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Para entender a SPFW - Capítulo 1


Por Mariana Belley
Atualização:
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João Luiz Vieira

Foi célebre a passagem de um jornalista famoso numa das edições da São Paulo Fashion Week, há 11 anos. O colega, mais afeito a reportagens em searas menos glamourosas, percebeu que uma das modelos havia desfilado de biquíni e com celulites à vista, veja só. Foi uma celeuma. Não por ter sido uma top, bem mais famosa que ele, ou porque ela tinha furinhos na pele. O espanto aconteceu simplesmente porque boa parte das mulheres, geneticamente evoluídas ou não, carregam esse probleminha nas partes baixas. Só que os frequentadores de eventos de moda desmerecem esse detalhe. Simples assim. Se você for daqueles que acha saber tudo da SPFW, a dica é mudar de texto. Se não, vamos publicar a partir de agora um breve dicionário que traduz para leigos o que significa tudo isso que acontece na Bienal do Ibirapuera.

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A

- Fila A. A rigor é apenas isso mesmo: a primeira leva de espectadores de um desfile, os melhor posicionados, que veem com mais detalhes um tecido, uma transparência e, sim, uma celulite. Mas a posição tomou um vulto maior, isso em qualquer semana de moda do mundo. Virou um trono. Há quem não vá à sala se descobrir que o lugar que ganhou foi na fila H. Se fosse em teatro, talvez fosse o contrário. Mas aqui os atores são outros.

B

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- Backstage. Como o nome traduzido para o português sugere, é onde fica boa parte da equipe que põe o desfile para acontecer. De costureiras a tops estrangeiras, passando por diretores de camarim, de cena, de tudo um pouco. Sim, as modelos ficam peladas enquanto jornalistas credenciados produzem reportagens.

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C

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- Casting. É o elenco convocado para ir e voltar com a roupa do designer diante de fotógrafos e cinegrafistas ganhando algo que talvez você não faturasse em um ano (talvez em sua vida inteira) de trabalho.

C

- Cor. Se você é do tempo do verde, amarelo e azul, lamento dizer, isso é cafona. Ainda continua sendo uma das maiores diversões de eventos assim ler os textos de divulgação das grifes. Azul pode ser bleu de Chine. Preto pode ser Noite. Sem falar nas hortaliças que sugerem cores.

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D

- Docinhos. É quase comida do demo, as modelos fingem odiar, mas na sala de imprensa a ideia é engordar todo mundo. Você não tem ideia do que servem de bombas de chocolate para os colegas.

E

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- Estilistas. As estrelas da festa, com direito a atrasos de duas horas se a beleza (o make, o cabelo) não estiver pronta ou do jeitinho que ele pensou. Tipo diva de ópera. Por outro lado, a multidão que os aguarda - trabalhando ou só para ver e ser visto - está ali por eles mesmo, então há uma certa tolerância. Ao final, para os aplausos, cada um se comporta de um jeito: um passa escondido entre os modelos, outro só dá uma espiadinha na plateia, e há o que dá vários passos até o pit (quer saber o que é? Só nos próximos capítulos) para tirar um clique.

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João Luiz Vieira

Foi célebre a passagem de um jornalista famoso numa das edições da São Paulo Fashion Week, há 11 anos. O colega, mais afeito a reportagens em searas menos glamourosas, percebeu que uma das modelos havia desfilado de biquíni e com celulites à vista, veja só. Foi uma celeuma. Não por ter sido uma top, bem mais famosa que ele, ou porque ela tinha furinhos na pele. O espanto aconteceu simplesmente porque boa parte das mulheres, geneticamente evoluídas ou não, carregam esse probleminha nas partes baixas. Só que os frequentadores de eventos de moda desmerecem esse detalhe. Simples assim. Se você for daqueles que acha saber tudo da SPFW, a dica é mudar de texto. Se não, vamos publicar a partir de agora um breve dicionário que traduz para leigos o que significa tudo isso que acontece na Bienal do Ibirapuera.

A

- Fila A. A rigor é apenas isso mesmo: a primeira leva de espectadores de um desfile, os melhor posicionados, que veem com mais detalhes um tecido, uma transparência e, sim, uma celulite. Mas a posição tomou um vulto maior, isso em qualquer semana de moda do mundo. Virou um trono. Há quem não vá à sala se descobrir que o lugar que ganhou foi na fila H. Se fosse em teatro, talvez fosse o contrário. Mas aqui os atores são outros.

B

- Backstage. Como o nome traduzido para o português sugere, é onde fica boa parte da equipe que põe o desfile para acontecer. De costureiras a tops estrangeiras, passando por diretores de camarim, de cena, de tudo um pouco. Sim, as modelos ficam peladas enquanto jornalistas credenciados produzem reportagens.

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C

- Casting. É o elenco convocado para ir e voltar com a roupa do designer diante de fotógrafos e cinegrafistas ganhando algo que talvez você não faturasse em um ano (talvez em sua vida inteira) de trabalho.

C

- Cor. Se você é do tempo do verde, amarelo e azul, lamento dizer, isso é cafona. Ainda continua sendo uma das maiores diversões de eventos assim ler os textos de divulgação das grifes. Azul pode ser bleu de Chine. Preto pode ser Noite. Sem falar nas hortaliças que sugerem cores.

D

- Docinhos. É quase comida do demo, as modelos fingem odiar, mas na sala de imprensa a ideia é engordar todo mundo. Você não tem ideia do que servem de bombas de chocolate para os colegas.

E

- Estilistas. As estrelas da festa, com direito a atrasos de duas horas se a beleza (o make, o cabelo) não estiver pronta ou do jeitinho que ele pensou. Tipo diva de ópera. Por outro lado, a multidão que os aguarda - trabalhando ou só para ver e ser visto - está ali por eles mesmo, então há uma certa tolerância. Ao final, para os aplausos, cada um se comporta de um jeito: um passa escondido entre os modelos, outro só dá uma espiadinha na plateia, e há o que dá vários passos até o pit (quer saber o que é? Só nos próximos capítulos) para tirar um clique.

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João Luiz Vieira

Foi célebre a passagem de um jornalista famoso numa das edições da São Paulo Fashion Week, há 11 anos. O colega, mais afeito a reportagens em searas menos glamourosas, percebeu que uma das modelos havia desfilado de biquíni e com celulites à vista, veja só. Foi uma celeuma. Não por ter sido uma top, bem mais famosa que ele, ou porque ela tinha furinhos na pele. O espanto aconteceu simplesmente porque boa parte das mulheres, geneticamente evoluídas ou não, carregam esse probleminha nas partes baixas. Só que os frequentadores de eventos de moda desmerecem esse detalhe. Simples assim. Se você for daqueles que acha saber tudo da SPFW, a dica é mudar de texto. Se não, vamos publicar a partir de agora um breve dicionário que traduz para leigos o que significa tudo isso que acontece na Bienal do Ibirapuera.

A

- Fila A. A rigor é apenas isso mesmo: a primeira leva de espectadores de um desfile, os melhor posicionados, que veem com mais detalhes um tecido, uma transparência e, sim, uma celulite. Mas a posição tomou um vulto maior, isso em qualquer semana de moda do mundo. Virou um trono. Há quem não vá à sala se descobrir que o lugar que ganhou foi na fila H. Se fosse em teatro, talvez fosse o contrário. Mas aqui os atores são outros.

B

- Backstage. Como o nome traduzido para o português sugere, é onde fica boa parte da equipe que põe o desfile para acontecer. De costureiras a tops estrangeiras, passando por diretores de camarim, de cena, de tudo um pouco. Sim, as modelos ficam peladas enquanto jornalistas credenciados produzem reportagens.

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C

- Casting. É o elenco convocado para ir e voltar com a roupa do designer diante de fotógrafos e cinegrafistas ganhando algo que talvez você não faturasse em um ano (talvez em sua vida inteira) de trabalho.

C

- Cor. Se você é do tempo do verde, amarelo e azul, lamento dizer, isso é cafona. Ainda continua sendo uma das maiores diversões de eventos assim ler os textos de divulgação das grifes. Azul pode ser bleu de Chine. Preto pode ser Noite. Sem falar nas hortaliças que sugerem cores.

D

- Docinhos. É quase comida do demo, as modelos fingem odiar, mas na sala de imprensa a ideia é engordar todo mundo. Você não tem ideia do que servem de bombas de chocolate para os colegas.

E

- Estilistas. As estrelas da festa, com direito a atrasos de duas horas se a beleza (o make, o cabelo) não estiver pronta ou do jeitinho que ele pensou. Tipo diva de ópera. Por outro lado, a multidão que os aguarda - trabalhando ou só para ver e ser visto - está ali por eles mesmo, então há uma certa tolerância. Ao final, para os aplausos, cada um se comporta de um jeito: um passa escondido entre os modelos, outro só dá uma espiadinha na plateia, e há o que dá vários passos até o pit (quer saber o que é? Só nos próximos capítulos) para tirar um clique.

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