Racismo contra Títi: Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank comentam condenação de socialite


A atriz e o ator celebraram a sentença contra Day McCarthy, que proferiu ofensas racistas contra a filha do casal em 2017; ‘Histórico’, disseram

Por Beatriz Nogueira
Atualização:

Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank usaram suas redes sociais nesta sexta-feira, 23, para comemorar a sentença da socialite Day McCarthy, que fez declarações racistas conta Títi, em 2017, quando a filha do casal tinha apenas quatro anos. A decisão foi anunciada pela Justiça Federal do Rio de Janeiro. Day foi condenada a 8 anos, 9 meses e 13 dias de prisão em regime fechado.

No comunicado publicado nas redes sociais, o casal destacou a importância da decisão, mas também refletiu sobre as desigualdades no combate ao racismo.

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Titi em fotos publicadas por seus pais em comemoração ao seu aniversário, em junho deste ano. Foto: Instagram/@gioewbank e Instagram/@brunogagliasso

“Hoje, a gente vem celebrar uma vitória contra o racismo. E sabemos que, infelizmente, esta vitória acontece por termos visibilidade e sermos brancos e, portanto, mais ouvidos que a população negra que, desde que foi sequestrada para este país, não para de gritar e sangrar. Nunca é tarde, mas ainda é tarde.”

O casal relembrou que Titi, atualmente com 11 anos, tinha apenas quatro quando foi alvo dos ataques racistas. “O crime veio de uma mulher eugenista, que encontrou na internet o ambiente perfeito para proferir violências hediondas – aqui, às vezes, o mundo parece retroceder com ataques às minorias crescendo de modo desmensurado. Demos voz aos idiotas?”, questionaram.

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Na publicação qual a mulher está sendo conenada, se referia a Titi como uma “macaca”, que tinha “cabelo horrível, de bico de palha” e “nariz de preto”.

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Ainda na declaração, Gagliasso e Ewbank assumem o privilégio que têm, mas destacaram a longa jornada até a condenação, ressaltando que a denúncia formal só pôde ser feita em 2021.

“Mesmo com todos os nossos privilégios, o caminho foi longo: apenas em maio de 2021 conseguimos oferecer uma denúncia. E somente na última quarta-feira, dia 21 de agosto de 2024, sete anos depois, a Justiça Federal do Rio de Janeiro proferiu uma decisão inédita condenando a autora dos crimes por injúria racial e racismo. A pena? 8 anos e 9 meses de prisão em regime fechado.”

O casal enfatizou o caráter histórico da decisão, sublinhando que é a primeira vez que uma pena de prisão em regime fechado é aplicada em resposta a um crime de racismo no Brasil. “Sim, estamos em 2024 e essa ainda é a primeira vez. Apesar de tardio, é histórico.”

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No texto, Gagliasso e Ewbank também agradeceram ao apoio público e à atuação decisiva da Justiça e da Procuradoria da República do Rio de Janeiro, além da advogada Juliana Souza, que acompanhou o caso desde o início. “Como pais, estamos emocionados e agradecemos: a comoção pública foi fundamental para este avanço. Não temos mais nada a declarar, mas seguiremos vigilantes porque o racismo está longe de acabar.”

Veja publicação:

Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank usaram suas redes sociais nesta sexta-feira, 23, para comemorar a sentença da socialite Day McCarthy, que fez declarações racistas conta Títi, em 2017, quando a filha do casal tinha apenas quatro anos. A decisão foi anunciada pela Justiça Federal do Rio de Janeiro. Day foi condenada a 8 anos, 9 meses e 13 dias de prisão em regime fechado.

No comunicado publicado nas redes sociais, o casal destacou a importância da decisão, mas também refletiu sobre as desigualdades no combate ao racismo.

Titi em fotos publicadas por seus pais em comemoração ao seu aniversário, em junho deste ano. Foto: Instagram/@gioewbank e Instagram/@brunogagliasso

“Hoje, a gente vem celebrar uma vitória contra o racismo. E sabemos que, infelizmente, esta vitória acontece por termos visibilidade e sermos brancos e, portanto, mais ouvidos que a população negra que, desde que foi sequestrada para este país, não para de gritar e sangrar. Nunca é tarde, mas ainda é tarde.”

O casal relembrou que Titi, atualmente com 11 anos, tinha apenas quatro quando foi alvo dos ataques racistas. “O crime veio de uma mulher eugenista, que encontrou na internet o ambiente perfeito para proferir violências hediondas – aqui, às vezes, o mundo parece retroceder com ataques às minorias crescendo de modo desmensurado. Demos voz aos idiotas?”, questionaram.

Na publicação qual a mulher está sendo conenada, se referia a Titi como uma “macaca”, que tinha “cabelo horrível, de bico de palha” e “nariz de preto”.

Ainda na declaração, Gagliasso e Ewbank assumem o privilégio que têm, mas destacaram a longa jornada até a condenação, ressaltando que a denúncia formal só pôde ser feita em 2021.

“Mesmo com todos os nossos privilégios, o caminho foi longo: apenas em maio de 2021 conseguimos oferecer uma denúncia. E somente na última quarta-feira, dia 21 de agosto de 2024, sete anos depois, a Justiça Federal do Rio de Janeiro proferiu uma decisão inédita condenando a autora dos crimes por injúria racial e racismo. A pena? 8 anos e 9 meses de prisão em regime fechado.”

O casal enfatizou o caráter histórico da decisão, sublinhando que é a primeira vez que uma pena de prisão em regime fechado é aplicada em resposta a um crime de racismo no Brasil. “Sim, estamos em 2024 e essa ainda é a primeira vez. Apesar de tardio, é histórico.”

No texto, Gagliasso e Ewbank também agradeceram ao apoio público e à atuação decisiva da Justiça e da Procuradoria da República do Rio de Janeiro, além da advogada Juliana Souza, que acompanhou o caso desde o início. “Como pais, estamos emocionados e agradecemos: a comoção pública foi fundamental para este avanço. Não temos mais nada a declarar, mas seguiremos vigilantes porque o racismo está longe de acabar.”

Veja publicação:

Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank usaram suas redes sociais nesta sexta-feira, 23, para comemorar a sentença da socialite Day McCarthy, que fez declarações racistas conta Títi, em 2017, quando a filha do casal tinha apenas quatro anos. A decisão foi anunciada pela Justiça Federal do Rio de Janeiro. Day foi condenada a 8 anos, 9 meses e 13 dias de prisão em regime fechado.

No comunicado publicado nas redes sociais, o casal destacou a importância da decisão, mas também refletiu sobre as desigualdades no combate ao racismo.

Titi em fotos publicadas por seus pais em comemoração ao seu aniversário, em junho deste ano. Foto: Instagram/@gioewbank e Instagram/@brunogagliasso

“Hoje, a gente vem celebrar uma vitória contra o racismo. E sabemos que, infelizmente, esta vitória acontece por termos visibilidade e sermos brancos e, portanto, mais ouvidos que a população negra que, desde que foi sequestrada para este país, não para de gritar e sangrar. Nunca é tarde, mas ainda é tarde.”

O casal relembrou que Titi, atualmente com 11 anos, tinha apenas quatro quando foi alvo dos ataques racistas. “O crime veio de uma mulher eugenista, que encontrou na internet o ambiente perfeito para proferir violências hediondas – aqui, às vezes, o mundo parece retroceder com ataques às minorias crescendo de modo desmensurado. Demos voz aos idiotas?”, questionaram.

Na publicação qual a mulher está sendo conenada, se referia a Titi como uma “macaca”, que tinha “cabelo horrível, de bico de palha” e “nariz de preto”.

Ainda na declaração, Gagliasso e Ewbank assumem o privilégio que têm, mas destacaram a longa jornada até a condenação, ressaltando que a denúncia formal só pôde ser feita em 2021.

“Mesmo com todos os nossos privilégios, o caminho foi longo: apenas em maio de 2021 conseguimos oferecer uma denúncia. E somente na última quarta-feira, dia 21 de agosto de 2024, sete anos depois, a Justiça Federal do Rio de Janeiro proferiu uma decisão inédita condenando a autora dos crimes por injúria racial e racismo. A pena? 8 anos e 9 meses de prisão em regime fechado.”

O casal enfatizou o caráter histórico da decisão, sublinhando que é a primeira vez que uma pena de prisão em regime fechado é aplicada em resposta a um crime de racismo no Brasil. “Sim, estamos em 2024 e essa ainda é a primeira vez. Apesar de tardio, é histórico.”

No texto, Gagliasso e Ewbank também agradeceram ao apoio público e à atuação decisiva da Justiça e da Procuradoria da República do Rio de Janeiro, além da advogada Juliana Souza, que acompanhou o caso desde o início. “Como pais, estamos emocionados e agradecemos: a comoção pública foi fundamental para este avanço. Não temos mais nada a declarar, mas seguiremos vigilantes porque o racismo está longe de acabar.”

Veja publicação:

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