Comportamento, saúde e obesidade

Opinião|Deixe ir aquele que não veio para ficar


O desafio de viver o momento presente também se dá na esfera dos relacionamentos

Por Luciana Kotaka
 

Quem perdeu um grande amor sabe o quanto é desafiador desapegar, deixar ir o companheiro do qual se viveu tantos momentos especiais. As cenas estão gravadas na mente, os sentimentos ainda permanecem no coração, mas em algum momento e por algum motivo o outro se vai.

Algo se perdeu, nem sempre nos damos conta do real motivo do afastamento, talvez nem quem foi embora saiba o porquê, mas é certo que um buraco se abre e o vazio toma conta de todo o nosso ser.

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Muitas vezes nem sabemos diferenciar o amor do apego, do costume, da dependência, tudo se mistura, um sentimento enroscado ao outro. Quando um amor se acaba perdemos uma identidade, entramos em luto por uma parte nossa que criamos, uma história do qual há uma mistura entre mim e o outro. Juntos formamos um par e uma identidade de casal, assim nos vemos e os outros nos enxergam.

Acordamos no dia seguinte com uma sensação de falta, nos sentimos mutilados e continuamos a sentir a energia de quem se foi ainda presente. O cheiro, algum objeto aleatório jogado em um canto da sala, uma foto.

Deixar ir um amor é muito dolorido, confundimos os sentimentos, as emoções se afloram e tudo se mistura. Procuramos culpados, queremos respostas, justificativas para tudo o que aconteceu. Não importa quanto tempo ficamos juntos, mas a intensidade do sentimento.

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Os amores vêm e vão, são companheiros de jornada, cada um ficando o tempo necessário para nossa aprendizagem. Uma história diferente da outra, mas todas nos trazem lições de vida e, no final, nos fortalecem.

De todos os desafios a serem enfrentados o mais difícil é desapegar. Não é fácil deixar ir, temos o sentimento de posse e ninguém pertence ao outro, somos todos livres. Talvez isso doa mais do que a perda em si, quando nos damos conta de que não temos controle sobre nada, nem mesmo sobre aquele que esteve há tanto tempo ao nosso lado.

Deixe ir aquele que não veio para ficar, pois em algum momento isso já estava definido, mesmo que não tivéssemos essa clareza, mas o inconsciente capta tudo o que acontece, as palavras e ações mais sutis. Só que ignoramos, fingimos estar tudo bem e seguimos com tentativas diárias de não olhar para os fatos que se apresentam.

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O desapego é um dos caminhos mais desafiadores para nós seres humanos, conseguir ficar com o sentimento sem a pessoa ao nosso lado. De alguma forma muitos aprendem a viver esse desligar-se com os filhos, quando estes voam longe, saem de nosso controle. Ainda assim, muitos se debatem tentando se fazer presente a todo instante possível.

Desapegar pode trazer a sensação de perda de controle, na verdade temos a sensação de que perdemos um pedaço de nós, ficamos soltos tentando nos apegar a algo que nos dê uma sensação de segurança. Deixar de ser o parceiro para ser uno novamente, estar consigo mesmo sem muletas, sem apoio, mas encontrando a própria essência.

Ao soltar o outro para que se vá estamos vivendo com verdade, assumindo que nos amamos e amamos o outro, respeitando o caminho que cada um tem quer seguir. Para quem fica é importante lembrar que quando o amor pousar novamente no jardim de sua vida, é preciso estar preparado para aceitar, viver cada momento e assim com muita presença, entender que o real é o que vivemos agora, todo o resto é feito de sonhos dos quais nunca saberemos o final.

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Quem perdeu um grande amor sabe o quanto é desafiador desapegar, deixar ir o companheiro do qual se viveu tantos momentos especiais. As cenas estão gravadas na mente, os sentimentos ainda permanecem no coração, mas em algum momento e por algum motivo o outro se vai.

Algo se perdeu, nem sempre nos damos conta do real motivo do afastamento, talvez nem quem foi embora saiba o porquê, mas é certo que um buraco se abre e o vazio toma conta de todo o nosso ser.

Muitas vezes nem sabemos diferenciar o amor do apego, do costume, da dependência, tudo se mistura, um sentimento enroscado ao outro. Quando um amor se acaba perdemos uma identidade, entramos em luto por uma parte nossa que criamos, uma história do qual há uma mistura entre mim e o outro. Juntos formamos um par e uma identidade de casal, assim nos vemos e os outros nos enxergam.

Acordamos no dia seguinte com uma sensação de falta, nos sentimos mutilados e continuamos a sentir a energia de quem se foi ainda presente. O cheiro, algum objeto aleatório jogado em um canto da sala, uma foto.

Deixar ir um amor é muito dolorido, confundimos os sentimentos, as emoções se afloram e tudo se mistura. Procuramos culpados, queremos respostas, justificativas para tudo o que aconteceu. Não importa quanto tempo ficamos juntos, mas a intensidade do sentimento.

Os amores vêm e vão, são companheiros de jornada, cada um ficando o tempo necessário para nossa aprendizagem. Uma história diferente da outra, mas todas nos trazem lições de vida e, no final, nos fortalecem.

De todos os desafios a serem enfrentados o mais difícil é desapegar. Não é fácil deixar ir, temos o sentimento de posse e ninguém pertence ao outro, somos todos livres. Talvez isso doa mais do que a perda em si, quando nos damos conta de que não temos controle sobre nada, nem mesmo sobre aquele que esteve há tanto tempo ao nosso lado.

Deixe ir aquele que não veio para ficar, pois em algum momento isso já estava definido, mesmo que não tivéssemos essa clareza, mas o inconsciente capta tudo o que acontece, as palavras e ações mais sutis. Só que ignoramos, fingimos estar tudo bem e seguimos com tentativas diárias de não olhar para os fatos que se apresentam.

O desapego é um dos caminhos mais desafiadores para nós seres humanos, conseguir ficar com o sentimento sem a pessoa ao nosso lado. De alguma forma muitos aprendem a viver esse desligar-se com os filhos, quando estes voam longe, saem de nosso controle. Ainda assim, muitos se debatem tentando se fazer presente a todo instante possível.

Desapegar pode trazer a sensação de perda de controle, na verdade temos a sensação de que perdemos um pedaço de nós, ficamos soltos tentando nos apegar a algo que nos dê uma sensação de segurança. Deixar de ser o parceiro para ser uno novamente, estar consigo mesmo sem muletas, sem apoio, mas encontrando a própria essência.

Ao soltar o outro para que se vá estamos vivendo com verdade, assumindo que nos amamos e amamos o outro, respeitando o caminho que cada um tem quer seguir. Para quem fica é importante lembrar que quando o amor pousar novamente no jardim de sua vida, é preciso estar preparado para aceitar, viver cada momento e assim com muita presença, entender que o real é o que vivemos agora, todo o resto é feito de sonhos dos quais nunca saberemos o final.

 

 

 

 

 

 

 

 

Quem perdeu um grande amor sabe o quanto é desafiador desapegar, deixar ir o companheiro do qual se viveu tantos momentos especiais. As cenas estão gravadas na mente, os sentimentos ainda permanecem no coração, mas em algum momento e por algum motivo o outro se vai.

Algo se perdeu, nem sempre nos damos conta do real motivo do afastamento, talvez nem quem foi embora saiba o porquê, mas é certo que um buraco se abre e o vazio toma conta de todo o nosso ser.

Muitas vezes nem sabemos diferenciar o amor do apego, do costume, da dependência, tudo se mistura, um sentimento enroscado ao outro. Quando um amor se acaba perdemos uma identidade, entramos em luto por uma parte nossa que criamos, uma história do qual há uma mistura entre mim e o outro. Juntos formamos um par e uma identidade de casal, assim nos vemos e os outros nos enxergam.

Acordamos no dia seguinte com uma sensação de falta, nos sentimos mutilados e continuamos a sentir a energia de quem se foi ainda presente. O cheiro, algum objeto aleatório jogado em um canto da sala, uma foto.

Deixar ir um amor é muito dolorido, confundimos os sentimentos, as emoções se afloram e tudo se mistura. Procuramos culpados, queremos respostas, justificativas para tudo o que aconteceu. Não importa quanto tempo ficamos juntos, mas a intensidade do sentimento.

Os amores vêm e vão, são companheiros de jornada, cada um ficando o tempo necessário para nossa aprendizagem. Uma história diferente da outra, mas todas nos trazem lições de vida e, no final, nos fortalecem.

De todos os desafios a serem enfrentados o mais difícil é desapegar. Não é fácil deixar ir, temos o sentimento de posse e ninguém pertence ao outro, somos todos livres. Talvez isso doa mais do que a perda em si, quando nos damos conta de que não temos controle sobre nada, nem mesmo sobre aquele que esteve há tanto tempo ao nosso lado.

Deixe ir aquele que não veio para ficar, pois em algum momento isso já estava definido, mesmo que não tivéssemos essa clareza, mas o inconsciente capta tudo o que acontece, as palavras e ações mais sutis. Só que ignoramos, fingimos estar tudo bem e seguimos com tentativas diárias de não olhar para os fatos que se apresentam.

O desapego é um dos caminhos mais desafiadores para nós seres humanos, conseguir ficar com o sentimento sem a pessoa ao nosso lado. De alguma forma muitos aprendem a viver esse desligar-se com os filhos, quando estes voam longe, saem de nosso controle. Ainda assim, muitos se debatem tentando se fazer presente a todo instante possível.

Desapegar pode trazer a sensação de perda de controle, na verdade temos a sensação de que perdemos um pedaço de nós, ficamos soltos tentando nos apegar a algo que nos dê uma sensação de segurança. Deixar de ser o parceiro para ser uno novamente, estar consigo mesmo sem muletas, sem apoio, mas encontrando a própria essência.

Ao soltar o outro para que se vá estamos vivendo com verdade, assumindo que nos amamos e amamos o outro, respeitando o caminho que cada um tem quer seguir. Para quem fica é importante lembrar que quando o amor pousar novamente no jardim de sua vida, é preciso estar preparado para aceitar, viver cada momento e assim com muita presença, entender que o real é o que vivemos agora, todo o resto é feito de sonhos dos quais nunca saberemos o final.

 

 

 

 

 

 

 

Opinião por Luciana Kotaka

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