O rock nacional nos anos 1980 era pujante. Só para citar algumas bandas que surgiram nessa época: Titãs, Barão Vermelho, Capital Inicial, Os Paralamas do Sucesso e muitas outras que sobrevivem até hoje. E o Ultraje a Rigor nasce nesse cenário musical em que os grupos misturavam bom humor e críticas sociais e políticas. Quem não se lembra de Nós Vamos Invadir Sua Praia, Marylou, Ciúmes, Pelado e Inútil? Algumas dessas canções sofreram censura na época do lançamento, já que o Brasil, até 1985, vivia o período da ditadura militar. “De certa forma, o Ultraje foi atravessando e se adaptando a toda uma mudança na história do rock nacional e do mercado fonográfico como um todo ao longo de seus mais de 35 anos de história. O filme mostra isso e, em muitos momentos, pontua o que estava acontecendo no Brasil durante todo esse período”, enfatiza Marc Dourdin, diretor do documentário. Nesta quinta-feira, 31, a banda ganhará um documentário sobre os 35 anos de história. Ultraje trará depoimentos de integrantes de todas as formações do grupo e os 15 discos lançados. A primeira composição contava com Roger no vocal, Leôspa na bateria, Silvio no baixo e Edgar Scandurra na guitarra. “Minha ideia inicial era tocar na noite, fazer cover e tal. A gente teve muito cuidado de fazer músicas que fossem duradouras. Eu sinceramente não esperava...um cara mais jovem não tem noção do que é o tempo. Eu achava, se durasse cinco anos, seria um p... tempo. E já estamos há quase 35 já”, afirma Roger em um trecho do documentário. Com Roger, Bacalhau, Mingau e Marcos Kleine, Ultraje a Rigor continua fazendo shows e tem participação fixa no programa The Noite, com Danilo Gentili. O documentário esteve na edição de 2018 do Festival In-Edit, do MIMO de Cinema 2018 e do 8º CINERAMABC. A coprodução é do Canal Brasil. Ultraje será lançado em 20 salas de cinema de todo o Brasil.
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