Retratos e relatos do cotidiano

Você quer ser amado ou quer ser amado à sua maneira?


O desafio de entender as formas dos outros de demonstrar amor

Por Ruth Manus

Confesso que não li o livro de Gary Chapman "As 5 linguagens do amor", mas ouvi a respeito e a ideia me parece interessante. Basicamente, o autor afirma que as pessoas manifestam o amor de 5 formas diferentes: através do toque físico, das palavras, dos presentes, dos atos de serviço e do tempo que dispensam ao outro. Algumas pessoas exploram diversas destas formas, outras apenas uma ou duas, mas todos o fazem de alguma maneira.

 

Frequentemente ouvimos as pessoas queixarem-se de falta de amor- sejam aquelas que vivem em relacionamentos estáveis, sejam aquelas que vivem na busca deles. As pessoas reclamam do egoísmo alheio, sentem que apenas elas se doam nas relações (ou nas tentativas de se relacionar) e consideram-se injustiçadas por, teoricamente, darem mais amor do que recebem.

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Hoje fui assistir a uma palestra de uma amiga sobre Direito de Família e ela associou as ideias de Gary Chapman aos processos de divórcio, afirmando que algumas vezes as separações acontecem porque as pessoas não são capazes de identificar o amor no comportamento do outro, apesar dele existir. E muitas vezes a perpetuação destes processos são formas de tentar manter o vínculo com o outro, uma vez que, nesses casos, o afeto perdura.

 

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Realmente é muito difícil tentar entender e sentir como amor, atos que não nos parecem amor, frequentemente porque a nossa forma de amar é mais óbvia. Sobretudo para aqueles que, como eu, são os adeptos das palavras e do toque, tão facilmente identificados como expressões de afeto, é difícil entender o amor nos atos mais práticos ou mais subjetivos.

 

A questão é que é muito mais fácil acusar o outro por suas supostas falhas do que analisar calmamente os atos, buscando entender o que eles querem verdadeiramente transmitir. É fácil queixar-se por não ser amado quando, na verdade, estamos reclamando por não sermos amados à nossa maneira. E isso vale para todos os nossos relacionamentos: conjugais, familiares, amizades.

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Muitas vezes, a personalidade e a história de vida das pessoas trazem certos bloqueios à expressão verbal do amor ou aos beijos e abraços. Uma criação mais fria por parte dos pais, insegurança com o próprio corpo, questões culturais e quiçá astrológicas podem fazer com que alguns amores fiquem camuflados no dia a dia. O que não quer dizer que eles não existam, nem que essas pessoas não façam o melhor que podem.

 

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Isso não quer dizer que nossas formas de amar não devam ser revistas ou repensadas. Parece-me que também é preciso fazer um certo esforço para tentar dar um pouco do que os outros esperam. Ao mesmo tempo que é preciso não esperar exclusivamente um amor que seja o reflexo do nosso.

 

Um "eu te amo" reside em muitas frases diferentes. Em "comprei essa bolacha que eu sei que você gosta", em "deixa que eu te ajudo com a declaração de imposto de renda", em "vem aqui que você precisa cortar a unha", em "eu te busco no aeroporto", em "apaga essa merda desse cigarro", em "pega um casaco que tá frio lá fora", em "você tem dinheiro pro táxi?". Algumas vezes o "eu te amo" sai em forma de "eu te amo". Tantas outras não. Mas ele está lá. Basta que a gente esteja disposto a encontrá-lo ao invés de reclamar a sua suposta ausência.

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Confesso que não li o livro de Gary Chapman "As 5 linguagens do amor", mas ouvi a respeito e a ideia me parece interessante. Basicamente, o autor afirma que as pessoas manifestam o amor de 5 formas diferentes: através do toque físico, das palavras, dos presentes, dos atos de serviço e do tempo que dispensam ao outro. Algumas pessoas exploram diversas destas formas, outras apenas uma ou duas, mas todos o fazem de alguma maneira.

 

Frequentemente ouvimos as pessoas queixarem-se de falta de amor- sejam aquelas que vivem em relacionamentos estáveis, sejam aquelas que vivem na busca deles. As pessoas reclamam do egoísmo alheio, sentem que apenas elas se doam nas relações (ou nas tentativas de se relacionar) e consideram-se injustiçadas por, teoricamente, darem mais amor do que recebem.

 

Hoje fui assistir a uma palestra de uma amiga sobre Direito de Família e ela associou as ideias de Gary Chapman aos processos de divórcio, afirmando que algumas vezes as separações acontecem porque as pessoas não são capazes de identificar o amor no comportamento do outro, apesar dele existir. E muitas vezes a perpetuação destes processos são formas de tentar manter o vínculo com o outro, uma vez que, nesses casos, o afeto perdura.

 

Realmente é muito difícil tentar entender e sentir como amor, atos que não nos parecem amor, frequentemente porque a nossa forma de amar é mais óbvia. Sobretudo para aqueles que, como eu, são os adeptos das palavras e do toque, tão facilmente identificados como expressões de afeto, é difícil entender o amor nos atos mais práticos ou mais subjetivos.

 

A questão é que é muito mais fácil acusar o outro por suas supostas falhas do que analisar calmamente os atos, buscando entender o que eles querem verdadeiramente transmitir. É fácil queixar-se por não ser amado quando, na verdade, estamos reclamando por não sermos amados à nossa maneira. E isso vale para todos os nossos relacionamentos: conjugais, familiares, amizades.

 

Muitas vezes, a personalidade e a história de vida das pessoas trazem certos bloqueios à expressão verbal do amor ou aos beijos e abraços. Uma criação mais fria por parte dos pais, insegurança com o próprio corpo, questões culturais e quiçá astrológicas podem fazer com que alguns amores fiquem camuflados no dia a dia. O que não quer dizer que eles não existam, nem que essas pessoas não façam o melhor que podem.

 

Isso não quer dizer que nossas formas de amar não devam ser revistas ou repensadas. Parece-me que também é preciso fazer um certo esforço para tentar dar um pouco do que os outros esperam. Ao mesmo tempo que é preciso não esperar exclusivamente um amor que seja o reflexo do nosso.

 

Um "eu te amo" reside em muitas frases diferentes. Em "comprei essa bolacha que eu sei que você gosta", em "deixa que eu te ajudo com a declaração de imposto de renda", em "vem aqui que você precisa cortar a unha", em "eu te busco no aeroporto", em "apaga essa merda desse cigarro", em "pega um casaco que tá frio lá fora", em "você tem dinheiro pro táxi?". Algumas vezes o "eu te amo" sai em forma de "eu te amo". Tantas outras não. Mas ele está lá. Basta que a gente esteja disposto a encontrá-lo ao invés de reclamar a sua suposta ausência.

 

 

Confesso que não li o livro de Gary Chapman "As 5 linguagens do amor", mas ouvi a respeito e a ideia me parece interessante. Basicamente, o autor afirma que as pessoas manifestam o amor de 5 formas diferentes: através do toque físico, das palavras, dos presentes, dos atos de serviço e do tempo que dispensam ao outro. Algumas pessoas exploram diversas destas formas, outras apenas uma ou duas, mas todos o fazem de alguma maneira.

 

Frequentemente ouvimos as pessoas queixarem-se de falta de amor- sejam aquelas que vivem em relacionamentos estáveis, sejam aquelas que vivem na busca deles. As pessoas reclamam do egoísmo alheio, sentem que apenas elas se doam nas relações (ou nas tentativas de se relacionar) e consideram-se injustiçadas por, teoricamente, darem mais amor do que recebem.

 

Hoje fui assistir a uma palestra de uma amiga sobre Direito de Família e ela associou as ideias de Gary Chapman aos processos de divórcio, afirmando que algumas vezes as separações acontecem porque as pessoas não são capazes de identificar o amor no comportamento do outro, apesar dele existir. E muitas vezes a perpetuação destes processos são formas de tentar manter o vínculo com o outro, uma vez que, nesses casos, o afeto perdura.

 

Realmente é muito difícil tentar entender e sentir como amor, atos que não nos parecem amor, frequentemente porque a nossa forma de amar é mais óbvia. Sobretudo para aqueles que, como eu, são os adeptos das palavras e do toque, tão facilmente identificados como expressões de afeto, é difícil entender o amor nos atos mais práticos ou mais subjetivos.

 

A questão é que é muito mais fácil acusar o outro por suas supostas falhas do que analisar calmamente os atos, buscando entender o que eles querem verdadeiramente transmitir. É fácil queixar-se por não ser amado quando, na verdade, estamos reclamando por não sermos amados à nossa maneira. E isso vale para todos os nossos relacionamentos: conjugais, familiares, amizades.

 

Muitas vezes, a personalidade e a história de vida das pessoas trazem certos bloqueios à expressão verbal do amor ou aos beijos e abraços. Uma criação mais fria por parte dos pais, insegurança com o próprio corpo, questões culturais e quiçá astrológicas podem fazer com que alguns amores fiquem camuflados no dia a dia. O que não quer dizer que eles não existam, nem que essas pessoas não façam o melhor que podem.

 

Isso não quer dizer que nossas formas de amar não devam ser revistas ou repensadas. Parece-me que também é preciso fazer um certo esforço para tentar dar um pouco do que os outros esperam. Ao mesmo tempo que é preciso não esperar exclusivamente um amor que seja o reflexo do nosso.

 

Um "eu te amo" reside em muitas frases diferentes. Em "comprei essa bolacha que eu sei que você gosta", em "deixa que eu te ajudo com a declaração de imposto de renda", em "vem aqui que você precisa cortar a unha", em "eu te busco no aeroporto", em "apaga essa merda desse cigarro", em "pega um casaco que tá frio lá fora", em "você tem dinheiro pro táxi?". Algumas vezes o "eu te amo" sai em forma de "eu te amo". Tantas outras não. Mas ele está lá. Basta que a gente esteja disposto a encontrá-lo ao invés de reclamar a sua suposta ausência.

 

 

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