‘Elke: mulher maravilha’ chega à sua casa com muita cor


História de Elke será contada nas telas e promete levar o Brasil das lágrimas aos risos em minutos

Por Laila Nery
Atualização:
Nem russa, nem alemã, nem brasileira, sem cidadania, mas sempre muito cidadã, nunca se calou sobre o que considerava injusto. Foto: David Drew Zingg / Acervo Instituto Moreira Salles

A Brigitte Filmes anunciou a compra de Elke: MulherMaravilha, biografia da modelo, e transformará a obra em um produto audiovisual. Mesmo que embrionária, a obra já gera expectativas em quem assistiu televisão no Brasil entre a década de 1970 e o início dos anos 2000. Modelo e apresentadora, Elke quase sempre esteve à frente das câmeras, quando não na Rede Globo, no SBT.

Elke: Mulher Maravilha foi inicialmente lançada em audiobook por Chico Felitti e ganhou grande repercussão. Consequentemente, a obra virou um livro e ocupou o primeiro lugar em vendas da Amazon na semana de lançamento da obra.

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Agora, o filme ou a minissérie será dirigida por Felipe Novaes, diretor de cinema responsável pelo premiado Chorão: Marginal Alado. O diretor conversou com o Estadão sobre as suas expectativas para a obra. Felipe demonstrou entusiasmo com a narrativa e garantiu que independente do formato, a obra estará repleta das pautas que Elke levantava. 

“Eu acredito cada vez mais em personagens complexos para contar boas histórias no audiovisual e a Elke representa uma ruptura desde sempre com os tabus impostos pela sociedade. Ao longo das décadas, ela nunca deixou de romper com as expectativas sociais vigentes”, comentou o autor que lembra a presença de Elke, que morreu em 2016, como uma figura importante ainda para as pautas atuais.

“Elke é atemporal. Ela está nesse panteão de mulheres que transpassam o tempo e o espaço na história, ela já não é mais uma mulher de uma época só, é uma mulher de todas as épocas”, comenta Felipe.

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Elke Maravilha veio para o Brasil como uma refugiada da guerra. Uma garotinha que nasceu na Rússia, filha de uma alemã com um russo, que lutou em favor da Finlândia no início da segunda guerra, foi considerado um traidor da pátria. O pai de Elke ficou seis anos preso na Sibéria, rasgou o passaporte e veio para o Brasil, onde a família conseguiu abrigo em Minas Gerais, numa cidade rural.

Elke tinha nacionalidade brasileira, mas foi presa na ditadura militar e acabou perdendo os direitos, se tornando apátrida. O diretor acredita que talvez essa pouca vontade em ter uma nacionalidade reconhecida era mais uma forma da estrela manifestar a sua rebeldia de cidadã do mundo. Nem russa, nem alemã, nem brasileira, sem cidadania, mas sempre muito cidadã. Nunca se calou sobre o que considerava injusto.

Felipe ainda não sabe o formato, nem a data de lançamento de Elke nas telinhas. O diretor ainda pesquisa possibilidades para quem vai dar vida à presença marcante que Elke Maravilha manifestava.

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“O projeto está sendo desenvolvido, é muito cedo para definir o enquadramento exato. Eu a vejo como uma minissérie muito boa, a vida da Elke tem uma gama de acontecimentos e histórias que rendem um ótimo filme e uma ótima minissérie. Lendo o livro a gente percebeu que o olhar do Chico permite que a gente enxergue essa vida de uma forma muito colorida”, comentou.

A vontade do diretor é trazer momentos que retrate essa figura em detalhes, assim como justifique seu modo de pensar e agir. O Estadão pediu alguns spoilers sobre os momentos da Elke que não podem ser deixados de fora da trama, a lista é grande.

“Ela novinha é incrível, imagina uma menina filha de imigrantes russos, fugidos, e essa menina cresce num ambiente rural, imagino cenas incríveis dela dançando rock, uma rebelde desde criança. A Elke modelo também rompe com muitas expectativas do que se esperava, ela rompeu com a cultura da moda, gargalhava nas passarelas. Uma cena que com certeza não dá pra escapar é o episódio em que a Elke é presa na ditadura, com todos os seus olhares contraditórios a respeito do mundo, ela não tinha vocação para ficar calada”, revela.

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Embora sua figura fosse colorida e talvez a sua gargalhada tenha sido sua maior marca na tevê. Felipe contou que a narrativa não contaria a história da Elke verdadeira se não tivesse suas cenas tristes. “É uma história tragicômica. A vida dela tem muitas cenas tristes. Acredito que a Elke foi a primeira pessoa a falar de aborto na TV, numa época que o assunto era ainda mais proibido do que é hoje. Porque a Elke nunca se calou sobre o que considerava injusto”, revelou.

A personagem é muito conhecida por ter participado dos grandes programas de auditório que marcaram o final do século passado. Sua vida nunca foi um livro fechado e a forma como ela se expunha dava a entender que queria mesmo a atenção voltada para si.

E, embora a produção ainda esteja tomando forma na cabeça de Felipe Novaes, o diretor tem certeza que ela não pertencerá à cena cult. “Independente do formato, conversei com Chico Felitti e não há dúvidas. Ela era extremamente popular, esse produto tem que chegar no povão, nas casas brasileiras.”

Nem russa, nem alemã, nem brasileira, sem cidadania, mas sempre muito cidadã, nunca se calou sobre o que considerava injusto. Foto: David Drew Zingg / Acervo Instituto Moreira Salles

A Brigitte Filmes anunciou a compra de Elke: MulherMaravilha, biografia da modelo, e transformará a obra em um produto audiovisual. Mesmo que embrionária, a obra já gera expectativas em quem assistiu televisão no Brasil entre a década de 1970 e o início dos anos 2000. Modelo e apresentadora, Elke quase sempre esteve à frente das câmeras, quando não na Rede Globo, no SBT.

Elke: Mulher Maravilha foi inicialmente lançada em audiobook por Chico Felitti e ganhou grande repercussão. Consequentemente, a obra virou um livro e ocupou o primeiro lugar em vendas da Amazon na semana de lançamento da obra.

Agora, o filme ou a minissérie será dirigida por Felipe Novaes, diretor de cinema responsável pelo premiado Chorão: Marginal Alado. O diretor conversou com o Estadão sobre as suas expectativas para a obra. Felipe demonstrou entusiasmo com a narrativa e garantiu que independente do formato, a obra estará repleta das pautas que Elke levantava. 

“Eu acredito cada vez mais em personagens complexos para contar boas histórias no audiovisual e a Elke representa uma ruptura desde sempre com os tabus impostos pela sociedade. Ao longo das décadas, ela nunca deixou de romper com as expectativas sociais vigentes”, comentou o autor que lembra a presença de Elke, que morreu em 2016, como uma figura importante ainda para as pautas atuais.

“Elke é atemporal. Ela está nesse panteão de mulheres que transpassam o tempo e o espaço na história, ela já não é mais uma mulher de uma época só, é uma mulher de todas as épocas”, comenta Felipe.

Elke Maravilha veio para o Brasil como uma refugiada da guerra. Uma garotinha que nasceu na Rússia, filha de uma alemã com um russo, que lutou em favor da Finlândia no início da segunda guerra, foi considerado um traidor da pátria. O pai de Elke ficou seis anos preso na Sibéria, rasgou o passaporte e veio para o Brasil, onde a família conseguiu abrigo em Minas Gerais, numa cidade rural.

Elke tinha nacionalidade brasileira, mas foi presa na ditadura militar e acabou perdendo os direitos, se tornando apátrida. O diretor acredita que talvez essa pouca vontade em ter uma nacionalidade reconhecida era mais uma forma da estrela manifestar a sua rebeldia de cidadã do mundo. Nem russa, nem alemã, nem brasileira, sem cidadania, mas sempre muito cidadã. Nunca se calou sobre o que considerava injusto.

Felipe ainda não sabe o formato, nem a data de lançamento de Elke nas telinhas. O diretor ainda pesquisa possibilidades para quem vai dar vida à presença marcante que Elke Maravilha manifestava.

“O projeto está sendo desenvolvido, é muito cedo para definir o enquadramento exato. Eu a vejo como uma minissérie muito boa, a vida da Elke tem uma gama de acontecimentos e histórias que rendem um ótimo filme e uma ótima minissérie. Lendo o livro a gente percebeu que o olhar do Chico permite que a gente enxergue essa vida de uma forma muito colorida”, comentou.

A vontade do diretor é trazer momentos que retrate essa figura em detalhes, assim como justifique seu modo de pensar e agir. O Estadão pediu alguns spoilers sobre os momentos da Elke que não podem ser deixados de fora da trama, a lista é grande.

“Ela novinha é incrível, imagina uma menina filha de imigrantes russos, fugidos, e essa menina cresce num ambiente rural, imagino cenas incríveis dela dançando rock, uma rebelde desde criança. A Elke modelo também rompe com muitas expectativas do que se esperava, ela rompeu com a cultura da moda, gargalhava nas passarelas. Uma cena que com certeza não dá pra escapar é o episódio em que a Elke é presa na ditadura, com todos os seus olhares contraditórios a respeito do mundo, ela não tinha vocação para ficar calada”, revela.

Embora sua figura fosse colorida e talvez a sua gargalhada tenha sido sua maior marca na tevê. Felipe contou que a narrativa não contaria a história da Elke verdadeira se não tivesse suas cenas tristes. “É uma história tragicômica. A vida dela tem muitas cenas tristes. Acredito que a Elke foi a primeira pessoa a falar de aborto na TV, numa época que o assunto era ainda mais proibido do que é hoje. Porque a Elke nunca se calou sobre o que considerava injusto”, revelou.

A personagem é muito conhecida por ter participado dos grandes programas de auditório que marcaram o final do século passado. Sua vida nunca foi um livro fechado e a forma como ela se expunha dava a entender que queria mesmo a atenção voltada para si.

E, embora a produção ainda esteja tomando forma na cabeça de Felipe Novaes, o diretor tem certeza que ela não pertencerá à cena cult. “Independente do formato, conversei com Chico Felitti e não há dúvidas. Ela era extremamente popular, esse produto tem que chegar no povão, nas casas brasileiras.”

Nem russa, nem alemã, nem brasileira, sem cidadania, mas sempre muito cidadã, nunca se calou sobre o que considerava injusto. Foto: David Drew Zingg / Acervo Instituto Moreira Salles

A Brigitte Filmes anunciou a compra de Elke: MulherMaravilha, biografia da modelo, e transformará a obra em um produto audiovisual. Mesmo que embrionária, a obra já gera expectativas em quem assistiu televisão no Brasil entre a década de 1970 e o início dos anos 2000. Modelo e apresentadora, Elke quase sempre esteve à frente das câmeras, quando não na Rede Globo, no SBT.

Elke: Mulher Maravilha foi inicialmente lançada em audiobook por Chico Felitti e ganhou grande repercussão. Consequentemente, a obra virou um livro e ocupou o primeiro lugar em vendas da Amazon na semana de lançamento da obra.

Agora, o filme ou a minissérie será dirigida por Felipe Novaes, diretor de cinema responsável pelo premiado Chorão: Marginal Alado. O diretor conversou com o Estadão sobre as suas expectativas para a obra. Felipe demonstrou entusiasmo com a narrativa e garantiu que independente do formato, a obra estará repleta das pautas que Elke levantava. 

“Eu acredito cada vez mais em personagens complexos para contar boas histórias no audiovisual e a Elke representa uma ruptura desde sempre com os tabus impostos pela sociedade. Ao longo das décadas, ela nunca deixou de romper com as expectativas sociais vigentes”, comentou o autor que lembra a presença de Elke, que morreu em 2016, como uma figura importante ainda para as pautas atuais.

“Elke é atemporal. Ela está nesse panteão de mulheres que transpassam o tempo e o espaço na história, ela já não é mais uma mulher de uma época só, é uma mulher de todas as épocas”, comenta Felipe.

Elke Maravilha veio para o Brasil como uma refugiada da guerra. Uma garotinha que nasceu na Rússia, filha de uma alemã com um russo, que lutou em favor da Finlândia no início da segunda guerra, foi considerado um traidor da pátria. O pai de Elke ficou seis anos preso na Sibéria, rasgou o passaporte e veio para o Brasil, onde a família conseguiu abrigo em Minas Gerais, numa cidade rural.

Elke tinha nacionalidade brasileira, mas foi presa na ditadura militar e acabou perdendo os direitos, se tornando apátrida. O diretor acredita que talvez essa pouca vontade em ter uma nacionalidade reconhecida era mais uma forma da estrela manifestar a sua rebeldia de cidadã do mundo. Nem russa, nem alemã, nem brasileira, sem cidadania, mas sempre muito cidadã. Nunca se calou sobre o que considerava injusto.

Felipe ainda não sabe o formato, nem a data de lançamento de Elke nas telinhas. O diretor ainda pesquisa possibilidades para quem vai dar vida à presença marcante que Elke Maravilha manifestava.

“O projeto está sendo desenvolvido, é muito cedo para definir o enquadramento exato. Eu a vejo como uma minissérie muito boa, a vida da Elke tem uma gama de acontecimentos e histórias que rendem um ótimo filme e uma ótima minissérie. Lendo o livro a gente percebeu que o olhar do Chico permite que a gente enxergue essa vida de uma forma muito colorida”, comentou.

A vontade do diretor é trazer momentos que retrate essa figura em detalhes, assim como justifique seu modo de pensar e agir. O Estadão pediu alguns spoilers sobre os momentos da Elke que não podem ser deixados de fora da trama, a lista é grande.

“Ela novinha é incrível, imagina uma menina filha de imigrantes russos, fugidos, e essa menina cresce num ambiente rural, imagino cenas incríveis dela dançando rock, uma rebelde desde criança. A Elke modelo também rompe com muitas expectativas do que se esperava, ela rompeu com a cultura da moda, gargalhava nas passarelas. Uma cena que com certeza não dá pra escapar é o episódio em que a Elke é presa na ditadura, com todos os seus olhares contraditórios a respeito do mundo, ela não tinha vocação para ficar calada”, revela.

Embora sua figura fosse colorida e talvez a sua gargalhada tenha sido sua maior marca na tevê. Felipe contou que a narrativa não contaria a história da Elke verdadeira se não tivesse suas cenas tristes. “É uma história tragicômica. A vida dela tem muitas cenas tristes. Acredito que a Elke foi a primeira pessoa a falar de aborto na TV, numa época que o assunto era ainda mais proibido do que é hoje. Porque a Elke nunca se calou sobre o que considerava injusto”, revelou.

A personagem é muito conhecida por ter participado dos grandes programas de auditório que marcaram o final do século passado. Sua vida nunca foi um livro fechado e a forma como ela se expunha dava a entender que queria mesmo a atenção voltada para si.

E, embora a produção ainda esteja tomando forma na cabeça de Felipe Novaes, o diretor tem certeza que ela não pertencerá à cena cult. “Independente do formato, conversei com Chico Felitti e não há dúvidas. Ela era extremamente popular, esse produto tem que chegar no povão, nas casas brasileiras.”

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