O filme Fresh estreou nesta sexta-feira, 4, no Star+. O longa de suspense e comédia é dirigido por Mimi Cave, protagonizado por Daisy Edgar-Jones e Sebastian Stan e mostra os "horrores dos encontros e relacionamentos do mundo de hoje".
A atriz interpreta Noa, que está cansada dos homens egocêntricos que ela conhece nos aplicativos. Um encontro ao acaso com o divertido Steve (Sebastian Stan) muda sua opinião sobre a possibilidade de encontrar alguém.
No entanto, quando Steve a leva para umas surpreendentes férias românticas, ela descobre que ele é um açougueiro que vende carne humana para canibais. Daisy revela que, quando foi apresentada ao roteiro do filme, ficou apavorada.
"Eu o li sem saber do que tratava, meu agente me deixou meio que no escuro em relação a ele, no sentido de que me deu o roteiro e disse 'leia'. E eu li sentada no banco de trás de um carro, cheguei a um hotel e tive que ir no escuro até meu quarto, e fiquei completamente apavorada", afirmou.
Sobre a complexidade de interpretar um serial killer, Sebastian comenta: "Acho que é sempre uma exploração, e acho que, como ator, você é, de certa forma, um tipo de detetive: você está investigando a pesquisa e está montando um quebra-cabeça, porque você está buscando ver e entender como uma pessoa pode se desenvolver desta forma".
"Eu trabalhei com alguns profissionais que haviam lidado com serial killers e o objetivo era tentar criar uma espécie de história de como uma pessoa como esta pode chegar a este ponto. Precisávamos ter uma dica disso no filme, uma vez que a ideia é olhar para trás e aprender com o passado, aprender o que leva a certas cosias para que elas possam ser potencialmente evitadas. E então, foi apenas mais uma tentativa de montar sua história, o que foi muito importante para mim", afirmou.
Confira outros trechos da entrevista com os atores:
Daisy, havia algo que você queria trazer para Noa?
"Acho que quando li pela primeira vez, por ter muita comédia no roteiro, percebi que a Noa é uma personagem mais direta, neste sentido cômico. Mas o que eu realmente queria trazer era o humor de dentro dela, e descobrir maneiras de torná-la engraçada. E eu nunca havia trabalhado com este sotaque antes. Eu prefiro trabalhar com sotaques, pois acredito que informa muito sobre a personagem e por isso foi muito importante para mim encontrar a voz e o tom dela e, assim, o humor dela, uma vez que acho que está muito relacionado à forma como falamos, com nossos sotaques. Então, a partir do momento que encontrei isso, realmente me ajudou e eu pude brincar com essa comédia quis".
Como foi trabalhar com Mimi?
Sebastian: "Para mim, foi como uma conversa contínua. E, de certa forma, foi muito libertador, porque ela nos encorajava a tornar estes personagens nossos, trazendo para eles o quanto quiséssemos. E, ao mesmo tempo, ela ainda era como uma luz orientadora sempre que era preciso ser. Sinto que é um equilíbrio muito difícil entre ter que realmente estar com a mão na massa e preparada como uma diretora e estar aberta ao que os atores trazem, e como o filme vai tomando forma à medida que você trabalha. O que Mimi fez em relação a isso é inacreditável".
Daisy: "Acho que a Mimi tem algo tão especial (...)Eu sinto que enquanto fazíamos Fresh, eu sabia o que estava na cabeça da Mimi, o que era muito divertido, pois ela tem uma mente muito criativa, principalmente quando se trata dos aspectos visuais, mas também pela forma com que ela trabalha com os atores, que é muito livre (...) Ela permitiu que Sebastian e eu brincássemos e fossemos livres, e a cada vez era diferente, com ela nos encorajando a improvisar, sem nos impedir de irmos pelas tangentes, mesmo que não fosse um material utilizável".
O filme foi exibido em festivais [Sundance Film Festival] e esteve diante do púbico. Houve alguma resposta intensa ao filme?
Daisy: "As respostas têm sido ótimas! As pessoas parecem gostar muito do filme. Ouvi muitas pessoas falando que não tinham ideia do que estava por vir, e eu acho que isso é muito divertido, e espero que as pessoas venham assistir ao filme sem saber o que acontece".
Sebastian: "Para mim, também foi parecido. Algumas das pessoas que conheço que conseguiram ver no Sundance e que falaram comigo, elogiaram o filme no sentido de ser verdadeiramente uma 'nova' abordagem desse gênero, da narrativa e do fato de aparentemente houve um ponto enquanto assistiam que ficaram um pouco perdidos como público, pensando que a história não seguiria o caminho que imaginavam (...) Houve muitos grandes filmes no mundo do terror, thriller social e mantê-lo original, emocionante e oferecer novas perspectivas é difícil".