A geração anterior de gente ligada ao estilo também teve seu ícone equivalente a David LaChapelle. Foi o francês
Guy Bourdin
. O fotógrafo tinha em seu trabalho uma forte influência do surrealismo. E até referências ao pintor britânico Francis Bacon. Bourdin é tema da mostra
Guy Bourdin: A Message For You
(em português: "uma mensagem para você"), que poderá ser vista em Madri a partir de amanhã, na Sala de Exposições do Canal de Isabel 2.ª.
São 75 fotografias, algumas até inéditas. Muitas retratam a modelo Nicolle Meyer, uma das musas de Bourdin, sobretudo na época mais fértil de seu trabalho, os anos 70. "Bourdin me descobriu quando começava minha carreira como modelo", relembra Nicolle. "Ele era muito supersticioso e pediu a minha cédula de identidade para ver a data de nascimento. Felizmente, meu signo astrológico satisfazia seus desejos, e trabalhamos juntos por cinco anos. Foi uma viajem maravilhosa para mim, cheia de lembranças."
Entre as imagens selecionadas, é possível ver os famosos instantâneos que ele fez para a edição francesa da revista
Vogue
ou as campanhas para a marca de calçados Charles Jourdan.
Vida |
Nascido em Paris em 1928, Guy Banares (seu nome original) iniciou a carreira profissional nos anos 50, embora tenha vivido sua época dourada duas décadas depois. Por seu caráter transgressor, imprevisível e enigmático, se tornou um dos fotógrafos mais prestigiados do seu tempo.
Sua obra foi merecedora de numerosos prêmios, como o Prêmio Nacional de Fotografia, em 1985, que ele acabou rejeitando. Em março de 2011, serão relembrados os 20 anos desde sua morte.
(Com Efe)