Lionel Dahmer, o pai de Jeffrey Dahmer, pode processar a Netflix por duas produções que retratam a vida do criminoso em série.
Segundo um relato do cuidador de Lionel, identificado apenas como Jeb, ao site The U.S. Sun, o homem não foi contatado sobre a produção de Dahmer: Um Canibal Americano. O seriado se tornou a segunda série mais assistida da história da plataforma, segundo o site.
Além disso, conforme Jeb, o pai do serial killer também não haveria dado autorização para a utilização de fitas feitas pela equipe jurídica de Jeffrey na série documental Conversando com um Serial Killer: O Canibal de Milwaukee.
Lionel vive em um lugar pacato no estado de Ohio e, como relata o cuidador, sua casa vem sendo invadida por fãs de Dahmer: Um Canibal Americano. O caso obrigou a equipe do homem a colocar uma placa com os escritos: “Proibido invadir”.
Por conta disso, o pai do serial killer teria contatado advogados para dar início a um possível processo contra a Netflix. “Não houve nenhuma preocupação com o bem-estar de Lionel”, alegou Jeb.
O homem ficou conhecido pela publicação do livro A Father’s Story (A História de um Pai, em tradução livre) em 1994, meses antes da morte de Jeffrey na prisão. Na obra, Lionel descreveu que não tinha ideia sobre as mortes cometidas pelo filho até a repercussão dos crimes.
Jeb disse que não terminou de assistir à série, mas, conforme o que lhe foi dito, o pai de Dahmer teria sido retratado de forma “injusta”. “Lionel era um pai muito carinhoso. Ele estava apenas tentando fazer o seu melhor em um momento de incerteza”, afirmou.
Ele ainda pontou que o homem não recebeu dinheiro após a produção, como alegam algumas pessoas em cartas endereçadas a ele, e nem com a venda dos óculos de Jeffrey.
O The U.S. Sun entrou em contato com a Netflix pedindo um posicionamento, mas não obteve retorno.