Cris Berguer indica bons lugares para conhecer com seu melhor amigo: o cachorro

Opinião|Cuidados com o calor e viagens


Por Cris Berger

A morte do golden Burke por hipertermia, que é excesso de calor no corpo, é mais um alerta para os cuidados redobrados que devemos ter com os nossos cães durante o verão e a forma como vamos transportá-los. Como temos um feriado de carnaval pela frente, hora de estarmos conscientes sobre altas temperaturas, viagens de carro, documentos necessários, doenças de regiões endêmicas e o que fazer na volta -caso a folia seja forte.

Ella ofegante por estar com calor. Foto: Cris Berger

Sobre o calor

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Conversamos com a médica veterinária Carla Berl do Hospital Veterinário Pet Care, que listou algumas situações corriqueiras e deu dicas de como preservar nossos cachorros dos malefícios do verão. "Como os cães não transpiram como nós, o termômetro lá em cima pode causar hipertermia, que é semelhante a uma febre, quando o corpo fica com uma temperatura mais elevada do que o normal. A temperatura dos pets normalmente é 38,5 graus até 39,2", explica a Dra Carla.

E como saber se eles estão com calor? 

Quando o cachorro está com calor ele arfa, ou seja, coloca a língua para fora, respira mais rápido e mostra-se ofegante. Essa ação é a tentativa do organismo de baixar a temperatura do corpo com a estratégia de inspirar o ar fresco e expirar o quente. "Porém, em dias de temperaturas acima de 28º essa perda é mínima", alerta a veterinária. E observe, quanto mais ele apresentar ofegância, mais quente seu organismo está, portanto, não o deixe assim por um período longo. 

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Observe que quando o cão está arfando procura um chão gelado para deitar-se como o piso da cozinha ou box do banheiro em casa e na praia cava um buraco na areia.

Como sobreviver ao calor 

Na lista de conselhos para deixar seu cachorro mais confortável no calor estão: oferecer água com cubos de gelo com mais frequência, tirá-lo do sol ao mostrar-se ofegante e refrescá-lo com um banho de água fria, realizar os passeios de manhã cedo ou ao entardecer - quando o calor está mais ameno, cuidar a temperatura do asfalto, das calçadas e da areia para não queimar suas patinhas (coxins), para isso, coloque sua mão no chão. Cães com pelos longos podem ser tosados. Congele o caldo de carne ou frango e dê como sorvete. E estude a ideia de ter um tapete gelado, a Ella não se habituou, mas há cães que gostam. 

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Ella se refrescando com um sorvete para cachorro. Foto: Cris Berger

Como eu faço com a Ella

Evito ir à praia com a Ella entre os meses de dezembro e fevereiro quando o calor é altíssimo. Caso eu for, escolho as primeiras horas da manhã. Se ficarmos mais tempo, molho seu corpo com água gelada de tempos em tempos (com uma garrafinha ou no rasinho do mar) e a mantenho embaixo do guarda-sol. Ofereço água com mais frequência do que o habitual. E quando percebo que ela começou a arfar mais forte e com frequência, cancelo o programa e vou para o ar condicionado. Afinal, por aqui, ela é quem dita o programa e seu bem-estar vem na frente de tudo. 

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Ella descansando no ar condicionado do hotel Itapemar depois de passear na praia. Foto: Cris Berger

Viagens de carro

Antes de mais nada, seu pet já viajou de carro? Ele gosta de passear de carro dentro da cidade? Importante saber disso antes de colocá-lo para fazer uma viagem mais longa. 

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Para os cães que enjoam, evite alimentá-lo três horas antes. E converse com seu veterinário que pode indicar alguma medicação para amenizar o mal-estar de enjoos e calmante para os que ficam estressados.

Antes de viajar, marque uma sessão de acupuntura para relaxar a musculatura, diminuir algum ponto de dor e gerar bem-estar. "Ir sem tantos pontos de dor, com melhora da circulação e mobilidade do animal, é sempre melhor e reduz a chance de crises longe de casa", salienta a médica veterinária Carolina Torres do Centro de Reabilitação Veterinária Flor de Lótus. 

Ella fazendo acupuntura. Foto: Cris Berger
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Segurança 

No quesito segurança, há as caixinhas de transporte para os cães menores, que devem ser presas no cinto de segurança do carro. E os cintos de segurança próprios para pets, que vão acoplados no cinto do veículo e no peitoral do cachorro. Sempre no banco traseiro.

Apetrechos para se ter à mão: pote de água portátil e garrafa térmica com água geladinha, saquinhos cata caca, lenços umedecidos e tapete higiênico. Faça paradas para xixis, mas observe antes se há algum cachorro solto e mantenha seu pet na guia, pois você estará perto de uma rodovia e do trânsito de carros entrando e saindo dos grandes postos de gasolina.  

Esse erro é clássico: esqueça a cena de filme do cachorro com a cabeça para fora da janela do carro sentindo o vento no rosto. As emergências dos hospitais veterinários costumam lotar com casos de queda de cães do veículo e lesões oculares. 

Viaje com o ar condicionado ligado para manter seu pet com a temperatura equilibrada e lembre-se que leva mais tempo para refrescar a parte de trás do carro, sendo assim, olhe para ele e veja se está ofegante ou confortável. 

Não deixe seu cachorro, em hipótese alguma, dentro do carro, feche as portas e saia. Nem mesmo se deixar uma fresta do vidro aberta. Além de roubo, o carro pode esquentar e ele fazer uma hipertermia.   

Documentos

A carteira de identidade dos pets é a sua carteira de vacinação, portanto, tenha sempre ela na sua bolsa, ou melhor, na mala do seu cão. Muitos hotéis pedem este documento, sem ele você poderá ter problemas no check in. A única vacina obrigatória é a antirrábica que deve ser administrada uma vez por ano. Antes de reservar a viagem, confira quando seu pet foi vacinado pela última vez e atualize se for necessário. As vacinas V8 e V10 são indicadas por uma questão de saúde e controle de zoonose (doenças). A titulação, que mede a quantidade de anticorpos no organismo do pet, é válida. Neste caso, apresente o controle que deve ser feito a cada 6 meses (segundo o protocolo de alguns veterinários e um ano de outros). A Ella faz titulação desde 2020 e eu controlo a cada quatro meses.          

O seguro morreu de velho

Parece exagero, mas não é. Antes de viajar pergunte para o seu veterinário se a região é endêmica para algum tipo de doença. Quando fomos à Fortaleza descobrimos que ela é foco de leishmaniose e protegi a Ella com repelente e coleira. Também há a opção de vacina.      

Algumas praias da  costa brasileira tem a doença do verme do coração, a dirofilariose. Para combatê-la há um preventivo injetável, que eu aplico uma vez por ano na Ella, ou oral.  

Já no campo, nas áreas rurais, os carrapatos aparecem em maior incidência. Neste caso, os ectoparasitas são fundamentais. A Ella usa Frontline e Nexgard de forma alternada. 

No retorno

O feriado foi maravilhoso, deu tudo certo e você aproveitou ao máximo os dias de folga com o seu pet! Ótimo! Da mesma forma, quando fazemos um exercício que não estamos habituados sentimos dores musculares, os pets podem passar pelo mesmo. 

"Um labrador gordinho que dorme no sofá o dia todo e aos feriados viaja para uma casa com piscina e passa horas entrando e saindo de dentro dela, corre e tenta pegar a água, sentirá dor causada pelo ácido lático", ressalta Carolina. Sendo assim, invista nas terapias integradas como acupuntura, massagens, reiki e, dependendo do nível de "abuso" no feriado, a magnetoterapia para os quadros de dor.

A morte do golden Burke por hipertermia, que é excesso de calor no corpo, é mais um alerta para os cuidados redobrados que devemos ter com os nossos cães durante o verão e a forma como vamos transportá-los. Como temos um feriado de carnaval pela frente, hora de estarmos conscientes sobre altas temperaturas, viagens de carro, documentos necessários, doenças de regiões endêmicas e o que fazer na volta -caso a folia seja forte.

Ella ofegante por estar com calor. Foto: Cris Berger

Sobre o calor

Conversamos com a médica veterinária Carla Berl do Hospital Veterinário Pet Care, que listou algumas situações corriqueiras e deu dicas de como preservar nossos cachorros dos malefícios do verão. "Como os cães não transpiram como nós, o termômetro lá em cima pode causar hipertermia, que é semelhante a uma febre, quando o corpo fica com uma temperatura mais elevada do que o normal. A temperatura dos pets normalmente é 38,5 graus até 39,2", explica a Dra Carla.

E como saber se eles estão com calor? 

Quando o cachorro está com calor ele arfa, ou seja, coloca a língua para fora, respira mais rápido e mostra-se ofegante. Essa ação é a tentativa do organismo de baixar a temperatura do corpo com a estratégia de inspirar o ar fresco e expirar o quente. "Porém, em dias de temperaturas acima de 28º essa perda é mínima", alerta a veterinária. E observe, quanto mais ele apresentar ofegância, mais quente seu organismo está, portanto, não o deixe assim por um período longo. 

Observe que quando o cão está arfando procura um chão gelado para deitar-se como o piso da cozinha ou box do banheiro em casa e na praia cava um buraco na areia.

Como sobreviver ao calor 

Na lista de conselhos para deixar seu cachorro mais confortável no calor estão: oferecer água com cubos de gelo com mais frequência, tirá-lo do sol ao mostrar-se ofegante e refrescá-lo com um banho de água fria, realizar os passeios de manhã cedo ou ao entardecer - quando o calor está mais ameno, cuidar a temperatura do asfalto, das calçadas e da areia para não queimar suas patinhas (coxins), para isso, coloque sua mão no chão. Cães com pelos longos podem ser tosados. Congele o caldo de carne ou frango e dê como sorvete. E estude a ideia de ter um tapete gelado, a Ella não se habituou, mas há cães que gostam. 

Ella se refrescando com um sorvete para cachorro. Foto: Cris Berger

Como eu faço com a Ella

Evito ir à praia com a Ella entre os meses de dezembro e fevereiro quando o calor é altíssimo. Caso eu for, escolho as primeiras horas da manhã. Se ficarmos mais tempo, molho seu corpo com água gelada de tempos em tempos (com uma garrafinha ou no rasinho do mar) e a mantenho embaixo do guarda-sol. Ofereço água com mais frequência do que o habitual. E quando percebo que ela começou a arfar mais forte e com frequência, cancelo o programa e vou para o ar condicionado. Afinal, por aqui, ela é quem dita o programa e seu bem-estar vem na frente de tudo. 

Ella descansando no ar condicionado do hotel Itapemar depois de passear na praia. Foto: Cris Berger

Viagens de carro

Antes de mais nada, seu pet já viajou de carro? Ele gosta de passear de carro dentro da cidade? Importante saber disso antes de colocá-lo para fazer uma viagem mais longa. 

Para os cães que enjoam, evite alimentá-lo três horas antes. E converse com seu veterinário que pode indicar alguma medicação para amenizar o mal-estar de enjoos e calmante para os que ficam estressados.

Antes de viajar, marque uma sessão de acupuntura para relaxar a musculatura, diminuir algum ponto de dor e gerar bem-estar. "Ir sem tantos pontos de dor, com melhora da circulação e mobilidade do animal, é sempre melhor e reduz a chance de crises longe de casa", salienta a médica veterinária Carolina Torres do Centro de Reabilitação Veterinária Flor de Lótus. 

Ella fazendo acupuntura. Foto: Cris Berger

Segurança 

No quesito segurança, há as caixinhas de transporte para os cães menores, que devem ser presas no cinto de segurança do carro. E os cintos de segurança próprios para pets, que vão acoplados no cinto do veículo e no peitoral do cachorro. Sempre no banco traseiro.

Apetrechos para se ter à mão: pote de água portátil e garrafa térmica com água geladinha, saquinhos cata caca, lenços umedecidos e tapete higiênico. Faça paradas para xixis, mas observe antes se há algum cachorro solto e mantenha seu pet na guia, pois você estará perto de uma rodovia e do trânsito de carros entrando e saindo dos grandes postos de gasolina.  

Esse erro é clássico: esqueça a cena de filme do cachorro com a cabeça para fora da janela do carro sentindo o vento no rosto. As emergências dos hospitais veterinários costumam lotar com casos de queda de cães do veículo e lesões oculares. 

Viaje com o ar condicionado ligado para manter seu pet com a temperatura equilibrada e lembre-se que leva mais tempo para refrescar a parte de trás do carro, sendo assim, olhe para ele e veja se está ofegante ou confortável. 

Não deixe seu cachorro, em hipótese alguma, dentro do carro, feche as portas e saia. Nem mesmo se deixar uma fresta do vidro aberta. Além de roubo, o carro pode esquentar e ele fazer uma hipertermia.   

Documentos

A carteira de identidade dos pets é a sua carteira de vacinação, portanto, tenha sempre ela na sua bolsa, ou melhor, na mala do seu cão. Muitos hotéis pedem este documento, sem ele você poderá ter problemas no check in. A única vacina obrigatória é a antirrábica que deve ser administrada uma vez por ano. Antes de reservar a viagem, confira quando seu pet foi vacinado pela última vez e atualize se for necessário. As vacinas V8 e V10 são indicadas por uma questão de saúde e controle de zoonose (doenças). A titulação, que mede a quantidade de anticorpos no organismo do pet, é válida. Neste caso, apresente o controle que deve ser feito a cada 6 meses (segundo o protocolo de alguns veterinários e um ano de outros). A Ella faz titulação desde 2020 e eu controlo a cada quatro meses.          

O seguro morreu de velho

Parece exagero, mas não é. Antes de viajar pergunte para o seu veterinário se a região é endêmica para algum tipo de doença. Quando fomos à Fortaleza descobrimos que ela é foco de leishmaniose e protegi a Ella com repelente e coleira. Também há a opção de vacina.      

Algumas praias da  costa brasileira tem a doença do verme do coração, a dirofilariose. Para combatê-la há um preventivo injetável, que eu aplico uma vez por ano na Ella, ou oral.  

Já no campo, nas áreas rurais, os carrapatos aparecem em maior incidência. Neste caso, os ectoparasitas são fundamentais. A Ella usa Frontline e Nexgard de forma alternada. 

No retorno

O feriado foi maravilhoso, deu tudo certo e você aproveitou ao máximo os dias de folga com o seu pet! Ótimo! Da mesma forma, quando fazemos um exercício que não estamos habituados sentimos dores musculares, os pets podem passar pelo mesmo. 

"Um labrador gordinho que dorme no sofá o dia todo e aos feriados viaja para uma casa com piscina e passa horas entrando e saindo de dentro dela, corre e tenta pegar a água, sentirá dor causada pelo ácido lático", ressalta Carolina. Sendo assim, invista nas terapias integradas como acupuntura, massagens, reiki e, dependendo do nível de "abuso" no feriado, a magnetoterapia para os quadros de dor.

A morte do golden Burke por hipertermia, que é excesso de calor no corpo, é mais um alerta para os cuidados redobrados que devemos ter com os nossos cães durante o verão e a forma como vamos transportá-los. Como temos um feriado de carnaval pela frente, hora de estarmos conscientes sobre altas temperaturas, viagens de carro, documentos necessários, doenças de regiões endêmicas e o que fazer na volta -caso a folia seja forte.

Ella ofegante por estar com calor. Foto: Cris Berger

Sobre o calor

Conversamos com a médica veterinária Carla Berl do Hospital Veterinário Pet Care, que listou algumas situações corriqueiras e deu dicas de como preservar nossos cachorros dos malefícios do verão. "Como os cães não transpiram como nós, o termômetro lá em cima pode causar hipertermia, que é semelhante a uma febre, quando o corpo fica com uma temperatura mais elevada do que o normal. A temperatura dos pets normalmente é 38,5 graus até 39,2", explica a Dra Carla.

E como saber se eles estão com calor? 

Quando o cachorro está com calor ele arfa, ou seja, coloca a língua para fora, respira mais rápido e mostra-se ofegante. Essa ação é a tentativa do organismo de baixar a temperatura do corpo com a estratégia de inspirar o ar fresco e expirar o quente. "Porém, em dias de temperaturas acima de 28º essa perda é mínima", alerta a veterinária. E observe, quanto mais ele apresentar ofegância, mais quente seu organismo está, portanto, não o deixe assim por um período longo. 

Observe que quando o cão está arfando procura um chão gelado para deitar-se como o piso da cozinha ou box do banheiro em casa e na praia cava um buraco na areia.

Como sobreviver ao calor 

Na lista de conselhos para deixar seu cachorro mais confortável no calor estão: oferecer água com cubos de gelo com mais frequência, tirá-lo do sol ao mostrar-se ofegante e refrescá-lo com um banho de água fria, realizar os passeios de manhã cedo ou ao entardecer - quando o calor está mais ameno, cuidar a temperatura do asfalto, das calçadas e da areia para não queimar suas patinhas (coxins), para isso, coloque sua mão no chão. Cães com pelos longos podem ser tosados. Congele o caldo de carne ou frango e dê como sorvete. E estude a ideia de ter um tapete gelado, a Ella não se habituou, mas há cães que gostam. 

Ella se refrescando com um sorvete para cachorro. Foto: Cris Berger

Como eu faço com a Ella

Evito ir à praia com a Ella entre os meses de dezembro e fevereiro quando o calor é altíssimo. Caso eu for, escolho as primeiras horas da manhã. Se ficarmos mais tempo, molho seu corpo com água gelada de tempos em tempos (com uma garrafinha ou no rasinho do mar) e a mantenho embaixo do guarda-sol. Ofereço água com mais frequência do que o habitual. E quando percebo que ela começou a arfar mais forte e com frequência, cancelo o programa e vou para o ar condicionado. Afinal, por aqui, ela é quem dita o programa e seu bem-estar vem na frente de tudo. 

Ella descansando no ar condicionado do hotel Itapemar depois de passear na praia. Foto: Cris Berger

Viagens de carro

Antes de mais nada, seu pet já viajou de carro? Ele gosta de passear de carro dentro da cidade? Importante saber disso antes de colocá-lo para fazer uma viagem mais longa. 

Para os cães que enjoam, evite alimentá-lo três horas antes. E converse com seu veterinário que pode indicar alguma medicação para amenizar o mal-estar de enjoos e calmante para os que ficam estressados.

Antes de viajar, marque uma sessão de acupuntura para relaxar a musculatura, diminuir algum ponto de dor e gerar bem-estar. "Ir sem tantos pontos de dor, com melhora da circulação e mobilidade do animal, é sempre melhor e reduz a chance de crises longe de casa", salienta a médica veterinária Carolina Torres do Centro de Reabilitação Veterinária Flor de Lótus. 

Ella fazendo acupuntura. Foto: Cris Berger

Segurança 

No quesito segurança, há as caixinhas de transporte para os cães menores, que devem ser presas no cinto de segurança do carro. E os cintos de segurança próprios para pets, que vão acoplados no cinto do veículo e no peitoral do cachorro. Sempre no banco traseiro.

Apetrechos para se ter à mão: pote de água portátil e garrafa térmica com água geladinha, saquinhos cata caca, lenços umedecidos e tapete higiênico. Faça paradas para xixis, mas observe antes se há algum cachorro solto e mantenha seu pet na guia, pois você estará perto de uma rodovia e do trânsito de carros entrando e saindo dos grandes postos de gasolina.  

Esse erro é clássico: esqueça a cena de filme do cachorro com a cabeça para fora da janela do carro sentindo o vento no rosto. As emergências dos hospitais veterinários costumam lotar com casos de queda de cães do veículo e lesões oculares. 

Viaje com o ar condicionado ligado para manter seu pet com a temperatura equilibrada e lembre-se que leva mais tempo para refrescar a parte de trás do carro, sendo assim, olhe para ele e veja se está ofegante ou confortável. 

Não deixe seu cachorro, em hipótese alguma, dentro do carro, feche as portas e saia. Nem mesmo se deixar uma fresta do vidro aberta. Além de roubo, o carro pode esquentar e ele fazer uma hipertermia.   

Documentos

A carteira de identidade dos pets é a sua carteira de vacinação, portanto, tenha sempre ela na sua bolsa, ou melhor, na mala do seu cão. Muitos hotéis pedem este documento, sem ele você poderá ter problemas no check in. A única vacina obrigatória é a antirrábica que deve ser administrada uma vez por ano. Antes de reservar a viagem, confira quando seu pet foi vacinado pela última vez e atualize se for necessário. As vacinas V8 e V10 são indicadas por uma questão de saúde e controle de zoonose (doenças). A titulação, que mede a quantidade de anticorpos no organismo do pet, é válida. Neste caso, apresente o controle que deve ser feito a cada 6 meses (segundo o protocolo de alguns veterinários e um ano de outros). A Ella faz titulação desde 2020 e eu controlo a cada quatro meses.          

O seguro morreu de velho

Parece exagero, mas não é. Antes de viajar pergunte para o seu veterinário se a região é endêmica para algum tipo de doença. Quando fomos à Fortaleza descobrimos que ela é foco de leishmaniose e protegi a Ella com repelente e coleira. Também há a opção de vacina.      

Algumas praias da  costa brasileira tem a doença do verme do coração, a dirofilariose. Para combatê-la há um preventivo injetável, que eu aplico uma vez por ano na Ella, ou oral.  

Já no campo, nas áreas rurais, os carrapatos aparecem em maior incidência. Neste caso, os ectoparasitas são fundamentais. A Ella usa Frontline e Nexgard de forma alternada. 

No retorno

O feriado foi maravilhoso, deu tudo certo e você aproveitou ao máximo os dias de folga com o seu pet! Ótimo! Da mesma forma, quando fazemos um exercício que não estamos habituados sentimos dores musculares, os pets podem passar pelo mesmo. 

"Um labrador gordinho que dorme no sofá o dia todo e aos feriados viaja para uma casa com piscina e passa horas entrando e saindo de dentro dela, corre e tenta pegar a água, sentirá dor causada pelo ácido lático", ressalta Carolina. Sendo assim, invista nas terapias integradas como acupuntura, massagens, reiki e, dependendo do nível de "abuso" no feriado, a magnetoterapia para os quadros de dor.

Opinião por Cris Berger

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