácia e comprei três testes de gravidez, de marcas diferentes. Subi a escada já certa de que o resultado daria positivo e fui imaginando qual seria nossa reação, se ficaríamos felizes, comemoraríamos, se seria um grande susto. Estava tão tensa e imersa nas minhas ideias que, quando o Eli abriu a porta, me assustei. Eu tremia muito, estava pálida, parecia morta. Na mesma hora ele percebeu que tinha algo estranho. Eu disse: “Não tem outro jeito de te falar isso. Podem ser duas coisas: ou estou com infecção no canal vaginal e tenho um cisto no útero, ou...”

Nessa hora, o Eli arregalou os olhos, assustado, por que cisto para ele poderia ser um nódulo, algo grave. Reação de homem. Ele imediatamente me interrompeu, falando que eu tinha que tratar. Foi então que o interrompi de volta e afirmei, subindo o tom para ele escutar: “A outra opção é que eu posso estar grávida.” Quando disse a palavra “grávida” e contei que estava com os testes na bolsa, ele parou de falar e nem hesitou. O Eli é muito prático, quer resolver tudo logo. “Vamos fazer o teste agora!”, disse. A reação dele foi tão positiva, no sentido de querer descobrir logo, que quem teve um bloqueio fui eu — parecia que eu queria adiar o resultado.

Acho que estava com medo do sentimento que eu já sabia no fundo que viria a seguir, com medo da mudança. Desconversei — não faria o teste naquela hora de jeito nenhum. Nem estava com vontade de fazer xixi. O Eli, um pouco impaciente, concordou que jantássemos primeiro. “Então bebe bastante água”, sugeriu.

No jantar, aquele climão. Os dois mudos, o Eli me olhando com expectativa, querendo me apressar, e eu na maior lentidão levando a comida à boca. Eu saboreava cada garfada bem devagar, de propósito. Ele me dava água sem parar. Muita água. Esse jantar durou uma eternidade. Quando terminamos, fui ao banheiro, e ele foi atrás. Nem privacidade me deu, de tanta ansiedade em me ver fazendo os testes. Ficou escovando os dentes e me olhando pelo reflexo do espelho.

Coloquei a câmera do celular para gravar esse momento porque, se confirmasse, seria o início da história da nossa família. Comecei a fazer xixi, nervosa, e só repetia: “Não quero olhar, não quero olhar.” O Eli me perguntou: “O resultado sai na hora?” Não respondi. Quando terminei, olhei para baixo e levantei o teste na altura do rosto, incrédula. Dei uma olhadinha rápida, e, mesmo assim, parecia que eu não conseguia olhar direito. Ficava repetindo para o Eli: “Não consigo, não consigo.” O resultado saiu em me nos de um segundo: eu estava muito grávida.

Ele se virou para mim e perguntou o resultado. Em vez de dizer “estou grávida” (eu não conseguia verbalizar essa palavra), dei o teste na mão dele. Só que o Eli não sabia ler testes de gravidez. “O que isso signifi ca?”, perguntou. De novo, não respondi. Pedi para ele pegar a caixa e comparar o resultado com o que estava escrito nela. O Eli olhava da caixa para o teste e do teste para a caixa, paralisado. Até que entendeu: “Você está grávida.” Só concordei. Por dentro, estava desesperada. Não foi um sentimento ruim, mas de surpresa e falta de controle do que estava por vir. E agora?

----

[Eliezer] O dia em que descobrimos a gravidez da Lua foi também o dia em que finalmente entendi por que tinha entrado no reality. Tive a resposta que procurava. Quando a Viih me entregou o teste positivo, ainda no banheiro, respirei fundo (dá para ouvir minha respiração no vídeo que a Viih gravou). Peguei o teste da mão dela e não sabia ler o resultado. Nunca tinha visto um teste de gravidez na vida. Até que comparei o resulta do com as instruções da caixa. “É rápido assim?”, ainda perguntei, porque o positivo apareceu quase na mesma hora. Depois que entendi que o resultado era realmente positivo, me sentei no chão, ao lado da Viih. Ela me olhou e perguntou:

“E agora?”

“Primeiro de tudo, vamos cuidar da sua anemia”, foi a primeira coisa que falei.

Nessa época, estávamos em uma fase da vida em que saíamos todas as noites, bebíamos três vezes por semana, não dormíamos nem comíamos direito. O fato de termos descoberto a gravidez tão cedo permitiu que colocássemos nossa vida no eixo, sem prejudicar a gestação.

Ainda fiquei olhando para a parede um tempo com aquele teste na mão, e um filme passou na minha cabeça. Tudo se encaixou.

Existe propósito na vida, e hoje eu sei qual é o meu. Deus me colocou no reality para conhecer a Viih e depois ter a Lua e o Ravi.

Se não fosse pelo programa, nunca teríamos nos encontrado. Éramos de cidades diferentes, tínhamos vidas diferentes. Qual era a chance de o nosso encontro acontecer, se não tivéssemos participado do reality? Ao descobrir a gravidez, fui tomado por uma sensação de paz.

Nessa noite, a Viih dormiu bem, a noite toda. Eu não. Fiquei acordado durante a madrugada. Deitado na cama, vi o sol nascer pelo reflexo na nossa janela. Chorei muito, mas não de tristeza. Não sei explicar, a ficha não tinha caído. Para mim, um “simples” teste de farmácia poderia falhar. Lembro que joguei no Google “teste de farmácia gravidez falso positivo”. Ao mesmo tempo, aquela minha pergunta — “O que eu vim fazer aqui?” — finalmente foi respondida. Essa constatação me trouxe o sentimento de que eu estava no lugar exato em que deveria estar.

Alguns dias depois, a Viih fez um exame de sangue, o Beta HCG. Minha ficha foi cair mesmo quando o resulta do dele saiu. A médica nos ligou para confirmar. Também temos um vídeo desse momento. O nível de hormônio no corpo da Viih confirmou que havia mesmo um bebezinho na barriga dela. Assim que a ligação termina, olho para ela e digo: “Você está grávida mesmo, amor”, já emocionado. Eu começo a chorar, porque foi só nessa hora que a ficha caiu. A Viih teve certeza antes, mas eu ainda estava assimilando tudo. Vou ser pai, repetia mentalmente.

Tudo parecia tão certo, tão alinhado. Pensei: Nunca quis ser pai, e agora tenho nove meses para me tornar um. Não vou fugir.

Tô grávida! O que a gente faz agora?

  • Autores: Vitória Di Felice (Viih Tube) e Eliezer do Carmo
  • Editora: Intrínseca (352 págs.; R$ 49,90 | E-book: R$ 24,90)
  • Lançamento: 2/9 (pré-venda disponível)
Capa do livro 'Tô grávida! O que a gente faz agora?', de Viih Tube e Eliezer. Foto: Intrínseca/Divulgação

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