Relembre 10 disputas por heranças milionárias de famosos brasileiros, assim como da família de Gugu


Espólios de personalidades como Marcos Paulo, Agnaldo Timóteo, Chico Anysio, Pelé e Betty Lago também foram parar na Justiça

Por Thaíse Ramos
Atualização:

A disputa pela herança de cerca de R$ 1 bilhão deixada pelo apresentador Gugu Liberato, que morreu em 2019 aos 60 anos, nos Estados Unidos, vítima de acidente doméstico, voltou a ser um dos assuntos mais comentados da internet nos últimos dias.

O caso veio à tona com força total em 22 de maio, quando foi realizada uma audiência na 9ª Vara de Família e Sucessões do foro Central de São Paulo, que reuniu as filhas gêmeas do apresentador, Marina e Sofia, de 19 anos, o primogênito João Augusto, de 21, a companheira do comunicador e mãe dos jovens, Rose Miriam di Matteo, e a irmã de Gugu, Aparecida Liberato.

No documento, ele não reconheceu Rose como companheira em união estável e nomeou a irmã como responsável por cuidar de seu espólio (bens divididos entre os herdeiros). Nele, o apresentador deixou 75% do patrimônio aos três filhos com Rose e os 25% restantes para os cinco sobrinhos.

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Agora, Rose pleiteia o reconhecimento de união estável com Gugu ao longo dos 20 anos em que viveram juntos. Desde a morte do comunicador, a família vem reforçando a ideia de que eles tinham uma relação de amizade. Marina e Sofia apoiam a tentativa da mãe em anular o testamento e João Augusto defende o lado de Aparecida, inventariante do irmão.

Se a Justiça de São Paulo reconhecer o pedido, Rose passará a ter direito ao espólio de Gugu - metade da herança. Os outros 50% serão transmitidos obrigatoriamente aos três filhos.

Enquanto o tão aguardado dia do veredicto final não chega, os bastidores do caso Gugu ganham cada vez mais destaque. Opiniões opostas entre os envolvidos no testamento, exposição nas redes sociais, vazamento de declarações comprometedoras e escândalo envolvendo terceiros, são alguns enredos que chamam a atenção e mostram que após a morte, nem sempre familiares e amigos conseguem conciliar com facilidade a divisão dos bens.

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Rose Miriam Di Matteo, Gugu Liberato e filhos. Foto: Instagram/@rosemiriamoficial/Reprodução

O caso de Gugu Liberato - que tramita em segredo de justiça - é apenas o mais recente entre vários de disputas milionárias de heranças de famosos no Brasil. Relembre alguns dos mais marcantes, com ou ainda sem solução:

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O patrimônio de cerca de R$ 20 milhões do humorista Chico Anysio (1931-2012) segue em disputa entre os herdeiros. Vale ressaltar que o único testamento deixado por ele foi anulado por excluir o ator Lug de Paula da herança, pois a lei brasileira não permite deserção de filhos.

A última mulher do comediante, Malga di Paula, foi declarada inventariante de Chico. Na briga judicial, ela defende que o desejo do maridop era que os filhos conservassem seus patrimônios intelectuais, enquanto que ela permaneceria com os bens materiais, mas oito filhos contestam.

Chico Anysio morreu em 23 de março de 2012, aos 80 anos, por falência múltipla de órgãos.

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Chico Anysio morreu em 23 de março de 2012, aos 80 anos, por falência múltipla de órgãos TASSO MARCELO/AE Foto: Tasso Marcelo/AE

A herança de Pelé, avaliada em aproximadamente 15 milhões de dólares (R$ 75 milhões), é alvo de uma disputa judicial que envolve o ex-goleiro Edinho, filho mais velho do Rei; Gemima Lemos, enteada do ex-jogador; e a viúvia Márcia Aoki.

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Segundo o testamento, 30% da fortuna ficou para Márcia, e o restante seria divido entre os sete filhos de Pelé, que morreu em dezembro de 2022, aos 82 anos, em decorrência de um câncer no cólon.

Joshua e Celeste Nascimento, filhos do ex-jogador, entraram com pedido na justiça para que a enteada Gemima seja reconhecida como filha socioafetiva, o que lhe daria direito a herança.

Em fevereiro deste ano, Edinho, teve dois pedidos para ser inventariante do processo de repartição da herança negados pela Justiça de São Paulo. No pedido inicial, de 13 de fevereiro, o ex-goleiro afirmou que era o responsável pela administração dos bens do pai durante os últimos momentos dele no hospital.

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A juíza Suzana Pereira da Silva, da 2ª Vara de Família, responsável pelo caso, não acatou o pedido de Edinho. Além disso, determinou que o direito de ser inventariante cabe à viúva, Márcia Aoki.

O ex-goleiro também pediu para que a separação da herança do pai ocorresse em sigilo. Contudo, a justiça também negou e, segundo apontou a juíza, o processo pode interessar a possíveis credores de Pelé, que morreu em dezembro de 2022, aos 82 anos, em decorrência de um câncer no cólon.

A herança de Pelé está avaliada em aproximadamente R$ 75 milhões Foto: Fábio Motta

As três filhas do ator e diretor Marcos Paulo (1951-2012), Mariana Simões, Giulia Costa e Vanessa Simões, e a atriz Antonia Fontenelle, com quem ele teve um relacionamento estável entre 2005 e 2012, recorrem à Justiça. A disputa pelo espólio foi motivada por discordâncias entre dois documentos.

Com data de 2005, o primeiro documento diz que as herdeiras de Marcos Paulo eram as três filhas. No segundo, protocolado em 2006, Fontenelle se tornava a principal herdeira, enquanto as três filhas dividiram outra parte da herança, avaliada em R$ 30 milhões.

Segundo a decisão do tribunal, Fontenelle teria direito a 25% do patrimônio. Nove anos depois, ela decidiu pôr um fim na batalha judicial e ficar com 12,5% do patrimônio deixado pelo ex-marido, que morreu em 2012, após uma luta contra um câncer de esôfago.

O ator e diretor morreu em 2012, após uma luta contra um câncer de esôfago Foto: João Miguel Júnior / Globo / Divulgação

A atriz Marília Pêra (1943-2015) deixou documentado que seu patrimônio, avaliado em R$ 40 milhões, seria dividido entre os três filhos, o viúvo, Bruno Faria, e a irmã, a atriz Sandra Pêra. Os filhos receberiam cada um 25%, enquanto que o viúvo e a irmã dividiriam o restante de 25% (12,5% para Bruno e 12,5% para Sandra).

Bruno, que foi casado com a atriz durante 17 anos, não aceitou. Pela nova lei brasileira e com o argumento de que como companheiro, teria direito a 50% dos bens, ele entrou na Justiça. No entanto, as partes entraram em acordo em 2019, aceitando o que havia sido estabelecido por Marília.

A atriz Marília Pêra Foto: Estadão

Apesar de ter deixado no testamento que gostaria que o dinheiro fosse partilhado, a família de Agnaldo Timóteo - que morreu em 2021, aos 84 anos, por complicações da Covid - tem brigado na Justiça pela herança milionária do cantor, que pode chegar a R$ 30 milhões.

O artista morreu antes de finalizar o processo de adoção da única filha, Keyty Evelin. Em setembro, a adolescente de 14 anos teve sua adoção reconhecida e terá direito a 50% da herança, mas ainda busca mais 25% do disponível, conforme testamento do artista.

A vontade de Timóteo era que seu patrimônio fosse divido em duas partes iguais, sendo 50% para sua filha adotiva, Keyty e os outros 50% deveria ser dividido entre os dois irmãos e dois afilhados dele.

O cantor deixou 10% para cada um dos afilhados, Marcelo de Souza Vasconcellos e Márcio de Souza Vasconcellos. Já os os irmãos Rutnete e Cícero Thimoteo Pereira devem ficar com 15% cada. Para a outra irmã, Maria do Carmo, o cantor deixou um apartamento.

Damião Sá da Silva, conhecido como Timotinho, que se considera sobrinho de Agnaldo Timóteo, não ficou satisfeito em ter ficado de fora do testamento. Ele alega ter sido muito próximo do artista e diz ter cuidado dele pelos últimos 20 anos. Por isso, acredita que deve ser contemplado com parte da herança.

O cantor Agnaldo Timóteo morreu em 2021, aos 84 anos, por complicações da Covid Foto: Reprodução/ TV Globo

O cantor Wando (1945-2012) deixou um patrimônio avaliado em mais de R$ 10 milhões, que é disputado por nove pessoas, entre filhos, netos, uma irmã e duas ex-companheiras. Em 2022, a psicóloga Renata de Vasconcelos conseguiu provar que vivia uma união estável com o o artista. Com isso, ela terá direito a parte da herança.

Katiuscia, uma filha que Wando não reconheceu e que vive na Alemanha, e a irmã Maria das Graças, que diz morar de favor em Congonhas, Minhas Gerais, estão entre as nove pessoas que disputam uma parte do patrimônio milionário do cantor.

reference

Emílio Santiago (1946-2013) também deixou um patrimônio de aproximadamente R$ 10 milhões e a briga pelos bens do cantor envolve Hercília Santiago, que fez teste de DNA para provar ser irmã dele, e Márcio Tadeu, que teria namorado o artista.

Eles reivindicam seus direitos, assim como o produtor cultural Aleksander Nunes, que entrou na Justiça para tentar provar que é filho do cantor.

O corpo de Emílio chegou a ser exumado para a realização de um exame de DNA, mas o resultado foi negativo.

deixou um patrimônio de aproximadamente R$ 10 milhões Foto: Foto Luis Cleber Martines/FotoRepórter/AE

A atriz Betty Lago (1955-2015), que morreu em decorrência de complicações de um câncer, deixou um testamento que contemplava 80% de seu patrimônio ao filho Bernardo. Patrícia, a outra filha da artista, entrou na Justiça para contestar. Ela alegou que Betty estava debilitada e não teria condições de tomar esta decisão.

Em 2020, o caso foi dado como finalizado quando a Justiça deu ganho de causa a Bernardo. Os laudos médicos apontaram que Betty estava completamente ciente de seus atos. Patrícia ficou com 20% da herança da atriz, previsto inicialmente.

Betty Lago morreu em decorrência de complicações de um câncer Foto: Divulgação

A obra do artista Rolando Boldrin, que morreu aos 86 anos, em novembro de 2022, tem sido alvo de disputa entre os filhos e a viúva, Patrícia Boldrin. Em seu testamento, o apresentador do icônico Sr. Brasil desejava que a mulher tivesse controle sobre os direitos autorais de suas músicas. No entanto, a decisão foi contestada por Vera Boldrin, filha única do artista com a cantora Lurdinha Pereira.

Marcus Boldrin, neto que Rolando adotou legalmente como filho quando tinha 12 anos, também teria, supostamente, direito sobre a obra do cantor. Ele seria visto pela lei como um dos herdeiros.

Porém, os herdeiros legais de Rolando apontam que a decisão judicial seria inconstitucional. Visto a legislação brasileira afirma que metade do patrimônio deixado por uma pessoa morta deve ser destinado aos herdeiros.

Eles contestaram a validade do testamento, afirmando que “não ter certeza sobre a veracidade do documento porque ele não foi assinado e celebrado na presença deles” ou até mesmo realizado em reunião formal.

Rolando Boldrin morreu aos 86 anos, em novembro de 2022 Foto: Estadão

A disputa pela herança de cerca de R$ 1 bilhão deixada pelo apresentador Gugu Liberato, que morreu em 2019 aos 60 anos, nos Estados Unidos, vítima de acidente doméstico, voltou a ser um dos assuntos mais comentados da internet nos últimos dias.

O caso veio à tona com força total em 22 de maio, quando foi realizada uma audiência na 9ª Vara de Família e Sucessões do foro Central de São Paulo, que reuniu as filhas gêmeas do apresentador, Marina e Sofia, de 19 anos, o primogênito João Augusto, de 21, a companheira do comunicador e mãe dos jovens, Rose Miriam di Matteo, e a irmã de Gugu, Aparecida Liberato.

No documento, ele não reconheceu Rose como companheira em união estável e nomeou a irmã como responsável por cuidar de seu espólio (bens divididos entre os herdeiros). Nele, o apresentador deixou 75% do patrimônio aos três filhos com Rose e os 25% restantes para os cinco sobrinhos.

Agora, Rose pleiteia o reconhecimento de união estável com Gugu ao longo dos 20 anos em que viveram juntos. Desde a morte do comunicador, a família vem reforçando a ideia de que eles tinham uma relação de amizade. Marina e Sofia apoiam a tentativa da mãe em anular o testamento e João Augusto defende o lado de Aparecida, inventariante do irmão.

Se a Justiça de São Paulo reconhecer o pedido, Rose passará a ter direito ao espólio de Gugu - metade da herança. Os outros 50% serão transmitidos obrigatoriamente aos três filhos.

Enquanto o tão aguardado dia do veredicto final não chega, os bastidores do caso Gugu ganham cada vez mais destaque. Opiniões opostas entre os envolvidos no testamento, exposição nas redes sociais, vazamento de declarações comprometedoras e escândalo envolvendo terceiros, são alguns enredos que chamam a atenção e mostram que após a morte, nem sempre familiares e amigos conseguem conciliar com facilidade a divisão dos bens.

Rose Miriam Di Matteo, Gugu Liberato e filhos. Foto: Instagram/@rosemiriamoficial/Reprodução

O caso de Gugu Liberato - que tramita em segredo de justiça - é apenas o mais recente entre vários de disputas milionárias de heranças de famosos no Brasil. Relembre alguns dos mais marcantes, com ou ainda sem solução:

O patrimônio de cerca de R$ 20 milhões do humorista Chico Anysio (1931-2012) segue em disputa entre os herdeiros. Vale ressaltar que o único testamento deixado por ele foi anulado por excluir o ator Lug de Paula da herança, pois a lei brasileira não permite deserção de filhos.

A última mulher do comediante, Malga di Paula, foi declarada inventariante de Chico. Na briga judicial, ela defende que o desejo do maridop era que os filhos conservassem seus patrimônios intelectuais, enquanto que ela permaneceria com os bens materiais, mas oito filhos contestam.

Chico Anysio morreu em 23 de março de 2012, aos 80 anos, por falência múltipla de órgãos.

Chico Anysio morreu em 23 de março de 2012, aos 80 anos, por falência múltipla de órgãos TASSO MARCELO/AE Foto: Tasso Marcelo/AE

A herança de Pelé, avaliada em aproximadamente 15 milhões de dólares (R$ 75 milhões), é alvo de uma disputa judicial que envolve o ex-goleiro Edinho, filho mais velho do Rei; Gemima Lemos, enteada do ex-jogador; e a viúvia Márcia Aoki.

Segundo o testamento, 30% da fortuna ficou para Márcia, e o restante seria divido entre os sete filhos de Pelé, que morreu em dezembro de 2022, aos 82 anos, em decorrência de um câncer no cólon.

Joshua e Celeste Nascimento, filhos do ex-jogador, entraram com pedido na justiça para que a enteada Gemima seja reconhecida como filha socioafetiva, o que lhe daria direito a herança.

Em fevereiro deste ano, Edinho, teve dois pedidos para ser inventariante do processo de repartição da herança negados pela Justiça de São Paulo. No pedido inicial, de 13 de fevereiro, o ex-goleiro afirmou que era o responsável pela administração dos bens do pai durante os últimos momentos dele no hospital.

A juíza Suzana Pereira da Silva, da 2ª Vara de Família, responsável pelo caso, não acatou o pedido de Edinho. Além disso, determinou que o direito de ser inventariante cabe à viúva, Márcia Aoki.

O ex-goleiro também pediu para que a separação da herança do pai ocorresse em sigilo. Contudo, a justiça também negou e, segundo apontou a juíza, o processo pode interessar a possíveis credores de Pelé, que morreu em dezembro de 2022, aos 82 anos, em decorrência de um câncer no cólon.

A herança de Pelé está avaliada em aproximadamente R$ 75 milhões Foto: Fábio Motta

As três filhas do ator e diretor Marcos Paulo (1951-2012), Mariana Simões, Giulia Costa e Vanessa Simões, e a atriz Antonia Fontenelle, com quem ele teve um relacionamento estável entre 2005 e 2012, recorrem à Justiça. A disputa pelo espólio foi motivada por discordâncias entre dois documentos.

Com data de 2005, o primeiro documento diz que as herdeiras de Marcos Paulo eram as três filhas. No segundo, protocolado em 2006, Fontenelle se tornava a principal herdeira, enquanto as três filhas dividiram outra parte da herança, avaliada em R$ 30 milhões.

Segundo a decisão do tribunal, Fontenelle teria direito a 25% do patrimônio. Nove anos depois, ela decidiu pôr um fim na batalha judicial e ficar com 12,5% do patrimônio deixado pelo ex-marido, que morreu em 2012, após uma luta contra um câncer de esôfago.

O ator e diretor morreu em 2012, após uma luta contra um câncer de esôfago Foto: João Miguel Júnior / Globo / Divulgação

A atriz Marília Pêra (1943-2015) deixou documentado que seu patrimônio, avaliado em R$ 40 milhões, seria dividido entre os três filhos, o viúvo, Bruno Faria, e a irmã, a atriz Sandra Pêra. Os filhos receberiam cada um 25%, enquanto que o viúvo e a irmã dividiriam o restante de 25% (12,5% para Bruno e 12,5% para Sandra).

Bruno, que foi casado com a atriz durante 17 anos, não aceitou. Pela nova lei brasileira e com o argumento de que como companheiro, teria direito a 50% dos bens, ele entrou na Justiça. No entanto, as partes entraram em acordo em 2019, aceitando o que havia sido estabelecido por Marília.

A atriz Marília Pêra Foto: Estadão

Apesar de ter deixado no testamento que gostaria que o dinheiro fosse partilhado, a família de Agnaldo Timóteo - que morreu em 2021, aos 84 anos, por complicações da Covid - tem brigado na Justiça pela herança milionária do cantor, que pode chegar a R$ 30 milhões.

O artista morreu antes de finalizar o processo de adoção da única filha, Keyty Evelin. Em setembro, a adolescente de 14 anos teve sua adoção reconhecida e terá direito a 50% da herança, mas ainda busca mais 25% do disponível, conforme testamento do artista.

A vontade de Timóteo era que seu patrimônio fosse divido em duas partes iguais, sendo 50% para sua filha adotiva, Keyty e os outros 50% deveria ser dividido entre os dois irmãos e dois afilhados dele.

O cantor deixou 10% para cada um dos afilhados, Marcelo de Souza Vasconcellos e Márcio de Souza Vasconcellos. Já os os irmãos Rutnete e Cícero Thimoteo Pereira devem ficar com 15% cada. Para a outra irmã, Maria do Carmo, o cantor deixou um apartamento.

Damião Sá da Silva, conhecido como Timotinho, que se considera sobrinho de Agnaldo Timóteo, não ficou satisfeito em ter ficado de fora do testamento. Ele alega ter sido muito próximo do artista e diz ter cuidado dele pelos últimos 20 anos. Por isso, acredita que deve ser contemplado com parte da herança.

O cantor Agnaldo Timóteo morreu em 2021, aos 84 anos, por complicações da Covid Foto: Reprodução/ TV Globo

O cantor Wando (1945-2012) deixou um patrimônio avaliado em mais de R$ 10 milhões, que é disputado por nove pessoas, entre filhos, netos, uma irmã e duas ex-companheiras. Em 2022, a psicóloga Renata de Vasconcelos conseguiu provar que vivia uma união estável com o o artista. Com isso, ela terá direito a parte da herança.

Katiuscia, uma filha que Wando não reconheceu e que vive na Alemanha, e a irmã Maria das Graças, que diz morar de favor em Congonhas, Minhas Gerais, estão entre as nove pessoas que disputam uma parte do patrimônio milionário do cantor.

reference

Emílio Santiago (1946-2013) também deixou um patrimônio de aproximadamente R$ 10 milhões e a briga pelos bens do cantor envolve Hercília Santiago, que fez teste de DNA para provar ser irmã dele, e Márcio Tadeu, que teria namorado o artista.

Eles reivindicam seus direitos, assim como o produtor cultural Aleksander Nunes, que entrou na Justiça para tentar provar que é filho do cantor.

O corpo de Emílio chegou a ser exumado para a realização de um exame de DNA, mas o resultado foi negativo.

deixou um patrimônio de aproximadamente R$ 10 milhões Foto: Foto Luis Cleber Martines/FotoRepórter/AE

A atriz Betty Lago (1955-2015), que morreu em decorrência de complicações de um câncer, deixou um testamento que contemplava 80% de seu patrimônio ao filho Bernardo. Patrícia, a outra filha da artista, entrou na Justiça para contestar. Ela alegou que Betty estava debilitada e não teria condições de tomar esta decisão.

Em 2020, o caso foi dado como finalizado quando a Justiça deu ganho de causa a Bernardo. Os laudos médicos apontaram que Betty estava completamente ciente de seus atos. Patrícia ficou com 20% da herança da atriz, previsto inicialmente.

Betty Lago morreu em decorrência de complicações de um câncer Foto: Divulgação

A obra do artista Rolando Boldrin, que morreu aos 86 anos, em novembro de 2022, tem sido alvo de disputa entre os filhos e a viúva, Patrícia Boldrin. Em seu testamento, o apresentador do icônico Sr. Brasil desejava que a mulher tivesse controle sobre os direitos autorais de suas músicas. No entanto, a decisão foi contestada por Vera Boldrin, filha única do artista com a cantora Lurdinha Pereira.

Marcus Boldrin, neto que Rolando adotou legalmente como filho quando tinha 12 anos, também teria, supostamente, direito sobre a obra do cantor. Ele seria visto pela lei como um dos herdeiros.

Porém, os herdeiros legais de Rolando apontam que a decisão judicial seria inconstitucional. Visto a legislação brasileira afirma que metade do patrimônio deixado por uma pessoa morta deve ser destinado aos herdeiros.

Eles contestaram a validade do testamento, afirmando que “não ter certeza sobre a veracidade do documento porque ele não foi assinado e celebrado na presença deles” ou até mesmo realizado em reunião formal.

Rolando Boldrin morreu aos 86 anos, em novembro de 2022 Foto: Estadão

A disputa pela herança de cerca de R$ 1 bilhão deixada pelo apresentador Gugu Liberato, que morreu em 2019 aos 60 anos, nos Estados Unidos, vítima de acidente doméstico, voltou a ser um dos assuntos mais comentados da internet nos últimos dias.

O caso veio à tona com força total em 22 de maio, quando foi realizada uma audiência na 9ª Vara de Família e Sucessões do foro Central de São Paulo, que reuniu as filhas gêmeas do apresentador, Marina e Sofia, de 19 anos, o primogênito João Augusto, de 21, a companheira do comunicador e mãe dos jovens, Rose Miriam di Matteo, e a irmã de Gugu, Aparecida Liberato.

No documento, ele não reconheceu Rose como companheira em união estável e nomeou a irmã como responsável por cuidar de seu espólio (bens divididos entre os herdeiros). Nele, o apresentador deixou 75% do patrimônio aos três filhos com Rose e os 25% restantes para os cinco sobrinhos.

Agora, Rose pleiteia o reconhecimento de união estável com Gugu ao longo dos 20 anos em que viveram juntos. Desde a morte do comunicador, a família vem reforçando a ideia de que eles tinham uma relação de amizade. Marina e Sofia apoiam a tentativa da mãe em anular o testamento e João Augusto defende o lado de Aparecida, inventariante do irmão.

Se a Justiça de São Paulo reconhecer o pedido, Rose passará a ter direito ao espólio de Gugu - metade da herança. Os outros 50% serão transmitidos obrigatoriamente aos três filhos.

Enquanto o tão aguardado dia do veredicto final não chega, os bastidores do caso Gugu ganham cada vez mais destaque. Opiniões opostas entre os envolvidos no testamento, exposição nas redes sociais, vazamento de declarações comprometedoras e escândalo envolvendo terceiros, são alguns enredos que chamam a atenção e mostram que após a morte, nem sempre familiares e amigos conseguem conciliar com facilidade a divisão dos bens.

Rose Miriam Di Matteo, Gugu Liberato e filhos. Foto: Instagram/@rosemiriamoficial/Reprodução

O caso de Gugu Liberato - que tramita em segredo de justiça - é apenas o mais recente entre vários de disputas milionárias de heranças de famosos no Brasil. Relembre alguns dos mais marcantes, com ou ainda sem solução:

O patrimônio de cerca de R$ 20 milhões do humorista Chico Anysio (1931-2012) segue em disputa entre os herdeiros. Vale ressaltar que o único testamento deixado por ele foi anulado por excluir o ator Lug de Paula da herança, pois a lei brasileira não permite deserção de filhos.

A última mulher do comediante, Malga di Paula, foi declarada inventariante de Chico. Na briga judicial, ela defende que o desejo do maridop era que os filhos conservassem seus patrimônios intelectuais, enquanto que ela permaneceria com os bens materiais, mas oito filhos contestam.

Chico Anysio morreu em 23 de março de 2012, aos 80 anos, por falência múltipla de órgãos.

Chico Anysio morreu em 23 de março de 2012, aos 80 anos, por falência múltipla de órgãos TASSO MARCELO/AE Foto: Tasso Marcelo/AE

A herança de Pelé, avaliada em aproximadamente 15 milhões de dólares (R$ 75 milhões), é alvo de uma disputa judicial que envolve o ex-goleiro Edinho, filho mais velho do Rei; Gemima Lemos, enteada do ex-jogador; e a viúvia Márcia Aoki.

Segundo o testamento, 30% da fortuna ficou para Márcia, e o restante seria divido entre os sete filhos de Pelé, que morreu em dezembro de 2022, aos 82 anos, em decorrência de um câncer no cólon.

Joshua e Celeste Nascimento, filhos do ex-jogador, entraram com pedido na justiça para que a enteada Gemima seja reconhecida como filha socioafetiva, o que lhe daria direito a herança.

Em fevereiro deste ano, Edinho, teve dois pedidos para ser inventariante do processo de repartição da herança negados pela Justiça de São Paulo. No pedido inicial, de 13 de fevereiro, o ex-goleiro afirmou que era o responsável pela administração dos bens do pai durante os últimos momentos dele no hospital.

A juíza Suzana Pereira da Silva, da 2ª Vara de Família, responsável pelo caso, não acatou o pedido de Edinho. Além disso, determinou que o direito de ser inventariante cabe à viúva, Márcia Aoki.

O ex-goleiro também pediu para que a separação da herança do pai ocorresse em sigilo. Contudo, a justiça também negou e, segundo apontou a juíza, o processo pode interessar a possíveis credores de Pelé, que morreu em dezembro de 2022, aos 82 anos, em decorrência de um câncer no cólon.

A herança de Pelé está avaliada em aproximadamente R$ 75 milhões Foto: Fábio Motta

As três filhas do ator e diretor Marcos Paulo (1951-2012), Mariana Simões, Giulia Costa e Vanessa Simões, e a atriz Antonia Fontenelle, com quem ele teve um relacionamento estável entre 2005 e 2012, recorrem à Justiça. A disputa pelo espólio foi motivada por discordâncias entre dois documentos.

Com data de 2005, o primeiro documento diz que as herdeiras de Marcos Paulo eram as três filhas. No segundo, protocolado em 2006, Fontenelle se tornava a principal herdeira, enquanto as três filhas dividiram outra parte da herança, avaliada em R$ 30 milhões.

Segundo a decisão do tribunal, Fontenelle teria direito a 25% do patrimônio. Nove anos depois, ela decidiu pôr um fim na batalha judicial e ficar com 12,5% do patrimônio deixado pelo ex-marido, que morreu em 2012, após uma luta contra um câncer de esôfago.

O ator e diretor morreu em 2012, após uma luta contra um câncer de esôfago Foto: João Miguel Júnior / Globo / Divulgação

A atriz Marília Pêra (1943-2015) deixou documentado que seu patrimônio, avaliado em R$ 40 milhões, seria dividido entre os três filhos, o viúvo, Bruno Faria, e a irmã, a atriz Sandra Pêra. Os filhos receberiam cada um 25%, enquanto que o viúvo e a irmã dividiriam o restante de 25% (12,5% para Bruno e 12,5% para Sandra).

Bruno, que foi casado com a atriz durante 17 anos, não aceitou. Pela nova lei brasileira e com o argumento de que como companheiro, teria direito a 50% dos bens, ele entrou na Justiça. No entanto, as partes entraram em acordo em 2019, aceitando o que havia sido estabelecido por Marília.

A atriz Marília Pêra Foto: Estadão

Apesar de ter deixado no testamento que gostaria que o dinheiro fosse partilhado, a família de Agnaldo Timóteo - que morreu em 2021, aos 84 anos, por complicações da Covid - tem brigado na Justiça pela herança milionária do cantor, que pode chegar a R$ 30 milhões.

O artista morreu antes de finalizar o processo de adoção da única filha, Keyty Evelin. Em setembro, a adolescente de 14 anos teve sua adoção reconhecida e terá direito a 50% da herança, mas ainda busca mais 25% do disponível, conforme testamento do artista.

A vontade de Timóteo era que seu patrimônio fosse divido em duas partes iguais, sendo 50% para sua filha adotiva, Keyty e os outros 50% deveria ser dividido entre os dois irmãos e dois afilhados dele.

O cantor deixou 10% para cada um dos afilhados, Marcelo de Souza Vasconcellos e Márcio de Souza Vasconcellos. Já os os irmãos Rutnete e Cícero Thimoteo Pereira devem ficar com 15% cada. Para a outra irmã, Maria do Carmo, o cantor deixou um apartamento.

Damião Sá da Silva, conhecido como Timotinho, que se considera sobrinho de Agnaldo Timóteo, não ficou satisfeito em ter ficado de fora do testamento. Ele alega ter sido muito próximo do artista e diz ter cuidado dele pelos últimos 20 anos. Por isso, acredita que deve ser contemplado com parte da herança.

O cantor Agnaldo Timóteo morreu em 2021, aos 84 anos, por complicações da Covid Foto: Reprodução/ TV Globo

O cantor Wando (1945-2012) deixou um patrimônio avaliado em mais de R$ 10 milhões, que é disputado por nove pessoas, entre filhos, netos, uma irmã e duas ex-companheiras. Em 2022, a psicóloga Renata de Vasconcelos conseguiu provar que vivia uma união estável com o o artista. Com isso, ela terá direito a parte da herança.

Katiuscia, uma filha que Wando não reconheceu e que vive na Alemanha, e a irmã Maria das Graças, que diz morar de favor em Congonhas, Minhas Gerais, estão entre as nove pessoas que disputam uma parte do patrimônio milionário do cantor.

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Emílio Santiago (1946-2013) também deixou um patrimônio de aproximadamente R$ 10 milhões e a briga pelos bens do cantor envolve Hercília Santiago, que fez teste de DNA para provar ser irmã dele, e Márcio Tadeu, que teria namorado o artista.

Eles reivindicam seus direitos, assim como o produtor cultural Aleksander Nunes, que entrou na Justiça para tentar provar que é filho do cantor.

O corpo de Emílio chegou a ser exumado para a realização de um exame de DNA, mas o resultado foi negativo.

deixou um patrimônio de aproximadamente R$ 10 milhões Foto: Foto Luis Cleber Martines/FotoRepórter/AE

A atriz Betty Lago (1955-2015), que morreu em decorrência de complicações de um câncer, deixou um testamento que contemplava 80% de seu patrimônio ao filho Bernardo. Patrícia, a outra filha da artista, entrou na Justiça para contestar. Ela alegou que Betty estava debilitada e não teria condições de tomar esta decisão.

Em 2020, o caso foi dado como finalizado quando a Justiça deu ganho de causa a Bernardo. Os laudos médicos apontaram que Betty estava completamente ciente de seus atos. Patrícia ficou com 20% da herança da atriz, previsto inicialmente.

Betty Lago morreu em decorrência de complicações de um câncer Foto: Divulgação

A obra do artista Rolando Boldrin, que morreu aos 86 anos, em novembro de 2022, tem sido alvo de disputa entre os filhos e a viúva, Patrícia Boldrin. Em seu testamento, o apresentador do icônico Sr. Brasil desejava que a mulher tivesse controle sobre os direitos autorais de suas músicas. No entanto, a decisão foi contestada por Vera Boldrin, filha única do artista com a cantora Lurdinha Pereira.

Marcus Boldrin, neto que Rolando adotou legalmente como filho quando tinha 12 anos, também teria, supostamente, direito sobre a obra do cantor. Ele seria visto pela lei como um dos herdeiros.

Porém, os herdeiros legais de Rolando apontam que a decisão judicial seria inconstitucional. Visto a legislação brasileira afirma que metade do patrimônio deixado por uma pessoa morta deve ser destinado aos herdeiros.

Eles contestaram a validade do testamento, afirmando que “não ter certeza sobre a veracidade do documento porque ele não foi assinado e celebrado na presença deles” ou até mesmo realizado em reunião formal.

Rolando Boldrin morreu aos 86 anos, em novembro de 2022 Foto: Estadão

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