Ouvi essa frase esses dias no consultório e na hora pensei em como é verdadeiro, como não falar do que não está indo bem é uma forma de não enxergar o que está disfuncional. Na verdade esse comportamento é muito comum, famílias, parceiros, filhos que optam por ignorar um determinado problema, como se esse fato fosse resolver por encanto a situação a ser discutida.
Síndrome de Poliana é viver uma realidade construída no imaginário. Muito mais fácil? Não sei, acho que empurrar para debaixo do tapete dá um trabalho danado, afinal uma hora irá se cansar de tropeçar e irá ter que arrancar o tapete e olhar o que tanto, por anos a fio, enfiou de baixo dele.
A grande questão é quando você vai parar de amontoar uma série de fracassos e encarar o que realmente precisa ser acolhido, resolvido. Muitas pessoas passam a metade da vida optando por parceiros e/ou situações das quais não lhe trazem felicidade, outras passam a vida toda e só encontram a paz na morte.
As escolhas sempre são um caminho a ser avaliado, você pode optar por ir em frente e brincar de faz de conta, mas será que é mesmo a melhor opção? Talvez a culpa seja do tempo, da falta de habilidade, mas o que precisa ficar claro é que em algum momento terá que aprender a sentir, olhar, enfrentar e sofrer se for preciso, mas tirar de baixo do tapete.
Nomear os sentimentos, entender as emoções e comportamentos faz parte da grande aprendizagem da vida em que ficamos mais fortes, mais hábeis, facilitando não somente a vida emocional, mas também a profissional. Quanto mais nos confrontamos, mais resilientes nos tornamos em uma construção de um novo eu, muito mais capacitado, com recursos para enfrentar e não se esconder de situações de conflito.
A verdadeira vitória está justamente em se colocar como aprendiz, buscando sempre compreender, não somente o outro e o ambiente ao redor, mas a si mesmo.
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