“Nosso som é um retrato do nosso tempo”, afirma Francisco Gil, sobre a banda Gilsons. O grupo musical composto pela união de José, Francisco e João Gil, filho e netos de Gilberto Gil, viralizou com o EP de 2019, Várias queixas.
Três anos depois, os artistas mantêm o sucesso com o álbum Pra Gente Acordar, lançado em fevereiro deste ano e, nesta segunda-feira, 22, se apresentaram na segunda edição do Festival Ecoando, da Amazon Music.
Em entrevista ao Estadão, os Gilsons avaliaram a repercussão deste último disco e a maturidade da banda desde o lançamento de 2019: “Pra Gente Acordar foi um momento de afirmação e consagração do que estávamos construindo”.
“Dessa vez, tivemos um retorno muito forte do público. Então é uma afirmação do que já estávamos fazendo em Várias Queixas, mas também pudemos ver a galera contando nosso som só um mês depois do disco ter saído. Isso foi um susto, no melhor dos sentidos e não tem nada mais satisfatório que esse reconhecimento”, celebra José.
Com a proposta de dar destaque a artistas emergentes do cenário da música brasileira, o festival contou ainda com shows de Bala Desejo, Clarissa, Jotta A e Tasha & Tracie. Sobre o festival, Francisco afirma que é, além de um reconhecimento, uma oportunidade de expansão dos horizontes.
“É uma honra participar de festivais de uma maneira geral. O legal é você encarar públicos que não necessariamente são os seus. Trocar com esse pessoal sempre agrega muito e esse reconhecimento é incrível pra gente”.
Por fim, a banda falou sobre a relação de seu trabalho com Gilberto Gil. Francisco reitera que o músico é, com certeza, fonte de grande inspiração. “Assim como ele, não temos medo da mistura do novo, de experimentar coisas novas. Acho que é essa não limitação de gêneros musicais”.
“Mas acho que a principal diferença é a questão do tempo. Nosso som é um retrato do nosso tempo. Trazemos novas batidas, novas texturas. Somos filhos do nosso tempo”, conclui o cantor.