Cris Berguer indica bons lugares para conhecer com seu melhor amigo: o cachorro

Opinião|A Europa é pet friendly?


Por Cris Berger

Antes da Ella chegar na minha vida, em janeiro de 2015, dei boas voltas pelo mundo trabalhando como jornalista de viagens. Por uma década fiquei apenas no Brasil, pois eu tinha receio de viajar para longe de casa devido a frágil saúde da Ella. No último ano da sua vida, conquistei uma decisão judicial que permitiu embarcarmos em qualquer voo da Latam, o que nos fez viajar pelo Brasil. 

Ella e Cris em uma de suas tantas viagens pelo Brasil. Foto: Daniel Sasso

A Ella partiu em julho de 2024 e deixou seu legado e exemplo de cão educado. Em dezembro resolvi ver como anda o mundo pet friendly pela Europa. Passei por Bruxelas, Amsterdam, Genebra, Zurique, Crans Montana e Barcelona. Hoje escrevo de um hotel, super inclusivo aos pets, no meio do campo, a cerca de 30 quilômetros do Alentejo e Algarve, o Craveiral Farmhouse. 

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Pica, a anfitriã do Craveiral, em Portugal. Foto: Cris Berger

Eles ganharam nossos corações

Seguirei falando com detalhes sobre cada local que conheci, mas hoje quero dividir um pensamento coletivo sobre o que notei de forma genérica em cada país que passei: os cães conquistaram nossos corações!

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Sabemos que tudo é cultural e que somos resultado do que a sociedade e grupos menores, em que vivemos, pensam e sentem. O movimento pet friendly não teria conquistado uma dimensão tão grande se não existisse um grupo expressivo de pessoas compartilhando o mesmo sentimento. Portanto, é oficial: as pessoas querem estar mais tempo com seus cães no Brasil e na Europa e eles definitivamente não vivem mais restritos as residências, pois conquistaram o espaço público.

Visão geral

No meu primeiro dia na Europa, caminhando por Bruxelas vi um cocker spaniel super simpático e fui brincar com ele, aproveitei para conversar com a sua tutora que disse: ele é nosso filho. Em Amsterdam vi cães, pequenos e grandes, nas cestinhas e carrinhos acoplados às bicicletas.

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Os cães também são transportados nas bicicletas. Foto: Cris Berger

Em Genebra, conheci o Saca, um cão da raça samoeida que era hóspede do hotel por seis meses ao ano e tinha total acessibilidade.

Saca, hóspede do La Réserve de Genebra. Foto: Cris Berger
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Em Zurique presenciei cachorros circulando pelos trens e demais transportes públicos. Em Crans Montana, no meio da montanha nevada, cruzei com diversas pessoas passeando com seus cães. E em Barcelona, não foi diferente. Eles estão por todas as partes. Finalmente, em Portugal, escutei do dono do hotel Craveiral: somos human friendly

Todos os hotéis pet friendly

Fiquei hospedada no hotel Amigo de Bruxelas, o Pulitzer e Kimpton De Witt de Amsterdam,

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Kit pet do Sorrel em Zurique. Foto: Cris Berger

o La Réserve em Genebra, o Sorrel em Zurique, Winterthur e Sant Gallen, o Majestic em Barcelona e o Craveiral em São Teotónio Odemira, em Portugal.

Kit pet do La Réserve. Foto: Cris Berger
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Todos são pet friendly e oferecem kit pet com caminha, comedouros, brinquedos e petiscos. Isso mostra como o mercado de turismo está atento à nova demanda de hóspedes que viajam acompanhados de seus cães. 

Kit pet do hotel Majestic em Barcelona. Foto: Cris Berger

Suíça exige curso e Espanha proíbe pisar na grama

Na Suíça, o comportamento dos cães é exemplar. O motivo? O governo exige que as pessoas ao comprarem ou adotarem um cão façam um curso preparatório, com adestramento para ambos. Sim, tutores e cães precisam aprender. Na Espanha vi muitos cachorros sem guia. O atual governo da Catalunha fez uma lei que proíbe os cães de pisarem na grama, o que não é acatado pelos tutores apesar da multa ser pesada. 

Somos melhores em hospitalidade

Com exceção dos hotéis, não vi restaurantes apostando em hospitalidade. Meus associados da Universidade Pet Friendly oferecem gancho para prender a guia, colchonete para os pets se deitarem e potes de água individual. A regra pet, que eu insisto ser importante no Brasil,  não tem tanta necessidade na Europa considerando que os cães estão bem mais preparados para a vida em sociedade. 

Ella (sentada tranquilamente) e Cris no Jacarandá. Foto: Arquivo pessoal

E como eu disse no começo desse texto: o amor pelos cães é um sentimento universal. Eles chegaram para ficar, não haverá retrocesso e, sim, avanços na conquista de mais espaços para pessoas e cães viverem lado a lado. 

Só depende de nós

Só precisamos fazer a nossa parte, que é respeitar o vizinho e educar nossos cães. A Ella, que viajou por 18 vezes dentro da cabine do avião, esteve comigo nas internações hospitalares dos meus pais e durante 10 anos frequentou hotéis e restaurantes e seis anos trabalhou comigo no Spaces é a prova de que um cão bem conduzido pode ser acesso  a qualquer lugar.

Antes da Ella chegar na minha vida, em janeiro de 2015, dei boas voltas pelo mundo trabalhando como jornalista de viagens. Por uma década fiquei apenas no Brasil, pois eu tinha receio de viajar para longe de casa devido a frágil saúde da Ella. No último ano da sua vida, conquistei uma decisão judicial que permitiu embarcarmos em qualquer voo da Latam, o que nos fez viajar pelo Brasil. 

Ella e Cris em uma de suas tantas viagens pelo Brasil. Foto: Daniel Sasso

A Ella partiu em julho de 2024 e deixou seu legado e exemplo de cão educado. Em dezembro resolvi ver como anda o mundo pet friendly pela Europa. Passei por Bruxelas, Amsterdam, Genebra, Zurique, Crans Montana e Barcelona. Hoje escrevo de um hotel, super inclusivo aos pets, no meio do campo, a cerca de 30 quilômetros do Alentejo e Algarve, o Craveiral Farmhouse. 

Pica, a anfitriã do Craveiral, em Portugal. Foto: Cris Berger

Eles ganharam nossos corações

Seguirei falando com detalhes sobre cada local que conheci, mas hoje quero dividir um pensamento coletivo sobre o que notei de forma genérica em cada país que passei: os cães conquistaram nossos corações!

Sabemos que tudo é cultural e que somos resultado do que a sociedade e grupos menores, em que vivemos, pensam e sentem. O movimento pet friendly não teria conquistado uma dimensão tão grande se não existisse um grupo expressivo de pessoas compartilhando o mesmo sentimento. Portanto, é oficial: as pessoas querem estar mais tempo com seus cães no Brasil e na Europa e eles definitivamente não vivem mais restritos as residências, pois conquistaram o espaço público.

Visão geral

No meu primeiro dia na Europa, caminhando por Bruxelas vi um cocker spaniel super simpático e fui brincar com ele, aproveitei para conversar com a sua tutora que disse: ele é nosso filho. Em Amsterdam vi cães, pequenos e grandes, nas cestinhas e carrinhos acoplados às bicicletas.

Os cães também são transportados nas bicicletas. Foto: Cris Berger

Em Genebra, conheci o Saca, um cão da raça samoeida que era hóspede do hotel por seis meses ao ano e tinha total acessibilidade.

Saca, hóspede do La Réserve de Genebra. Foto: Cris Berger

Em Zurique presenciei cachorros circulando pelos trens e demais transportes públicos. Em Crans Montana, no meio da montanha nevada, cruzei com diversas pessoas passeando com seus cães. E em Barcelona, não foi diferente. Eles estão por todas as partes. Finalmente, em Portugal, escutei do dono do hotel Craveiral: somos human friendly

Todos os hotéis pet friendly

Fiquei hospedada no hotel Amigo de Bruxelas, o Pulitzer e Kimpton De Witt de Amsterdam,

Kit pet do Sorrel em Zurique. Foto: Cris Berger

o La Réserve em Genebra, o Sorrel em Zurique, Winterthur e Sant Gallen, o Majestic em Barcelona e o Craveiral em São Teotónio Odemira, em Portugal.

Kit pet do La Réserve. Foto: Cris Berger

Todos são pet friendly e oferecem kit pet com caminha, comedouros, brinquedos e petiscos. Isso mostra como o mercado de turismo está atento à nova demanda de hóspedes que viajam acompanhados de seus cães. 

Kit pet do hotel Majestic em Barcelona. Foto: Cris Berger

Suíça exige curso e Espanha proíbe pisar na grama

Na Suíça, o comportamento dos cães é exemplar. O motivo? O governo exige que as pessoas ao comprarem ou adotarem um cão façam um curso preparatório, com adestramento para ambos. Sim, tutores e cães precisam aprender. Na Espanha vi muitos cachorros sem guia. O atual governo da Catalunha fez uma lei que proíbe os cães de pisarem na grama, o que não é acatado pelos tutores apesar da multa ser pesada. 

Somos melhores em hospitalidade

Com exceção dos hotéis, não vi restaurantes apostando em hospitalidade. Meus associados da Universidade Pet Friendly oferecem gancho para prender a guia, colchonete para os pets se deitarem e potes de água individual. A regra pet, que eu insisto ser importante no Brasil,  não tem tanta necessidade na Europa considerando que os cães estão bem mais preparados para a vida em sociedade. 

Ella (sentada tranquilamente) e Cris no Jacarandá. Foto: Arquivo pessoal

E como eu disse no começo desse texto: o amor pelos cães é um sentimento universal. Eles chegaram para ficar, não haverá retrocesso e, sim, avanços na conquista de mais espaços para pessoas e cães viverem lado a lado. 

Só depende de nós

Só precisamos fazer a nossa parte, que é respeitar o vizinho e educar nossos cães. A Ella, que viajou por 18 vezes dentro da cabine do avião, esteve comigo nas internações hospitalares dos meus pais e durante 10 anos frequentou hotéis e restaurantes e seis anos trabalhou comigo no Spaces é a prova de que um cão bem conduzido pode ser acesso  a qualquer lugar.

Antes da Ella chegar na minha vida, em janeiro de 2015, dei boas voltas pelo mundo trabalhando como jornalista de viagens. Por uma década fiquei apenas no Brasil, pois eu tinha receio de viajar para longe de casa devido a frágil saúde da Ella. No último ano da sua vida, conquistei uma decisão judicial que permitiu embarcarmos em qualquer voo da Latam, o que nos fez viajar pelo Brasil. 

Ella e Cris em uma de suas tantas viagens pelo Brasil. Foto: Daniel Sasso

A Ella partiu em julho de 2024 e deixou seu legado e exemplo de cão educado. Em dezembro resolvi ver como anda o mundo pet friendly pela Europa. Passei por Bruxelas, Amsterdam, Genebra, Zurique, Crans Montana e Barcelona. Hoje escrevo de um hotel, super inclusivo aos pets, no meio do campo, a cerca de 30 quilômetros do Alentejo e Algarve, o Craveiral Farmhouse. 

Pica, a anfitriã do Craveiral, em Portugal. Foto: Cris Berger

Eles ganharam nossos corações

Seguirei falando com detalhes sobre cada local que conheci, mas hoje quero dividir um pensamento coletivo sobre o que notei de forma genérica em cada país que passei: os cães conquistaram nossos corações!

Sabemos que tudo é cultural e que somos resultado do que a sociedade e grupos menores, em que vivemos, pensam e sentem. O movimento pet friendly não teria conquistado uma dimensão tão grande se não existisse um grupo expressivo de pessoas compartilhando o mesmo sentimento. Portanto, é oficial: as pessoas querem estar mais tempo com seus cães no Brasil e na Europa e eles definitivamente não vivem mais restritos as residências, pois conquistaram o espaço público.

Visão geral

No meu primeiro dia na Europa, caminhando por Bruxelas vi um cocker spaniel super simpático e fui brincar com ele, aproveitei para conversar com a sua tutora que disse: ele é nosso filho. Em Amsterdam vi cães, pequenos e grandes, nas cestinhas e carrinhos acoplados às bicicletas.

Os cães também são transportados nas bicicletas. Foto: Cris Berger

Em Genebra, conheci o Saca, um cão da raça samoeida que era hóspede do hotel por seis meses ao ano e tinha total acessibilidade.

Saca, hóspede do La Réserve de Genebra. Foto: Cris Berger

Em Zurique presenciei cachorros circulando pelos trens e demais transportes públicos. Em Crans Montana, no meio da montanha nevada, cruzei com diversas pessoas passeando com seus cães. E em Barcelona, não foi diferente. Eles estão por todas as partes. Finalmente, em Portugal, escutei do dono do hotel Craveiral: somos human friendly

Todos os hotéis pet friendly

Fiquei hospedada no hotel Amigo de Bruxelas, o Pulitzer e Kimpton De Witt de Amsterdam,

Kit pet do Sorrel em Zurique. Foto: Cris Berger

o La Réserve em Genebra, o Sorrel em Zurique, Winterthur e Sant Gallen, o Majestic em Barcelona e o Craveiral em São Teotónio Odemira, em Portugal.

Kit pet do La Réserve. Foto: Cris Berger

Todos são pet friendly e oferecem kit pet com caminha, comedouros, brinquedos e petiscos. Isso mostra como o mercado de turismo está atento à nova demanda de hóspedes que viajam acompanhados de seus cães. 

Kit pet do hotel Majestic em Barcelona. Foto: Cris Berger

Suíça exige curso e Espanha proíbe pisar na grama

Na Suíça, o comportamento dos cães é exemplar. O motivo? O governo exige que as pessoas ao comprarem ou adotarem um cão façam um curso preparatório, com adestramento para ambos. Sim, tutores e cães precisam aprender. Na Espanha vi muitos cachorros sem guia. O atual governo da Catalunha fez uma lei que proíbe os cães de pisarem na grama, o que não é acatado pelos tutores apesar da multa ser pesada. 

Somos melhores em hospitalidade

Com exceção dos hotéis, não vi restaurantes apostando em hospitalidade. Meus associados da Universidade Pet Friendly oferecem gancho para prender a guia, colchonete para os pets se deitarem e potes de água individual. A regra pet, que eu insisto ser importante no Brasil,  não tem tanta necessidade na Europa considerando que os cães estão bem mais preparados para a vida em sociedade. 

Ella (sentada tranquilamente) e Cris no Jacarandá. Foto: Arquivo pessoal

E como eu disse no começo desse texto: o amor pelos cães é um sentimento universal. Eles chegaram para ficar, não haverá retrocesso e, sim, avanços na conquista de mais espaços para pessoas e cães viverem lado a lado. 

Só depende de nós

Só precisamos fazer a nossa parte, que é respeitar o vizinho e educar nossos cães. A Ella, que viajou por 18 vezes dentro da cabine do avião, esteve comigo nas internações hospitalares dos meus pais e durante 10 anos frequentou hotéis e restaurantes e seis anos trabalhou comigo no Spaces é a prova de que um cão bem conduzido pode ser acesso  a qualquer lugar.

Opinião por Cris Berger

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