Há exatos três anos, meu marido e eu compramos um apartamento na planta. Morávamos em uma casa de rua, com espaço de sobra para uma família de quatro pessoas, mas a sensação de insegurança no entra e sai, a falta de sociabilidade com outras crianças além da escola e a necessidade de uma nova reforma (a casa datava de 1950 e, mesmo após uma grande reforma, ainda exigia muita manutenção) estavam se tornando um incômodo. Vivíamos ainda os resquícios do isolamento social provocado pelo Covid, então, aproveitamos o momento em que o mercado imobiliário se voltava para a procura casas de condomínio e de rua e conseguimos nos desfazer da nossa.
(ANELISA É JORNALISTA E DESIGNER DE INTERIORES. PERFIL NO INSTAGRAM: @anelisalopes)
Como profissional da área, me encarreguei de fazer a busca pelo nosso futuro apê, que começou uns meses antes da venda, e também pela moradia temporária até a entrega do oficial, cuja previsão é setembro deste ano. Como teríamos de pagar aluguel, o ideal seria que fosse no mesmo bairro da escola e também do imóvel na planta. A proximidade da escola era o critério número um neste caso, então, não me atentei a alguns fatores na escolha pelo alugado (como a postura radical do síndico em relação às regras e a faixa etária dos moradores, acima dos 65 anos) - até porque ele era uma opção temporária. Já para a escolha do definitivo, foram mais de 30 visitas em imóveis usados e na planta.
Neste post eu vou falar sobre os critérios que nos levaram à escolha do nosso imóvel da planta, além dos quesitos básicos como localização, metragem e valor - conseguimos reunir os três, mas outros pontos também são importantes. Como designer de interiores, foi preciso avaliar tudo que pudesse ser um empecilho para a execução do projeto que resultará no nosso apê dos sonhos. E aqui vai a minha primeira dica: antes de bater o martelo na aquisição, fala uma vistoria com um engenheiro, arquiteto ou designer de interiores. Assim, você tem uma avaliação prévia da situação do imóvel, caso ele seja usado, ou consegue ter uma ideia do que é possível executar ou não caso deseje realizar um projeto, uma vez que algumas informações técnicas podem passar batido na negociação entre corretor e cliente.
No caso do nosso apartamento, a metragem teria de estar próxima a 150 m2, o condomínio deveria oferecer lazer completo, incluindo quadra poliesportiva, e a planta precisava ser versátil, uma vez que gostamos do conceito aberto. Após uma busca detalhada pelos bairros escolhidos, encontramos um que satisfazia quase 100% dos nosso desejos. Porque a totalidade deles somente com alguns dígitos a mais na conta, certo?
Na configuração entregue pela construtora, a planta de 146 m2 permite a integração de cozinha, sala de estar e varanda, enquanto a lavanderia é totalmente isolada - fator importante para quem passou os últimos dois anos cozinhando e olhando para o varal. É engraçado como nos "acostumamos" a algumas situações domésticas pela falta de um projeto, mas que no dia a dia nos causam irritação.
Um dos pontos que terá uma intervenção extrema no imóvel será a área dos quartos. Originalmente são duas suites, dois cômodos e um banheiro social, que serão transformados em três suites. A solução foi abrir mão da master, que ficará com as crianças, uma vez que fazem questão de dormirem juntas, e integrar dois cômodos mais um banheiro para ser o quarto do casal. Para chegar a este resultado ideal, desenhei oito possibilidades de layout, considerando nossos hábitos, o que deve ser destacado no briefing do projeto.
Mesmo com o ganho de alguns bons centímetros no quarto, ainda restava um porém: um dos banheiros, que seria o nosso após as mudanças, não tem ventilação natural. Pensando nisso - e no fato de que não temos problemas em relação ao uso privativo deste cômodo -, decidi integrar banheiro e dormitório. Após o estudo da questão hidráulica - para não ter de mexer na tubulação do apartamento de baixo - a planta ideal finalmente está configurada.
Todos estes quesitos estão foram estudados antes da entrega. E este é o momento ideal, cerca de três meses antes para fazer o projeto e não ter atraso no início da reforma. Vou compartilhar todo o processo com vocês por aqui e no meu perfil do Instagram. E se tiverem alguma dúvida, podem me procurar por lá. Então, mãos à obra porque as chaves estão chegando!
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