Ser mãe é padecer na internet

Opinião|Mãe acusa maternidade do Hospital Santa Joana de troca de bebês


Por Rita Lisauskas
Ana Paula no momento do parto. Na foto da direita a menina que foi trocada por um erro na pulseirinha Fotos: Reprodução Facebook Foto: Estadão

Alice nasceu nesta quarta-feira, dia 29, no Hospital Santa Joana, em São Paulo. Segundo a mãe, Ana Paula Silveira, 23 anos, a filha demorou para ser levada ao quarto, onde a família a esperava. A menina nasceu de cesárea às 13:30 e até às 21:30 ainda não tinha sido levada para o quarto, junto dela e do marido, o analista de infraestrutura Victor Hugo Paulino, 25 anos. O pai da menina conta ter escutado outros pais comentando sobre uma suposta confusão e troca de pulseirinhas de identificação dos bebês nascidos naquele dia. "Ele estava naquele vidro do berçário quando ouviu a parente de uma mãe comentando que as pulseirinhas estavam com o número dos quartos errado", conta Ana Paula.

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Quando o bebê finalmente foi levado ao quarto, oito horas depois do parto, Ana Paula e o marido estranharam a criança. "Minha filha nasceu muito cabeluda e o bebê que me deram tinha 'entradas' e pouco cabelo", conta. Victor Hugo pediu para que a enfermeira tirasse as roupas e a fralda do bebê e o casal descobriu que tinha recebido um menino e não a filha, Alice. "Comecei a gritar que queria a minha filha", lembra. "Ficamos desesperados, foi a pior sensação do mundo!", conta.

A gritaria foi tanta que logo se espalhou pelo corredor. Uma parente da outra mãe, Juvenice Rodrigues de Sousa, internada no quarto ao lado, apareceu nervosa, dizendo que o bebê da família também tinha sido trocado. Ela tinha dado à luz um menino e recebido da enfermeira uma menina, que Ana Paula e Victor Hugo reconheceram como sendo Alice. "Minha filha estava toda vestida de azul e com a pulseirinha com o nome da outra mãe", conta. Os casais que ainda estão internados no Santa Joana destrocaram os bebês na hora e pediram ao hospital um exame de DNA.

"Estou indignada por um hospital do porte do Santa Joana cometer um erro gravíssimo como esse!", reclama Ana Paula. Ela e o marido afirmam que farão um boletim de ocorrência assim que receberem alta e que vão processar o hospital. "E se fossem duas meninas que tivessem sido trocadas? Quantos anos passariam até a gente perceber que uma troca tinha sido feita?", pergunta.

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O Santa Joana se manifestou por meio de nota:

"O Hospital e Maternidade Santa Joana informa que instalou um comitê interno para acompanhar a apuração dos fatos relatados. Ao mesmo tempo, o Hospital esclarece que conta com tecnologia avançada de controle neonatal e materno. Pelos procedimentos-padrões e recursos tecnológicos da Maternidade, não seria possível que este evento confirmasse. Portanto, pelas normas de segurança em vigor na instituição é impossível que uma criança saia do Hospital sem a presença de sua mãe biológica."

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Ana Paula no momento do parto. Na foto da direita a menina que foi trocada por um erro na pulseirinha Fotos: Reprodução Facebook Foto: Estadão

Alice nasceu nesta quarta-feira, dia 29, no Hospital Santa Joana, em São Paulo. Segundo a mãe, Ana Paula Silveira, 23 anos, a filha demorou para ser levada ao quarto, onde a família a esperava. A menina nasceu de cesárea às 13:30 e até às 21:30 ainda não tinha sido levada para o quarto, junto dela e do marido, o analista de infraestrutura Victor Hugo Paulino, 25 anos. O pai da menina conta ter escutado outros pais comentando sobre uma suposta confusão e troca de pulseirinhas de identificação dos bebês nascidos naquele dia. "Ele estava naquele vidro do berçário quando ouviu a parente de uma mãe comentando que as pulseirinhas estavam com o número dos quartos errado", conta Ana Paula.

Quando o bebê finalmente foi levado ao quarto, oito horas depois do parto, Ana Paula e o marido estranharam a criança. "Minha filha nasceu muito cabeluda e o bebê que me deram tinha 'entradas' e pouco cabelo", conta. Victor Hugo pediu para que a enfermeira tirasse as roupas e a fralda do bebê e o casal descobriu que tinha recebido um menino e não a filha, Alice. "Comecei a gritar que queria a minha filha", lembra. "Ficamos desesperados, foi a pior sensação do mundo!", conta.

A gritaria foi tanta que logo se espalhou pelo corredor. Uma parente da outra mãe, Juvenice Rodrigues de Sousa, internada no quarto ao lado, apareceu nervosa, dizendo que o bebê da família também tinha sido trocado. Ela tinha dado à luz um menino e recebido da enfermeira uma menina, que Ana Paula e Victor Hugo reconheceram como sendo Alice. "Minha filha estava toda vestida de azul e com a pulseirinha com o nome da outra mãe", conta. Os casais que ainda estão internados no Santa Joana destrocaram os bebês na hora e pediram ao hospital um exame de DNA.

"Estou indignada por um hospital do porte do Santa Joana cometer um erro gravíssimo como esse!", reclama Ana Paula. Ela e o marido afirmam que farão um boletim de ocorrência assim que receberem alta e que vão processar o hospital. "E se fossem duas meninas que tivessem sido trocadas? Quantos anos passariam até a gente perceber que uma troca tinha sido feita?", pergunta.

O Santa Joana se manifestou por meio de nota:

"O Hospital e Maternidade Santa Joana informa que instalou um comitê interno para acompanhar a apuração dos fatos relatados. Ao mesmo tempo, o Hospital esclarece que conta com tecnologia avançada de controle neonatal e materno. Pelos procedimentos-padrões e recursos tecnológicos da Maternidade, não seria possível que este evento confirmasse. Portanto, pelas normas de segurança em vigor na instituição é impossível que uma criança saia do Hospital sem a presença de sua mãe biológica."

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Ana Paula no momento do parto. Na foto da direita a menina que foi trocada por um erro na pulseirinha Fotos: Reprodução Facebook Foto: Estadão

Alice nasceu nesta quarta-feira, dia 29, no Hospital Santa Joana, em São Paulo. Segundo a mãe, Ana Paula Silveira, 23 anos, a filha demorou para ser levada ao quarto, onde a família a esperava. A menina nasceu de cesárea às 13:30 e até às 21:30 ainda não tinha sido levada para o quarto, junto dela e do marido, o analista de infraestrutura Victor Hugo Paulino, 25 anos. O pai da menina conta ter escutado outros pais comentando sobre uma suposta confusão e troca de pulseirinhas de identificação dos bebês nascidos naquele dia. "Ele estava naquele vidro do berçário quando ouviu a parente de uma mãe comentando que as pulseirinhas estavam com o número dos quartos errado", conta Ana Paula.

Quando o bebê finalmente foi levado ao quarto, oito horas depois do parto, Ana Paula e o marido estranharam a criança. "Minha filha nasceu muito cabeluda e o bebê que me deram tinha 'entradas' e pouco cabelo", conta. Victor Hugo pediu para que a enfermeira tirasse as roupas e a fralda do bebê e o casal descobriu que tinha recebido um menino e não a filha, Alice. "Comecei a gritar que queria a minha filha", lembra. "Ficamos desesperados, foi a pior sensação do mundo!", conta.

A gritaria foi tanta que logo se espalhou pelo corredor. Uma parente da outra mãe, Juvenice Rodrigues de Sousa, internada no quarto ao lado, apareceu nervosa, dizendo que o bebê da família também tinha sido trocado. Ela tinha dado à luz um menino e recebido da enfermeira uma menina, que Ana Paula e Victor Hugo reconheceram como sendo Alice. "Minha filha estava toda vestida de azul e com a pulseirinha com o nome da outra mãe", conta. Os casais que ainda estão internados no Santa Joana destrocaram os bebês na hora e pediram ao hospital um exame de DNA.

"Estou indignada por um hospital do porte do Santa Joana cometer um erro gravíssimo como esse!", reclama Ana Paula. Ela e o marido afirmam que farão um boletim de ocorrência assim que receberem alta e que vão processar o hospital. "E se fossem duas meninas que tivessem sido trocadas? Quantos anos passariam até a gente perceber que uma troca tinha sido feita?", pergunta.

O Santa Joana se manifestou por meio de nota:

"O Hospital e Maternidade Santa Joana informa que instalou um comitê interno para acompanhar a apuração dos fatos relatados. Ao mesmo tempo, o Hospital esclarece que conta com tecnologia avançada de controle neonatal e materno. Pelos procedimentos-padrões e recursos tecnológicos da Maternidade, não seria possível que este evento confirmasse. Portanto, pelas normas de segurança em vigor na instituição é impossível que uma criança saia do Hospital sem a presença de sua mãe biológica."

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Opinião por Rita Lisauskas

Jornalista, apresentadora e escritora. Autora do livro 'Mãe sem Manual'

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