Transtornos mentais e suas diferenças entre homens e mulheres

Opinião|Saúde Mental na Menopausa


Por Dr. Joel Rennó
 

No dia 18/10/2023, foi comemorado o Dia Mundial da Menopausa, tema ao qual eu tenho me dedicado há 3 décadas devido ao seu grande impacto na saúde feminina, sobretudo no âmbito emocional.

Em 2022, a Organização Mundial de Saúde (OMS) lançou uma conscientização com o tema "Cognição e Humor", justamente para chamar atenção das próprias mulheres, principalmente, para o aspecto mental desse período de vida, quando a ovulação e a menstruação cessam.

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Muito se fala sobre os fogachos, comuns na menopausa, bem como sobre queda de libido, osteoporose, secura vaginal, queixas de memória, entre outros sintomas que podem acometer as mulheres devido às alterações hormonais.

A perimenopausa ou transição menopausal é o período que antecede a menopausa em cerca de 6 anos sendo caracterizado por intensas flutuações hormonais e a presença de sintomas físicos e psíquicos.

Cada vez mais reconhecemos que as mulheres no período pós-parto e na perimenopausa, bem como aquelas que vivenciam a fase lútea, apresentam uma vulnerabilidade aumentada aos sintomas do humor. A Sociedade Norte-Americana de Menopausa (NAMS), juntamente com o Grupo de Trabalho de Centros de Mulheres e Transtornos do Humor da Rede Nacional de Depressão, publicaram diretrizes baseadas em evidências que informam o atendimento da depressão em mulheres na perimenopausa.

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As principais recomendações deste documento incluem o seguinte:

Reconhecendo se há ou não uma história de depressão maior, a perimenopausa é uma época de excesso de risco para sintomas depressivos severos e até episódios depressivos maiores; Em mulheres na perimenopausa, a depressão apresenta-se caracteristicamente com sintomas depressivos clássicos em combinação com sintomas vasomotores; Tratamentos convencionais para depressão, incluindo antidepressivos e terapia cognitivo-comportamental, representam opções de tratamento de primeira linha para episódios depressivos maiores que ocorrem em mulheres na perimenopausa Em mulheres com história prévia de depressão maior, uma resposta favorável anterior a um antidepressivo específico deve informar as decisões terapêuticas; No cenário da perimenopausa, a terapia com estrogênio parece ser tão eficaz quanto os antidepressivos no tratamento da depressão; A terapia estrogênica pode ser eficaz para melhorar o humor em mulheres na perimenopausa que não estão deprimidas. Além disso, entre as mulheres na perimenopausa, a terapia com estrogênio parece melhorar a resposta aos antidepressivos. Em mulheres na pós-menopausa, no entanto, a terapia com estrogênio não é eficaz no tratamento da depressão.

Essas recomendações ressaltam a importância de determinar o estágio reprodutivo da mulher para facilitar o cuidado apropriado.

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Importante reconhecer que a terapia hormonal não é aprovada pela Food and Drug Administration dos Estados Unidos para o tratamento de transtornos do humor. No entanto, os clínicos que tratam de mulheres na perimenopausa com depressão que não respondem à terapia antidepressiva convencional devem considerar a prescrição de terapia hormonal ou encaminhar o paciente a um médico ginecologista com conhecimento suficiente para fazê-lo.

Por fim, é importante não negligenciarmos também aspectos envolvendo o estilo e hábitos de vida das mulheres climatéricas. Sedentarismo, tabagismo, má alimentação, etilismo, insônia, estresse crônico, problemas de autoestima e autoimagem podem deflagrar alguns transtornos de humor nessa fase de vida da mulher. A ressignificação de experiências de vida é fundamental dentro desse contexto biológico.

REFERÊNCIA

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No dia 18/10/2023, foi comemorado o Dia Mundial da Menopausa, tema ao qual eu tenho me dedicado há 3 décadas devido ao seu grande impacto na saúde feminina, sobretudo no âmbito emocional.

Em 2022, a Organização Mundial de Saúde (OMS) lançou uma conscientização com o tema "Cognição e Humor", justamente para chamar atenção das próprias mulheres, principalmente, para o aspecto mental desse período de vida, quando a ovulação e a menstruação cessam.

Muito se fala sobre os fogachos, comuns na menopausa, bem como sobre queda de libido, osteoporose, secura vaginal, queixas de memória, entre outros sintomas que podem acometer as mulheres devido às alterações hormonais.

A perimenopausa ou transição menopausal é o período que antecede a menopausa em cerca de 6 anos sendo caracterizado por intensas flutuações hormonais e a presença de sintomas físicos e psíquicos.

Cada vez mais reconhecemos que as mulheres no período pós-parto e na perimenopausa, bem como aquelas que vivenciam a fase lútea, apresentam uma vulnerabilidade aumentada aos sintomas do humor. A Sociedade Norte-Americana de Menopausa (NAMS), juntamente com o Grupo de Trabalho de Centros de Mulheres e Transtornos do Humor da Rede Nacional de Depressão, publicaram diretrizes baseadas em evidências que informam o atendimento da depressão em mulheres na perimenopausa.

As principais recomendações deste documento incluem o seguinte:

Reconhecendo se há ou não uma história de depressão maior, a perimenopausa é uma época de excesso de risco para sintomas depressivos severos e até episódios depressivos maiores; Em mulheres na perimenopausa, a depressão apresenta-se caracteristicamente com sintomas depressivos clássicos em combinação com sintomas vasomotores; Tratamentos convencionais para depressão, incluindo antidepressivos e terapia cognitivo-comportamental, representam opções de tratamento de primeira linha para episódios depressivos maiores que ocorrem em mulheres na perimenopausa Em mulheres com história prévia de depressão maior, uma resposta favorável anterior a um antidepressivo específico deve informar as decisões terapêuticas; No cenário da perimenopausa, a terapia com estrogênio parece ser tão eficaz quanto os antidepressivos no tratamento da depressão; A terapia estrogênica pode ser eficaz para melhorar o humor em mulheres na perimenopausa que não estão deprimidas. Além disso, entre as mulheres na perimenopausa, a terapia com estrogênio parece melhorar a resposta aos antidepressivos. Em mulheres na pós-menopausa, no entanto, a terapia com estrogênio não é eficaz no tratamento da depressão.

Essas recomendações ressaltam a importância de determinar o estágio reprodutivo da mulher para facilitar o cuidado apropriado.

Importante reconhecer que a terapia hormonal não é aprovada pela Food and Drug Administration dos Estados Unidos para o tratamento de transtornos do humor. No entanto, os clínicos que tratam de mulheres na perimenopausa com depressão que não respondem à terapia antidepressiva convencional devem considerar a prescrição de terapia hormonal ou encaminhar o paciente a um médico ginecologista com conhecimento suficiente para fazê-lo.

Por fim, é importante não negligenciarmos também aspectos envolvendo o estilo e hábitos de vida das mulheres climatéricas. Sedentarismo, tabagismo, má alimentação, etilismo, insônia, estresse crônico, problemas de autoestima e autoimagem podem deflagrar alguns transtornos de humor nessa fase de vida da mulher. A ressignificação de experiências de vida é fundamental dentro desse contexto biológico.

REFERÊNCIA

 
 

No dia 18/10/2023, foi comemorado o Dia Mundial da Menopausa, tema ao qual eu tenho me dedicado há 3 décadas devido ao seu grande impacto na saúde feminina, sobretudo no âmbito emocional.

Em 2022, a Organização Mundial de Saúde (OMS) lançou uma conscientização com o tema "Cognição e Humor", justamente para chamar atenção das próprias mulheres, principalmente, para o aspecto mental desse período de vida, quando a ovulação e a menstruação cessam.

Muito se fala sobre os fogachos, comuns na menopausa, bem como sobre queda de libido, osteoporose, secura vaginal, queixas de memória, entre outros sintomas que podem acometer as mulheres devido às alterações hormonais.

A perimenopausa ou transição menopausal é o período que antecede a menopausa em cerca de 6 anos sendo caracterizado por intensas flutuações hormonais e a presença de sintomas físicos e psíquicos.

Cada vez mais reconhecemos que as mulheres no período pós-parto e na perimenopausa, bem como aquelas que vivenciam a fase lútea, apresentam uma vulnerabilidade aumentada aos sintomas do humor. A Sociedade Norte-Americana de Menopausa (NAMS), juntamente com o Grupo de Trabalho de Centros de Mulheres e Transtornos do Humor da Rede Nacional de Depressão, publicaram diretrizes baseadas em evidências que informam o atendimento da depressão em mulheres na perimenopausa.

As principais recomendações deste documento incluem o seguinte:

Reconhecendo se há ou não uma história de depressão maior, a perimenopausa é uma época de excesso de risco para sintomas depressivos severos e até episódios depressivos maiores; Em mulheres na perimenopausa, a depressão apresenta-se caracteristicamente com sintomas depressivos clássicos em combinação com sintomas vasomotores; Tratamentos convencionais para depressão, incluindo antidepressivos e terapia cognitivo-comportamental, representam opções de tratamento de primeira linha para episódios depressivos maiores que ocorrem em mulheres na perimenopausa Em mulheres com história prévia de depressão maior, uma resposta favorável anterior a um antidepressivo específico deve informar as decisões terapêuticas; No cenário da perimenopausa, a terapia com estrogênio parece ser tão eficaz quanto os antidepressivos no tratamento da depressão; A terapia estrogênica pode ser eficaz para melhorar o humor em mulheres na perimenopausa que não estão deprimidas. Além disso, entre as mulheres na perimenopausa, a terapia com estrogênio parece melhorar a resposta aos antidepressivos. Em mulheres na pós-menopausa, no entanto, a terapia com estrogênio não é eficaz no tratamento da depressão.

Essas recomendações ressaltam a importância de determinar o estágio reprodutivo da mulher para facilitar o cuidado apropriado.

Importante reconhecer que a terapia hormonal não é aprovada pela Food and Drug Administration dos Estados Unidos para o tratamento de transtornos do humor. No entanto, os clínicos que tratam de mulheres na perimenopausa com depressão que não respondem à terapia antidepressiva convencional devem considerar a prescrição de terapia hormonal ou encaminhar o paciente a um médico ginecologista com conhecimento suficiente para fazê-lo.

Por fim, é importante não negligenciarmos também aspectos envolvendo o estilo e hábitos de vida das mulheres climatéricas. Sedentarismo, tabagismo, má alimentação, etilismo, insônia, estresse crônico, problemas de autoestima e autoimagem podem deflagrar alguns transtornos de humor nessa fase de vida da mulher. A ressignificação de experiências de vida é fundamental dentro desse contexto biológico.

REFERÊNCIA

 
 

No dia 18/10/2023, foi comemorado o Dia Mundial da Menopausa, tema ao qual eu tenho me dedicado há 3 décadas devido ao seu grande impacto na saúde feminina, sobretudo no âmbito emocional.

Em 2022, a Organização Mundial de Saúde (OMS) lançou uma conscientização com o tema "Cognição e Humor", justamente para chamar atenção das próprias mulheres, principalmente, para o aspecto mental desse período de vida, quando a ovulação e a menstruação cessam.

Muito se fala sobre os fogachos, comuns na menopausa, bem como sobre queda de libido, osteoporose, secura vaginal, queixas de memória, entre outros sintomas que podem acometer as mulheres devido às alterações hormonais.

A perimenopausa ou transição menopausal é o período que antecede a menopausa em cerca de 6 anos sendo caracterizado por intensas flutuações hormonais e a presença de sintomas físicos e psíquicos.

Cada vez mais reconhecemos que as mulheres no período pós-parto e na perimenopausa, bem como aquelas que vivenciam a fase lútea, apresentam uma vulnerabilidade aumentada aos sintomas do humor. A Sociedade Norte-Americana de Menopausa (NAMS), juntamente com o Grupo de Trabalho de Centros de Mulheres e Transtornos do Humor da Rede Nacional de Depressão, publicaram diretrizes baseadas em evidências que informam o atendimento da depressão em mulheres na perimenopausa.

As principais recomendações deste documento incluem o seguinte:

Reconhecendo se há ou não uma história de depressão maior, a perimenopausa é uma época de excesso de risco para sintomas depressivos severos e até episódios depressivos maiores; Em mulheres na perimenopausa, a depressão apresenta-se caracteristicamente com sintomas depressivos clássicos em combinação com sintomas vasomotores; Tratamentos convencionais para depressão, incluindo antidepressivos e terapia cognitivo-comportamental, representam opções de tratamento de primeira linha para episódios depressivos maiores que ocorrem em mulheres na perimenopausa Em mulheres com história prévia de depressão maior, uma resposta favorável anterior a um antidepressivo específico deve informar as decisões terapêuticas; No cenário da perimenopausa, a terapia com estrogênio parece ser tão eficaz quanto os antidepressivos no tratamento da depressão; A terapia estrogênica pode ser eficaz para melhorar o humor em mulheres na perimenopausa que não estão deprimidas. Além disso, entre as mulheres na perimenopausa, a terapia com estrogênio parece melhorar a resposta aos antidepressivos. Em mulheres na pós-menopausa, no entanto, a terapia com estrogênio não é eficaz no tratamento da depressão.

Essas recomendações ressaltam a importância de determinar o estágio reprodutivo da mulher para facilitar o cuidado apropriado.

Importante reconhecer que a terapia hormonal não é aprovada pela Food and Drug Administration dos Estados Unidos para o tratamento de transtornos do humor. No entanto, os clínicos que tratam de mulheres na perimenopausa com depressão que não respondem à terapia antidepressiva convencional devem considerar a prescrição de terapia hormonal ou encaminhar o paciente a um médico ginecologista com conhecimento suficiente para fazê-lo.

Por fim, é importante não negligenciarmos também aspectos envolvendo o estilo e hábitos de vida das mulheres climatéricas. Sedentarismo, tabagismo, má alimentação, etilismo, insônia, estresse crônico, problemas de autoestima e autoimagem podem deflagrar alguns transtornos de humor nessa fase de vida da mulher. A ressignificação de experiências de vida é fundamental dentro desse contexto biológico.

REFERÊNCIA

 
Opinião por Dr. Joel Rennó

Professor Colaborador da FMUSP. Diretor do Programa Saúde Mental da Mulher do IPq-HCFMUSP. Coordenador da Comissão de Saúde Mental da Mulher da ABP. Instagram @profdrjoelrennojr

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